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Antífona de entrada

O Senhor o escolheu para a plenitude do sacerdócio e, abrindo seus tesouros, o cumulou de bens.
In médio Ecclésiae apéruit os eius: et implévit eum Dóminus spíritu sapiéntiae, et intelléctus: stolam glóriae índuit eum. Ps. Bonum est confitéri Dómino: et psállere nómini tuo, Altíssime. (Sir. 15, 5; Ps. 91)
Vernáculo:
No meio da Igreja o Senhor colocou a palavra nos seus lábios; deu-lhe o espírito de sabedoria e inteligência e o revestiu de glória. (Cf. MR: Eclo 15, 5) Sl. Como é bom agradecermos ao Senhor e cantar salmos de louvor ao Deus Altíssimo. (Cf. LH: Sl 91)

Coleta

Ó Deus, que jamais permitis que as potências do mal prevaleçam contra a vossa Igreja, fundada sobre a rocha inabalável dos Apóstolos, dai-lhe, pelos méritos do papa São Leão, permanecer firme na verdade e gozar paz para sempre. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

Primeira Leitura (Fm 1, 7-20)


Leitura da Carta de São Paulo a Filêmon


Caríssimo, 7grande alegria e consolo tive por causa de tua caridade. Os corações dos santos foram reanimados por ti, irmão. 8Por este motivo, se bem que tenha plena autoridade em Cristo para prescrever-te tua obrigação, 9prefiro fazer apenas um apelo à tua caridade.

Eu, Paulo, velho como estou e agora também prisioneiro de Cristo Jesus, 10faço-te um pedido em favor do meu filho que fiz nascer para Cristo na prisão, Onésimo. 11Antes, ele era inútil para ti; agora, ele é valioso para ti e para mim. 12Eu o estou mandando de volta para ti. Ele é como se fosse o meu próprio coração. 13Gostaria de tê-lo comigo, a fim de que fosse teu representante para cuidar de mim nesta prisão, que eu devo ao evangelho. 14Mas, eu não quis fazer nada sem o teu parecer, para que a tua bondade não seja forçada, mas espontânea.

15Se ele te foi retirado por algum tempo, talvez seja para que o tenhas de volta para sempre, 16já não como escravo, mas, muito mais do que isso, como um irmão querido, muitíssimo querido para mim quanto mais o for para ti, tanto como pessoa humana quanto como irmão no Senhor. 17Assim, se estás em comunhão de fé comigo, recebe-o como se fosse a mim mesmo. 18Se em alguma coisa te prejudicou ou se alguma coisa te deve, põe em minha conta. 19Eu, Paulo, de meu punho o escrevo; eu o pagarei, para não dizer que tu mesmo me deves a própria vida. 20Sim, irmão, deixa que eu te explore no Senhor. Conforta em Cristo meu coração.

— Palavra do Senhor.

— Graças a Deus.


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Salmo Responsorial (Sl 145)


℟. Feliz quem se apoia no Deus de Jacó!


— O Senhor faz justiça aos que são oprimidos; ele dá alimento aos famintos, é o Senhor quem liberta os cativos. ℟.

— O Senhor abre os olhos aos cegos, o Senhor faz erguer-se o caído, o Senhor ama aquele que é justo. É o Senhor quem protege o estrangeiro; ℟.

— quem ampara a viúva e o órfão, mas confunde os caminhos dos maus. O Senhor reinará para sempre! Ó Sião, o teu Deus reinará para sempre e por todos os séculos! ℟.


https://youtu.be/SMdWbPL0yiE
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℟. Aleluia, Aleluia, Aleluia.
℣. Eu sou a videira verdadeira e vós sois os ramos; um fruto abundante vós haveis de dar. (Jo 15, 5) ℟.

Evangelho (Lc 17, 20-25)


℣. O Senhor esteja convosco.

℟. Ele está no meio de nós.


℣. Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas 

℟. Glória a vós, Senhor.


Naquele tempo, 20os fariseus perguntaram a Jesus sobre o momento em que chegaria o Reino de Deus. Jesus respondeu: “O Reino de Deus não vem ostensivamente. 21Nem se poderá dizer: ‘Está aqui’ ou ‘Está ali’, porque o Reino de Deus está entre vós”.

22E Jesus disse aos discípulos: “Dias virão em que desejareis ver um só dia do Filho do Homem e não podereis ver. 23As pessoas vos dirão: ‘Ele está ali’ ou ‘Ele está aqui’. Não deveis ir, nem correr atrás. 24Pois, como o relâmpago brilha de um lado até ao outro do céu, assim também será o Filho do Homem, no seu dia. 25Antes, porém, ele deverá sofrer muito e ser rejeitado por esta geração”.

— Palavra da Salvação.

— Glória a vós, Senhor.


Antífona do Ofertório

Invéni David servum meum, óleo sancto unxi eum: manus enim mea auxiliábitur ei, et bráchium meum confortábit eum. (Ps. 88, 21. 22)


Vernáculo:
Encontrei e escolhi a Davi, meu servidor, e o ungi, para ser rei, com meu óleo consagrado. Estará sempre com ele minha mão onipotente, e meu braço poderoso há de ser a sua força. (Cf. LH: Sl 88, 21. 22)

Sobre as Oferendas

Pelas oferendas que vos apresentamos, iluminai, ó Deus, a vossa Igreja, para que o vosso rebanho cresça por toda parte e seus pastores sejam de vosso agrado. Por Cristo, nosso Senhor.



Antífona da Comunhão

O bom pastor dá a vida por suas ovelhas. (cF. Jo 10, 11)
Beátus servus, quem, cum vénerit Dóminus, invénerit vigilántem: amen dico vobis, super ómnia bona sua constítuet eum. (Mt. 24, 46. 47; ℣. Ps. 32)
Vernáculo:
Feliz aquele servo que o Senhor, ao chegar, encontrar agindo assim. Em verdade eu vos digo, ele o encarregará de todos os seus bens. (Cf. Bíblia CNBB: Mt 24, 46. 47)

Depois da Comunhão

Ó Deus, governai com amor a vossa Igreja, que alimentastes nesta sagrada ceia, para que, conduzida por vossa mão poderosa, veja crescer a sua liberdade e conserve a integridade da fé. Por Cristo, nosso Senhor.

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Homilia do dia 10/11/2022
O Reino de Deus não vem ostensivamente

“O Reino de Deus não vem ostensivamente. Nem se poderá dizer: ‘Está aqui’ ou ‘Está ali’, porque o Reino de Deus está entre vós”.

Quando chegará o Reino de Deus? A essa pergunta dos fariseus responde Jesus, não diretamente, mas com a afirmação rotunda de que o Reino de Deus já chegou, e não de forma ostensiva, perceptível pelos sentidos do corpo, mas como realidade espiritual, da qual só nos podemos aperceber pelo sensus superior da fé. Isso não significa, porém, que a presença do Reino de Deus seja uma “ficção”, um conceito oriundo de nossas carências mais profundas, no qual creríamos só para alcançar um estado zen, de autoconvencimento, e paz consigo e com o “universo”. O Reino de Deus está entre nós de forma objetiva e concreta, porque este Reino, nas palavras de Orígenes, é o próprio Filho de Deus encarnado, que se deixou ver e palpar em carne humana. Ora, se o Reino não é senão o Verbo encarnado, e se toda carne é visível, como podemos dizer que o Reino é espiritual, acessível apenas aos olhos da fé? Por dois motivos fundamentais: primeiro, porque é somente pela fé sobrenatural que podemos, a partir dos tantos sinais que rodeiam a pessoa de Cristo, alcançar a sua natureza divina, que opera por meio de sua humanidade santíssima; segundo, porque é somente por essa mesma fé que o Reino de Deus, isto é, Cristo Jesus, que está entre nós, passa a estar também dentro de nós. É pela fé que o Reino, uma vez reconhecido, pode reinar efetivamente em nossa alma, que é o trono que mais agrada o Coração de Cristo. É nesse sentido que diz o Senhor que o Reino não vem ostensivamente: as realidades cá de fora, incluindo os milagres de Cristo, não têm outra função além de nos conduzir aqui para dentro, para a intimidade da nossa alma, que é onde Deus quer verdadeiramente reinar, para ali ser adorado e servido gentilmente.

Deus abençoe você!

Nossa Missão
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Homilia Diária | Em defesa da verdadeira fé católica (Memória de São Leão Magno, Papa e Doutor)

A Igreja celebra hoje a memória de um dos maiores papas da história: São Leão Magno, que governou a barca de Pedro num período de grandes turbulências não só doutrinais, devido à irrupção de muitas heresias, mas ainda temporais, graças ao assédio bárbaro que, em pouco tempo, faria ruir o Império Romano do Ocidente.Assista à homilia do Padre Paulo Ricardo para esta quinta-feira, dia 10 de novembro, e peçamos a Deus, que se dignou colocar à frente da Igreja o bem-aventurado Leão Magno, que nos conceda a graça de perseverarmos até o fim na sã doutrina da salvação.


https://youtu.be/1G_pKlOFxQ8
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Santo do dia 10/11/2022

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São Leão Magno (Memória)
Local: Roma, Itália
Data: 10 de Novembro† 461


Pouco se sabe sobre sua vida anterior ao pontificado. Fazia parte do clero da Igreja de Roma, provavelmente como diácono junto ao papa Sisto III, em cujo nome desempenhou várias missões delicadas.

Por ocasião da morte de Sisto III ele ainda se achava na Gália quando recebeu a notícia de que tinha sido eleito para a cátedra de São Pedro. Imediatamente depois de sua ordenação episcopal em 29 de setembro de 440, ele começou a desdobrar suas capacidades excepcionais de pastor e de governante.

Os tempos eram então muito conturbados. O Império Romano ocidental esfacelava-se ante as avalanches de invasores do norte europeu. Também a Igreja vivia agitada por questões internas, sobretudo de cunho doutrinal. Num século sentiu-se sacudida por quatro grandes heresias: o arianismo, o pelagianismo, o nestorianismo e o monofisismo, que deixaram feridas profundas. O nome do papa Leão está intimamente ligado à luta contra o monofisismo, heresia propagada pelo monge Êutiques, que sustentava haver em Cristo não duas naturezas, mas uma só, a divina, que teria absorvido em si a natureza humana. Negava-se assim o caráter plenamente humano de Jesus Cristo. Estando a par destas agitações doutrinárias no Oriente, Leão I dirigiu ao arcebispo de Constantinopla a célebre Carta Dogmática a Flaviano. Depois de muitos impasses nas discussões sobre o assunto, no concílio ecumênico reunido em Calcedônia em 451, os Padres conciliares ouviram a exposição da doutrina católica segundo a Carta Dogmática, exclamando após a leitura: "Pedro falou pela boca de Leão".

Quanto à questão da doutrina católica, o papa Leão interveio em muitos outros casos, junto aos bispos, nas mais diversas regiões, tanto no Ocidente como no Oriente. Leão Magno elevou o papado, fazendo brilhar o primado de Pedro. Sua voz na função de Pedro foi ouvida em toda a Igreja.

Marcante ficou também na história da Itália a atitude de Leão Magno frente aos invasores bárbaros. Ao saber que Átila, chefe dos hunos, invadira o norte da Itália, destruindo tudo a ferro e fogo, em 452, o Papa saiu-lhe corajosamente ao encontro, conseguindo que os invasores não prosseguissem sua marcha até Roma e que voltassem para a Panônia (Hungria). Em 455, outro chefe vândalo, Genserico, à frente dos hunos, depois de devastar o norte da África, desembarcou na Itália e entrou em Roma. Desta vez, o Papa conseguiu apenas que se poupassem as vidas e não se incendiasse a cidade. Nestas emergências, o bispo de Roma praticamente já estava agindo como um senhor territorial, tentando salvar o que restava do antigo Império Romano Ocidental.

Grande foi a atuação do papa Leão como chefe espiritual da cristandade e de sua querida cidade de Roma. Pela oração, pelo exemplo e, sobretudo, por seus sábios escritos, concorreu para consolidar a disciplina eclesiástica, elevar os costumes do povo, conservar a ortodoxia da fé e aperfeiçoar o culto litúrgico, em todo o Ocidente. Célebres ficaram seus sermões ou homilias, proferidos nas solenidades do Ano litúrgico. Destes sermões se conservam 96 autênticos, junto com 143 cartas; são documentos preciosos para a história e o dogma. Seus sermões e suas cartas tiveram grande influência na elaboração dos textos litúrgicos dos diversos tempos e mistérios de Cristo celebrados durante o ano, particularmente sobre as orações e os prefácios dos mistérios da revelação do Verbo de Deus, o ciclo de Natal.

Mestre e mistagogo, centralizou sua missão no mistério de Cristo homem-Deus, professado na doutrina do Verbo encarnado, atualizado nas celebrações litúrgicas e testemunhado na vida: "cumprir nas obras o que é celebrado no sacramento". Naquela época, a função de pregar estava limitada aos bispos, e ele se aplicou a ela sistematicamente, instruindo os fiéis de Roma que ele pretendia transformar em modelo para outras igrejas. Nos seus sermões ou homilias encontramo-lo a enfatizar a prática da esmola e outros aspectos sociais da vida cristã e a expor os ensinamentos da Igreja Católica, especialmente os referentes à Encarnação. A seu nome se liga o fundo eucológico mais antigo do Missal romano. O primeiro Sacramentário da Igreja de Roma (livro do sacerdote presidente) foi, por séculos, atribuído a ele, o Sacramentário Leoniano, hoje, chamado Sacramentário Veronense.

O papa Leão faleceu no ano 461 e a posteridade brindou-o com o título de Magno, pois por muitas razões foi ele o mais insigne Papa anterior à queda do Império Romano Ocidental e o que por mais tempo dirigiu a Igreja Romana até aquele período.

A Oração coleta lembra a função de Leão Magno na defesa da Igreja fundada sobre a rocha inabalável dos Apóstolos. Que pelos méritos do papa São Leão ela permaneça firme na verdade e goze paz para sempre. A Oração sobre as oferendas realça a Igreja como o rebanho guiado por seus pastores. Que seus pastores sejam do agrado de Deus. A Oração depois da Comunhão também fala da Igreja de Deus. Que ela, conduzida pela mão poderosa de Deus, veja crescer a sua liberdade e conserve a integridade da fé. Portanto, a São Leão Magno se atribuem sobretudo a integridade da fé, a liberdade diante dos poderosos desta terra e o crescimento do rebanho na caridade.

As Antífonas do Benedictus e do Magnificat realçam a figura e a missão de Pedro, tornadas presentes no papa Leão. Num dos seus sermões natalinos o papa Leão comentava: Nosso Senhor, amados filhos, nasceu hoje como Salvador: alegremo-nos. Não pode haver tristeza quando nasce a vida... O Filho de Deus assumiu a natureza do homem para reconciliá-lo com seu Criador, de modo que o demônio, autor da morte, fosse vencido pela mesma natureza que ele antes vencera. Toma consciência, ó cristão, da tua dignidade, e, já que participas da natureza divina, não voltes aos erros de antes por um comportamento indigno de tua condição. Pelo sacramento do Batismo te tornaste templo do Espírito Santo.

O Prefácio III do Natal do Senhor talvez possa resumir bem o que ensinou e viveu o papa Leão: Por ele (Jesus Cristo, Senhor nosso), realiza-se hoje o maravilhoso encontro que nos dá vida nova em plenitude. No momento em que vosso Filho assume nossa fraqueza, a natureza humana recebe uma incomparável dignidade; ao tornar-se ele um de nós, nós nos tornamos eternos.

Referência:
BECKHÄUSER, Frei Alberto. Os Santos na Liturgia: testemunhas de Cristo. Petrópolis: Vozes, 2013. 391 p. Adaptações: Equipe Pocket Terço.

São Leão Magno, rogai por nós!

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