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Memória Facultativa

São João de Deus, Religioso, CmFac.


Antífona de entrada

Minha alma anseia até desfalecer, pelos átrios do Senhor; meu coração e minha carne exultam pelo Deus vivo! (Sl 83, 3)

Coleta

Ó Deus, na vossa incansável misericórdia, purificai e protegei a vossa Igreja, governando-a constantemente, pois sem vosso auxílio ela não pode salvar-nos. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

Primeira Leitura (2Rs 5, 1-15a)


Leitura do Segundo Livro dos Reis


Naqueles dias, 1Naamã, general do exército do rei da Síria, era um homem muito estimado e considerado pelo seu senhor, pois foi por meio dele que o Senhor concedeu a vitória aos arameus. Mas esse homem, valente guerreiro, era leproso.

2Ora, um bando de arameus que tinha saído da Síria, tinha levado cativa uma moça do país de Israel. Ela ficou ao serviço da mulher de Naamã. 3Disse ela à sua senhora: “Ah, se meu senhor se apresentasse ao profeta que reside em Samaria, sem dúvida, ele o livraria da lepra de que padece!”

4Naamã foi então informar o seu senhor: “Uma moça do país de Israel disse isto e isto”. 5Disse-lhe o rei de Aram: “Vai, que eu enviarei uma carta ao rei de Israel”. Naamã partiu, levando consigo dez talentos de prata, seis mil siclos de ouro e dez mudas de roupa. 6E entregou ao rei de Israel a carta, que dizia: “Quando receberes esta carta, saberás que eu te enviei Naamã, meu servo, para que o cures de sua lepra”.

7O rei de Israel, tendo lido a carta, rasgou suas vestes e disse: “Sou Deus, porventura, que possa dar a morte e a vida, para que este me mande um homem para curá-lo de lepra? Vê-se bem que ele busca pretexto contra mim”. 8Quando Eliseu, o homem de Deus, soube que o rei de Israel havia rasgado as vestes, mandou dizer-lhe: “Por que rasgaste tuas vestes? Que ele venha a mim, para que saiba que há um profeta em Israel”.

9Então Naamã chegou com seus cavalos e carros, e parou à porta da casa de Eliseu. 10Eliseu mandou um mensageiro para lhe dizer: “Vai, lava-te sete vezes no Jordão, e tua carne será curada e ficarás limpo”.

11Naamã, irritado, foi-se embora, dizendo: “Eu pensava que ele sairia para me receber e que, de pé, invocaria o nome do Senhor, seu Deus, e que tocaria com sua mão o lugar da lepra e me curaria. 12Será que os rios de Damasco, o Abana e o Farfar, não são melhores do que todas as águas de Israel, para eu me banhar nelas e ficar limpo?” Deu meia-volta e partiu indignado.

13Mas seus servos aproximaram-se dele e disseram-lhe: “Senhor, se o profeta te mandasse fazer uma coisa difícil, não a terias feito? Quanto mais agora que ele te disse: ‘Lava-te e ficarás limpo”’. 14Então ele desceu e mergulhou sete vezes no Jordão, conforme o homem de Deus tinha mandado, e sua carne tornou-se semelhante à de uma criancinha, e ele ficou purificado.

15aEm seguida, voltou com toda a sua comitiva para junto do homem de Deus. Ao chegar, apresentou-se diante dele e disse: “Agora estou convencido de que não há outro Deus em toda a terra, senão o que há em Israel!”

Salmo Responsorial (Sl 41)


R. Minha alma tem sede de Deus, do Deus vivo: e quando verei a face de Deus?


— Assim como a corça suspira pelas águas correntes, suspira igualmente minh’alma por vós, ó meu Deus! R.

— A minh’alma tem sede de Deus, e deseja o Deus vivo. Quando terei a alegria de ver a face de Deus? R.

— Enviai vossa luz, vossa verdade: elas serão o meu guia; que me levem ao vosso Monte santo, até a vossa morada! R.

— Então irei aos altares do Senhor, Deus da minha alegria. Vosso louvor cantarei, ao som da harpa, meu Senhor e meu Deus! R.


https://youtu.be/iKAs34Cmvfs
R. Jesus Cristo, sois bendito, sois o Ungido de Deus Pai!
V. No Senhor ponho a minha esperança, espero em sua palavra. Pois no Senhor se encontra toda graça e copiosa redenção. (Cf. Sl 129, 5. 7) R.

Evangelho (Lc 4, 24-30)


V. O Senhor esteja convosco.

R. Ele está no meio de nós.


V. Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo  segundo Lucas 

R. Glória a vós, Senhor.


V. Jesus, vindo a Nazaré, disse ao povo na sinagoga: 24“Em verdade eu vos digo que nenhum profeta é bem recebido em sua pátria. 25De fato, eu vos digo: no tempo do profeta Elias, quando não choveu durante três anos e seis meses e houve grande fome em toda a região, havia muitas viúvas em Israel. 26No entanto, a nenhuma delas foi enviado Elias, senão a uma viúva que vivia em Sarepta, na Sidônia. 27E no tempo do profeta Eliseu, havia muitos leprosos em Israel. Contudo, nenhum deles foi curado, mas sim Naamã, o sírio”.

28Quando ouviram estas palavras de Jesus, todos na sinagoga ficaram furiosos. 29Levantaram-se e o expulsaram da cidade. Levaram-no até ao alto do monte sobre o qual a cidade estava construída, com a intenção de lançá-lo no precipício. 30Jesus, porém, passando pelo meio deles, continuou o seu caminho.

Sobre as Oferendas

Transformai para nós, ó Deus, no sacramento que nos salva, estas ofertas que vos apresentamos como sinal da nossa submissão. Por Cristo, nosso Senhor.



Antífona da Comunhão

Louvai o Senhor, povos todos, grande é o seu amor para conosco! (Sl 116, 1-2)

Depois da Comunhão

Nós vos pedimos, ó Deus, que a comunhão no vosso sacramento nos purifique dos pecados e nos conduza à unidade. Por Cristo, nosso Senhor.

Homilia do dia 08/03/2021
Acolhamos a graça de Deus em nosso coração

“Em verdade eu vos digo que nenhum profeta é bem recebido em sua pátria” (Lucas 4,24).

 

No Evangelho de hoje, Jesus evoca o profeta Elias. Quando a fome tomou conta da região onde ele vivia há seis meses, quem acolheu Elias não foram as viúvas de Israel, mas foi uma pobre viúva de Sarepta, que mal tinha para comer, nem ela nem seu filho. Foi ela quem repartiu da farinha e da água que tinha com o profeta Elias.

O outro exemplo que Jesus nos dá é de Eliseu, porque, no tempo do profeta Eliseu, havia muitos leprosos em Israel. Contudo, nenhum deles foi curado, mas sim Naamã, o sírio. Você sabe que Elias e Eliseu foram profetas em tempos difíceis, onde o povo de Deus, levado pela ganância, pela vaidade e pelos pecados, estava afastado do Pai, e cada vez mais levado pelos sentimentos, pelo orgulho, pela soberba, e assim nem os profetas ouviram.


Muitas vezes, a graça de Deus não será para nós, pessoas religiosas que nos achamos virtuosos

O que Jesus quer dizer é que tanto Elias quanto Eliseu foram rejeitados pelo povo de Deus, a quem foram enviados, por isso a graça não chegou ao povo, mas aos pobres que nem faziam parte do povo de Deus.

Seja o leproso Naamã, soldado, com toda a importância que tinha, mas que com o coração acolheu a graça. Seja a pobre viúva de Sarepta, que acolheu não só um homem de Deus, mas a graça divina. Porque, muitas vezes, a graça de Deus não será para nós pessoas religiosas, que nos achamos virtuosos, que nos achamos detentores da graça de Deus, mas não sabemos acolher as advertências, as orientações, as exortações, as correções que Deus nos faz. Por isso, muitas pessoas, que muitas vezes nem creem em Deus estão acolhendo a graça d'Ele, estão exercendo a vida em Deus muito mais do que nós.

Quando Jesus diz que um profeta não é bem recebido em sua pátria, é porque foram os Seus, da Sua própria família, do Seu próprio convívio, que O expulsaram, levaram-No da cidade até um alto monte, e queriam jogá-Lo no precipício. Eles desprezaram Jesus, não O acolheram.

Precisamos, humildemente, abaixar a cabeça, abaixar esse sentimento de soberba do coração para saber acolher a correção que vem de Deus.

Deus não nos corrige como queremos ser corrigidos, pois só queremos ser corrigidos naquilo que achamos que é conveniente. A Palavra de Deus nos corrige verdadeiramente quando permitirmos que Ele aja em nosso coração e fale conosco, senão, vamos continuar desprezando uns aos outros, vamos continuando desprezando a Igreja, Deus e a Sua Palavra, e ela vai chegar em outros corações que a acolherão com muito mais amor.

Deus abençoe você!

Pe. Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.
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Humildade, o princípio da sabedoria

A incredulidade dos habitantes de Nazaré diante da pregação de Cristo é mais uma prova de que Deus, ainda que prodigalize milagres e sinais, não pode vencer a dureza de um coração soberbo, não por falta de poder, mas porque a graça, que é um dom para criaturas livres, não penetra em quem livremente se fechou a ela. Não há convertidos que antes não foram humildes, nem soberbos que se convertam sem antes se humilharem. Assista à homilia do Pe. Paulo Ricardo para esta segunda-feira, dia 8 de março, e medite conosco mais uma página do santo Evangelho.




Santo do dia 08/03/2021

São João de Deus

Neste dia, lembramos a vida de João Cidade que depois de viver longa aventura distante de Deus, aventurou-se ao Evangelho e hoje é aclamado como São João de Deus, o patrono dos hospitais. João nasceu em Évora, Portugal, em 1495; com oito anos fugiu de casa e foi para a Espanha, onde fez obras e vivenciou inúmeras aventuras.

Começou João suas histórias, cuidando do rebanho, depois com os estudos tornou-se administrador, mas encantado pelo militarismo, tornou-se soldado e combateu na célebre batalha de Pávia, onde saiu vitorioso ao lado de Carlos V. Certa vez foi morar em Granada e lá abriu um pequeno negócio de livros, sendo que, ao mesmo tempo, passou a ouvir o grande santo pregador João de Ávila, que no Espírito Santo suscitou a conversão radical de João.

Do encontro com Cristo, começou sua maior aventura, que consistiu em construir com Cristo uma história de santidade. Renunciou a si mesmo, assumiu a cruz e se colocou radicalmente nos caminhos de Jesus, quando no distribuir os bens aos pobres, e acabou sendo lançado num hospital de loucos por parte dos conhecidos, já que João começava a ter inúmeras atitudes voluntariamente estranhas, que visavam não o manicômio, mas a penitência pela humilhação. Como tudo concorre para o bem dos que amam a Deus, acabou sendo providencial o tempo que João passou sofrendo naquele hospital, pois diante do tratamento desumano que davam para os pobres e doentes mentais, o Senhor suscitou no coração de João o carisma para lidar com os doentes na caridade e gratuidade.

Desta forma, São João, experimentando a vida na Providência, passou a acolher numa casa alugada, indigentes e doentes, depois entregou-se ao cuidado exclusivo num hospital fundado por ele em Granada (Espanha) e assistido por um grupo de companheiros que, mais tarde, constituíram a Ordem Hospitalar de São João de Deus, o qual entrou no céu em 1550.

São João de Deus, rogai por nós!

Textos Litúrgicos © Conferência Nacional dos Bispos do Brasil