12 Sex
Dec
13 Sáb
Dec
14 Dom
Dec
15 Seg
Dec
16 Ter
Dec

Santa Luzia, Virgem e Mártir, Memória

Apoiadores do Pocket Terço
Terço com imagens no Youtube
Reze os Mistérios Gloriosos com imagens

Antífona de entrada

A virgem forte, oferta de pureza, oblação de castidade, agora segue o Cordeiro por nós crucificado.

Ou:


Feliz a virgem que, renunciando a si mesma e tomando sua cruz, imitou o Senhor, o esposo das virgens e príncipe dos mártires.
Dilexísti iustítiam, et odísti iniquitátem: proptérea unxit te Deus, Deus tuus, óleo laetítiae prae consórtibus tuis. Ps. Eructávit cor meum verbum bonum: dico ego ópera mea regi. (Ps. 44, 8 et 2)
Vernáculo:
Vós amais a justiça e odiais a maldade. É por isso que Deus vos ungiu com seu óleo, deu-vos mais alegria que aos vossos amigos. Sl. Transborda um poema do meu coração; vou cantar-vos, ó Rei, esta minha canção; minha língua é qual pena de um ágil escriba. (Cf. LH: Sl 44, 8 e 2)

Coleta

Senhor, a gloriosa intercessão de Santa Luzia, virgem e mártir, reanime o nosso fervor para que, celebrando hoje o seu martírio, contemplemos um dia as realidades eternas. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus, e convosco vive e reina, na unidade do Espírito Santo, por todos os séculos dos séculos.

Primeira Leitura (Is 40, 25-31)


Leitura do Livro do Profeta Isaías


25“Com quem haveis de me comparar, e a quem seria eu igual?” – fala o Santo. 26Levantai os olhos para o alto e vede: Quem criou tudo isto? – Aquele que expressa em números o exército das estrelas e a cada uma chama pelo nome: tal é a grandeza e força e poder de Deus que nenhuma delas falta à chamada. 27Então, por que dizes, Jacó, e por que falas, Israel: “Minha vida ocultou-se da vista do Senhor e meu julgamento escapa ao do meu Deus?” 28Acaso ignoras, ou não ouviste? O Senhor é o Deus eterno que criou os confins da terra; ele não falha nem se cansa, insondável é sua sabedoria; 29ele dá coragem ao desvalido e aumenta o vigor do mais fraco. 30Cansam-se as crianças e param, os jovens tropeçam e caem, 31mas os que esperam no Senhor renovam suas forças, criam asas como as águias, correm sem se cansar, caminham sem parar.

— Palavra do Senhor.

— Graças a Deus.


Salmo Responsorial (Sl 102)


℟. Bendize, ó minha alma, ao Senhor.


— Bendize, ó minha alma, ao Senhor, e todo o meu ser, seu santo nome! Bendize, ó minha alma, ao Senhor, não te esqueças de nenhum de seus favores! ℟.

— Pois ele te perdoa toda culpa e cura toda a tua enfermidade; da sepultura ele salva a tua vida e te cerca de carinho e compaixão; ℟.

— O Senhor é indulgente, é favorável, é paciente, é bondoso e compassivo. Não nos trata como exigem nossas faltas, nem nos pune em proporção às nossas culpas. ℟.


https://youtu.be/Ppl0jP8MXYI
℟. Aleluia, Aleluia, Aleluia.
℣. Eis que o Senhor há de vir, a fim de salvar o seu povo; felizes são todos aqueles que estão prontos para ir-lhe ao encontro. ℟.

Evangelho (Mt 11, 28-30)


℣. O Senhor esteja convosco.

℟. Ele está no meio de nós.


℣. Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo  segundo Mateus 

℟. Glória a vós, Senhor.


Naquele tempo, tomou Jesus a palavra e disse: 28“Vinde a mim todos vós que estais cansados e fatigados sob o peso dos vossos fardos, e eu vos darei descanso. 29Tomai sobre vós o meu jugo e aprendei de mim, porque sou manso e humilde de coração, e vós encontrareis descanso. 30Pois o meu jugo é suave e o meu fardo é leve”.

— Palavra da Salvação.

— Glória a vós, Senhor.


Antífona do Ofertório

Afferéntur regi vírgines: próximae eius afferéntur tibi in laetítia et exsultatióne: adducéntur in templum regi Dómino. (Ps. 44, 15. 16)


Vernáculo:
Em vestes vistosas ao Rei se dirige, e as virgens amigas lhe formam cortejo; entre cantos de festa e com grande alegria, ingressam, então, no palácio real. (Cf. LH: Sl 44, 15. 16)

Sobre as Oferendas

Senhor, os dons que vos apresentamos na celebração de Santa Luzia sejam do vosso agrado, como vos foi precioso o combate do vosso martírio. Por Cristo, nosso Senhor.



Antífona da Comunhão

O Cordeiro, que está no meio do trono, os conduzirá às fontes da água da vida. (Ap 7, 17)
Príncipes persecúti sunt me gratis, et a verbis tuis formidávit cor meum: laetábor ego super elóquia tua, quasi qui invénit spólia multa. (Ps. 118, 161. 162; ℣. Ps. 118, 1. 41. 85. 87. 113. 123. 157. 166. 174)
Vernáculo:
Os poderosos me perseguem sem motivo; meu coração, porém, só teme a vossa lei. Tanto me alegro com as palavras que dissestes, quanto alguém ao encontrar grande tesouro. (Cf. LH: Sl 118, 161. 162)

Depois da Comunhão

Ó Deus, que coroastes Santa Luzia ente os santos pela dupla vitória da virgindade e do martírio, concedei-nos, pela força deste sacramento, superar com firmeza todo mal e alcançar a glória celeste. Por Cristo, nosso Senhor.

Homilia do dia 13/12/2023


Encontre no Senhor o descanso necessário para a sua vida


“Vinde a mim todos vós que estais cansados e fatigados sob o peso dos vossos fardos, e eu vos darei descanso.” (Mateus 11,28)

Hoje, mais uma vez, somos confortados por essa palavra divina que nos convida ao descanso, e não é um descanso qualquer.

Podemos descansar de várias outras formas. O Senhor, hoje, chama-nos a encontrarmos descanso n’Ele e na Sua amizade. Porque é na proximidade com o Senhor que somos confortados, somos aliviados e encontramos o descanso de tantas coisas que, ao longo da nossa caminhada, vão ali nos desgastando, nos pesando.

Vivemos tantas situações difíceis, sofrimentos, sentimentos de incapacidade, fracassos, quedas, medos, doenças; são tantas as situações que nos deixam cansados, desanimados, e precisamos de uma direção, de um alento. Mas, nessas horas, não basta apenas ter uma direção ou um conselho; pois é preciso, acima de tudo, sentir-se acolhido, é isso que o Senhor hoje nos ensina.

Assim, como somos acolhidos num abraço, onde a pessoa não nos diz nada, mas com aquele abraço podemos sentir que não estamos sozinhos, o Senhor, hoje, nos diz isto: “Você não está sozinho, venha descansar em mim!”.

É na proximidade com o Senhor que somos confortados, somos aliviados e encontramos o descanso de tantas coisas

São em momentos assim, nos desertos da nossa vida, que precisamos de um abraço, não é tanto de conselhos e conversas, às vezes, um abraço, um ombro amigo, um coração manso e humilde que nos acolha.

Jesus nos convida a irmos até Ele, pois é na proximidade com Ele que podemos reconhecer que, de fato, não estamos sozinhos. É na presença do Senhor que somos consolados, que experimentamos esse consolo nos momentos da nossa fraqueza, momentos em que estamos fracos e cansados; é assumindo o jugo do Senhor, reconhecendo que não estamos sozinhos, deixando de viver sozinho.

Você que, talvez, tenha vivido sozinho com esse sentimento de solidão, hoje, o Senhor te convida a experimentar esse abraço, esse consolo onde somos renovados na nossa fraqueza. Não podemos mais caminhar sozinhos; na verdade, você não precisa caminhar sozinho, podemos e devemos dividir o nosso jugo com o Cristo.

Em qualquer circunstância da nossa vida, principalmente quando a cruz nos pesar sobre os ombros, divida o seu peso com Aquele que está sempre conosco.

Desça sobre vós a bênção do Deus Todo-poderoso. Pai, Filho e Espírito Santo. Amém!

Padre Bruno Antonio
Seja um apoiador!
Ajude-nos a manter o Pocket Terço: apoia.se/pocketterco

Homilia Diária | Uma grande intercessora nestes tempos de cegueira (M. de S. Luzia, Virgem e Mártir)

Na jovem Santa Luzia, padroeira de Siracusa e da Sicília, além de protetora das pessoas que têm problemas de visão, a Igreja venera um duplo testemunho: o da virgindade de corpo e de alma, que ela guardou com inigualável heroísmo, e o do martírio, que ela suportou pacientemente por amor a Jesus Cristo, a cujo palácio celeste os próprios anjos conduzem pela mão as almas puras e virginais.Ouça a homilia do Padre Paulo Ricardo para esta quarta-feira, dia 13 de dezembro, e peçamos ao Senhor que, pela intercessão de Santa Luzia, cure-nos da cegueira dos erros e infunda-nos no coração a virtude da santa pureza.


https://youtu.be/OZHQnfUWGIk

Santo do dia 13/12/2023

Santa Luzia (Memória)
Local: Siracusa, Itália
Data: 13 de Dezembro† 304/305


Santa Luzia, cujo nome evoca a luz, é mencionada no Cânon romano. Poucas são as notícias realmente históricas, que chegaram até nós desta mártir siciliana. Provavelmente, ela foi martirizada em Siracusa sob Diocleciano por volta do ano 304. Uma inscrição encontrada nas catacumbas de Siracusa atesta o culto a Luzia no fim do século IV ou começo do século V. O culto passou também a Roma e deixou sua marca no Canon romano da Missa, onde Luzia é lembrada ao lado de outra mártir siciliana, Santa Águeda.

A lenda posterior veio embelezar a vida de Luzia, fazendo dela não apenas uma mártir da fé, como também uma propagadora do ideal da castidade consagrada a Deus. A Antífona das Vésperas, tirada da narração da sua paixão, saúda-a como "esposa de Cristo": Ó Santa Luzia, esposa de Cristo, paciente lutando, ganhastes a vida, banhada de sangue vencestes o mundo e agora brilhais entre os coros dos anjos.

Segundo a passio, a história de sua paixão, surgida entre os séculos V e VI, Santa Luzia pertencia a uma rica e nobre família cristã de Siracusa. Recebeu primorosa educação cristã, de modo que se sentiu dominada pelo amor a Cristo, emitindo, desde cedo, o voto de perpétua virgindade. Ficando órfã de pai, sua mãe desejava que Luzia contraísse matrimônio com um jovem de distinta família, mas pagão. Na sua perplexidade, Luzia pediu que lhe fosse concedido um prazo de tempo para melhor amadurecer sua resolução de castidade pela oração. A mãe adoeceu e ambas teriam feito uma romaria ao túmulo de Santa Águeda, em Catânia. Por intercessão de Santa Águeda, Luzia conseguiu a cura de sua mãe. Após a longa oração Luzia encontrou a mãe completamente curada. Voltaram para Siracusa e aí surgiu novamente a proposta de casamento que ela recusou terminantemente. O jovem que nutria a esperança de casar com Luzia, tendo notícia da obstinada recusa e do gesto em favor dos pobres a quem distribuíra seus bens, transformou o amor em ódio e denunciou-a perante o governador Pascásio. Perante o juiz que lhe intimava a sacrificar aos deuses e manter a palavra do casamento, Luzia respondeu: "Nem uma, nem outra coisa farei". O processo continuou com ameaças de todo tipo. Por último, foi decapitada.

À lenda acrescentou-se, mais tarde, outro dado, algo chocante, frequente objeto das representações artísticas: em resposta contundente ao seu algoz, o prefeito Pascásio, que a manteve presa e a cobiçava para sua mulher, Luzia arrancou os olhos e lhos enviou numa bandeja. É daí que Santa Luzia é invocada como protetora contra as doenças dos olhos e padroeira dos lapidadores. Esta devoção provavelmente se deu à luz da lenda da doação dos olhos acima lembrada ou ao fato de que o nome Luzia se liga à palavra luz, sinônimo de luminosa, luzidia.

A Oração coleta não entra nos elementos lendários da vida de Santa Luzia. Lembra diante de Deus a virgem e a mártir, tendo ela conquistado através do seu martírio a dupla coroa, a da virgindade e a do martírio. Faz finalmente alusão à luz, pedindo que possamos contemplar, um dia, a sua glória: Ó Deus, que a intercessão da gloriosa virgem Santa Luzia reanime o nosso fervor, para que possamos hoje celebrar o seu martírio e contemplar, um dia, a sua glória.

Referência:
BECKHÄUSER, Frei Alberto. Os Santos na Liturgia: testemunhas de Cristo. Petrópolis: Vozes, 2013. 391 p. Adaptações: Equipe Pocket Terço.

Santa Luzia, rogai por nós!

Textos Litúrgicos © Conferência Nacional dos Bispos do Brasil