Apoiadores do Pocket Terço
Terço com imagens no Youtube
Reze os Mistérios Gloriosos com imagens

Antífona de entrada

Simeão disse a Maria: Teu filho será causa de queda e de ressurreição para muitos. Ele será sinal de contradição e teu coração será transpassado como por uma espada. (Lc 2, 34-35)

Coleta

Ó Deus, quando o vosso Filho foi exaltado, quisestes que sua Mãe estivesse de pé, junto à cruz, sofrendo com ele. Dai à vossa Igreja, unida a Maria na paixão de Cristo, participar da ressurreição do Senhor. Que convosco vive e reina, na unidade do Espírito Santo.

Primeira Leitura (Hb 5, 7-9)


Leitura da Carta aos Hebreus


7Cristo, nos dias de sua vida terrestre, dirigiu preces e súplicas, com forte clamor e lágrimas, àquele que era capaz de salvá-lo da morte. E foi atendido por causa de sua entrega a Deus. 8Mesmo sendo Filho, aprendeu o que significa a obediência a Deus por aquilo que ele sofreu. 9Mas, na consumação de sua vida, tornou-se a causa de salvação eterna para todos os que lhe obedecem.

Para ver a liturgia sem propagandas, acesse pelo aplicativo. Baixe aqui

Salmo Responsorial (Sl 30)


R. Salvai-me pela vossa compaixão, ó Senhor Deus!


— Senhor, eu ponho em vós minha esperança; que eu não fique envergonhado eternamente. Porque sois justo, defendei-me e libertai-me; apressai-vos, ó Senhor, em socorrer-me! R.

— Sede uma rocha protetora para mim, um abrigo bem seguro que me salve! Sim, sois vós a minha rocha e fortaleza; por vossa honra orientai-me e conduzi-me! R.

— Retirai-me desta rede traiçoeira, porque sois o meu refúgio protetor! Em vossas mãos, Senhor, entrego o meu espírito, porque vós me salvareis, ó Deus fiel! R.

— A vós, porém, ó meu Senhor, eu me confio, e afirmo que só vós sois o meu Deus! Eu entrego em vossas mãos o meu destino; libertai-me do inimigo e do opressor! R.

— Como é grande, ó Senhor, vossa bondade, que reservastes para aqueles que vos temem! Para aqueles que em vós se refugiam, mostrando, assim, o vosso amor perante os homens. R.


https://youtu.be/xjmdrMBWuHE
Para ver a liturgia sem propagandas, acesse pelo aplicativo. Baixe aqui

Sequência

Esta Sequência pode ser proclamada de modo facultativo, integralmente, ou na forma abreviada, a partir das estrofe: *Ó Santa Mãe, por favor,...

De pé a Mãe dolorosa,
junto da cruz, lacrimosa,
via Jesus que pendia.

No coração transpassado
sentia o gládio enterrado
de uma cruel profecia.

Mãe entre todas bendita,
do Filho único aflita,
a imensa dor assistia.

E, suspirando, chorava,
e da cruz não se afastava,
ao ver que o Filho morria.

Pobre mãe tão desolada,
ao vê-la assim transpassada,
quem de dor não choraria?

Quem na terra há que resista,
se a mãe assim se contrista
ante uma tal agonia?

Para salvar sua gente,
eis que seu Filho inocente
suor e sangue vertia.

Na cruz por seu Pai chamando,
vai a cabeça inclinando,
enquanto escurece o dia.

Faze, ó Mãe, fonte de amor,
que eu sinta em mim tua dor,
para contigo chorar.

Faze arder meu coração,
partilhar tua paixão
e teu Jesus consolar.

(forma abreviada)

Ó Santa Mãe, por favor,
faze que as chagas do amor
em mim se venham gravar.

O que Jesus padeceu
venha a sofrer também eu,
causa de tanto penar.

Ó dá-me, enquanto viver,
com Jesus Cristo sofrer,
contigo sempre chorar!

Quero ficar junto à cruz,
velar contigo a Jesus,
e o teu pranto enxugar.

Virgem Mãe tão Santa e pura,
vendo eu a tua amargura,
possa contigo chorar.

Que do Cristo eu traga a morte,
sua paixão me conforte,
sua cruz possa abraçar!

Em sangue as chagas me lavem
e no meu peito se gravem,
para não mais se apagar.

No julgamento consegue
que às chamas não seja entregue
quem soube em ti se abrigar.

Que a Santa cruz me proteja,
que eu vença a dura peleja,
possa do mal triunfar!

Vindo, ó Jesus, minha hora,
por essas dores de agora,
no céu mereça um lugar.

R. Aleluia, Aleluia, Aleluia.
V. Feliz a Virgem Maria, que, sem passar pela morte, do martírio ganha a palma, ao pé da cruz do Senhor! R.

Evangelho (Jo 19, 25-27)


V. O Senhor esteja convosco.

R. Ele está no meio de nós.


V. Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo  segundo João 

R. Glória a vós, Senhor.


V. Naquele tempo, 25perto da cruz de Jesus, estavam de pé a sua mãe, a irmã da sua mãe, Maria de Cléofas, e Maria Madalena. 26Jesus, ao ver sua mãe e, ao lado dela, o discípulo que ele amava, disse à mãe: “Mulher, este é o teu filho”. 27Depois disse ao discípulo: “Esta é a tua mãe”. Daquela hora em diante, o discípulo a acolheu consigo.


Ou:


Evangelho (Lc 2, 33-35)


V. O Senhor esteja convosco.

R. Ele está no meio de nós.


V. Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas 

R. Glória a vós, Senhor.


V. Naquele tempo, 33o pai e a mãe de Jesus estavam admirados com o que diziam a respeito dele. 34Simeão os abençoou e disse a Maria, a mãe de Jesus: “Este menino vai ser causa tanto de queda como de reerguimento para muitos em Israel. Ele será um sinal de contradição. 35Assim serão revelados os pensamentos de muitos corações. Quanto a ti, uma espada te traspassará a alma”.

Sobre as Oferendas

Acolhei, Deus de misericórdia, estas preces e oferendas em vosso louvor, na festa da Virgem Maria, que nos destes por mãe compassiva, quando estava de pé junto à cruz. Por Cristo, nosso Senhor.



Antífona da Comunhão

Vós, que participais dos sofrimentos de Cristo, alegrai-vos, para que, ao manifestar-se a sua glória, vossa alegria não tenha limites. (1Pd 4, 13)

Depois da Comunhão

Ó Deus, tendo recebido o sacramento da eterna redenção, nós vos pedimos humildemente que, recordando as dores de Nossa Senhora, completemos em nós, para o bem da Igreja, o que falta à paixão do Cristo. Que vive e reina para sempre.

Para ver a liturgia sem propagandas, acesse pelo aplicativo. Baixe aqui

Homilia do dia 15/09/2021
Nossas dores intensificam a nossa fidelidade a Deus

“Perto da cruz de Jesus, estavam de pé a sua mãe, a irmã da sua mãe, Maria de Cléofas, e Maria Madalena” (João 19,25).

Hoje, celebramos Nossa Senhora das Dores. Nas dores de Maria contemplamos as dores da humanidade, mas contemplamos, especialmente, as dores de todas as mães, de todas as mulheres que encontram, na figura de Maria, luz e graça para o sofrimento de cada dia.

Maria nos mostra que uma pessoa sendo toda de Deus sofre por ser de Deus, mas é um sofrimento que tem sentido, é um sofrimento redentor e salvador. Vivemos em um mundo que quer anular o sofrimento, mas é o mundo que causa o próprio sofrimento. Porque, na verdade, é o mundo que ilude as pessoas de que elas não vão sofrer, mas é o próprio mundo que causa o sofrimento.

Sofremos com o mundo que rejeita a Deus; e, por abraçarmos a Deus, somos rejeitados por este mundo. Maria se colocou para ser toda de Deus, escolhida e chamada; o preço que Ela pagou pela sua fidelidade é o sofrimento.

Sofremos para sermos fiéis, mas não é um sofrimento vazio, não é um sofrimento estéril. De forma alguma! Aqui é o sofrimento no seu sentido mais pleno, é o sofrimento que tem significado, é o sofrimento que produz frutos de salvação e de redenção. Desde quando aceitou ser a Mãe do Salvador, Maria experimentou no seu ser diversas formas do sofrer: da incompreensão de José; do não ter um lugar para gerar seu Filho; da fuga para o Egito; da apresentação do seu Filho no templo, onde Simeão profetiza que uma espada há de transpassar a sua alma. Ela sofreu quando perdeu o seu filho no templo, adolescente, três dias sem saber onde Ele estava. Maria foi provada.


As dores de Maria são as dores de homens e mulheres que buscam com toda a intensidade viver a fidelidade a Deus

Há quem olhe para Ela apenas sem pecado, e isso não quer dizer que Ela não foi provada e não passou por provações; foram muitas as provações, mas Ela respondeu com a graça de Deus a todas.

Provação não é para nos induzir ao pecado, pelo contrário, é para repelirmos o pecado e permanecermos na graça. Por isso, Maria, sendo provada, sofreu por amor, sem deixar de ser fiel, permanecendo firme na graça.

Contemplemos, hoje, o sofrimento de uma Mãe que vê seu filho ser maltratado, rejeitado e pregado numa cruz. Contemplemos o sofrimento da Mãe que alimentou, amamentou e deu seu sangue para que seu Filho tivesse vida, Ela agora vê o sangue do seu Filho vertendo na cruz.

As dores de Maria são as dores da humanidade, de homens e mulheres que buscam com toda a intensidade viver a fidelidade a Deus, a dignidade humana em meio às lágrimas, às lutas, mas não desanimam nem desistem, porque olham para Deus e, n’Ele, encontram um sentido muito profundo, até e principalmente, para o próprio sofrimento.

Deus abençoe você!

Pe. Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.
Facebook/padrerogeramigo
Seja um apoiador!
Ajude-nos a manter o Pocket Terço: apoia.se/pocketterco

Para ver a liturgia sem propagandas, acesse pelo aplicativo. Baixe aqui
Homilia Diária | Um Deus de amor faz filhos de amor (Memória de Nossa Senhora das Dores)

A piedade cristã sempre associou a Virgem Maria à paixão de seu Filho. Os evangelhos no-la apresentam aos pés da cruz, e os olhos da fé permitem descobrir, no silêncio do seu Coração Imaculado, as dores e angústias que só uma alma verdadeiramente amante de Deus poderia experimentar ante o espetáculo, ao mesmo tempo divino e atroz, do sacrifício do Calvário. Assista à homilia do Padre Paulo Ricardo para esta quarta-feira, dia 15 de setembro, e peçamos a Cristo, nosso Redentor, que nos associe aos compadecimentos de sua Mãe Santíssima, para que aprendamos a amá-lo de verdade e a detestar sinceramente o que Ele, com sua cruz, veio destruir: o pecado, a indiferença e a ingratidão ao seu amor.

https://youtu.be/7kcuT-ghoYQ
Para ver a liturgia sem propagandas, acesse pelo aplicativo. Baixe aqui

Santo do dia 15/09/2021


Nossa Senhora das Dores (Memória)
Data: 15 de Setembro


A sensibilidade de piedosa compaixão do povo cristão está eloquentemente expressa no quadro da Pietà. Nossa Senhora das Dores recebe no colo o filho morto apenas tirado da cruz. É o momento que se reveste da incomensurável dor de uma paixão humana e espiritual única: a conclusão do sacrifício de Cristo, cuja morte na cruz é o ponto culminante da Redenção. Mas como a morte de Cristo está já implícita, como em embrião, desde os primeiros momentos de sua existência de homem, também a compaixão está implícita no inicial: “Faça-se em mim segundo a tua palavra”. Como mãe, Maria assume implicitamente os sofrimentos de Cristo, em cada momento de sua vida. Eis porque a imagem da Pietà típica da arte gótica e do Renascimento (a mais conhecida é a escultura de Michelangelo) exprime só um momento desta dor da Virgem Mãe.

A devoção, que precede a celebração litúrgica, fixou simbolicamente as sete dores da Co-redentora, correspondentes a outros tantos episódios narrados pelo Evangelho: a profecia do velho Simeão, a fuga para o Egito, a perda de Jesus aos doze anos durante a peregrinação à Cidade Santa, o caminho de Jesus para o Gólgata, a crucificação, a deposição da cruz, a sepultura. Mas como o objeto do martírio de Maria é o martírio do Redentor, desde o século XV encontramos as primeiras celebrações litúrgicas acerca da compaixão de Maria aos pés da cruz, colocada no tempo da Paixão ou logo após as festividades pascais. Em 1667 a Ordem dos Servitas, inteiramente dedicada à devoção de Nossa Senhora (os sete santos Fundadores no século XIII instituíram a “Companhia de Maria Dolorosa”) obteve a aprovação da celebração litúrgica das sete Dores da Virgem, que durante o pontificado de Pio VII foi acolhida no calendário romano e lembrada no terceiro domingo de setembro.

Pio X fixou a data definitiva de 15 de setembro, conservada no novo calendário litúrgico, que mudou o título da festa, reduzida a simples memória: não mais Sete dores de Maria, mas menos especificadamente e mais oportunamente: Virgem Maria Dolorosa. Com este título nós honramos a dor de Maria aceita na redenção mediante a cruz. É junto à Cruz que a Mãe de Jesus crucificado torna-se a Mãe do corpo místico nascido da Cruz, isto é, nós somos nascidos, enquanto cristãos, do mútuo amor sacrifical e sofredor de Jesus e Maria. Eis porque hoje se oferece à nossa devota e afetuosa meditação a dor de Maria.

Referência:
SGARBOSSA, Mario; GIOVANNI, Luigi. Um santo para cada dia. São Paulo: Paulus, 1983. 397 p. Tradução de: Onofre Ribeiro. Adaptações: Equipe Pocket Terço.

Nossa Senhora das Dores, rogai por nós!

Textos Litúrgicos © Conferência Nacional dos Bispos do Brasil