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Abstinência de carne

Antífona de entrada

Jesus entrou numa aldeia e uma mulher chamada Marta o recebeu em sua casa. (Lc 10, 38)
Dilexísti iustítiam, et odísti iniquitátem: proptérea unxit te Deus, Deus tuus, óleo laetítiae prae consórtibus tuis. Ps. Eructávit cor meum verbum bonum: dico ego ópera mea regi. (Ps. 44, 8 et 2)
Vernáculo:
Vós amais a justiça e odiais a maldade. É por isso que Deus vos ungiu com seu óleo, deu-vos mais alegria que aos vossos amigos. Sl. Transborda um poema do meu coração; vou cantar-vos, ó Rei, esta minha canção; minha língua é qual pena de um ágil escriba. (Cf. LH: Sl 44, 8 e 2)

Coleta

Pai todo-poderoso, cujo Filho quis hospedar-se em casa de Marta, concedei por sua intercessão que, servindo fielmente a Cristo em nossos irmãos e irmãs, sejamos recebidos por vós em vossa casa. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

Primeira Leitura (1Jo 4, 7-16)


Leitura da Primeira Carta de São João


7Caríssimos, amemo-nos uns aos outros, porque o amor vem de Deus e todo aquele que ama nasceu de Deus e conhece Deus. 8Quem não ama, não chegou a conhecer Deus, pois Deus é amor.

9Foi assim que o amor de Deus se manifestou entre nós: Deus enviou o seu Filho único ao mundo, para que tenhamos vida por meio dele. 10Nisto consiste o amor: não fomos nós que amamos a Deus, mas foi ele que nos amou e enviou o seu Filho como vítima de reparação pelos nossos pecados. 11Caríssimos, se Deus nos amou assim, nós também devemos amar-nos uns aos outros. 12Ninguém jamais viu a Deus. Se nos amamos uns aos outros, Deus permanece conosco e seu amor é plenamente realizado entre nós. 13A prova de que permanecemos com ele, e ele conosco, é que ele nos deu o seu Espírito.

14E nós vimos, e damos testemunho, que o Pai enviou o seu Filho como Salvador do mundo. 15Todo aquele que proclama que Jesus é o Filho de Deus, Deus permanece com ele, e ele com Deus. 16E nós conhecemos o amor que Deus tem para conosco, e acreditamos nele. Deus é amor: quem permanece no amor, permanece com Deus, e Deus permanece com ele.

— Palavra do Senhor.

— Graças a Deus.


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Salmo Responsorial (Sl 33)


℟. Bendirei o Senhor Deus em todo o tempo!
Ou: Provai e vede quão suave é o Senhor!


— Bendirei o Senhor Deus em todo o tempo, seu louvor estará sempre em minha boca. Minha alma se gloria no Senhor; que ouçam os humildes e se alegrem! ℟.

— Comigo engrandecei ao Senhor Deus, exaltemos todos juntos o seu nome! Todas as vezes que o busquei, ele me ouviu, e de todos os temores me livrou. ℟.

— Contemplai a sua face e alegrai-vos, e vosso rosto não se cubra de vergonha! Este infeliz gritou a Deus, e foi ouvido, e o Senhor o libertou de toda a angústia. ℟.

— O anjo do Senhor vem acampar ao redor dos que o temem, e os salva. Provai e vede quão suave é o Senhor! Feliz o homem que tem nele o seu refúgio! ℟.

— Respeitai o Senhor Deus, seus santos todos, porque nada faltará aos que o temem. Os ricos empobrecem, passam fome, mas aos que buscam o Senhor não falta nada. ℟.


https://youtu.be/Sa_0-w07unc
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℟. Aleluia, Aleluia, Aleluia.
℣. Eu sou a luz do mundo; aquele que me segue não caminha entre as trevas, mas terá a luz da vida. (Jo 8, 12) ℟.

Evangelho (Jo 11, 19-27)


℣. O Senhor esteja convosco.

℟. Ele está no meio de nós.


℣. Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo  segundo João 

℟. Glória a vós, Senhor.


Naquele tempo, 19muitos judeus tinham vindo à casa de Marta e Maria para as consolar por causa do irmão. 20Quando Marta soube que Jesus tinha chegado, foi ao encontro dele. Maria ficou sentada em casa.

21Então Marta disse a Jesus: “Senhor, se tivesses estado aqui, meu irmão não teria morrido. 22Mas mesmo assim, eu sei que o que pedires a Deus, ele te concederá”. 23Respondeu-lhe Jesus: “Teu irmão ressuscitará”. 24Disse Marta: “Eu sei que ele ressuscitará na ressurreição, no último dia”.

25Então Jesus disse: “Eu sou a ressurreição e a vida. Quem crê em mim, mesmo que morra, viverá. 26E todo aquele que vive e crê em mim, não morrerá jamais. Crês isto?” 27Respondeu ela: “Sim, Senhor, eu creio firmemente que tu és o Messias, o Filho de Deus, que devia vir ao mundo”.

— Palavra da Salvação.

— Glória a vós, Senhor.

 

Ou (escolhe-se um dos Evangelhos)


Evangelho (Lc 10, 38-42)


℣. O Senhor esteja convosco.

℟. Ele está no meio de nós.


℣. Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo  segundo Lucas 

℟. Glória a vós, Senhor.


Naquele tempo, 38Jesus entrou num povoado, e certa mulher, de nome Marta, recebeu-o em sua casa. 39Sua irmã, chamada Maria, sentou-se aos pés do Senhor, e escutava a sua palavra. 40Marta, porém, estava ocupada com muitos afazeres. Ela aproximou-se e disse: “Senhor, não te importas que minha irmã me deixe sozinha, com todo o serviço? Manda que ela me venha ajudar!”.

41O Senhor, porém, lhe respondeu: “Marta, Marta! Tu te preocupas e andas agitada por muitas coisas. 42Porém, uma só coisa é necessária. Maria escolheu a melhor parte e esta não lhe será tirada”.

— Palavra da Salvação.

— Glória a vós, Senhor.


Antífona do Ofertório

Filiae regum in honóre tuo, ástitit regína a dextris tuis in vestítu deauráto, circúmdata varietáte. (Ps. 44, 10)


Vernáculo:
As filhas de reis vêm ao vosso encontro, e à vossa direita se encontra a rainha, com veste esplendente de ouro de Ofir. (Cf. LH: Sl 44, 10)

Sobre as Oferendas

Ó Deus, ouvi as nossas preces, ao proclamarmos vossas maravilhas em Santa Marta, e, assim como vos agradou a sua solicitude, também vos agrade a nossa liturgia. Por Cristo, nosso Senhor.



Antífona da Comunhão

Marta disse a Jesus: Tu és o Cristo, Filho do Deus vivo, que vieste a este mundo. (Jo 11, 27)
Quinque prudéntes vírgines accepérunt óleum in vasis suis cum lampádibus: média autem nocte clamor factus est: Ecce sponsus venit: exíte óbviam Christo Dómino. (Mt. 25, 4. 6; ℣. Ps. 44, 2ab. 11. 12. 13. 14. 15. 16)
Vernáculo:
As prudentes, porém, além das suas lamparinas, levaram óleo nas vasilhas. No meio da noite, ouviu-se um alvoroço: (Cf. Bíblia CNBB: Mt 25, 4. 6) Eis que vem o esposo, ide ao encontro do Cristo, o Senhor! (Cf. MR: Mt 25, 6)

Depois da Comunhão

Ó Pai, que a comunhão do Corpo e Sangue do vosso Filho nos desprenda das coisas perecíveis para que, a exemplo de Santa Marta, vos amemos sempre mais na terra e vos contemplemos eternamente no céu. Por Cristo, nosso Senhor.

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Homilia do dia 29/07/2022
Eu sou a ressurreição e a vida. Quem crê em mim, mesmo que morra, viverá.

Quando Marta soube que Jesus tinha chegado, foi ao encontro dele. Maria ficou sentada em casa. Então Marta disse a Jesus: “Senhor, se tivesses estado aqui, meu irmão não teria morrido. Mas mesmo assim, eu sei que o que pedires a Deus, ele te concederá”. Respondeu-lhe Jesus: “Teu irmão ressuscitará”.

Com alegria, hoje celebramos a memória de Santa Marta, irmã de Maria e de Lázaro. Conhecemos Santa Marta mais pelo episódio do evangelho de São Lucas em que Maria, contemplativa aos pés de Jesus, está ouvindo a Palavra de Deus, enquanto Marta, inquieta e agitada no meio das panelas da cozinha, recebe uma espécie de repreensão de Nosso Senhor. No entanto, se olharmos para essas duas tendências, tanto a de Santa Marta como a de Santa Maria, uma mais ativa, outra mais contemplativa, iremos ver que são duas faces da mesma moeda. Os grandes santos são, sim, sempre grandes contemplativos, mas exatamente por isso são grandes ativos. No evangelho de São João, capítulo 11, em que é narrada a ressurreição de Lázaro, Jesus vai ao encontro dessas irmãs que acabam de perder o irmão, e Marta, quando ouve falar que Jesus chegou, vai imediatamente ao seu encontro. Eis a diligência de Marta. Também nisso ela é para nós um modelo, um modelo dessa prontidão para ir ao encontro do Senhor. Meditemos um pouco a respeito dessa realidade, que é muito importante.

Se queremos verdadeiramente ser de Deus, amigos do Senhor, temos de partir de um princípio fundamental da fé católica: precisamos rezar, mas por quê? “Ah”, dirá alguém, “porque é um preceito moral. Está escrito. Há a obrigação de rezar porque um mandamento nos manda rezar”. Sim, o mandamento existe, mas existe porque, debaixo dele, existe algo na própria realidade: não é possível realizar os atos de Deus, isto é, amar como Deus ama, viver as virtudes dos grandes santos, entregar-se, dando a vida pelo próximo, praticar atos de grande fortaleza, de grande paciência, de grande pureza, sem vida de oração. A finalidade da vida de oração é “colar” nossa alma à de Jesus, ou seja, o nosso coração ao dele, e era exatamente isso que Maria, irmã de Marta, fazia aos pés de Jesus.

De fato, e isso é muito importante, existe uma prioridade da vida contemplativa. Muita gente quer começar já com a ação, isto é, quer sair fazendo coisas, mas não é esse o início da vida cristã. O início dela está no ouvir Jesus, em crer nele. Só assim Ele poderá ir mudando nosso coração, unindo-o ao seu. Precisamos primeiro estar com Jesus. Foi isso, afinal, que Ele mesmo fez com os Apóstolos. Jesus, diz o evangelho de São Marcos, chamou os doze, escolheu aqueles que quis para que estivessem com Ele. Esse estar com Jesus, esse vinde, para ouvir Jesus, para que a palavra vá transformando o coração, eis aí vida de oração. É uma vida de escuta da verdade de Cristo para transformar o próprio interior.

Uma vez que temos um coração diferente, modificado, a autenticidade da vida de oração se demonstra na vida do dia a dia. Com efeito, se rezamos direito, nossa vida muda, começamos a agir diferente, passamos a ter uma vida prática como Marta, realizando obras de santidade. Pode ser que, no início, essas obras sejam quase imperceptíveis, mas com o passar do tempo, no dia a dia, temos de ir notando ao menos alguma mudança, nem que seja gradual, pequena. Precisamos ver a vida mudar. Afinal, se estamos rezando há muito tempo, mas nossa vida continua a mesma, então há algo de profundamente errado com nossa oração, com nosso jeito de rezar. Como remediá-lo?

Ora, se estamos rezando, mas nossa vida é a mesma de sempre, precisamos entender que a essência da vida de oração é que nos unamos a Jesus, conhecê-lo através da fé e conformar nossa vontade à dele. Temos de ir rezar dispostos a mudar, a perguntar sinceramente: “Jesus, que quereis de mim? No que quereis que eu mude? No que quereis que seja diferente, na minha atitude, no meu jeito de ser?”, e deixemos que Ele transforme nossa vida. Somente assim as coisas ficarão diferentes, e nós, que primeiro fomos Maria contemplativa, iremos nos transformando em Marta ativa porque a vida de oração tornou diferente nosso coração, mais rico em virtudes.

Se estamos rezando, mas não notamos essas mudanças e virtudes, nossa vida de oração precisa mudar. Sem virtudes, nada funciona; sem vida ativa e prática, em que a fornalha de amor que Cristo quer acender em nosso coração se torna fonte de mudança, de atividade, de dinâmica, nada funciona. Que Santa Marta, a agitada Marta, nos ensine hoje a ser contemplativos como Maria e, ao mesmo tempo, ativos numa profunda mudança interior, que se manifeste em atitudes, em opções, em comportamentos, de forma que possamos dizer como todos os grandes santos terminam dizendo: “Vivo, mas não eu; é Cristo quem vive em mim”.

Deus abençoe você!

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Homilia | Estamos dispostos a ser mudados por Cristo? (Memória dos Santos Marta, Maria e Lázaro )

Hoje, memória dos santos da família de Betânia, queremos meditar em particular sobre Santa Marta. Retratada no Evangelho como uma mulher ativa e pronta para servir, esta querida amiga do Senhor forma, ao lado da irmã, a imagem daquela perfeita unidade entre ação e contemplação à qual todos, independentemente do nosso estado de vida, devemos aspirar.Assista à homilia do Padre Paulo Ricardo para esta sexta-feira, dia 29 de julho, e descubra com a santa família de Betânia como a oração pode mudar nossas vidas, dando muitos frutos de santidade!


https://youtu.be/qdkQLhwv394
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Santo do dia 29/07/2022


Santa Marta (Memória)
Data: 29 de Julho † s. I


Santa Marta aparece como figura evangélica feminina assaz simpática e realista. Duas coisas a caracterizam: a hospitalidade e o testemunho de fé na ressurreição dos mortos e na vida eterna.

Marta era irmã de Maria, em geral identificada como Madalena, e de Lázaro. Morava com eles em Betânia, pequena cidade situada pouco além do monte das Oliveiras. Quando Jesus pregava na Judeia, nos intervalos frequentava a casa desses três discípulos. Talvez eles tenham se mudado da Galileia para a Judeia para ficarem mais perto do Mestre amado. São João, de modo especial, nos relata que "Jesus amava Marta e sua irmã Maria e Lázaro". Marta parece ter sido a mais velha e ter a seu encargo o cuidado e a direção do lar, pois, quando Jesus os visitou, São Lucas nos conta que Marta mostrou uma grande solicitude em se ocupar pessoalmente do trabalho de preparar tudo para o seu hóspede.

Em três ocasiões é mencionada Marta no Evangelho em cenas inesquecíveis. O evangelista Lucas nos narra uma das visitas de Jesus à casa de Marta: "Estando em viagem", diz o Evangelho, "entrou Jesus numa aldeia e certa mulher chamada Marta lhe deu hospedagem em sua casa" (cf. Lc 10, 38).

A segunda cena do Evangelho é relativa à morte de Lázaro. Este adoece gravemente, enquanto Jesus se achava longe, na Galileia. Foi solicitada a presença urgente de Jesus, mas ele continuou sua atividade até que chegou outra notícia: Lázaro já está morto. Só então Jesus decidiu viajar para Betânia, a aldeia de Lázaro, lá chegando quatro dias depois do enterro. O diálogo de Marta com Jesus nesta ocasião é um dos mais belos do Evangelho de São João: Apenas Marta ouviu que o Senhor chegara, saiu ao seu encontro. Maria continuava sentada chorando dentro de casa. Disse Marta a Jesus: Senhor, se estivesses estado aqui, meu irmão não teria morrido. Mas, ainda agora, sei que tudo quanto pedires a Deus ele te concederá. Afirmou-lhe Jesus: "Teu irmão ressuscitará"! "Eu sei", tornou-lhe a dizer Marta, "que ressuscitará na ressurreição do último dia". Jesus lhe disse: "Eu sou a Ressurreição e a Vida; todo aquele que crê em mim, mesmo que esteja morto, viverá e todo o que vive e crê em mim, não morrerá jamais".

Outro fato referente a Marta se deu a seis dias antes da Páscoa (cf. Jo 12, 1-8). Jesus foi a Betânia, onde estava Lázaro, que ele havia ressuscitado dos mortos. Prepararam ali um jantar para Jesus. Marta estava servindo e Lázaro era um dos que estavam à mesa com Jesus. Maria unge os pés de Jesus com um frasco de um perfume de nardo puro muito caro. Eis novamente Marta servindo aos hóspedes.

Marta transmite uma profunda mensagem evangélica. A hospitalidade constitui uma virtude dos discípulos de Cristo. Aqui se trata de acolher, de criar espaço em nossa vida para o próximo. Esta hospitalidade consiste, sobretudo, na atenção e no serviço. A Antífona da entrada da Missa expressa bem esta atitude evangélica da hospitalidade: Jesus entrou numa aldeia e uma mulher chamada Marta o recebeu em sua casa. O tema da hospitalidade volta na Oração coleta: O Filho de Deus quis hospedar-se em casa de Marta. Que ela nos ajude a servir fielmente a Cristo em nossos irmãos e irmãs.

O aspecto da profissão de fé na ressurreição vem bem expresso na Antífona da Comunhão: Marta disse a Jesus: Tu és o Cristo, Filho do Deus vivo, que vieste a este mundo. Marta foi a discípula de Cristo que fez com que o Senhor Jesus se revelasse como a Ressurreição e a Vida. Marta, mulher realista ,de pés no chão, sempre disposta a acolher e a servir, uma dimensão importante da vida cristã e de toda a Igreja.

Santa Marta, rogai por nós!

Referência:
BECKHÄUSER, Frei Alberto. Os Santos na Liturgia: testemunhas de cristo. Petrópolis: Vozes, 2013. 391 p. Adaptações: Equipe Pocket Terço.

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