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Antífona de entrada

A cruz de nosso Senhor Jesus Cristo deve ser a nossa glória: nele está nossa vida e ressurreição; para os salvos, como nós, ela é poder de Deus. (Gl 6, 14a; 1Cor 1, 18)
Iusti epuléntur, et exsúltent in conspéctu Dei: delecténtur in laetítia. Ps. Exsúrgat Deus, et dissipéntur inimíci eius: et fúgiant, qui odérunt eum, a fácie eius. (Ps. 67, 4 et 2)
Vernáculo:
Mas os justos se alegram na presença do Senhor rejubilam satisfeitos e exultam de alegria! Sl. Eis que Deus se põe de pé, e os inimigos se dispersam! Fogem longe de sua face os que odeiam o Senhor! (Cf. LH: Sl 67, 4 e 2)

Coleta

Ó Deus, fonte e origem de toda paternidade, que destes aos santos mártires André e seus companheiros serem fiéis à cruz do vosso Filho até a efusão do sangue, concedei, por sua intercessão, que, propagando o vosso amor entre os irmãos, possamos ser chamados vossos filhos e filhas e realmente o sejamos. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

Primeira Leitura (Ap 18, 1-2. 21-23; 19, 1-3. 9a)


Leitura do Livro do Apocalipse de São João


Eu, João, 18, 1vi outro anjo descendo do céu. Tinha grande poder, e a terra ficou toda iluminada com a sua glória. 2Ele gritou com voz poderosa: “Caiu! Caiu Babilônia, a grande! Tornou-se morada de demônios, abrigo de todos os espíritos maus, abrigo de aves impuras e nojentas. 21Nessa hora, um anjo poderoso levantou uma pedra do tamanho de uma grande pedra de moinho e atirou-a ao mar, dizendo: “Com esta força será lançada Babilônia, a Grande Cidade, e nunca mais será encontrada. 22E o canto de harpistas e músicos, de flautistas e tocadores de trombeta, em ti nunca mais se ouvirá; e nenhum artista de arte alguma em ti jamais se encontrará; e o canto do moinho em ti nunca mais se ouvirá; 23e a luz da lâmpada em ti nunca mais brilhará; e a voz do esposo e da esposa em ti nunca mais se ouvirá, porque os teus comerciantes eram os grandes da terra, e com magia tu enfeitiçaste todas as nações. 19, 1Depois disso, ouvi um forte rumor, de uma grande multidão no céu, que clamava: “Aleluia! A salvação, a glória e o poder pertencem ao nosso Deus, 2porque seus julgamentos são verdadeiros e justos. Sim, Deus julgou a grande prostituta que corrompeu a terra com sua prostituição, e vingou nela o sangue dos seus servos”. 3E repetiram: “Aleluia! A fumaça dela fica subindo para toda a eternidade!” 9aE um anjo me disse: “Escreve: Felizes são os convidados para o banquete das núpcias do Cordeiro”.

— Palavra do Senhor.

— Graças a Deus.


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Salmo Responsorial (Sl 99)


℟. São bem-aventurados os que foram convidados para a Ceia Nupcial das bodas do Cordeiro!


— Aclamai o Senhor, ó terra inteira, servi ao Senhor com alegria, ide a ele cantando jubilosos! ℟.

— Sabei que o Senhor, só ele, é Deus, Ele mesmo nos fez e somos seus, nós somos seu povo e seu rebanho. ℟.

— Entrai por suas portas dando graças, e em seus átrios com hinos de louvor; dai-lhe graças, seu nome bendizei! ℟.

— Sim, é bom o Senhor e nosso Deus, sua bondade perdura para sempre, seu amor é fiel eternamente! ℟.


https://youtu.be/3ELhHo5iCNo
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℟. Aleluia, Aleluia, Aleluia.
℣. Levantai vossa cabeça e olhai, pois a vossa redenção se aproxima! (Lc 21, 28) ℟.

Evangelho (Lc 21, 20-28)


℣. O Senhor esteja convosco.

℟. Ele está no meio de nós.


℣. Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas 

℟. Glória a vós, Senhor.


Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: 20“Quando virdes Jerusalém cercada de exércitos, ficai sabendo que a sua destruição está próxima. 21Então, os que estiverem na Judeia, devem fugir para as montanhas; os que estiverem no meio da cidade, devem afastar-se; os que estiverem no campo, não entrem na cidade. 22Pois esses dias são de vingança, para que se cumpra tudo o que dizem as Escrituras.

23Infelizes das mulheres grávidas e daquelas que estiverem amamentando naqueles dias, pois haverá uma grande calamidade na terra e ira contra este povo. 24Serão mortos pela espada e levados presos para todas as nações, e Jerusalém será pisada pelos infiéis, até que o tempo dos pagãos se complete. 25Haverá sinais no sol, na lua e nas estrelas. Na terra, as nações ficarão angustiadas, com pavor do barulho do mar e das ondas. 26Os homens vão desmaiar de medo, só em pensar no que vai acontecer ao mundo, porque as forças do céu serão abaladas. 27Então eles verão o Filho do Homem, vindo numa nuvem com grande poder e glória. 28Quando estas coisas começarem a acontecer, levantai-vos e erguei a cabeça, porque a vossa libertação está próxima”.

— Palavra da Salvação.

— Glória a vós, Senhor.


Antífona do Ofertório

Anima nostra, sicut passer, erépta est de láqueo venántium: láqueus contrítus est, et nos liberáti sumus. (Ps. 123, 7)


Vernáculo:
Nossa alma como um pássaro escapou do laço que lhe armara o caçador; o laço arrebentou-se de repente, e assim nós conseguimos libertar-nos. (Cf. LH: Sl 123, 7)

Sobre as Oferendas

Recebei, Pai santo, as oferendas que vos apresentamos, venerando a paixão dos santos mártires vietnamitas, para que, entre as dificuldades desta vida, possamos ser achados sempre fiéis a vós e apresentados como hóstia agradável. Por Cristo, nosso Senhor.



Antífona da Comunhão

Bem-aventurados os que são perseguidos por causa da justiça, porque deles é o reino dos céus. (Mt 5, 10)
Dico autem vobis amícis meis: ne terreámini ab his, qui vos persequúntur. (Lc. 12, 4; ℣. Ps. 33, 2. 6. 16. 18. 19. 20. 21. 23)
Vernáculo:
A vós, porém, meus amigos, eu digo: não tenhais medo dos que matam o corpo. (Cf. Bíblia CNBB: Lc 12, 4a)

Depois da Comunhão

Na comemoração dos vossos santos mártires, vós nos alimentastes, ó Pai, com o mesmo pão; dai-nos permanecer unidos no vosso amor e receber o prêmio eterno da nossa paciência. Por Cristo, nosso Senhor.

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Homilia do dia 24/11/2022
A Igreja assediada

“Serão mortos pela espada e levados presos para todas as nações, e Jerusalém será pisada pelos infiéis, até que o tempo dos pagãos se complete”.


No Evangelho de hoje, Cristo prenuncia o assédio e a ruína de Jerusalém. Este vaticínio, além de seu sentido histórico, cumprido à letra no ano 70 da nossa era, possui também um significado místico-espiritual, na medida em que a cidade santa de Jerusalém é símbolo da Igreja Católica. Embora a Igreja, ao contrário da antiga capital judaica, não vá nunca ser destruída, segundo a promessa do seu Fundador (cf. Mt 16, 18; 28, 16-10; Jo 14, 15-16), ela deve, sim, ser perseguida e assediada pelos inimigos do nome cristão ao longo dos séculos. No entanto, como toda cidade bem edificada, a Igreja pode ser hostilizada de duas maneiras diferentes: ou externa ou internamente. a) Externamente, assediam a Igreja os que a cercam de fora, perseguindo-a de todos os modos possíveis (calúnias, ameaças, violências, injustiças, detrações, humilhações etc.). b) Internamente, combatem-na os que, desde dentro, buscam atingir e fragilizar os seus fundamentos (difusão de erros e falsas doutrinas, perpetração de escândalos, corrupções de toda sorte etc.). E isto em nada nos deve escandalizar, uma vez que a santidade da Igreja não é incompatível com a existência de pecadores, e às vezes de grandes traidores, em seu seio. A Igreja, com efeito, é santa com santidade ontológica, derivada da santidade daquele que é sua Cabeça e pedra angular (cf. At 3, 14; 1Pd 1, 18-19; 2, 22-24; Tg 5, 6; 1Jo 2, 1; 3, 5; 2Cor 5, 21; Hb 4, 15; 7, 26 etc.). Sabemos, além disso, que o fato de uma pessoa estar dentro da Igreja, seja como leigo, sacerdote ou religioso, não significa, necessariamente, que ela seja membro real do Corpo de Cristo. Como ensinou o Papa Pio VI na constituição “Auctorem fidei”, ao condenar como heréticos os erros do Sínodo de Pistóia, para ser membro da Igreja é necessário, como mínimo, preservar a fé e a obediência à sagrada hierarquia, ainda que se tenha cometido algum pecado mortal, de maneira que uma pessoa que, por heresia ou apostasia, perdeu o dom da fé sobrenatural deixa ipso facto de ser membro atual da Igreja para sê-lo apenas em potência [1]. E não há dúvida de que há muitos hoje em dia que se encontram neste estado lastimável e, às vezes sem darem conta, permanecem nas estruturas eclesiásticas fazendo mais mal do que bem à saúde do Corpo de Cristo. Mas não nos desesperemos, pois já o previra Nosso Senhor, ao dizer da cidade santa: “Jerusalém será pisada pelos infiéis, até que o tempo dos pagãos se complete”. A nós nos cabe ser fiéis, aceitando docilmente tudo o que crê e ensina a Santa Igreja Católica e vivendo conforme a sua salutar doutrina, e rezar pela purificação deste Corpo místico, animados pela esperança que o mesmo Senhor nos dá neste dia: “Quando estas coisas começarem a acontecer, levantai-vos e erguei a cabeça, porque a vossa libertação está próxima”.

Deus abençoe você!

Nossa Missão
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Homilia | O sentido de sofrer por Cristo (Memória de Santo André Dung-Lac e companheiros mártires)

A Igreja celebra hoje a memória dos 117 mártires do Vietnã que, em meados do século XIX, entregaram a vida por amor a Cristo. Dentre esses heróis da fé destaca-se o jovem sacerdote João Teófanes Venard, cujas cartas, testemunho de sua paciência e alegria à espera da coroa do martírio, impactaram a França de sua época e, de modo especial, a vida de Santa Teresinha do Menino Jesus, que encontrou nele um exemplo de constância na dor e na adversidade. Assista à homilia do Padre Paulo Ricardo para esta quinta-feira, dia 24 de novembro, e conheça um pouco mais a história de São João Teófanes Venard.


https://youtu.be/duHhcQUw290
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Santo do dia 24/11/2022

Ouça no Youtube

Santos André Dung-Lac, João Teófanes Venard e companheiros (Memória)
Local: Hanói, Vietnã
Data: 24 de Novembro† 1625-1886


No extremo oriente da Ásia, nas terras do Tonquim, do Aname e da Cochinchina, regiões que hoje formam o Vietnã, o Evangelho já vinha sendo anunciado desde o século XVI. Entre os evangelizadores são contados os Frades da Ordem de São Domingos, naturais da Espanha e membros da Sociedade das Missões Estrangeiras de Paris, que obtiveram abundantes frutos.

Contudo, nos séculos XVII, XVIII e XIX, mais precisamente desde 1625 a 1886, excetuados breves períodos de paz, os governantes dessas regiões tudo fizeram para despertar o ódio contra a religião cristã e os discípulos de Cristo. Quanto mais perseguidos, maior o fervor cristão, tendo como resultado um elevadíssimo número de mártires. São 117 mártires, chamados mártires vietnamitas, canonizados por João Paulo II, em 19 de junho de 1988, na praça de São Pedro em Roma. Todos tinham sido beatificados anteriormente em quatro ocasiões diferentes.

Além do número de mártires, são significativas suas qualificações: 8 bispos, 50 sacerdotes e 59 leigos; a nacionalidade: 96 vietnamitas, 11 espanhóis e 10 franceses; estado religioso: 11 dominicanos, 10 da Sociedade das Missões Estrangeiras de Paris, outros do clero local e um seminarista; e o estado leigo: muitos pais de família, uma mãe, 16 catequistas, 6 militares, 4 médicos, um alfaiate, camponeses, pescadores e chefes de Comunidades cristãs. Seis deles foram martirizados no século XVIII; os outros, entre 1835 e 1862. Grande parte deles foi decapitada; os outros foram estrangulados, queimados vivos, esquartejados, morreram na prisão, em consequência das torturas, porque se recusaram a pisar na cruz de Cristo e a admitir que sua fé fosse falsa.

A comemoração dos mártires vietnamitas foi introduzida como memória obrigatória no Calendário Romano Universal após a sua canonização em 1988. A memória obrigatória quer expressar a universalidade da Igreja de Cristo. Os mártires vietnamitas são um testemunho eloquente desta universalidade tanto em âmbito de regiões do mundo como de representantes de diversas partes do mundo e ainda na variedade de suas qualificações: bispos, sacerdotes, religiosos leigos das mais diversas profissões. O testemunho da fé é vocação de todos os seres humanos.

A Antífona da entrada e a Oração coleta mostram como estes mártires, de condição tão diferente, foram fiéis à cruz de Cristo e suportaram sofrimentos inenarráveis, suportados por amor de Deus, fonte e origem de toda paternidade. Pede-se, por sua intercessão, que "propagando o vosso amor entre os irmãos, possamos ser chamados vossos filhos e filhas e realmente o sejamos". A Oração sobre as oferendas pede que, venerando a paixão dos santos mártires vietnamitas, Deus nos conceda que, entre as dificuldades desta vida, possamos ser achados sempre fiéis a vós e apresentados como hóstia agradável.

Referência:
BECKHÄUSER, Frei Alberto. Os Santos na Liturgia: testemunhas de Cristo. Petrópolis: Vozes, 2013. 391 p. Adaptações: Equipe Pocket Terço.

Santos André Dung-Lac, João Teófanes Venard e companheiros, rogai por nós!

Textos Litúrgicos © Conferência Nacional dos Bispos do Brasil