Nome: Santos Félix e Adauto, Mártires (Memória Facultativa)
Local: Roma, Itália
Data: 30 de Agosto † c. 304

A história destes dois santos parece interessar mais à arqueologia que à devoção. Após o seu martírio, que teve lugar provavelmente durante a perseguição de Diocleciano, nos inícios do século IV, foram sepultados numa cripta do cemitério de Comodila, na via das Sete Igrejas, não muito longe da basílica de são Paulo fora dos muros. A cripta foi transformada pelo papa Sirício em basílica, sucessivamente ampliada e decorada de afrescos pelos papas João I e Leão III. Tornou-se assim meta de peregrinações e de devotos até além da Idade Média, quando catacumbas e santuários caíram no esquecimento ou foram devastados. O cemitério de Comodila e o túmulo de Félix e Adauto foram descobertos em 1720, mas a alegria do reencontro durou pouco, pois alguns dias mais tarde a pequena basílica subterrânea ruiu. As ruínas caíram novamente no esquecimento e descuido até 1903, quando a basílica foi definitivamente restaurada. Descobriu-se um dos mais antigos afrescos paleocristãos, no qual aparece são Pedro recebendo as chaves na presença dos santos Estêvão, Paulo, Félix e Adauto,

Segundo o autor de lendária Paixão, escrita no século VII, quando o culto deles estava muito em voga, Félix era presbítero romano, condenado à morte durante a perseguição de Diocleciano. Enquanto era conduzido ao lugar da execução, no caminho que leva a Óstia, da turma de curiosos e dos companheiros de fé saiu um desconhecido, que foi ao encontro do condenado. Chegando a um passo dos soldados encarregados da execução, exclamou em alta voz que era cristão e queria participar da mesma sorte do presbítero Félix. Após terem feito voar a cabeça do presbítero, com a mesma espada decapitaram o audacioso, que ousara desafiar as leis do imperador: Mas quem era este? Ninguém dos presentes conhecia a identidade e foi chamado simplesmente adauctus (= adjunto), de onde Adauto, "aquele que recebeu junto com Félix a coroa do martírio".

O episódio permaneceu vivo na memória da Igreja romana, que associou os dois mártires numa só comemoração de modo que algumas fontes os definem irmãos. A informação mais antiga acerca dos dois mártires no-la fornece o papa Dâmaso em uma poesia, no qual é elogiado o presbítero Vero por haver-lhes decorado o sepulcro. A difusão do culto deles na Europa setentrional se deu por causa do presente (fragmentos da relíquia destes santos) que o papa Leão IV deu à esposa de Lotário, Hermengarda.

Referência:
SGARBOSSA, Mario; GIOVANNI, Luigi. Um santo para cada dia. São Paulo: Paulus, 1983. 397 p. Tradução de: Onofre Ribeiro. Adaptações: Equipe Pocket Terço.

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