Nome: São Sisto II e companheiros, Mártires (Memória Facultativa)
Local: Roma, Itália
Data: 07 de Agosto † 258

Estamos diante de mártires representantes do clero de Roma. Estas vítimas da perseguição de Valeriano estão ligadas ao mistério da Eucaristia. São Cipriano, bispo de Cartago na África, na penúltima carta que escreve em agosto de 258, informa sobre a morte de Sisto, bispo de Roma. Afirma que de Roma recebeu os editos persecutórios do imperador Valeriano e também a notícia de que o bispo local, Sisto, tinha sido executado no dia seis de agosto. Em setembro, também o bispo Cipriano seria decapitado em Cartago.

A década de 250 a 260 da era cristã foi a mais terrível e, ao mesmo tempo, a mais gloriosa para a Igreja Romana, pois a fúria de dois imperadores, Décio e Valeriano, se abateu contra o cristianismo. Cinco papas: Fabiano, Cornélio, Lúcio, Estêvão e Sisto, em poucos anos, selaram com o sangue a fidelidade a Cristo, tornando gloriosa a cátedra de Pedro. O último da série dos papas mártires, nesta década, é Sisto II, hoje comemorado.

O papa Sisto governou a Igreja apenas um ano, ano cheio de perigos, pois sabia-se visado pela ferocidade imperial. Ele sucedera ao papa Estêvão, mártir, herdando a delicada questão sobre a validade do batismo administrado pelos hereges, questão essa que tanto agitava a Igreja daquele tempo. O papa Sisto II, homem pacífico e de espírito conciliador, embora ficasse firme no costume da Igreja de Roma de não rebatizar os que tinham sido batizados em boa-fé pelos hereges, não se mostrou rigoroso para com os dissidentes, chefiados pelo grande bispo africano São Cipriano, e assim conservou a unidade e a paz na Igreja. Mais tarde deu-se lugar a uma pacífica adoção do costume da Igreja Romana ainda hoje em vigor.

A perseguição de Valeriano nos anos 257-260 visava sobretudo eliminar o clero e destruir os lugares de culto. Muitos cristãos foram presos. Os diáconos Agapito e Felicíssimo foram mortos quando tentavam levar o viático aos cristãos presos, prestes a morrer mártires. Consta que assim se deu também com o jovem Tarcísio, morto na Via Ápia, quando levava, oculta sobre o peito, a Eucaristia aos cristãos na prisão. Sisto foi detido quando celebrava os ofícios litúrgicos na catacumba de Calisto e lá mesmo foi decapitado com quatro de seus diáconos. Esses diáconos eram São Januário, São Vicente, São Magno e Santo Estêvão.

No trajeto em que ia ser levado ao suplício teria se encontrado com o Papa o diácono Lourenço, dirigindo-lhe palavras de conforto. E o papa teria profetizado a morte próxima de Lourenço, que realmente aconteceu quatro dias mais tarde. Assim foram martirizados o Papa e os sete diáconos da Igreja de Roma.

O corpo do papa Calisto II foi colocado na cripta dos papas, no cemitério de São Calisto. Sisto II foi o mais venerado entre os papas que sofreram o martírio depois de São Pedro, sendo citado no cânon da Missa.

Eucaristia e martírio! Constituem as duas formas mais eloquentes de se dar testemunho de Cristo. A Oração coleta traduz bem este mistério: Pai todo-poderoso, que concedestes a São Sisto e seus companheiros a graça de dar a vida por causa da vossa palavra e do testemunho de Jesus, pela força do Espírito Santo, fazei-nos dóceis para acolher a fé e fortes para proclamá-la.

A Eucaristia sempre foi a força do testemunho dos mártires. Que ela possa ser também a força dos cristãos no testemunho de Cristo no dia a dia.

Referência:
BECKHÄUSER, Frei Alberto. Os Santos na Liturgia: testemunhas de cristo. Petrópolis: Vozes, 2013. 391 p. Adaptações: Equipe Pocket Terço.

São Sisto II e companheiros, rogai por nós!

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