2ª feira da 3ª Semana do Advento
Antífona de entrada
Vernáculo:
Alegrai-vos sempre no Senhor! Repito, alegrai-vos! O Senhor está próximo. (Cf. MR: Fl 4, 4-5) Seja a vossa amabilidade conhecida de todos! O Senhor está próximo. (Cf. Bíblia CNBB: Fl 4, 5) Sl. Favorecestes, ó Senhor, a vossa terra, libertastes os cativos de Jacó. (Cf. LH: Sl 84, 2)
Coleta
Inclinai, Senhor, o vosso ouvido de Pai à voz da nossa súplica, e iluminai as trevas do nosso coração com a visita do vosso Filho. Ele, que é Deus, e convosco vive e reina, na unidade do Espírito Santo, por todos os séculos dos séculos.
Primeira Leitura — Nm 24, 2-7. 15-17a
Leitura do Livro dos Números
Naqueles dias, 2Balaão levantou os olhos e viu Israel acampado por tribos. O espírito de Deus veio sobre ele, 3e Balaão pronunciou seu poema: “Oráculo de Balaão, filho de Beor, oráculo do homem que tem os olhos abertos; 4oráculo daquele que ouve as palavras de Deus, que vê o que o poderoso lhe faz ver, que cai, e seus olhos se abrem.
5Como são belas as tuas tendas, ó Jacó, e as tuas moradas, ó Israel! 6Elas se estendem como vales, como jardins ao longo de um rio, como aloés que o Senhor plantou, como cedros junto das águas. 7A água transborda de seus cântaros, e sua semente é ricamente regada. Seu rei é mais poderoso do que Agag, seu reino está em ascensão”.
15E Balaão continuou pronunciando o seu poema: “Oráculo de Balaão, filho de Beor, oráculo do homem que tem os olhos abertos, 16oráculo daquele que ouve as palavras de Deus, e conhece os pensamentos do Altíssimo, que vê o que o Poderoso lhe faz ver, que cai, e seus olhos se abrem.
17aEu o vejo, mas não agora; e o contemplo, mas não de perto. Uma estrela sai de Jacó, e um cetro se levanta de Israel”.
— Palavra do Senhor.
— Graças a Deus.
Salmo Responsorial — Sl 24(25), 4bc-5ab. 6-7bc. 8-9 (R. 4b)
℟. Fazei-me conhecer a vossa estrada, ó Senhor!
— Mostrai-me, ó Senhor, vossos caminhos, e fazei-me conhecer a vossa estrada! Vossa verdade me oriente e me conduza, porque sois o Deus da minha salvação. ℟.
— Recordai, Senhor meu Deus, vossa ternura e a vossa compaixão que são eternas! De mim lembrai-vos, porque sois misericórdia e sois bondade sem limites, ó Senhor! ℟.
— O Senhor é piedade e retidão, e reconduz ao bom caminho os pecadores. Ele dirige os humildes na justiça, e aos pobres ele ensina o seu caminho. ℟.
℣. Mostrai-nos, ó Senhor, vossa bondade e a vossa salvação nos concedei! (Sl 84, 8) ℟.
Evangelho — Mt 21, 23-27
℣. O Senhor esteja convosco.
℟. Ele está no meio de nós.
℣. Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo ✠ segundo Mateus
℟. Glória a vós, Senhor.
Naquele tempo, 23Jesus voltou ao Templo. Enquanto ensinava, os sumos sacerdotes e os anciãos do povo aproximaram-se dele e perguntaram: “Com que autoridade fazes estas coisas? Quem te deu tal autoridade?”
24Jesus respondeu-lhes: “Também eu vos farei uma pergunta. Se vós me responderdes, também eu vos direi com que autoridade faço estas coisas. 25Donde vinha o batismo de João? Do céu ou dos homens?”
Eles refletiam entre si: “Se dissermos: ‘Do céu’, ele nos dirá: ‘Por que não acreditastes nele?’ 26Se dissermos: ‘Dos homens’, temos medo do povo, pois todos têm João Batista na conta de profeta”. 27Eles então responderam a Jesus: “Não sabemos”. Ao que Jesus também respondeu: “Eu também não vos direi com que autoridade faço estas coisas”.
— Palavra da Salvação.
— Glória a vós, Senhor.
Antífona do Ofertório
Benedixísti, Dómine, terram tuam: avertísti captivitátem Iacob: remisísti iniquitátem plebis tuae. (Ps. 84, 2)
Vernáculo:
Favorecestes, ó Senhor, a vossa terra, libertastes os cativos de Jacó. Perdoastes o pecado ao vosso povo. (Cf. LH: Sl 84, 2-3a)
Sobre as Oferendas
Aceitai, Senhor, os dons que vos oferecemos dentre os bens que nos destes; e os santos mistérios, que nos dais celebrar no tempo, se convertam para nós em prêmio de redenção eterna. Por Cristo, nosso Senhor.
Antífona da Comunhão
Vernáculo:
Dizei aos desanimados: coragem, não temais; eis que chega o nosso Deus, ele mesmo nos salvará. (Cf. MR: Is 35, 4)
Depois da Comunhão
Fazei frutificar em nós, Senhor, a participação nos vossos mistérios; eles nos levem a amar desde agora os bens do céu e, caminhando entre as coisas que passam, abraçar as que não passam. Por Cristo, nosso Senhor.
Homilia do dia 15/12/2025
Virtudes celestes
Aleluia, aleluia! A graça se derramou em teus lábios. Por isso, o Senhor te abençoou para sempre. Aleluia!
Argumento. — Os sinedritas perguntam a Jesus com que autoridade expulsou do Templo os vendilhões; Cristo, por sua vez, interroga os sinedritas sobre a origem celeste ou terrestre do batismo de João, com o que nega resposta e confunde os adversários; em seguida, propõe uma parábola, com a qual mostra serem eles piores que os pecadores públicos.
Ocasião da parábola (cf. Mc 11,27-33; Lc 20,1-8). — Os hierarcas do Templo viram com muito maus olhos a entrada triunfal de Cristo na cidade; além disso, não poderiam não sentir que a expulsão dos vendilhões detraía-lhes a autoridade pública, por isso encheram-se de inveja e raiva. Ora, como Jesus gozasse de grande autoridade perante o povo, os sinedritas (príncipes dos sacerdotes, escribas; anciãos) aproximam-se dele, provavelmente de mútuo acordo, e lhe perguntam com que autoridade faz essas coisas (narradas nos vv. precedentes). Jesus não responde à questão proposta, para que os interrogantes, ouvido a verdade, não se irritem ainda mais; mas, propondo-lhes outra questão, quer que eles, solucionando-a, respondam a si mesmos. Por isso lhes pergunta: O batismo de João de onde era? do céu ou dos homens? Grande impasse para os fariseus; se, com efeito, dissermos: do céu, dir-nos-á: Por que então nos crestes nele? i.e. por que não aceitastes a doutrina e o testemunho que ele deu do Messias, fazendo-vos batizar por ele? Se, porém, dissermos: dos homens, tememos a turba, pois todos tinham (gr. ἔχουσιν = têm) João como um profeta, i.e. consideram-no um profeta. Ora, como os judeus não respondem à interrogação feita, sob pretexto de ignorância: Não sabemos, tampouco Cristo responde à deles por razões de justiça: Se me responderdes, eu vos direi…
‘Ele disse-lhes também: Pois nem eu vos digo com que direito faço estas coisas. Eles, por terem respondido que não sabiam, mentiram; era, pois, conveniente que, conforme a resposta deles, o Senhor também lhes dissesse: Nem eu sei; mas como a Verdade não pode mentir, disse: Pois nem eu vos digo, mostrando com isso que eles sabem, mas não querem responder, e que também ele sabe, mas não o diz porque calam o que sabem, e em seguida introduz uma parábola para os acusar de impiedade e ensinar a transferência do reino de Deus para os gentios’ (São Jerônimo, in Matth. iii [= Mt 21,27]: ML 26,155).
Deus abençoe você!
Santo do dia 15/12/2025
Beata Maria Vitória De Fornari-Strata (Memória Facultativa)
Local: Gênova, Itália
Data: 15 de Dezembro † 1617
Pouco depois de sua morte, a bem-aventurada Maria Vitória apareceu a uma sua devota admiradora usando três vestes: a primeira era de cor escura, mas enfeitada de ouro e prata; a segunda também era escura, mas enfeitada com gemas luzentes; a terceira era azul-branca, com branco fulgurante. Prescindindo da sua historicidade, essa visão resume os três estados de vida (casada, viúva e religiosa) através dos quais a santa passou: foi de fato filha, esposa, mãe, viúva e religiosa (fundadora, superiora e simples freira). Deu exemplo das mais diferentes virtudes.
Maria Vitória nasceu em Gênova em 1562, sétima dos nove filhos de Jerônimo e Bárbara Veneroso. Cresceu em ambiente de amor e de piedade e também um pouco austero. A menina talvez tenha desejado entrar na vida religiosa, mas quando os pais lhe encontraram um noivo na pessoa de Ângelo Strata, uniu-se a ele em matrimônio aos 17 anos. Não demoraram a chegar os filhos. Quando Ângelo morreu, oito anos e oito meses após o matrimônio, cinco filhinhos se penduravam na saia da mãezinha de vinte e cinco anos e um sexto nasceria um mês depois.
Não obstante a tranquilidade financeira e os filhos, Maria Vitória se sentiu improvisamente sem nada e atravessou uma tremenda crise, durante a qual invocou muitas vezes a morte. Superada a crise, pronunciou três votos: de castidade, de nunca usar joias e vestidos de seda e de não tomar parte em festas mundanas.
Depois que suas filhas se tornaram cônegas lateranenses e os filhos entraram entre os mínimos, ela se uniu a Vicentina Lomellini Centurione, Maria Tacchini, Chiara Spinola e Cecília Pastori para fundar a Ordem das Irmãs da Anunciação Celeste no mosteiro preparado para elas no castelinho de Génova por Estêvão Centurione, o marido de Vicentina. Ele também abraçou a vida religiosa e sacerdotal. A regra redigida pelo jesuíta Bernardino Zanoni, pai espiritual da Fornari, estimulava as religiosas a uma intima devoção à Bem-aventurada Virgem da Anunciação e estabelecia intensa vida de piedade, pobreza genuína e clausura absoluta. Fundadora e priora, Maria Vitória transcorre os últimos cinco anos como simples religiosa, dando exemplos de humildade e de obediência. Morreu a 15 de dezembro de 1617 e foi beatificada por Leão XII em 1828.
Referência:
SGARBOSSA, Mario; GIOVANNI, Luigi. Um santo para cada dia. São Paulo: Paulus, 1983. 397 p. Tradução de: Onofre Ribeiro. Adaptações: Equipe Pocket Terço.
Beata Maria Vitória De Fornári, rogai por nós!


