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Antífona de entrada

Ergamos os nossos olhos para aquele que tem o céu como trono; a multidão dos anjos o adora, cantando a uma só voz: Eis aquele cujo poder é eterno.
In excélso throno vidi sedére virum, quem adórat multitúdo angelórum, psalléntes in unum: ecce cujus impérii nomen est in aetérnum. Ps. Iubiláte Deo omnis terra: servíte Dómino in laetítia. (Cf. Dan. 7, 9. 10. 13. 14. et Is. 6, 1-3; ℣. Ps. 99)
Vernáculo:
Ergamos os nossos olhos para aquele que tem o céu como trono; a multidão dos anjos o adora, cantando a uma só voz: Eis aquele cujo poder é eterno. (Cf. MR)

Coleta

Ó Deus, atendei como pai às preces do vosso povo; dai-nos a compreensão dos nossos deveres e a força de cumpri-los. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

Primeira Leitura (1Sm 8, 4-7. 10-22a)


Leitura do Primeiro Livro de Samuel


Naqueles dias, 4todos os anciãos de Israel se reuniram, foram procurar Samuel em Ramá, 5e disseram-lhe: “Olha, tu estás velho, e teus filhos não seguem os teus caminhos. Por isso, estabelece sobre nós um rei, para que exerça a justiça entre nós, como se faz em todos os povos”.

6Samuel não gostou, quando lhe disseram: “Dá-nos um rei, para que nos julgue”. E invocou o Senhor. 7O Senhor disse a Samuel: “Atende a tudo o que o povo te diz. Porque não é a ti que eles rejeitam, mas a mim, para que eu não reine mais sobre eles”.

10Samuel transmitiu todas as palavras do Senhor ao povo, que lhe pedira um rei, 11e disse: “Estes serão os direitos do rei que reinará sobre vós: Tomará vossos filhos e os encarregará dos seus carros de guerra e dos seus cavalos e os fará correr à frente do seu carro. 12Fará deles chefes de mil, e de cinquenta homens, e os empregará em suas lavouras e em suas colheitas, na fabricação de suas armas e de seus carros.

13Fará de vossas filhas suas perfumistas, cozinheiras e padeiras. 14Tirará os vossos melhores campos, vinhas e olivais e os dará aos seus funcionários. 15Das vossas colheitas e das vossas vinhas ele cobrará o dízimo, e o destinará aos seus eunucos e aos seus criados. 16Tomará também vossos servos e servas, vossos melhores bois e jumentos, e os fará trabalhar para ele. 17Exigirá o dízimo de vossos rebanhos, e vós sereis seus escravos.

18Naquele dia, clamareis ao Senhor por causa do rei que vós mesmos escolhestes, mas o Senhor não vos ouvirá”. 19Porém, o povo não quis dar ouvidos às razões de Samuel, e disse: “Não importa! Queremos um rei, 20pois queremos ser como todas as outras nações. O nosso rei administrará a justiça, marchará à nossa frente e combaterá por nós em todas as guerras”.

21Samuel ouviu todas as palavras do povo e repetiu-as aos ouvidos do Senhor. 22aMas o Senhor disse-lhe: “Faze-lhes a vontade, e dá-lhes um rei”.

— Palavra do Senhor.

— Graças a Deus.


Salmo Responsorial (Sl 88)


℟. Ó Senhor, eu cantarei eternamente o vosso amor.


— Quão feliz é aquele povo que conhece a alegria; seguirá pelo caminho, sempre à luz de vossa face! Exultará de alegria em vosso nome, dia a dia, e com grande entusiasmo exaltará vossa justiça. ℟.

— Pois sois vós, ó Senhor Deus, a sua força e sua glória, é por vossa proteção que exaltais nossa cabeça. Do Senhor é o nosso escudo, ele é nossa proteção, ele reina sobre nós, é o Santo de Israel! ℟.


https://youtu.be/-suSIWG1Hxc
℟. Aleluia, Aleluia, Aleluia.
℣. Um grande profeta surgiu entre nós e Deus visitou o seu povo, aleluia. (Lc 7, 16) ℟.

Evangelho (Mc 2, 1-12)


℣. O Senhor esteja convosco.

℟. Ele está no meio de nós.


℣. Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo  segundo Marcos 

℟. Glória a vós, Senhor.


1Alguns dias depois, Jesus entrou de novo em Cafarnaum. Logo se espalhou a notícia de que ele estava em casa. 2Reuniram-se ali tantas pessoas, que já não havia lugar, nem mesmo diante da porta. E Jesus anunciava-lhes a Palavra.

3Trouxeram-lhe, então, um paralítico, carregado por quatro homens. 4Mas não conseguindo chegar até Jesus, por causa da multidão, abriram então o teto, bem em cima do lugar onde ele se encontrava. Por essa abertura desceram a cama em que o paralítico estava deitado. 5Quando viu a fé daqueles homens, Jesus disse ao paralítico: “Filho, os teus pecados estão perdoados”. 6Ora, alguns mestres da Lei, que estavam ali sentados, refletiam em seus corações: 7“Como este homem pode falar assim? Ele está blasfemando: ninguém pode perdoar pecados, a não ser Deus”.

8Jesus percebeu logo o que eles estavam pensando no seu íntimo, e disse: “Por que pensais assim em vossos corações? 9O que é mais fácil: dizer ao paralítico: ‘Os teus pecados estão perdoados’, ou dizer: ‘Levanta-te, pega a tua cama e anda’?

10Pois bem, para que saibais que o Filho do Homem tem, na terra, poder de perdoar pecados, — disse ele ao paralítico: — 11eu te ordeno: levanta-te, pega tua cama, e vai para tua casa!”

12O paralítico então se levantou e, carregando a sua cama, saiu diante de todos. E ficaram todos admirados e louvavam a Deus, dizendo: “Nunca vimos uma coisa assim”.

— Palavra da Salvação.

— Glória a vós, Senhor.


Antífona do Ofertório

Iubiláte Deo omnis terra: iubiláte Deo omnis terra, servíte Dómino in laetítia: intráte in conspéctu eius in exsultatióne, quia Dóminus ipse est Deus. (Ps. 99, 1. 2)


Vernáculo:
Aclamai o Senhor, ó terra inteira, servi ao Senhor com alegria, ide a ele cantando jubilosos! (Cf. LH: Sl 99, 1. 2)

Sobre as Oferendas

Possa agradar-vos, ó Deus, a oferenda do vosso povo; que ela nos obtenha a santificação e o que confiastes vos pedimos. Por Cristo, nosso Senhor.



Antífona da Comunhão

De vós, Senhor, brota a vida, na vossa luz veremos a luz. (Sl 35, 10)

Ou:

Eu vim para que tenham a vida e a tenham cada vez mais, diz o Senhor. (Jo 10, 10)
Notas mihi fecísti vias vitae: adimplébis me laetítia com vultu tuo, Dómine. (Ps. 15, 11; ℣. Ps. 15, 1. 2. 5. 6. 8. 9. 10)
Vernáculo:
Vós me ensinais vosso caminho para a vida; junto a vós, felicidade sem limites, delícia eterna e alegria ao vosso lado! (Cf. LH: Sl 15, 11)

Depois da Comunhão

Deus todo-poderoso, que refazeis as nossas forças pelos vossos sacramentos, nós suplicamos a graça de vos servir por uma vida que vos agrade. Por Cristo, nosso Senhor.

Homilia do dia 14/01/2022
O que é o perdão dos pecados?

“O que é mais fácil dizer ao paralítico: ‘Os teus pecados estão perdoados’, ou dizer: ‘Levanta-te, pega a tua cama e anda?’” (Mc 2, 9).

No Evangelho de hoje, Jesus perdoa os pecados a um paralítico. É a cena comovedora de quatro amigos que abrem um buraco no teto para descer aquele pobre infeliz e pô-lo diante de Jesus. O Senhor repousa sobre ele o seu olhar de misericórdia, vê que a maior necessidade dele não é andar, mas estar na graça de Deus. Por isso lhe perdoa os pecados. A reação das pessoas é de espanto, sobretudo ao verem um homem querer perdoar pecados. Seria uma blasfêmia, seria tomar o lugar de Deus. No entanto, para provar que tinha esse poder, Jesus cura o paralítico. Precisamos parar e refletir sobre o que significa, realmente, o perdão dos pecados. Em primeiro lugar, é importante notar que o perdão só existe no mundo espiritual, e não no mundo material. Quando somos feridos, fica em nós a cicatriz. A natureza não perdoa, mas deixa sequelas do que aconteceu. Se alguém quebra um objeto, é possível remendá-lo com cola; mas ele não voltará nunca a ser o que foi. No mundo material não existe o recriar; ora, é nisso que o perdão consiste. O perdão é como que uma recriação, um voltar ao estado originário, é dizer: “Sim, tu cometeste uma grave ofensa, eu porém, que não apenas te dei a vida e a graça, vou também te perdoar, isto é, dar-te muito mais”. Trata-se de uma realidade espiritual, desconhecida, portanto, no mundo material e animal. É por isso que, se nos apegamos ao mundo da carne, ao mundo do homem que não se eleva, tampouco saberemos o que é perdoar e ser perdoado. Quantas vezes as pessoas vêm-se confessar e, embora já tenham recebido antes o perdão, dizem: “Padre, eu já confessei esse pecado tantas vezes, mas eu não me ‘sinto’ perdoado”! É claro, o sentimento é algo animal, é parte daquela dimensão material, sensitiva, que não conhece o perdão. É preciso dar o passo da fé. É preciso enxergar com os olhos da fé, como nos mostra Jesus no Evangelho de hoje. Com o soerguimento daquele aleijado, nós vemos algo prodigioso acontecer também na natureza: a natureza, que não perdoa, está doente; aquela a paralisia não tem cura, não há como voltar atrás sem sequelas. Mas Jesus a faz dar um “salto”, um “pulo” para um estado que ela não tem força e capacidade de produzir. Com seu milagre, Jesus recria aquele corpo e, “perdoando” aquela doença, aponta para algo além, invisível, a saber: para o fato do que, pelo perdão de nossos pecados no confessionário, Ele opera algo tão ou mais prodigioso do que a cura física. S. Agostinho chega a dizer que o milagre da salvação de um pecador e da justificação de um ímpio é maior do que a criação do céu e da terra, por ser um ato superior a toda a matéria. Para vivermos o perdão, precisamos nos colocar diante do olhar de Deus, mesmo que seja preciso abrir o teto de casa, mesmo que custe estar sob o olhar de Cristo e, no confessionário, ouvir dele: “Teus pecados estão perdoados”.

Deus abençoe você!

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Homilia Diária | O salário do pecado é a morte (Sexta-feira da 1.ª Semana do Tempo Comum)

Jesus, ao ver o aleijado descido do teto, percebeu que o maior problema dele não era a paralisia que o impedia de caminhar com as pernas, mas a paraplegia do seu coração, espiritualmente morto e incapaz de amar. Foi por isso que, antes de lhe curar o corpo, o Senhor perdoou-lhe primeiro os pecados.Assista à homilia do Padre Paulo Ricardo para esta sexta-feira, dia 14 de janeiro, e peçamos juntos à Virgem Maria que nos conceda a graça de reconhecermos a gravidade do pecado e a necessidade que temos de nos confessar com frequência.


https://youtu.be/NSol2yxgWAs

Santo do dia 14/01/2022


São Felix de Nola (Memória Facultativa)
Local: Nola, Itália
Data: 14 de Janeiro † s. III/IV


Em Nola, na Campânia, refugiara-se o santo bispo Máximo em paramos desertos, quando da perseguição de Décio, em 250. Os perseguidores saíram, então, no encalço de São Félix, que Máximo ordenara sucessivamente leitor, exorcista, finalmente sacerdote, e que destinava para seu sucessor. Preso, foi Félix carregado de correntes. O chão cobriram-no de cacos para que não pudesse repousar. Entretanto, o bispo Máximo, na montanha deserta para a qual se havia retirado, estava prestes a morrer de fome e frio, deitado no chão sobre espinhos, exposto às injúrias do ar, sem alimento, arcado pelos anos, pela tristeza e pela inquietação em prol da salvação do seu rebanho, orando noite e dia. Deus não o abandonou.

No meio da noite, surgiu um anjo na prisão de Félix e, com a voz e o esplendor da luz, o despertou. A principio julgou Félix que se tratava de um sonho, e dizia que as correntes, as portas e os guardas o impediam de o seguir. Ordenou-lhe o anjo que se levantasse; os ferros caem-lhe das mãos, do pescoço e dos pés, as portas abrem-se, os guardas continuam a dormir; Félix sai e, por caminhos desconhecidos, chega ao lugar onde se achava o santo ancião Máximo, prestes a dar o derradeiro suspiro. Reconhecendo-o, abraça-o e beija-o, mas encontra-o frio. sem voz, sem pulso, sem movimento. Restava-lhe apenas alguma respiração. A primeira coisa que fazer era dar-lhe alguma comida. Félix procura, roga, e percebe, finalmente, acima da cabeça um cacho de uvas; pega-o, aproxima-o da boca do ancião moribundo, que já tinha os dentes apertados e nada mais ouvia. Afasta-lhe os lábios ressequidos, aperta a baga e faz deslizar o suco. O enfermo readquire um pouco de força, volta-lhe a palavra, reconhece Félix e diz-lhe: "Vindes muito tarde; há muito que Deus me havia prometido o vosso auxílio. O estado em que me achais bem evidencia que não fugi por medo à morte; o que fiz foi desconfiar da fraqueza do corpo. Por favor, levai-me ao meu Félix põe-no aos ombros e leva-o. O bispo vivia pobremente, e como criadagem tinha apenas uma velha,

O próprio Félix, após receber a bênção de Máximo, que lhe colocou sobre a cabeça a mão, ficou oculto durante algum tempo em sua casa. Legara-lhe o pai grandes haveres, mas ele distribuíra a maior parte aos pobres. Tendo-se aliviado um pouco a perseguição, mostrou-se ao povo fiel, a quem instruía pelas palavras e mais ainda pelo exemplo do que havia sofrido. Os pagãos não conseguiram suportá-lo muito tempo. Foram na casa e, sabendo que fora para a cidade, onde ensinava os cristãos, para lá acudiram empunhando espadas. Mas ou porque Deus os cegasse, ou porque alterasse o rosto do santo, não lograram os pagãos reconhecê-lo. Ao próprio Félix perguntaram onde estava. Ele, percebendo naquilo a mão de Deus, disse-lhes, rindo, que desconhecia inteiramente o tal Félix que andavam procurando. Os perseguidores retiraram-se para outra banda e continuavam sempre a perguntar pelo paradeiro de Félix, quando alguém lhes afirmou que se tratava da mesma pessoa à qual tinham dirigido a palavra pouco antes. Imediatamente refizeram o caminho. Mas o santo, advertido pela bulha do povo, ocultou-se num casebre que dava para a praça. Estando aberta como estava teria sido agarrado, se no momento não tivesse feito a sua teia uma aranha, fechando a abertura das ruínas. Os perseguidores acharam que seria loucura supor que um homem tivesse podido passar por lá sem romper a teia, e, certos de que tinham sido objeto de chacota, afastaram-se. Quando sobreveio a noite, Félix rumou para um bairro mais distante, onde, sendo conduzido por Deus, descobriu uma velha cisterna quase seca, numa estreita abertura entre duas casas. Lá se acomodou e lá viveu, ao que dizem, seis meses. Numa das casas vizinhas, havia uma santa mulher que o alimentou durante todo o tempo, sem o saber, pois quando amassava pão ou cozia carne, ia pô-los no peitoril da cisterna, sem saber o que fazia, certa de que os guardava na casa, e logo se esquecendo do que fazia e por onde fora ou voltara. Deus nutriu. assim. milagrosamente o servidor, até que a paz voltasse à Igreja. Foi São Paulino, que de cônsul romano se fez bispo de Nola, quem nos contou tais atos e milagres de São Félix.

Referência:
ROHRBACHER, Padre. Vida dos santos: Volume I. São Paulo: Editora das Américas, 1959. Edição atualizada por Jannart Moutinho Ribeiro; sob a supervisão do Prof. A. Della Nina. Adaptações: Equipe Pocket Terço. Disponível em: obrascatolicas.com. Acesso em: 31 dez. 2021.

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