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Memória Facultativa

São João Damasceno, Presbítero Doutor


Antífona de entrada

Vinde, Senhor, que estais acima dos querubins; mostrai-nos a vossa face e seremos salvos. (Sl 79, 4. 2)
Ad te levávi animam meam: Deus meus in te confído, non erubéscam: neque irrídeant me inimíci mei: étenim univérsi qui te exspéctant, non confundéntur. ℣. Vias tuas, Dómine, demónstra mihi: et sémitas tuas édoce me. (Ps. 24, 1-4)
Vernáculo:
A vós, meu Deus, elevo a minha alma. Confio em vós, que eu não seja envergonhado! Não se riam de mim meus inimigos, pois não será desiludido quem em vós espera. (Cf. MR: Sl 24, 1-3) ℣. Mostrai-me, ó Senhor, vossos caminhos, e fazei-me conhecer a vossa estrada! (Cf. LH: Sl 24, 4)

Coleta

Ó Deus, que enviastes a este mundo o vosso Unigênito para libertar da antiga escravidão o gênero humano, concedei aos que esperam vossa misericórdia chegar à verdadeira liberdade. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

Primeira Leitura (Is 30, 19-21. 23-26)


Leitura do Livro do Profeta Isaías


Assim fala o Senhor, o Santo de Israel: 19“Povo de Sião, que habitas em Jerusalém, não terás motivo algum para chorar: ele se comoverá à voz do teu clamor; logo que te ouvir, ele atenderá.

20O Senhor decerto dará a todos o pão da angústia e a água da aflição, não se apartará mais de ti o teu mestre; teus olhos poderão vê-lo 21e teus ouvidos poderão ouvir a palavra de aviso atrás de ti: ʽo caminho é este para todos, segui por eleʼ, sem desviar-vos à direita ou à esquerda.

23Ele te dará chuva para a semente que tiveres semeado na terra, e o fruto da terra será abundante e rico; nesse dia, o teu rebanho pastará em vastas pastagens, 24teus bois e os animais que lavram a terra comerão forragem salgada, limpa com pá e peneira.

25Haverá em toda montanha alta e em toda colina elevada arroios de água corrente, num dia em que muitos serão mortos com o desabamento de seus torreões.

26A lua brilhará como a luz do sol e o sol brilhará sete vezes mais, como a luz de sete dias, no dia em que o Senhor curar a ferida de seu povo e fizer sarar a lesão de sua chaga”.

— Palavra do Senhor.

— Graças a Deus.


Salmo Responsorial (Sl 146)


℟. Felizes são aqueles que esperam no Senhor!


— Louvai o Senhor Deus, porque ele é bom, cantai ao nosso Deus, porque é suave: ele é digno de louvor, ele o merece! O Senhor reconstruiu Jerusalém, e os dispersos de Israel juntou de novo; ℟.

— ele conforta os corações despedaçados, ele enfaixa suas feridas e as cura; fixa o número de todas as estrelas e chama a cada uma por seu nome. ℟.

— É grande e onipotente o nosso Deus, seu saber não tem medida nem limites. O Senhor Deus é o amparo dos humildes, mas dobra até o chão os que são ímpios. ℟.


https://youtu.be/Li1Q_Z017ic
℟. Aleluia, Aleluia, Aleluia.
℣. É o Senhor nosso juiz e nosso Rei. O Senhor legislador nos salvará. (Is 33, 22) ℟.

Evangelho (Mt 9, 35–10, 1. 6-8)


℣. O Senhor esteja convosco.

℟. Ele está no meio de nós.


℣. Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo  segundo Mateus 

℟. Glória a vós, Senhor.


Naquele tempo, 35Jesus percorria todas as cidades e povoados, ensinando em suas sinagogas, pregando o Evangelho do Reino, e curando todo tipo de doença e enfermidade.

36Vendo Jesus as multidões, compadeceu-se delas, porque estavam cansadas e abatidas, como ovelhas que não têm pastor. Então disse a seus discípulos: 37“A Messe é grande, mas os trabalhadores são poucos. 38Pedi pois ao dono da messe que envie trabalhadores para a sua colheita!”

10, 1E, chamando os seus doze discípulos deu-lhes poder para expulsarem os espíritos maus e para curarem todo tipo de doença e enfermidade.

Enviou-os com as seguintes recomendações: 6“Ide, antes, às ovelhas perdidas da casa de Israel! 7Em vosso caminho, anunciai: ‘O Reino dos Céus está próximo’. 8Curai os doentes, ressuscitai os mortos, purificai os leprosos, expulsai os demônios. De graça recebestes, de graça deveis dar!”

— Palavra da Salvação.

— Glória a vós, Senhor.


Antífona do Ofertório

Ad te Dómine levávi ánimam meam: Deus meus in te confído, non erubéscam: neque irrídeant me inimíci mei: étenim univérsi qui te exspéctant, non confundéntur. (Ps. 24, 1-3)


Vernáculo:
A vós, meu Deus, elevo a minha alma. Confio em vós, que eu não seja envergonhado! Não se riam de mim meus inimigos, pois não será desiludido quem em vós espera. (Cf. MR: Sl 24, 1-3)

Sobre as Oferendas

Possamos, ó Pai, oferecer-vos sem cessar estes dons da nossa devoção, para que, ao celebrarmos o sacramento que nos destes, se realizem em nós as maravilhas da salvação. Por Cristo, nosso Senhor.



Antífona da Comunhão

Eis que venho logo, diz o Senhor, e trago comigo a recompensa: darei a cada um segundo as suas obras. (Ap 22, 12)
Dominus dabit benignitátem: et terra nostra dabit fructum suum. (Ps. 84, 13; ℣. Ps. 84, 2. 3. 4. 5. 7. 8. 10. 11. 12)
Vernáculo:
O Senhor dará a sua bênção, e nossa terra, o seu fruto. (Cf. MR: Sl 84, 13)

Depois da Comunhão

Imploramos, ó Pai, vossa clemência, para que estes sacramentos nos purifiquem dos pecados e nos preparem para as festas que se aproximam. Por Cristo, nosso Senhor.

Homilia do dia 04/12/2021
Um bom pastor é um advento de Cristo

Vendo Jesus as multidões, compadeceu-se delas, porque estavam cansadas e abatidas, como ovelhas que não têm pastor. Então disse a seus discípulos: “Pedi pois ao dono da messe que envie trabalhadores para a sua colheita!” (Mateus 9,36.38).

O Evangelho de hoje nos mostra a compaixão de Jesus para com o seu povo, feito como “ovelhas sem pastor” (v. 36). É importante lembrar que Deus, no Antigo Testamento, preparou o seu povo, e Ele, como Pastor dos pastores, nos recorda no salmo: “O Senhor é o pastor que nos conduz” (cf. Sl 22). Ora, por que o pastor é necessário? Porque as ovelhas são animais indefesos que podem desviar-se facilmente, cair em perigos, abismos, ser atacados por lobos. Daí ser necessário um pastor disposto a colocar a vida em risco para protegê-las dos perigos, estar com elas e orientá-las. A voz do pastor é importante, e a ovelha tem a capacidade de distinguir a voz e o chamado dele e ir ao lugar em que o pastor a convoca. Pois bem, essa realidade é um símbolo para dizer que “Deus é o verdadeiro pastor de Israel”. No entanto, no Antigo Testamento Deus instituiu certos ungidos, “cristos” seus encarregados de conduzir o mesmo povo. Quem eram esses “cristos”? Eram os sacerdotes, os profetas e os reis. Eram três classes, três funções de ungidos pelo Espírito Santo, ungidos por Deus para guiar o povo: o sacerdote na santificação, nos sacrifícios, na oração e na intercessão; os profetas, dando ao povo a palavra que vinha diretamente de Deus; e os reis, governando, pondo a todos em ordem e protegendo-os dos perigos que tinham de enfrentar. Ora, acontece que esses ungidos, esses “cristos” do Antigo Testamento, foram quase todos caducando pouco a pouco, porque não corresponderam ao chamado de Deus. O profeta Ezequiel traduz claramente a lamentação de Deus pelos pastores de Israel, que, ao invés de servir as ovelhas, se serviam delas. Jesus, aqui, vê essa mesma realidade: os líderes religiosos de sua época maltratavam o povo, disperso como ovelhas sem pastor, presas de Satanás. Jesus é o arquipastor, para usar a linguagem da Primeira Carta de São Pedro, o Pastor supremo que vem cuidar do seu povo e dar a vida pelas ovelhas. É isso que diz o próprio Jesus no capítulo 10 do Evangelho de S. João.


É preciso pedir bons pastores.

No entanto, Jesus nos recorda no Evangelho de hoje que Ele não quer desempenhar essa função sozinho: Ele quer instrumentos, novos pastores, ou seja, os sacerdotes do Novo Testamento. Ele diz: “A messe é grande, mas os trabalhadores são poucos; pedi, pois, ao dono da messe que envie trabalhadores para a sua colheita” (v. 38). E chamando os Doze, “deu-lhes poder, enviou-os para ensinar” (cf. Mt 10, passim). Notemos como Jesus instituiu esses novos pastores. Ao longo dos séculos, a Igreja que, com a providência de Cristo, sempre teve pastores, também teve seus momentos de crise, principalmente quando os pastores falham na sua missão. Estamos vivendo um período semelhante, em que, infelizmente, os que deveriam ser pastores não têm a intimidade e a amizade com Cristo necessárias ao seu serviço. Assim, o povo termina sem quem lhes oriente, aponte o caminho, diga o que é o certo e errado, ensine o que fazer para salvar a própria alma… Parece que, de fato, vivemos um tempo de castigo, com ausência de pastores e muitas ovelhas tresmalhadas. Como resolver o problema? Nosso Senhor no-lo diz no Evangelho: “Pedi, pois, ao Senhor da messe”. Peçamos a Deus, insistentemente, sacerdotes segundo o S. Coração de Jesus e o Imaculado Coração de Maria. Sim, porque o sacerdote é uma forma da presença de Deus, é um advento de Deus. Um bom padre é um advento de Deus, é uma parousia do Senhor, é uma presença divina na vida dos outros. Rezemos, supliquemos, peçamos sacerdotes conforme o Coração de Deus!

Deus abençoe você!


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Homilia Diária | O santo que defendeu as imagens sagradas (Memória de São João Damasceno)

“Outrora, nenhuma imagem havia de Deus, desprovido de corpo e de figura. Mas agora, depois que Deus foi visto na carne e viveu com os homens, em razão da parte em que se deu a ver, posso dele formar uma imagem. Não adoro a matéria; adoro o criador dela, o qual por mim se fez matéria e nela quis habitar, a fim de realizar pela matéria a minha salvação. Não deixarei, pois, de prestar culto à matéria, pela qual me foi dada a salvação; mas nem por isso hei de adorá-la como a um deus. Longe de mim!” Assista à homilia do Padre Paulo Ricardo para este sábado, dia 4 de dezembro, e conheça o autor dessa linhas, um dos grandes defensores do legítimo culto às sagradas imagens!


https://youtu.be/YUVbblG6SEQ

Santo do dia 04/12/2021


São João da Damasceno (Memória Facultativa)
Local: Jerusalém, Israel
Data: 04 de Dezembro † c. 749


João é chamado Damasceno porque natural de Damasco na Siria, onde nasceu em data muito incerta, podendo-se situá-la, porém, na segunda metade do século VII. Sendo considerado o último dos Padres da Igreja, está presente entre os maiores representantes da sabedoria teológica oriental. Foi também um dos maiores poetas da Igreja oriental, compondo numerosos hinos para a Liturgia. Morreu no mosteiro de São Sabas perto de Jerusalém, entre o ano de 749 753. Em 1890, o papa Leão XIII distinguiu-o com o honroso titulo de Doutor da Igreja.

Damasco, na Síria, foi conquistada pelos árabes muçulmanos em 661, tornando-se então califado. Poucos anos depois nascia ali João. Seu pai, também de nome João, foi funcionário do califado. O próprio João filho, apesar de cristão, durante alguns anos continuou a serviço do califa.

Por volta de 760 deixou a corte, renunciou a tudo, distribuiu os bens aos pobres e retirou-se como monge ao mosteiro de São Sabas, perto de Jerusalém. Foi ordenado sacerdote pelo patriarca de Jerusalém, João V, que se serviu dele como pregador e escritor, especialmente durante a polêmica iconoclasta. Desde sua entrada no mosteiro de São Sabas, sua existência decorreu no silêncio do claustro, entregue aos estudos, à disciplina monástica e à atividade literária, principalmente no campo da ciência teológica. Em sua obra mais original A fonte da ciência, ele tenta uma exposição sistemática do dogma católico, seguindo o Credo. Não quis ser original. Dominava praticamente todos os conhecimentos teológicos de sua época e teve o grande mérito de condensar em seus escritos as doutrinas teológicas dos Santos Padres gregos. Os escritos de São João Damasceno abrangem quase todos os setores da doutrina cristã: teologia dogmática, apologética, ascética, exegese, homilética, poesias sacras e até obras polêmicas. Dissertou, particularmente, sobre o mistério da Encarnação do Verbo Divino e sobre a Santíssima Virgem Maria, sua imaculada conceição, a maternidade divina, a virgindade perpétua de Maria e sua Assunção ao céu em corpo e alma depois da morte.

Engajou-se decididamente na defesa do culto das imagens nas igrejas contra os iconoclastas. Sobre a questão escreveu o livro Orações sobre as imagens sagradas. A defesa do culto das imagens pode-se resumir na seguinte frase sua: "Não é a matéria que honramos, mas o que ela representa; a honra que prestamos à imagem é transferida para quem é seu modelo".

A Oração coleta pede a Deus que possamos contar com o apoio das orações do presbítero São João Damasceno para que a verdadeira fé por ele ensinada de modo tão eminente seja sempre nossa luz e nossa força.

Referência:
BECKHÄUSER, Frei Alberto. Os Santos na Liturgia: testemunhas de Cristo. Petrópolis: Vozes, 2013. 391 p. Adaptações: Equipe Pocket Terço.

Textos Litúrgicos © Conferência Nacional dos Bispos do Brasil