Nome: Santa Teresa Benedita da Cruz, Virgem e Mártir (Memória Facultativa)
Local: Auschwitz, Polônia
Data: 09 de Agosto † 1942

Santa Teresa Benedita da Cruz também é conhecida por seu nome de Edith Stein. Pensadora alemã de origem judaica, nasceu em Breslau, na Polônia. Quando ela nasceu Breslau pertencia à Alemanha, sendo integrada à Polônia depois da Segunda Guerra Mundial. O pai morreu quando Edith ainda não tinha completado os 2 anos de idade.

Última de onze irmãos de uma família judia, durante os anos de universidade Edith se declarava ateia. Formou-se na escola do filósofo da "fenomenologia" Husserl, de quem se tornou assistente.

Os anos de estudos passam até que, no ano de 1921, Edith visita um casal convertido ao Evangelho. Na biblioteca deste casal ela encontra a autobiografia de Santa Teresa de Jesus. Edith lê o livro durante toda a noite e garante ter nele encontrado a verdade. Em janeiro de 1922 Edith Stein é batizada e, no dia 2 de fevereiro desse mesmo ano, é crismada pelo bispo de Espira. Em 1932 lhe é atribuída uma cátedra no Instituto Alemão de Pedagogia Científica de Münster, na Alemanha, onde desenvolve a sua própria antropologia, encontrando a maneira de unir ciência e fé. O mundo das ciências via nela com admiração uma das poucas mulheres em condições de comparar-se no campo filosófico com os nomes mais prestigiosos do século.

Contudo, em 1933, ela decidiu tornar-se freira carmelita, assumindo na profissão religiosa o nome de Irmã Teresa Benedita da Cruz. Teresa, em honra de Santa Teresa de Jesus, de quem se tornou filha, e Benedita, em honra de São Bento, cujos monges foram seus diretores espirituais durante anos.

Nesta resolução Edith era tomada de uma irresistível atração que conduz as almas elevadas para o absoluto. Um dom total de si mesma à Verdade que entrevira, ao Verbo que a tinha regenerado.

Sua mãe se sentiu profundamente contrariada diante de sua resolução. Com licença especial das suas superioras, Teresa escrevia todas as semanas à mãe, sem obter qualquer resposta, até que, por fim, recebeu um bilhete da mesa.

Para escapar da perseguição do regime nazista, Ir. Teresa Benedita da Cruz foi transferida do Carmelo de Colônia, na Alemanha, para um Carmelo na Holanda. Mas, quando também a Holanda foi ocupada pelos nazistas, ela foi presa com sua irmã Rosa. Saiu do convento de hábito carmelita que continuou a usar no campo de concentração de Auschwitz, onde ofereceu a sua vida, como ela disse, pela conversão do povo hebreu ao catolicismo.

Pelo seu heroísmo cristão, no dia 1º de maio de 1987, ela foi beatificada por João Paulo II em Colônia e, a 11 de outubro de 1998, foi canonizada pelo mesmo Papa, sob o nome de Santa Teresa Benedita da Cruz.

No dia 1º de outubro de 1999, o papa João Paulo II proclamou Santa Teresa Benedita da Cruz, juntamente com Santa Brígida da Suécia e Santa Catarina de Sena, copadroeira da Europa, pelo particular contributo cristão que outorgou não só à Igreja Católica, mas especialmente à mesma sociedade europeia através do seu pensamento filosófico.

A Oração coleta exalta Edith Stein como flor, filha do povo de Israel, seu reconhecimento de Jesus Cristo como Messias e Salvador, e pede por sua intercessão que todos os homens reconheçam o Cristo Salvador: Ó Deus de nossos pais, que conduzistes a mártir Santa Teresa Benedita ao conhecimento do vosso Filho crucificado e à sua imitação até a morte, concedei que, por sua intercessão, todos os homens reconheçam o Cristo Salvador e cheguem por ele à vossa visão por toda a eternidade.

Referência:
BECKHÄUSER, Frei Alberto. Os Santos na Liturgia: testemunhas de cristo. Petrópolis: Vozes, 2013. 391 p. Adaptações: Equipe Pocket Terço.

Santa Teresa Benedita da Cruz, rogai por nós!

Hino ao Espírito Santo, de Santa Teresa Benedita da Cruz (Edith Stein)

I – Quem és tu, Doce Luz
que me preenche e ilumina a obscuridade do meu coração?
Conduzes-me como a mão de uma mãe.
E se me soltasses, não saberia nem dar mais um passo.
És o espaço que envolve todo meu ser e o encerra em si.
Se fosse abandonada por Ti cairia no abismo do nada,
de onde Tu o elevas ao Ser.
Tu, mais próximo de mim que eu mesmo
e mais íntimo que minha intimidade!
E, sem dúvida, permaneces inalcançável e incompreensível,
E que faz brotar todo nome: Espírito Santo — Amor eterno!

II – Não és Tu o doce maná
que do Coração do Filho flui para o meu,
alimento dos anjos e dos bem aventurados?
Aquele que da morte à vida se elevou,
também a mim despertou
a uma nova vida do sono da morte.
E nova vida me doa dia após dia.
E um dia me cumulará de plenitude.
Vida de minha Vida.
Sim, Tu mesmo, Espírito Santo – Vida Eterna!

III – Tu és o raio que cai do Trono do Juiz eterno
e irrompe na noite da alma,
que nunca se conheceu a si mesma?
Misericordioso e impassível
penetras nas profundezas escondidas.
Se ela se assusta ao ver-se a si mesma,
concedes lugar ao santo temor,
princípio de toda sabedoria que vem do alto,
e no alto com firmeza nos unes à tua obra,
que nos faz novos, Espírito Santo — Raio penetrante!

IV – Tu és a plenitude do Espírito
e da força com a qual o Cordeiro
rompe o selo do segredo eterno de Deus?
Impulsionados por Ti
os mensageiros do Juiz cavalgam pelo mundo
e com espada afiada
separam o reino da luz do reino da noite.
Então surgirá um novo céu e uma nova terra,
e tudo retorna ao seu justo lugar graças a teu alento:
Espírito Santo — Força triunfante!

V – Tu és o mestre construtor da catedral eterna
que se eleva da terra aos céus?
Por Ti vivificadas,
as colunas se elevam para o Alto
e permanecem imóveis e firmes.
Marcadas com o Nome eterno de Deus
se elevam para a Luz, sustentando a cúpula,
que cobre, qual coroa, a santa catedral,
Tua obra transformadora do mundo,
Espírito Santo — Mão criadora!

VI – Tu és quem criou o claro espelho,
próximo ao trono do Altíssimo,
como um mar de cristal
aonde a divindade se contempla amando?
Tu Te inclinas sobre a obra mais bela da criação,
e, resplandecente, Te iluminas com Teu mesmo esplendor.
E a pura beleza de todos os seres,
unida à amorosa figura da Virgem,
Tua Esposa sem mancha,
Espírito Santo — Criador do Universo!

VII – Tu és o doce canto do amor e do santo recato,
que eternamente ressoa diante do trono da Trindade,
e desposa consigo os sons puros de todos os seres?
A harmonia que une os membros com a Cabeça,
onde cada um encontra feliz o sentido secreto de seu ser,
e jubilante irradia,
livremente desprendido em Teu fluir,
Espírito Santo — Júbilo eterno!

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