01 Sáb
Jun
02 Dom
Jun
03 Seg
Jun
04 Ter
Jun
05 Qua
Jun
06 Qui
Jun
07 Sex
Jun
08 Sáb
Jun
09 Dom
Jun
10 Seg
Jun
11 Ter
Jun
12 Qua
Jun
13 Qui
Jun
14 Sex
Jun
15 Sáb
Jun
16 Dom
Jun
17 Seg
Jun
18 Ter
Jun
19 Qua
Jun
20 Qui
Jun
21 Sex
Jun
22 Sáb
Jun
23 Dom
Jun
24 Seg
Jun
25 Ter
Jun
26 Qua
Jun
27 Qui
Jun
28 Sex
Jun
29 Sáb
Jun
30 Dom
Jun
Todos os santos

Compartilhar:





Nome: Beato Guido de Cortona Dia 12 de Junho (Memória Facultativa)
Local: Cortona, Itália
Data: 12 de Junho † c. 1245

Quando São Francisco de Assis esteve em Cortona, em 1211, "indo uma vez, dizem os Fioretti, à tarde, à casa de um grande gentil-homem poderoso, foi por ele recebido e hospedado, com o companheiro, como anjos do Paraiso, com grandíssima cortesia e devoção. Pelo que São Francisco lhe tomou grande amor, considerando que ao entrar em casa o tinha abraçado e beijado amigavelmente, e depois que havia lavado os pés e acendido um grande fogo e preparado a mesa com muito boas iguarias: e enquanto comiam, ele com semblante alegre os servia continuamente".

Esse "grande gentil-homem poderoso" chamava-se Guido Vignotelli, depois conhecido como Guido de Cortona.

Ora, prosseguem os Fioretti, tendo acabado de comer São Francisco e o companheiro, disse esse gentil-homem:

— Eis, meu padre, ofereço-me a vós e as minhas coisas: quando precisardes de túnicas ou de manto ou de outra coisa qualquer, comprai que eu pagarei; e vede que estou pronto a prover-vos em todas as vossas necessidades, porque pela graça de Deus eu o posso, porquanto abundo em todos os bens temporais, e tendo-me Ele dado por amor, eu os dou de boa vontade aos seus pobres".

Pelo que, vendo São Francisco tanta cortesia e afabilidade nele e os grandes oferecimentos, concebeu tanto amor por ele que, tendo depois partido, ia dizendo ao seu companheiro:

— Em verdade esse gentil-homem seria bom para a nossa companhia, o qual é tão grato e reconhecido para com Deus e tão amorável e cortês para com o próximo e os pobres. Deves saber, irmão caríssimo, que a cortesia é a irmã da caridade, a qual extingue o ódio e conserva o amor. E porque reconheci nesse bom homem tanta virtude divina, de boa vontade o quereria para companheiro: por isso quero que um dia tornemos a ele, se talvez Deus lhe tocar o coração e ele quiser ser nosso companheiro no serviço de Deus; e, entretanto, pediremos a Deus que lhe ponha no coração, esse desejo e lhe de a graça de pô-lo em prática.

Admirável coisa! Dai a poucos dias, feita que foi a oração por São Francisco, Deus pôs o desejo no coração daquele gentil-homem. E disse São Francisco ao companheiro:

— Vamos, irmão meu, ao homem cortês, por que tenho certa esperança em Deus, que, com a sua cortesia das coisas temporais, ele se dará a si mesmo para nosso companheiro.

E foram, e chegando perto da casa dele, disse São Francisco ao companheiro:

— Espera-me um pouco, porque quero primeiramente pedir a Deus que torne próspero nosso caminho, e que a nobre presa a qual pensamos de arrancar ao mundo, seja por vontade de Cristo concedida a nós pobrezinhos e débeis pela virtude de sua santíssima paixão.

E dito isso, pôs-se em oração, num lugar em que pudesse ser visto pelo dito homem cortês: de onde, como prouve a Deus, olhando ele distraído para aqui e para ali, viu São Francisco estar em oração devotissimamente diante de Cristo, o qual com grande caridade lhe aparecera na dita oração e estava diante dele.

E via São Francisco ser por bom espaço de tempo levantado da terra corporalmente. Pelo que ele foi tão tocado por Deus e inspirado para deixar o mundo, que no mesmo instante saiu do palácio e no fervor de espírito correu para São Francisco e, aproximando-se dele que estava em oração, ajoelhou-se-lhe aos pés e com grandíssima instância e devoção rogou-lhe que permitisse recebê-lo para fazer penitência juntamente com ele.

Então São Francisco, vendo que sua oração era atendida por Deus e o que ele desejava aquele gentil-homem pedia com instância, pôs-se em pé e em fervor e letícia de espirito o abraçou e beijou devotamente, agradecendo a Deus, o qual tinha aumentado sua companhia com um tão perfeito cavaleiro. E dizia aquele gentil-homem a São Francisco:

Que ordenas que eu faça, padre meu? Eis, estou pronto para dar aos pobres, por tua ordem, o que possuo e a seguir contigo a Jesus, descarregado de todas as coisas temporais.

E assim foi que, segundo a ordem de São Francisco, distribuiu seus bens aos pobres e entrou na Ordem e viveu em grande penitência e santidade de vida e conversação honesta.

Perto da morte, Guido, sexagenário, na sua cela do convento de Cortona, viu que São Francisco lhe aparecia, numa visão, dizendo-lhe carinhosamente, porque o amava muitíssimo:

— Meu filho, eis chegado o tempo da recompensa. Tu já penaste suficientemente. Dentro de três dias, à hora de nona, tornarei para levar-te, com a graça de Deus, ao Paraiso.

Com efeito, era em 1245. Guido de Cortona, naquela hora, recebendo nova visita do Pai Seráfico, exclamou:

— Eis meu querido São Francisco! Todos de pé! Vamos com ele!
E morreu.

Referência:
ROHRBACHER, Padre. Vida dos santos: Volume X. São Paulo: Editora das Américas, 1959. Edição atualizada por Jannart Moutinho Ribeiro; sob a supervisão do Prof. A. Della Nina. Adaptações: Equipe Pocket Terço. Disponível em: obrascatolicas.com. Acesso em: 11 jun. 2022.

Beato Guido de Cortona, rogai por nós!






Compartilhar: