3ª feira da 30ª Semana do Tempo Comum
Antífona de entrada
Vernáculo:
Exulte o coração que busca a Deus! Procurai o Senhor Deus e seu poder, buscai constantemente a sua face. (Cf. MR: Sl 104, 3-4) Sl. Dai graças ao Senhor, gritai seu nome, anunciai entre as nações seus grandes feitos! (Cf. LH: Sl 104, 1)
Coleta
Deus eterno e todo-poderoso, aumentai em nós a fé, a esperança e a caridade e, para merecermos alcançar o que prometeis, fazei-nos amar o que ordenais. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus, e convosco vive e reina, na unidade do Espírito Santo, por todos os séculos dos séculos.
Primeira Leitura (Ef 5, 21-33)
Leitura da Carta de São Paulo aos Efésios
Irmãos, 21vós que temeis a Cristo, sede solícitos uns para com os outros. 22As mulheres sejam submissas aos seus maridos como ao Senhor. 23Pois o marido é a cabeça da mulher, do mesmo modo que Cristo é a cabeça da Igreja, ele, o Salvador do seu Corpo. 24Mas como a Igreja é solícita por Cristo, sejam as mulheres solícitas em tudo pelos seus maridos. 25Maridos, amai as vossas mulheres, como o Cristo amou a Igreja e se entregou por ela. 26Ele quis assim torná-la santa, purificando-a com o banho da água unida à Palavra. 27Ele quis apresentá-la a si mesmo esplêndida, sem mancha nem ruga nem defeito algum, mas santa e irrepreensível. 28Assim é que o marido deve amar a sua mulher, como ao seu próprio corpo. Aquele que ama a sua mulher ama-se a si mesmo. 29Ninguém jamais odiou a sua própria carne. Ao contrário, alimenta-a e cerca-a de cuidados, como o Cristo faz com a sua Igreja; 30e nós somos membros do seu corpo! 31Por isso o homem deixará seu pai e sua mãe e se unirá à sua mulher, e os dois serão uma só carne. 32Este mistério é grande, e eu o interpreto em relação a Cristo e à Igreja. 33Em todo caso, cada um, no que lhe toca, deve amar a sua mulher como a si mesmo; e a mulher deve respeitar o seu marido.
— Palavra do Senhor.
— Graças a Deus.
Salmo Responsorial (Sl 127)
℟. Felizes todos que respeitam o Senhor!
— Feliz és tu se temes o Senhor e trilhas seus caminhos! Do trabalho de tuas mãos hás de viver, serás feliz, tudo irá bem! ℟.
— A tua esposa é uma videira bem fecunda no coração da tua casa; os teus filhos são rebentos de oliveira ao redor de tua mesa. ℟.
— Será assim abençoado todo homem que teme o Senhor. O Senhor te abençoe de Sião, cada dia de tua vida. ℟.
℣. Graças te dou, ó Pai, Senhor do céu e da terra, pois revelaste os mistérios do teu Reino aos pequeninos, escondendo-os aos doutores! (Cf. Mt 11, 25) ℟.
Evangelho (Lc 13, 18-21)
℣. O Senhor esteja convosco.
℟. Ele está no meio de nós.
℣. Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo ✠ segundo Lucas
℟. Glória a vós, Senhor.
Naquele tempo, 18Jesus dizia: “A que é semelhante o Reino de Deus, e com que poderei compará-lo? 19Ele é como a semente de mostarda, que um homem pega e atira no seu jardim. A semente cresce, torna-se uma grande árvore, e as aves do céu fazem ninhos nos seus ramos”. 20Jesus disse ainda: “Com que poderei ainda comparar o Reino de Deus? 21Ele é como o fermento que uma mulher pega e mistura com três porções de farinha, até que tudo fique fermentado”.
— Palavra da Salvação.
— Glória a vós, Senhor.
Antífona do Ofertório
Domine, vivífica me secúndum elóquium tuum: ut sciam testimónia tua. (Ps. 118, 107. 125)
Vernáculo:
Senhor, dai-me mais vida, segundo a vossa palavra, para conhecer os vossos mandamentos. (Cf. MRQ: Sl 118, 154. 125)
Sobre as Oferendas
Olhai benigno, nós vos pedimos, Senhor, os dons que vos apresentamos, e nossa celebração seja, antes de tudo, para a vossa glória. Por Cristo, nosso Senhor.
Antífona da Comunhão
Ou:
Cristo nos amou e se entregou a Deus por nós em oblação de suave odor. (Ef 5, 2)
Vernáculo:
Nós nos alegraremos na vossa salvação e no nome do nosso Deus exultaremos. (Cf. MR: Sl 19, 6)
Depois da Comunhão
Os vossos sacramentos, Senhor, realizem o que significam, a fim de que um dia possamos entrar em plena posse do mistério que agora em ritos celebramos. Por Cristo, nosso Senhor.
Homilia do dia 29/10/2024
Como o Reino de Deus cresce em nós?
“O Reino de Deus é como a semente de mostarda, que um homem pega e atira no seu jardim. A semente cresce, torna-se uma grande árvore, e as aves do céu fazem ninhos nos seus ramo”.
No Evangelho de hoje, Jesus apresenta duas pequenas parábolas sobre o reino de Deus. Primeiro, compara-o com uma semente de mostarda, que de pequenina cresce e se torna uma grande árvore. Trata-se aqui de uma hipérbole para contrastar a pequenez de uma semente e a grandeza de uma frondosa árvore. A segunda parábola é a da mulher que usa fermento para levedar a massa e fazê-la crescer.O que Jesus quer ensinar com tudo isso? O Senhor fala do reinado de Deus em nossos corações. Mas o que isso quer dizer? Que nós, criados por Deus, somos chamados, graças à salvação de Jesus, a participar da vida de Deus no céu. Isso é o reino de Deus: um dia, iremos participar da felicidade do Pai, do Filho e do Espírito Santo.Mas essa realidade, que iremos viver em plenitude apenas no céu, começa já aqui na terra. Cristo nos veio trazer a semente do reino de Deus, a qual, apesar de pequenina, tem um enorme poder transformador. Quando aceitamos com fé a pregação evangélica, renunciamos ao pecado, somos batizados ou buscamos a Confissão, Jesus planta em nosso coração uma semente, uma modificação em nossa alma que nos impele a fazer crescer a graça em nós depositada.Em linguagem teológica, dizemos que, ao aceitar Jesus e a fé da Igreja, ser batizados e receber o perdão dos pecados na Confissão, recebemos de Deus a graça santificante, ou seja, uma participação na vida de Deus. É uma “sementinha” plantada em nós que nos dá, entre outras coisas, a capacidade de amar a Deus divinamente.Que fazer para que essa sementinha cresça e se torne uma árvore frondosa? Primeiro, entender que isso não depende exclusivamente de nós. As parábolas da semente de mostarda e do fermento na massa mostram que existe uma dinâmica, um poder, uma dynamis — uma espécie de “dinamite” que Deus coloca dentro de nós através da graça santificante — , mas é Ele quem vai “detoná-la” em nós, isto é, fazer aflorar a santidade. É Ele quem vai nos transformar de cristãos principiantes em grandes santos.Ora, é evidente que isso não acontece por mágica. Deve haver alguma colaboração. Algo devemos fazer para que, dentro do nosso coração, sejam soltas as amarras. É mais ou menos como no Evangelho de ontem, sobre a mulher encurvada: vivemos como que amarrados por dentro, daí que Jesus precise nos libertar; da mesma forma que nós mesmos precisamos colaborar com esse processo, a fim de que a graça de Deus cresça em nós cada vez mais.Para cooperar com a graça e crescer na santidade, existe um “bê-á-bá”, um check-list fundamental. Primeiro, é preciso estar em estado de graça, pois ninguém desenvolve o que não tem. De nada adiantam as técnicas de agronomia para fazer a semente crescer, se não há semente plantada. É necessário abandonar o pecado, crer em Jesus, receber o batismo ou, se já se é batizado, pedir perdão dos pecados mortais na Confissão.Tendo enfim a “sementinha”, é preciso dar um segundo passo: pedir a Deus com frequência que aumente nossa fé. Isso só é possível em uma vida de oração habitual, aberta às transformações que o Senhor deseja realizar. Eis por que a oração deve ter uma característica básica, mas muito esquecida: disposição para mudar e conformar-se à vontade divina.E o que Deus quer mudar? Depois de ter deixado os pecados grosseiros para trás, Deus quer que aos poucos nos voltemos para Ele. Também por isso a oração precisa estar presente na vida cotidiana. Temos de olhar para o dia a dia — família, trabalho, pessoas etc. — e enxergar em tudo a presença de Cristo, Nosso Senhor. Se fizermos isso, estaremos nos desamarrando e libertando do que nos afasta de Deus.Recapitulando. — O primeiro passo é estar em estado de graça; segundo, ter vida de oração generosa, disposta a deixar Deus mudar a alma por dentro; terceiro, deixar que a vida de oração vá transformando a vida cotidiana, de forma que a oração invada o dia inteiro e leve a amar Jesus nas coisas ordinárias. Se assim fizermos, veremos o fermento produzir efeito: a massa vai crescer, isto é, o reino de Deus, a graça santificante, vai desenvolver-se em nossa alma.
Deus abençoe você!
No Evangelho de hoje, Jesus compara o Reino de Deus com um grão de mostarda e com o fermento metido no meio da massa. Ora, dado que o Reino de Deus significa tanto a Igreja quanto os fiéis que a ela estão incorporados, essas duas parábolas permitem entender como a graça de Deus, qual uma força oculta e discreta, atua gradualmente no crescimento tanto da Igreja de Cristo ao longo da história como na alma de cada fiel em particular, em sua própria caminhada de conversão e santificação.Ouça a homilia do Padre Paulo Ricardo para esta terça-feira, 29 de outubro, e aprofunde-se conosco nas riquezas sempre insondáveis do Evangelho!
Santo do dia 29/10/2024
Beata Chiara Luce (Memória Facultativa)
Local: Sassello, Itália
Data: 29 de Outubro† 1990
Chiara Badano nasceu em 29 de outubro de 1971 em Sassello, na diocese de Acqui Terme. Seus pais estavam esperando por ela há 11 anos. Seu nascimento é saudado como uma graça de Nossa Senhora, invocada com fervor no "Santuário das Rochas" por seu pai.
Cresce rodeada de muito amor. É saudável, adora a natureza e as brincadeiras, destaca-se desde cedo pelo amor a Jesus e a Nossa Senhora. Tem um atrativo particular para os “últimos”, que cobre com atenção e pequenos serviços, muitas vezes abrindo mão de momentos de lazer.
No dia da sua primeira comunhão recebe de presente o livro dos Evangelhos. É para ela "um livro magnífico". “Assim como é fácil para mim aprender o alfabeto, também deve ser para viver o Evangelho!”.
Aos 9 anos ingressou no Movimento dos Focolares fundado por Chiara Lubich como GEN (Nova Geração), envolvendo também os pais. A partir daí, sua vida está em alta: ela tenta "sempre colocar Deus em primeiro lugar" e dizer-lhe "sempre sim". Gosta de estudar e sente-o como um “dever” que cumpre com alegria e serenidade, feliz por estar ao lado dos seus companheiros. Depois do primeiro colégio, ela parece mais pálida e um pouco cansada, mas não liga. Ela tem 17 anos e está em plena vitalidade.
No final do verão, durante uma partida de tênis, uma dor aguda no ombro esquerdo a força a largar a raquete. A tomografia computadorizada no hospital S. Corona em Pietra Ligure revela um dos mais graves osteossarcomas com metástases generalizadas.
Em 7 de fevereiro de 1989, ela entrou no hospital Molinette em Torino, onde uma primeira operação foi realizada no dia 28. Ao acordar, em seus lábios: “Se você quiser, Jesus, eu também quero!” Apesar da operação e do tratamento, a doença galopa inexoravelmente. Chiara percebe a situação e dirige-se a Nossa Senhora com um bilhete: “Mãe do Céu… te peço o milagre da cura; se não for da vontade d Ele, peço-lhe a força necessária para nunca desistir ”.
A dor não a impede, nem um gemido em seus lábios. Seu rosto irradia alegria e seus olhos estão sempre brilhantes, apesar do desbotamento progressivo: a perda de cabelo e pernas. Ela não tem medo de morrer. O tão esperado Noivo vem buscá-la na madrugada de 7 de outubro de 1990, após uma noite muito dolorosa.
Para a mãe que estava ao lado dela, afagando-lhe a testa com grande esforço, ela sussurra: “Mãe, seja feliz, porque eu também sou.” E partiu para a verdadeira Vida.
Clique aqui e assista ao Documentário Biográfico de Chiara Luce
Fonte: causesanti.va
Beata Chiara Luce, rogai por nós!