14º Domingo do Tempo Comum
Antífona de entrada
Vernáculo:
Recebemos, Senhor, vossa misericórdia no meio do vosso templo. Como vosso nome, ó Deus, assim vosso louvor ressoa até os confins da terra; vossa destra está cheia de justiça. (Cf. MR: Sl 47, 10-11) Sl. Grande é o Senhor e muito digno de louvores na cidade onde ele mora; seu monte santo, esta colina encantadora. (Cf. LH: Sl 47, 2. 3a)
Glória
Glória a Deus nas alturas,
e paz na terra aos homens por Ele amados.
Senhor Deus, rei dos céus,
Deus Pai todo-poderoso.
Nós vos louvamos,
nós vos bendizemos,
nós vos adoramos,
nós vos glorificamos,
nós vos damos graças
por vossa imensa glória.
Senhor Jesus Cristo, Filho Unigênito,
Senhor Deus, Cordeiro de Deus,
Filho de Deus Pai.
Vós que tirais o pecado do mundo,
tende piedade de nós.
Vós que tirais o pecado do mundo,
acolhei a nossa súplica.
Vós que estais à direita do Pai,
tende piedade de nós.
Só Vós sois o Santo,
só vós, o Senhor,
só vós, o Altíssimo,
Jesus Cristo,
com o Espírito Santo,
na glória de Deus Pai.
Amém.
Coleta
Ó Deus, pela humilhação do vosso Filho reerguestes o mundo decaído, dai-nos uma santa alegria, para que, livres da servidão do pecado, cheguemos à felicidade eterna. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus, e convosco vive e reina, na unidade do Espírito Santo, por todos os séculos dos séculos.
Primeira Leitura (Ez 2, 2-5)
Leitura da Profecia de Ezequiel
Naqueles dias, depois de me ter falado,entrou em mim um espírito que me pôs de pé.Então, eu ouvi aquele que me falava,3o qual me disse:“Filho do homem,eu te envio aos israelitas, nação de rebeldes,que se afastaram de mim.Eles e seus pais se revoltaram contra mimaté ao dia de hoje.4A estes filhos de cabeça dura e coração de pedra,vou-te enviar, e tu lhes dirás:ʽAssim diz o Senhor Deusʼ. 5Quer te escutem, quer não– pois são um bando de rebeldes –ficarão sabendo que houve entre eles um profeta”.
— Palavra do Senhor.
— Graças a Deus.
Salmo Responsorial (Sl 122)
℟. Os nossos olhos, estão fitos no Senhor: tende piedade, ó Senhor tende piedade!
— Eu levanto os meus olhos para vós, que habitais nos altos céus. Como os olhos dos escravos estão fitos nas mãos do seu senhor. ℟.
— Como os olhos das escravas estão fitos nas mãos de sua senhora, assim os nossos olhos, no Senhor, até de nós ter piedade. ℟.
— Tende piedade, ó Senhor, tende piedade; já é demais esse desprezo! Estamos fartos do escárnio dos ricaços e do desprezo dos soberbos! ℟.
Segunda Leitura (2Cor 12, 7-10)
Leitura da Segunda Carta de São Paulo aos Coríntios
Irmãos: 7Para que a extraordinária grandeza das revelações não me ensoberbecesse, foi espetado na minha carne um espinho, que é como um anjo de Satanás a esbofetear-me, a fim de que eu não me exalte demais.
8A esse propósito, roguei três vezes ao Senhor que o afastasse de mim. 9Mas ele disse-me: “Basta-te a minha graça. Pois é na fraqueza que a força se manifesta”. Por isso, de bom grado, eu me gloriarei das minhas fraquezas, para que a força de Cristo habite em mim. 10Eis porque me comprazo nas fraquezas, nas injúrias, nas necessidades, nas perseguições e nas angústias sofridas por amor a Cristo. Pois, quando eu me sinto fraco, é então que sou forte.
— Palavra do Senhor.
— Graças a Deus.
℣. O Espírito do Senhor, sobre mim fez a sua unção; enviou-me aos empobrecidos a fazer feliz proclamação. (cf. Lc 4, 18) ℟.
Evangelho (Mc 6, 1-6)
℣. O Senhor esteja convosco.
℟. Ele está no meio de nós.
℣. Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo ✠ segundo Marcos
℟. Glória a vós, Senhor.
Naquele tempo, 1Jesus foi a Nazaré, sua terra, e seus discípulos o acompanharam. 2Quando chegou o sábado, começou a ensinar na sinagoga. Muitos que o escutavam ficavam admirados e diziam: “De onde recebeu ele tudo isto? Como conseguiu tanta sabedoria? E esses grandes milagres que são realizados por suas mãos? 3Este homem não é o carpinteiro, filho de Maria e irmão de Tiago, de Joset, de Judas e de Simão? Suas irmãs não moram aqui conosco?” E ficaram escandalizados por causa dele. 4Jesus lhes dizia: “Um profeta só não é estimado em sua pátria, entre seus parentes e familiares”. 5E ali não pôde fazer milagre algum. Apenas curou alguns doentes, impondo-lhes as mãos. 6E admirou-se com a falta de fé deles. Jesus percorria os povoados das redondezas, ensinando.
— Palavra da Salvação.
— Glória a vós, Senhor.
Creio
Creio em Deus Pai todo-poderoso,
Criador do céu e da terra.
E em Jesus Cristo, seu único Filho, nosso Senhor,
Às palavras seguintes, até Virgem Maria, todos se inclinam.
que foi concebido pelo poder do Espírito Santo,
nasceu da Virgem Maria,
padeceu sob Pôncio Pilatos,
foi crucificado, morto e sepultado,
desceu à mansão dos mortos,
ressuscitou ao terceiro dia,
subiu aos céus,
está sentado à direita de Deus Pai todo-poderoso,
donde há de vir a julgar os vivos e os mortos.
Creio no Espírito Santo,
na santa Igreja Católica,
na comunhão dos santos,
na remissão dos pecados,
na ressurreição da carne
e na vida eterna. Amém.
Antífona do Ofertório
Populum húmilem salvum fácies, Dómine, et óculos superbórum humiliábis: quóniam quis Deus praeter te, Dómine? (Ps. 17, 28. 32)
Vernáculo:
Pois salvais, ó Senhor Deus, o povo humilde, mas os olhos dos soberbos humilhais. Quem é deus além de Deus nosso Senhor? (Cf. LH: Sl 17, 28. 32a)
Sobre as Oferendas
Fazei, Senhor, que este sacrifício celebrado em honra do vosso nome, nos purifique e nos leve, cada vez mais, a viver a vida do vosso reino. Por Cristo, nosso Senhor.
Antífona da Comunhão
Ou:
Vinde a mim todos vós que estais cansados e fatigados, e eu vos darei descanso, diz o Senhor. (Mt 11, 28)
Vernáculo:
Provai e vede quão suave é o Senhor.Feliz o homem que tem nele o seu refúgio! (Cf. MR: Sl 33, 9)
Depois da Comunhão
Nós vos pedimos, Senhor, que, enriquecidos por essa tão grande dádiva, possamos colher os frutos da salvação sem jamais cessar vosso louvor. Por Cristo, nosso Senhor.
Homilia do dia 07/07/2024
O orgulhoso fecha o coração
Jesus lhes dizia: “Um profeta só não é estimado em sua pátria, entre seus parentes e familiares”. E admirou-se com a falta de fé deles. Jesus percorria os povoados das redondezas, ensinando. (Mc 6, 4. 6)
Queridos irmãos e irmãs, no Evangelho deste domingo Jesus denuncia os seus conterrâneos, que “ficaram escandalizados por causa dele. Jesus lhes dizia: ‘Um profeta só não é estimado em sua pátria, entre seus parentes e familiares’. E ali não pôde fazer milagre algum. Apenas curou alguns doentes, impondo-lhes as mãos. E admirou-se com a falta de fé deles”.
A dureza de coração levou o povo de Nazaré ao orgulho, e por isso, eu acredito que seria oportuno falar hoje do assunto da segunda Leitura, que trata da luta de Paulo para se manter na humildade.
É sabido que entre todos os pecados, o mais grave é o orgulho. Ele faz no pecador o que a caridade faz no justo: assim como a caridade é o começo de todas as virtudes, o orgulho é a raiz de todos os pecados.
Enquanto a caridade é a raiz de toda virtude porque une o homem a Deus, que é o fim último do homem, ou seja, orienta todos os atos do homem para Deus, dando origem a todas as virtudes, por sua vez, o orgulho é a raiz de todo pecado.
Porque o orgulho separa o homem de Deus, ordenando todos os atos do homem para si: ele próprio, o homem, procura ocupar o lugar de Deus. E por isso todos os seus atos se desordenam, ficando direcionados para si mesmo, apaixonado pela própria excelência. Assim como Narciso com sua própria beleza, assim o orgulhoso com sua excelência.
É por isso que Santo Tomás diz que é “a raiz de todos os vícios e o pior de todos”, e São Gregório Magno classifica-o como um super-vício capital porque dá origem não só a todos os outros pecados, mas a todos os vícios capitais, que são como as mães de todos os pecados humanos: vanglória, ira, preguiça, avareza, inveja, gula e luxúria. O orgulho dá origem a estes e a todos os outros pecados que se possa imaginar.
Acima de tudo, o orgulho é a mãe da incredulidade, ou seja, da dureza de coração para aceitar a palavra de Deus. Duas leituras de hoje nos lembram disso: a profecia de Ezequiel: “Os que eu vos envio são crianças teimosas e de coração duro... são uma raça de rebeldes” (Ez 3,4-5), e o Evangelho de São Marcos diz que Jesus: “Maravilhou-se com a incredulidade deles” (Mc 6,6).
Entende-se assim que, na sua Providência, Deus protege os seus escolhidos de incorrerem em tal vício. Eles têm maiores motivos para serem tentados. Santo Tomás diz que eles têm o máximo “motivo” de orgulho, isto é, muitos dons e grande excelência, e por isso correm mais riscos de serem cegados pela própria dignidade. É por isso que Deus permite que os santos às vezes tenham que lutar contra os seus defeitos, as suas fraquezas e até (e é o que diz São Tomás) às vezes pode permitir que caiam em algum pecado para que dele possam se levantar com maior fruto de penitência e lágrimas.
Esse é o caso de São Paulo. Como poucos, ele foi agraciado com dons divinos:- Ele recebeu a graça de ser escolhido: Este é um instrumento de eleição para eu levar meu nome diante dos gentios, dos reis e dos filhos de Israel (Atos 9,15).- A graça de ter preservado a virgindade: Meu desejo seria que todos os homens fossem como eu [celibatários]; mas cada um tem sua graça particular de Deus: alguns de uma forma, outros de outra (1Co 7,7).- A graça de ter sofrido por Cristo: “São ministros de Cristo? Falo como menos sábio: eu, ainda mais. Muito mais pelos trabalhos, muito mais pelos cárceres, pelos açoites sem medida. Muitas vezes, vi a morte de perto. Cinco vezes recebi dos judeus os quarenta açoites menos um. Três vezes fui flagelado com varas. Uma vez apedrejado. Três vezes naufraguei, uma noite e um dia passei no abismo. Viagens sem conta, exposto a perigos nos rios, perigos de salteadores, perigos da parte de meus concidadãos, perigos da parte dos pagãos, perigos na cidade, perigos no deserto, perigos no mar, perigos entre falsos irmãos! Trabalhos e fadigas, repetidas vigílias, com fome e sede, frequentes jejuns, frio e nudez! Além de outras coisas, a minha preocupação cotidiana, a solicitude por todas as igrejas!” (2Co 11,23-28). - A graça de ter sido gasto e desgastado pelo Evangelho: “com muito prazer me gastarei e me desgastarei completamente pelas vossas almas” (2Co 12,15).- Graça de conhecimento dos segredos divinos: “Conheço um homem em Cristo, que há catorze anos, se no corpo ou fora do corpo não sei, Deus sabe, foi arrebatado ao terceiro céu. E eu sei que este homem no corpo ou fora do corpo..., Deus sabe, foi arrebatado ao paraíso e ouviu palavras inefáveis que o homem não consegue pronunciar” (2Co 12,2-4).
Cada cristão, se se esforçar, poderá encontrar a sua vida repleta de graças, de dons de Deus.
Por isso, observa Santo Tomás, São Paulo diz: “foi-me dado”, datus est mihi. Ele fala deste “espinho da carne” (defeito, fraqueza, tribulação, tentação) como um dom. Um presente que o humilhava. E Santo Tomás acrescenta: “que o pecador tema já que nem o Apóstolo, que foi o vaso da eleição, se considerava salvo”.
"Minha graça é suficiente". Devemos olhar com fé para as fraquezas e tribulações que a Providência divina nos prepara ou permite. Nossas cruzes não são cruzes abstratas, idealizadas, mas muito concretas, pessoais, intransferíveis. A nossa tarefa é lutar contra aqueles defeitos que nos marcaram ao longo da vida... sem nunca nos impacientarmos nem pedirmos contas a Deus. Sua graça, sua ajuda nos basta. Sem graça não podemos fazer nada; Mas a graça divina não destrói necessariamente qualquer imperfeição que encontra em nós. O que ela faz é nos fortalecer para que possamos lutar.
A força se manifesta na fraqueza. Deus permite a fraqueza para que as graças ou dons divinos sejam atribuídos a Deus, a quem corresponde, e não ao homem. As grandes obras de Deus são realizadas por Deus quando o homem não pode apropriar-se delas; Ele tem zela pela sua glória. No livro dos Juízes (Jz 7,2-7), é narrada a guerra entre os filisteus e os madianitas. Gideão, juiz de Israel, subiu para atacá-los com 32.000 homens; Na noite anterior Deus falou com ele e disse: “O povo que te acompanha é muito numeroso para que eu dê Madiã em tuas mãos; Israel não se orgulhará disso às minhas custas dizendo: minha própria mão me salvou!” Portanto, ele fez com que restassem apenas 300 homens, e com eles não deixou nenhum inimigo vivo em Madiã.
Da mesma forma, quanto mais conscientes estarmos da nossa pequenez, da nossa insuficiência, tanto mais nos voltaremos para Deus, mais Deus trabalha.
Assim, São Paulo pode terminar dizendo que se alegra nas suas tribulações, nas suas fraquezas, nos seus defeitos.
Peçamos aos corações de Jesus, Maria e José, a graça de confiarmos enormemente em Jesus e muito pouco em nós mesmos, isto é, de sermos humildes. Assim seja! Amém.
Deus abençoe você!
Pe. Fábio Vanderlei, IVE
Neste domingo em que o Evangelho faz menção a supostos “irmãos” de Jesus, nada melhor do que renovar a nossa fé em tudo o que crê e ensina a Santa Igreja Católica, sobretudo no dogma de que Nossa Senhora permaneceu virgem antes, durante e após o parto. Verdade esta que, hoje, é motivo de escândalo para muitos protestantes, assim como Jesus foi causa de escândalo para os habitantes de Nazaré.Ouça a homilia do Padre Paulo Ricardo para este domingo e entenda como interpretar essa passagem do Evangelho à luz da fé de dois mil anos da Igreja.
Santo do dia 07/07/2024
São Vilibaldo, Bispo (Memória Facultativa)
Local: Francônia, Alemanha
Data: 07 de Julho† 787
São Vilibaldo era filho de São Ricardo, rei dos saxões ocidentais, festejado na Toscana, e pai dos santos Winibaldo e Valburga. Casado com uma parenta de São Bonifácio, Ricardo foi contemporâneo do rei Ina. Seduzido pelas peregrinações, a morte surpreendeu-o na Itália, em 722, sendo enterrado na igreja de São Fridiano, onde muitos milagres se realizaram.
Aos três anos, Vilibaldo foi vítima de insidiosa enfermidade. Os pais, aflitos, sem saber o que fazer, sentiram-se, de repente, como que trespassados por uma inspiração do céu. Agarraram-no, na mesma hora, e o levaram aos pés de uma cruz, de um cruzeiro muito visitado, numa vasta praça pública, e ali o consagraram a Deus, ao qual suplicaram que lhes curasse o filho desenganado. Se se salvasse, haveria de dedicar-se exclusivamente ao Senhor infinitamente bondoso e poderoso.
Deus atendeu aquele pedido. Curou o pequenino Vilibaldo. E os pais, cumprindo a promessa, levaram o pequeno, quando completou seis anos, para a abadia de Waldheim, colocando-o sob a direção do abade Egbaldo. Ali, o pequeno, virtuoso, dócil e estudioso, sempre recebeu a estima dos monges todos, sem exceção.
São Vilibaldo permaneceu na abadia de Waldheim até que terminou os estudos, depois do que, deixando as amizades todas que fizera, juntou-se ao irmão Winibaldo e ao pai, que iam em peregrinação a Roma.
Na Itália, antes de alcançar Roma, São Ricardo faleceu. E os dois irmãos depois de lhe renderem os últimos deveres, continuaram a rota.
Chegando à Cidade Eterna, ambos, devota e contritamente, tomaram o hábito monástico.
Vilibaldo, com alguns senhores ingleses, com os quais travara conhecimento, seguiu para Jerusalém, e o irmão, que não pudera, não se sabe por que razão, deixar a Itália, permaneceu em Roma.
O nosso Santo passou por Nápoles, pela Calábria, Sicília, Éfeso, Chipre, e, pouco antes de alcançar o ponto final da peregrinação, foi preso pelos sarracenos. Graças, porém, a um fidalgo espanhol, foi logo posto em liberdade, com os demais.
Chegados a Jerusalém, São Vilibaldo e os companheiros visitaram com muita emoção todos os lugares que Nosso Senhor santificara quando homem nesta terra. Por sete anos, viveram na Palestina, depois, empreenderam a viagem de regresso, entrando na Itália por volta do ano de 728, depois de dois anos de estadia em Constantinopla.
Sempre e sempre a pensar na promessa dos bons pais. São Vilibaldo, sem mais retarde, buscou o Monte Cassino, que naquela época era governado pelo abade Petronax.
Inicialmente, sempre a suscitar admiração de toda a comunidade, pelas virtudes, São Vilibaldo foi sacristão. Em seguida, deão, depois porteiro, posto de grande responsabilidade, que São Bento somente costumava dar aos "velhos prudentes".
Em 738, o Porteiro deixou o convento, encarregado que foi de acompanhar a Roma um padre recém chegado da Espanha. Naquela altura, São Bonifácio se encontrava ao lado do papa, então Gregório III, e Vilibaldo muito se alegrou por revê-lo.
Bonifácio, feliz com aquele encontro, suplicou ao Santo Padre a permissão para levar o parente à missão da Germânia. Conseguido o assentimento, Gregório III, que muito se encantara com o Santo, desobrigou-o mesmo de retornar ao Monte Cassino.
Assim, ambos, Bonifácio e Vilibaldo, chegaram à Turíngia. E o grande apóstolo, incontinente, ao parente ordenou padre. Era 22 de julho de 740. Quinze meses mais tarde, em Salzburgo, sagrava-o bispo de Eichstadt.
São Vilibaldo, pouco depois, fundava um mosteiro, ao qual impôs a disciplina do Monte Cassino, mosteiro em que se retirava, de vez em vez, para retemperar-se, aprontando-se para novos trabalhos.
Do seu episcopado, pouco se sabe: assistiu ao Concílio da Germânia em 742; ao de Attignies em 765; em 775, para Eichstadt, transferiu restos do irmão Winibaldo, que, de Roma, ganhara a Alemanha e ali falecera; em 785, conferiu certas possessões ao mosteiro de Fulda; e, em 790, no dia 7 de julho, faleceu.
Sepultado na Catedral, a primeira elevação do santo corpo efetuou-se em 989. Colocaram-no, então, ao lado do altar de São Guido, na mesma cripta.
Três outras elevações tiveram oportunidade: uma em 1056, para o meio da igreja: outra em 1256, para a capela da Santa Virgem; e a terceira, em 1270, ocasião em que lhe transferiram as relíquias para a capela erguida em sua honra e que lhe tomou o nome.
Canonizado em 938 pelo papa Leão VII, São Vilibaldo é o principal padroeiro da diocese de Eichstadt.
Referência:
ROHRBACHER, Padre. Vida dos santos: Volume XI. São Paulo: Editora das Américas, 1959. Edição atualizada por Jannart Moutinho Ribeiro; sob a supervisão do Prof. A. Della Nina. Adaptações: Equipe Pocket Terço. Disponível em: obrascatolicas.com. Acesso em: 21 jun. 2021.
São Vilibaldo, rogai por nós!

Beatos Józef e Wiktoria Ulma e seus sete filhos (Memória Facultativa)
Local: Markowa, Polônia
Data: 07 de Julho† 1944
A Causa trata do martírio de toda a família Ulma que ocorreu no contexto da perseguição contra os judeus que começou na Polónia em 1939, após a invasão nazista. Em 1942, após a decisão de Hitler de implementar a infame "solução final", o Ulma acolheu em sua casa a família judia de Saul Goldmann, composta por 8 pessoas. Apesar de estarem conscientes do risco e apesar dos constrangimentos económicos, os Ulmas esconderam os Goldmann durante um ano e meio. No dia 24 de março de 1944, os policiais apareceram e revistaram a casa. Ao descobrir os Goldmann, a polícia massacrou as duas famílias.
Os Mártires são:
1. Józef Ulma. Nascido em 2 de março de 1900 em Markowa (Polônia), formou-se na escola agrícola de Pilzno. Em 7 de julho de 1935 casou-se com Wiktoria Niemczak. Em Markowa Józef tinha uma fazenda, comercializava hortaliças, se dedicava à fruticultura, ensinava técnicas de cultivo e criação de abelhas e bichos-da-seda na aldeia e também produzia couro de forma artesanal. Além disso, dirigia uma cooperativa de lacticínios e era membro de uma cooperativa de saúde em Markowa. Ele era um cristão fervoroso. Frequentou regularmente a paróquia de Santa Doroteia de Markowa, foi bibliotecário do Clube da Juventude Católica e membro activo da União da Juventude Rural “Wici”. Ele era querido por todos na aldeia e tinha boas relações amigáveis com os judeus.
2. Wiktoria Niemczak. Nascida em 10 de dezembro de 1912 em Markowa (Polônia), depois do casamento com Józef Ulma, dedicou-se ao lar e aos filhos, ajudando o marido nas atividades e participando com ele na vida da comunidade cristã de Markowa. Dedicou-se também ao teatro, participando nas apresentações do grupo de teatro amador do Sindicato da Juventude Rural “Wici”. Pertenceu, juntamente com o marido, à Confraria do Rosário Vivo, participando ativamente em iniciativas de oração e apostolado.
3. Stanisława, nascido em 18 de julho de 1936;
4. Bárbara, nascida em 6 de outubro de 1937;
5 . Władysław, nascido em 5 de dezembro de 1938;
6. Franciszek, nascido em 3 de abril de 1940;
7. Antoni, nascido em 6 de junho de 1941;
8. Maria, nascida em 16 de setembro de 1942;
9. O sétimo filho, foi encontrado nascido na semana seguinte, quando alguns homens desenterraram a família Ulma para um enterro mais digno.
Portanto, a idade dos pequenos varia de oito anos a nem um dia.
O martírio material está suficientemente comprovado. Quanto ao martírio material, a família Ulma foi morta pela polícia nazista em 24 de março de 1944, logo após a família Goldmann.
Quanto ao martírio formal ex parte persecutoris , O comandante Eilert Diecken liderou a expedição e entre os executores estava o gendarme Joseph Kokott. Foram movidos pelo ódio antissemita e por uma aversão anticristã que era até predominante, não apenas teórica ou remota. Embora não fosse exigido pelos regulamentos da gendarmaria, Diecken renunciou à sua fé cristã - evangélica - ao ingressar na polícia nazista. Mesmo Kokott, embora não pertencesse às SS, ostentava a "caveira" no boné, o que também distinguia os membros dos grupos satanistas e esotéricos Himmlerianos, os mesmos aos quais Diecken provavelmente pertencia. O comandante queria selecionar pessoalmente o grupo de bombeiros para a expedição contra o Ulma, certificando-se de que havia os gendarmes mais ferozes, incluindo Kokott. Eles estavam de plantão na aldeia: conheciam a militância católica dos Ulma e a motivação evangélica da sua hospitalidade, alheia ao interesse económico. Os infanticídios foram atrocidades totalmente descontínuas em relação a qualquer “justificativa criminal”. Três ou quatro crianças Ulma foram mortas por Kokott, que então reagiu ao pedido de sepultamentos separados para judeus e cristãos, ameaçando o coveiro de morte e atirando nele várias vezes. O massacre foi “celebrado” com risadas e bebedeiras de vodca, como num ritual macabro. que então reagiu ao pedido de sepultamentos separados para judeus e cristãos, ameaçando o coveiro de morte e disparando contra ele várias vezes. O massacre foi “celebrado” com risadas e bebedeiras de vodca, como num ritual macabro. que então reagiu ao pedido de sepultamentos separados para judeus e cristãos, ameaçando o coveiro de morte e disparando contra ele várias vezes. O massacre foi “celebrado” com risadas e bebedeiras de vodca, como num ritual macabro.
Quanto ao martírio formal ex parte Victimarum , os Ulma frequentavam a paróquia. A escolha de ajudar os judeus foi ponderada à luz do mandamento do amor e do exemplo do Bom Samaritano, como mostra o sublinhado escrito na sua Bíblia. As crianças foram batizadas e envolvidas na fé ativa dos pais. Para o nascituro havia um batismo de sangue.
Fonte: vatican.va (Adaptado pela Equipe do Pocket Terço)
Beatos Józef e Wiktoria Ulma e seus sete filhos, rogai por nós!