Nome: São João e São Paulo, Mártires (Memória Facultativa)
Local: Roma
Data: 26 de Junho † s. IV

João e Paulo, irmãos, foram eunucos de Constantino. Segundo as Atas, ambos, durante uma guerra, conseguiram converter o general Galicano, sob cujas ordens combatiam.

Depois da vitória, aquele cabo de guerra retirou-se para Óstia, e passou a viver ao lado dum santo homem de grande reputação, chamado Hilário. Sabedor do que sucedera com Galicano, Juliano, o Apóstata ordenou que o general sacrificasse aos deuses. O militar rapidamente, antes que o pilhassem, fugiu, buscando o Egito. Ali, pouco depois, capturado por pagãos, sofreu o martírio, entregando a bela alma ao Criador. Hilário, que se deixara ficar em Óstia, teve a mesma sorte daquele que o procurara e que com ele tão pouco convivera.

Em Roma, João e Paulo determinaram não mais tornar ao palácio. Juliano, irritado, fez com que fossem buscá-los. Tarenciano, o encarregado de aos dois homens arrancar a promessa de que sacrificariam aos deuses, encontrou-os na maior disposição de ânimo, prontos a enfrentar o que quer que seja, menos apostatar. E o imperador, no auge da cólera, mandou que os decapitassem e enterrassem na própria casa em que estavam vivendo, isto porque desejava espalhar a notícia de que os dois haviam sido enviados ao exílio - o que de fato se espalhou pela cidade, imediatamente após o martírio.

Morto Juliano, na campanha contra os persas, dois homens que haviam assistido à morte de João e Paulo revelaram às autoridades, agora sob Joviano e a fé do imperador Constantino, o lugar em que os corpos estavam sepultados.

Diz-se que Tarenciano, convertido, escreveu a história dos dois irmãos, que, antes de morrer, haviam incumbido um sacerdote, Crispo, um clérigo, Crispiano, e uma mulher, Benedita, para que lhes distribuíssem os bens entre a pobreza.
Os críticos não depositam nenhuma confiança na autenticidade desta narrativa que acima bosquejamos, simplesmente porque os fatos contradizem a história, uma vez que o imperador apóstata, sobrinho de Constantino, jamais residiu em Roma e, sob seu governo, não ocorreram perseguições sangrentas no Ocidente. Juliano, que repudiou a fé cristã e procurou restabelecer o paganismo, fê-lo, dizem os historiadores, mais por meios suasórios que pela violência, ele mesmo escrevendo em favor das antigas crenças.

Existe, entre a descrição da Paixão e a basílica dos dois santos mártires, uma certa concordância. A basílica, para o arqueólogo cristão, apresenta difícil e interessante problema. Instalada numa casa particular, elevava-se numa das mais antigas ruas de Roma, na região do monte Célio. As pinturas que a revestem, do século V, lembram Crispo, Crispiano e Benedita - porque representam dois homens e uma mulher sendo vítimas do martírio.

João e Paulo são duas personagens misteriosas? Quem foram eles? Há os que creem na Paixão e há os que supõem que os corpos sejam os do apóstolo São João, ou de São João Batista, e do apóstolo Paulo.

No resumo do martirológio, contudo, lê-se: "Em Roma, no monte Célio, os santos mártires João e Paulo, irmãos: o primeiro era intendente, e o segundo primicério da casa da virgem Constância, filha do imperador Constantino; os dois, ao mesmo tempo, foram decapitados e receberam a palma do martírio, sob Juliano, o Apóstata."

Referência:
ROHRBACHER, Padre. Vida dos santos: Volume XI. São Paulo: Editora das Américas, 1959. Edição atualizada por Jannart Moutinho Ribeiro; sob a supervisão do Prof. A. Della Nina. Adaptações: Equipe Pocket Terço. Disponível em: obrascatolicas.com. Acesso em: 21 jun. 2021.

São João e São Paulo, rogai por nós!

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