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Antífona de entrada

Chegue até vós a minha súplica; inclinai vosso ouvido à minha prece. (Sl 87, 3)

Coleta

Deus de poder e misericórdia, afastai de nós todo obstáculo para que, inteiramente disponíveis, nos dediquemos ao vosso serviço. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

Primeira Leitura (Sb 1, 1-7)


Início do Livro da Sabedoria


1Amai a justiça, vós que governais a terra; tende bons sentimentos para com o Senhor e procurai-o com simplicidade de coração. 2Ele se deixa encontrar pelos que não exigem provas, e se manifesta aos que nele confiam. 3Pois os pensamentos perversos afastam de Deus; e seu poder, posto à prova, confunde os insensatos. 4A Sabedoria não entra numa alma que trama o mal nem mora num corpo sujeito ao pecado. 5O espírito santo, que a ensina, foge da astúcia, afasta-se dos pensamentos insensatos e retrai-se quando sobrevém a injustiça. 6Com efeito, a Sabedoria é o espírito que ama os homens, mas não deixa sem castigo quem blasfema com seus próprios lábios, pois Deus é testemunha dos seus pensamentos, investiga seu coração segundo a verdade e mantém-se à escuta da sua língua; 7porque o espírito do Senhor enche toda a terra, mantém unidas todas as coisas e tem conhecimento de tudo o que se diz.

— Palavra do Senhor.

— Graças a Deus.


Salmo Responsorial (Sl 138)


℟. Conduzi-me no caminho para a vida, ó Senhor!


— Senhor, vós me sondais e conheceis, sabeis quando me sento ou me levanto; de longe penetrais meus pensamentos, percebeis quando me deito e quando eu ando, os meus caminhos vos são todos conhecidos. ℟.

— A palavra nem chegou à minha língua, e já, Senhor, a conheceis inteiramente. Por detrás e pela frente me envolveis; pusestes sobre mim a vossa mão. Esta verdade é por demais maravilhosa, é tão sublime que não posso compreendê-la. ℟.

— Em que lugar me ocultarei de vosso espírito? E para onde fugirei de vossa face? Se eu subir até os céus, ali estais; se eu descer até o abismo, estais presente. ℟.

— Se a aurora me emprestar as suas asas, para eu voar e habitar no fim dos mares; mesmo lá vai me guiar a vossa mão e segurar-me com firmeza a vossa destra. ℟.


https://youtu.be/K9m1OVitjzg
℟. Aleluia, Aleluia, Aleluia.
℣. Como astros no mundo brilheis, pregando a Palavra da vida! (Fl 2, 15d. 16a) ℟.

Evangelho (Lc 17, 1-6)


℣. O Senhor esteja convosco.

℟. Ele está no meio de nós.


℣. Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo  segundo Lucas 

℟. Glória a vós, Senhor.


Naquele tempo, 1Jesus disse a seus discípulos: “É inevitável que aconteçam escândalos. Mas ai daquele que produz escândalos! 2Seria melhor para ele que lhe amarrassem uma pedra de moinho no pescoço e o jogassem no mar, do que escandalizar um desses pequeninos. 3Prestai atenção: se o teu irmão pecar, repreende-o. Se ele se converter, perdoa-lhe. 4Se ele pecar contra ti sete vezes num só dia, e sete vezes vier a ti, dizendo: ‘Estou arrependido’, tu deves perdoá-lo”.

5Os apóstolos disseram ao Senhor: “Aumenta a nossa fé!” 6O Senhor respondeu: “Se vós tivésseis fé, mesmo pequena como um grão de mostarda, poderíeis dizer a esta amoreira: ‘Arranca-te daqui e planta-te no mar’, e ela vos obedeceria”.

— Palavra da Salvação.

— Glória a vós, Senhor.


Sobre as Oferendas

Lançai, ó Deus, sobre o nosso sacrifício um olhar de perdão e de paz, para que, celebrando a paixão do vosso Filho, possamos viver o seu mistério. Por Cristo, nosso Senhor.



Antífona da Comunhão

O Senhor é o pastor que me conduz, não me falta coisa alguma. Pelos prados e campinas verdejantes ele me leva a descansar. (Sl 22, 1-2)

Ou:


Os discípulos reconheceram o Senhor Jesus ao partir o pão. (Lc 24, 35)

Depois da Comunhão

Fortificados por este alimento sagrado, nós vos damos graças, ó Deus, e imploramos a vossa clemência; fazei que perseverem na sinceridade do vosso amor aqueles que fortalecestes pela infusão do Espírito Santo. Por Cristo, nosso Senhor.

Homilia do dia 08/11/2021
O perdão é o melhor caminho para a nossa vida

“Prestai atenção: se o teu irmão pecar, repreende-o. Se ele se converter, perdoa-lhe. Se ele pecar contra ti sete vezes num só dia, e sete vezes vier a ti, dizendo: ‘Estou arrependido’, tu deves perdoá-lo” (Lucas 17,3-4).

Prestemos bastante atenção na direção que Deus está dando ao nosso coração na relação com o nosso irmão. Primeiro, quando vemos alguém errar, pecar, falhar, devemos corrigir e repreender, porque, às vezes, a pessoa está na beira do abismo, vai cair, e precisamos puxá-la. É uma questão de caridade, e seria uma falta de caridade imensa vermos o outro errar e não o chamarmos: “Irmão, não é por aí não!”.

É verdade que tem que ter caridade, porque sem caridade não conseguiremos nada. Às vezes, até pecamos mais do que o irmão na falta ou no erro que ele cometeu. É por amor que corrijo o outro, é por amor que chamo à atenção o outro, mas não posso deixar de fazê-lo.

Precisamos ser justos conosco e com o outro também; dar o perdão e ajudar sempre o outro a melhorar

Erra gravemente o pai e a mãe que não corrige seu filho. Erra gravemente o irmão que não corrige o irmão. Erra gravemente o marido que não corrige a esposa e vice-versa. É preciso ter a prudência, o modo próprio, o tempo apropriado, mas é preciso sempre corrigir para que o mal maior não aconteça na vida daquele irmão e na vida de cada um de nós, porque nos falta a caridade de nos ajudarmos.

Que beleza o irmão que se arrependeu daquele mal que fez até contra você ou contra qualquer outra realidade! O grande remédio é o perdão. Seu filho errou, reconheceu que errou, arrependeu-se? Perdoe-lhe. E mesmo que ele cometa isso sete vezes num só dia, mas sete vezes se arrependa, perdoe-lhe. Não é que a pessoa agora pode cometer os erros à vontade. Não! A forma como Jesus está nos dizendo é que nós devemos sempre perdoar, porque o perdão é o caminho para nós, não só para a outra pessoa, mas para nós também reconstruirmos a nossa vida, reconsiderarmos nossas faltas e tomarmos o caminho da verdade.

Não sei quantas vezes precisei do perdão de Deus, perdi as contas de quantas vezes procurei o sacramento da confissão. Você sabe quantas vezes você precisou dele? Quantas vezes Deus já lhe perdoou no mesmo dia, na mesma situação, no mesmo pecado sem fazer conta como nós fazemos? Até achamos que Deus é “bobo” — com todo perdão da palavra —, porque, muitas vezes, é assim que tratamos a nossa relação com Ele. Até dizemos: “Deus vai me perdoar!”. Perdoar Ele vai, mas se não nos corrigirmos, o pecado vai nos estragar. Então, nós muitas vezes queremos ser perdoados, mas não queremos ser corrigidos.

Não adianta só perdoar o erro, tem que consertar o erro cometido. Se o seu filho quebra a vidraça do vizinho, não adianta só pedir perdão para ele, tem que pedir perdão e também corrigir a vidraça, tem que a trocar, colocar uma nova, até melhor do que aquela que foi estragada. Cometemos um erro na vida, e todas as vezes a misericórdia de Deus vai nos acolher, mas precisamos nos corrigir e reparar o mal que está em nós para que ele não cresça.

O perdão de Deus nunca há de faltar! Agora, se não nos emendarmos, se não nos corrigirmos, a justiça de Deus um dia vai nos julgar. Então, precisamos ser justos conosco e com o outro também, dar o perdão e ajudar sempre o outro a melhorar. Por isso é necessário nos corrigirmos e corrigirmos o outro.

Deus abençoe você!

Pe. Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.
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Homilia Diária | Uma mulher habitada por Deus (Memória de Santa Elisabete da Trindade, Virgem)

Um mistério inefável oculta-se, silencioso, em toda alma que está em estado de graça: o Deus único e verdadeiro, Pai, Filho e Espírito Santo, que está acima da terra e de todos os céus, habita como em seu templo no coração das almas amigas, daquelas que, permanecendo no amor de Cristo, permitem que toda a Santíssima Trindade nelas viva e permaneça.Assista à homilia do Padre Paulo Ricardo para esta segunda-feira, dia 8 de novembro, e descubra, através da vida de Santa Elisabete da Trindade, o mistério da amorosa presença de Deus em nossos corações.


https://youtu.be/9_vPvK_qOa0

Santo do dia 08/11/2021


São Deodato I (Memória Facultativa)
Local: Roma, Itália
Data: 08 de Novembro † 618


O santo de hoje, papa Deodato I, ou Deusdedit, surge dos séculos obscuros da primeira Idade Média, com poucas evidências. Escassas notícias históricas: filho do subdiácono romano Estevão, foi por quarenta anos padre em Roma antes de suceder ao papa Bonifácio IV a 19 de outubro de 615. Morreu em novembro de 618, amado e chorado pelos romanos que tiveram a oportunidade de apreciar seu bom coração durante as grandes calamidades que se abateram sobre Roma nos seus três anos de pontificado: o terremoto, que deu golpe de graça aos edifícios de mármore dos Foros, já devastados por sucessivas invasões bárbaras e horrível epidemia denominada elefantíase.

Foi o primeiro papa que estabeleceu com testamento doações para distribuir ao povo por ocasião da morte do sumo pontífice. Em Roma o papa era não somente o bispo e o pai espiritual, mas também o guia civil, o juiz, o supremo magistrado, a garantia da ordem. Com a morte de cada pontífice, os romanos se sentiam privados de proteção, expostos às invasões dos bárbaros nórdicos ou às reivindicações do império do Oriente. A teoria dos dois únicos, papa e imperador, que deviam governar unidos o mundo cristão, não encontrava grandes adesões em Constantinopla.

O papa Deodato mostrou-se, todavia, hábil mediador com o outro único, que a bem da verdade era pouco solícito para o bem dos italianos, salvo uma vez, que enviou o exarca Eleutério para acabar com as revoltas de Ravena e de Nápoles. Foi a única vez que o papa Deodato, ocupado em aliviar os desconfortos da população da cidade, nas calamidades acima referidas, teve um contato, se bem que indireto, com o imperador. O cardeal Barônio insere no Martirológio Romano um episódio que revalidaria a fama de santidade que circundava o pontífice "dado por Deus" (conforme a etimologia do seu nome) para guiar os cristãos em épocas tão difíceis: durante uma de suas frequentes visitas aos doentes, os mais abandonados, os que eram atingidos pela lepra, teria curado um desses infelizes, após havê-lo amavelmente abraçado e beijado.

O Liber Pontificalis, recordando dois atos do seu pontificado, afirma que Deodato amou muito o seu clero e que o defendeu em relação ao clero monástico ou regular, privilegiado desde que Gregório Magno confiara aos monges importantes tarefas no apostolado missionário e na própria organização eclesial. O segundo ato se refere à faculdade de rezar uma segunda missa (binação).

Referência:
SGARBOSSA, Mario; GIOVANNI, Luigi. Um santo para cada dia. São Paulo: Paulus, 1983. 397 p. Tradução de: Onofre Ribeiro. Adaptações: Equipe Pocket Terço.

São Deodato I, rogai por nós!



Santa Elisabete da Trindade (Memória Facultativa)
Local: Dijon, França
Data: 08 de Novembro † 1906


Elisabete Catez Rolland nasceu em 18 de julho de 1880 no acampamento militar de Avord, perto de Bourges (França), e foi batizada em 22 de julho na capela do campo. Seus pais, o capitão Joseph Catez e Marie Rolland, eram cristãos convictos. Depois de dezoito meses, a família se estabeleceu em Dijon, onde sua outra filha, Margaret, nascerá. Elizabeth tinha apenas sete anos quando seu pai morreu repentinamente em seus braços. A mãe, mulher enérgica e muito sensível, compensará a educação das filhas.

Ela era uma criança inteligente, afetuosa, sociável e viva, mas também zangada. Logo Deus entrou em sua vida como a Grande Realidade que a fascinou e seduziu. Posteriormente afirmou que, desde os oito anos, o seu amor a Deus e à oração era tal que não podia conceber o seu futuro, a não ser consagrando-se inteiramente a ele: resolução que renovou aos dez anos na ocasião de sua primeira comunhão e finalmente selado aos quatorze anos com o voto perpétuo de virgindade (1894).

Muito jovem, Elisabete foi matriculada no Conservatório de Música de Dijon, onde imediatamente mostrou um talento excepcional para o piano. Seu músico favorito era e sempre foi Chopin. Apesar do “primeiro prêmio” para piano obtido no Conservatório, ele queria viver sua consagração religiosa no Carmelo Teresiano o mais rápido possível. A oposição inabalável da mãe - a quem a Santa tanto amava - será para Isabel uma verdadeira graça para a consolidação da sua experiência espiritual. De fato, até aos 21 anos viverá o seu ideal contemplativo de jovem leiga, socialmente empenhada e que gostava de viajar por toda a França: como pianista consagrada, como jovem pedida em casamento e muito atenta às necessidades dos outros, como apóstola ativa na paróquia de Saint-Michel em Dijon.

Mística da presença trinitária na alma, Elisabete é uma autêntica filha do espírito mais genuíno que anima o Carmelo. Ela escreveu em seu diário: “Parece-me que encontrei o meu céu na terra, porque o céu é Deus e Deus está na minha alma. No dia em que entendi isso, tudo se iluminou em mim e gostaria de sussurrar esse segredo para quem eu amo ”.

Em 2 de agosto de 1901, com a idade de 21 anos, fiel ao seu propósito, Elisabete entrou no Carmelo de Dijon com o nome de Irmã Elisabete da Santíssima Trindade; recebeu o hábito monástico em 8 de dezembro de 1901 e emitiu a profissão em 11 de janeiro de 1903. Religiosa profundamente fiel e feliz - ainda que purificada pelo sofrimento - e muito amada pelas irmãs, Isabel viveu com força e perseverança o seu ideal, que ela expressará um dia em oração: “Ó meu Deus, a Trindade que adoro” que, logo após a sua morte, percorrerá o mundo e será amplamente citada no Catecismo da Igreja Católica (n. 260). Atingida pela doença de Addison, então incurável e muito dolorosa, Elisabete declinou lentamente. Após grande sofrimento físico, morreu em 9 de novembro de 1906, aos 26 anos.

Em apenas cinco anos de vida no Carmelo, Elisabete completou sua jornada espiritual deslumbrante, também testemunhada por seus escritos e cartas, e que torna esta jovem carmelita uma resposta extraordinária da fé cristã à secularização e às muitas faces do ateísmo contemporâneo. Elisabete, de fato, quis viver como "louvor de glória" à Trindade presente em sua alma, encontrando no mistério da habitação divina seu "céu na terra", sua graça e sua missão eclesial. É singular, na experiência de Elisabete da Trindade, que ela soube difundir na família a radicalidade da sua adesão a Cristo. Na verdade, com um conhecimento pedagógico excepcional, poderá envolver também a sua irmã Guite (1883-1954) que, casada e feliz e mãe de nove filhos, ela também caminhará na esteira espiritual de Elisabete, transmitindo o mesmo espírito da Bem-aventurada ao seu marido e aos seus filhos. Em outras palavras, nunca se pode dizer que o que Elisabete da Santíssima Trindade experimentou diz respeito apenas a sacerdotes ou religiosos. Sua própria irmã e família testemunham o contrário. Portanto, é precisamente no mundo, na vida cotidiana marcada pelos altos e baixos da vida, na simplicidade da vida doméstica, que Guite realiza também o que sua irmã descobriu e experimentou atrás das grades do Carmelo. Em uma carta dirigida ao Cônego Angles, Elisabete escreve com grande realismo: “Neste período todos nós fomos levados por uma série de coisas, então aqui os encontros recomeçam ... Parece-me que nada pode distraí-lo quando nós agimos apenas para Ele, sempre em sua sagrada presença, sob aquele olhar divino que penetra no íntimo da alma; mesmo no meio do mundo você pode ouvi-lo, no silêncio de um coração que quer ser seu”.

São João Paulo II a chamou de “testemunha luminosa da alegria de estar enraizada e alicerçada no amor”, concluindo assim a homilia da beatificação: “Hoje ousamos apresentá-la ao mundo. Com a Beata Elisabete brilha para nós uma nova luz, surge um novo guia certo e seguro, no nosso mundo tão cheio de incertezas e trevas, para nos mostrar, em nome do mistério trinitário, o caminho da salvação e os meios para o alcançar isso ".

Fonte: http://www.causesanti.va/

Santa Elisabete da Trindade, rogai por nós!

Textos Litúrgicos © Conferência Nacional dos Bispos do Brasil