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5ª feira da 23ª Semana do Tempo Comum

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Memória Facultativa

São Pedro Claver, Presbítero

Antífona de entrada

Vós sois justo, Senhor, e justa é a vossa sentença; tratai o vosso servo segundo a vossa misericórdia. (Sl 118, 137. 124)

Coleta

Ó Deus, Pai de bondade, que nos redimistes e adotastes como filhos e filhas, concedei aos que creem em Cristo a verdadeira liberdade e a herança eterna. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

Primeira Leitura (Cl 3, 12-17)


Leitura da Carta de São Paulo aos Colossenses


Irmãos, 12vós sois amados por Deus, sois os seus santos eleitos. Por isso, revesti-vos de sincera misericórdia, bondade, humildade, mansidão e paciência, 13suportando-vos uns aos outros e perdoando-vos mutuamente, se um tiver queixa contra o outro. Como o Senhor vos perdoou, assim perdoai vós também.

14Mas, sobretudo, amai-vos uns aos outros, pois o amor é o vínculo da perfeição. 15Que a paz de Cristo reine em vossos corações, à qual fostes chamados como membros de um só corpo. E sede agradecidos. 16Que a palavra de Cristo, com toda a sua riqueza, habite em vós. Ensinai e admoestai-vos uns aos outros com toda a sabedoria. Do fundo dos vossos corações, cantai a Deus salmos, hinos e cânticos espirituais, em ação de graças. 17Tudo o que fizerdes, em palavras ou obras, seja feito em nome do Senhor Jesus Cristo. Por meio dele dai graças a Deus, o Pai.

Salmo Responsorial (Sl 150)


R. Louve o Senhor tudo o que vive e que respira.


— Louvai o Senhor Deus no santuário, louvai-o no alto céu de seu poder! Louvai-o por seus feitos grandiosos, louvai-o em sua grandeza majestosa! R.

— Louvai-o com o toque da trombeta, louvai-o com a harpa e com a cítara! Louvai-o com a dança e o tambor, louvai-o com as cordas e as flautas! R.

— Louvai-o com os címbalos sonoros, louvai-o com os címbalos de júbilo! Louve a Deus tudo o que vive e que respira, tudo cante os louvores do Senhor! R.


https://youtu.be/TIHzPaEAdv0
R. Aleluia, Aleluia, Aleluia.
V. Se nós nos amamos, irmãos, Deus vive unido conosco e, em nós, seu amor fica pleno! (1Jo 4, 12) R.

Evangelho (Lc 6, 27-38)


V. O Senhor esteja convosco.

R. Ele está no meio de nós.


V. Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo  segundo Lucas 

R. Glória a vós, Senhor.


V. Naquele tempo, falou Jesus aos seus discípulos: 27“A vós que me escutais, eu digo: Amai os vossos inimigos e fazei o bem aos que vos odeiam, 28bendizei os que vos amaldiçoam, e rezai por aqueles que vos caluniam. 29Se alguém te der uma bofetada numa face, oferece também a outra. Se alguém te tomar o manto, deixa-o levar também a túnica.

30Dá a quem te pedir e, se alguém tirar o que é teu, não peças que o devolva. 31O que vós desejais que os outros vos façam, fazei-o também vós a eles. 32Se amais somente aqueles que vos amam, que recompensa tereis? Até os pecadores amam aqueles que os amam. 33E se fazeis o bem somente aos que vos fazem o bem, que recompensa tereis? Até os pecadores fazem assim. 34E se emprestais somente àqueles de quem esperais receber, que recompensa tereis? Até os pecadores emprestam aos pecadores, para receber de volta a mesma quantia. 35Ao contrário, amai os vossos inimigos, fazei o bem e emprestai sem esperar coisa alguma em troca. Então, a vossa recompensa será grande, e sereis filhos do Altíssimo, porque Deus é bondoso também para com os ingratos e os maus.

36Sede misericordiosos, como também o vosso Pai é misericordioso. 37Não julgueis e não sereis julgados; não condeneis e não sereis condenados; perdoai, e sereis perdoados. 38Dai e vos será dado. Uma boa medida, calcada, sacudida, transbordante será colocada no vosso colo; porque com a mesma medida com que medirdes os outros, vós também sereis medidos”.

Sobre as Oferendas

Ó Deus, fonte da paz e da verdadeira piedade, concedei-nos, por esta oferenda, render-vos a devida homenagem e fazei que nossa participação na Eucaristia reforce entre nós os laços da amizade. Por Cristo, nosso Senhor.



Antífona da Comunhão

Assim como a corça suspira pelas águas correntes, suspira, igualmente, minh'alma por vós, ó meu Deus! Minha alma tem sede de Deus, e deseja o Deus vivo! (Sl 41, 2-3)

Ou:


Eu sou a luz do mundo, diz o Senhor; aquele que me segue não anda nas trevas, mas terá a luz da vida. (Jo 8, 12)

Depois da Comunhão

Ó Deus, que nutris e fortificais vossos fiéis com o alimento da vossa palavra e do vosso pão, concedei-nos, por estes dons do vosso Filho, viver com ele para sempre. Por Cristo, nosso Senhor.

Homilia do dia 09/09/2021


Ofereçamos a graça de Deus aos nossos inimigos


“A vós que me escutais, eu digo: Amai os vossos inimigos e fazei o bem aos que vos odeiam, bendizei os que vos amaldiçoam, e rezai por aqueles que vos caluniam” (Lucas 6,27-28).

A primeira graça é a graça de escutar Jesus, porque é para quem está O escutando que Ele está dando a graça. Então, escutemos o que o Senhor está nos falando.

As pessoas, muitas vezes, dizem: “Olha, nós não temos um manual para viver”. É verdade que não existe um manual da vida, mas existem ensinamentos que são fundamentais para que a vida seja plena, para que a vida seja vivida na graça de Deus. E os ensinamentos quem nos dá é o Senhor da vida, é o próprio Jesus.

Precisamos nos esquivar, nos purificar dos ensinamentos errados que recebemos do mundo, para que a graça de Deus nos ensine a viver. Porque, se o mundo nos ensinou que temos que tratar o inimigo como inimigo, a Palavra de Deus nos ensina que temos que tratar os inimigos com amor. Não é que o inimigo é meu amigo, mas ao inimigo não dou aquilo que ele me dá. Se ele me dá o mal, dou a ele o amor de Deus, porque o amor e o que está em mim é o que dou. Se ele tem o mal para me dar, o mal não faz parte de mim, o que faz parte de mim é o amor de Deus que me conquistou.

Temos a bênção de Deus para retribuir, temos a graça de Deus para oferecer

Se há pessoas que me odeiam, que não me querem bem, o que tenho para elas é o bem, o bem de Deus que está em mim, a graça de Deus que está em mim. Se há pessoas que estão me amaldiçoando, que estão se virando contra mim, não tenho maldição para dar, porque não sou homem da maldição, sou homem da bênção, por isso, nenhuma maldição vai ter força sobre mim. É porque não estou na maldição, estou na bênção; e o que tenho para dar para o outro é a bênção. Agora, se o outro me amaldiçoa e dou para ele também maldição, é sinal que também estou vivendo na maldição.

O que temos em nós é a bênção e temos que dar ao outro, a quem nos quer bem, até a quem nos amaldiçoa, quem caçoa, quem zomba, até a quem nos despreza, temos a bênção de Deus para retribuir, temos a graça de Deus para oferecer. E se há aqueles que nos caluniam, dizem inverdades ao nosso respeito, temos a resposta para eles do amor oracional, a oração do amor voltada para eles.

Não vou cair na mesma escola, na mesma prática errada que ele tem, que ele faz, nem vou julgá-lo, o que posso é orar por ele ou por eles. Não é simples ser caluniado, não é simples ser injustiçado, mas o remédio que cura o meu coração e me torna pleno, mesmo em meio às injustiças, da calúnia, do mal que o outro possa fazer por mim, é amá-lo com a força da oração, porque é ela que faz nova todas as coisas, é ela que traz a verdade e a luz.

Usemos das nossas armas que são: a verdade, o amor e a oração; e, assim, estaremos na sintonia do Senhor.

Deus abençoe você!

Pe. Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.
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Homilia Diária | Um amor escandaloso (Quinta-feira da 23.ª Semana do Tempo Comum)

Para o mundo, amor com amor se paga, mas as injustiças só se compensam com vingança. Para o cristão não deve ser assim. Se devemos ser perfeitos como o Pai do céu, que nos amou a ponto de entregar seu próprio Filho em expiação de nossos pecados, quando ainda éramos inimigos seus, como iremos nós querer mal aos que Deus fez de tudo para tornar bons? Temos de amar os que nos odeiam, porque Deus mesmo nos amou quando ainda o odiávamos.Assista à homilia do Padre Paulo Ricardo para esta quinta-feira, dia 9 de setembro, e medite conosco mais uma página do santo Evangelho.

https://youtu.be/s65sgvvpDD4

Santo do dia 09/09/2021


São Pedro Claver (Memória Facultativa)
Local: Cartagena, Espanha
Data: 09 de Setembro † 1654


Pedro Claver nasceu em Verdu, na Espanha, em 1580, mas viveu e se santificou na América Espanhola, mais exatamente na região, hoje, da Colômbia. Fez os estudos no colégio dos jesuítas em Barcelona e entrou na Companhia de Jesus com 21 anos. Feito o noviciado, estudou filosofia em um colégio da ilha de Maiorca. Com 29 anos foi destinado como missionário a Cartagena, porto da Colômbia. Pedro Claver era chamado a ser o anjo tutelar de centenas de milhares de escravos oriundos da África.

Para se compreender a ação apostólica de Pedro Claver é preciso entrar um pouco na realidade do tráfico de escravos da África para as Américas. Cartagena era um dos três portos negreiros da América Espanhola. Aí chegavam, cada ano, de 12 a 14 navios carregados de escravos. A situação era tão penosa e desumana, que uma terça parte morria na travessia do oceano. Os escravos eram conservados em porões escuros, úmidos, de ar mofado, amarrados pés e mãos com argolas. Dava-se-lhes uma só refeição por dia, feita de um pouco de farinha de milho ou só milho cru e água. Com este tratamento bestial, os escravos chegavam famintos ao porto e eram amontoados em barracões imundos. Lá ficavam os infelizes, sem tratamento, encurralados, famintos, seminus, numa promiscuidade de idade e de sexo, expostos aos olhares curiosos e irreverentes do povo, até ao dia da venda em praça pública. O albergue dos escravos era um verdadeiro inferno. O mercado dos escravos foi, sem dúvida, a página mais vergonhosa da colonização das Américas.

Muitos missionários levantaram a voz contra esta desumanidade, mas os que protestavam sofriam perseguições e eram afastados. Foi neste ambiente que, por quarenta anos, atuou incansavelmente Pedro Claver. Passava o tempo a lavar seus corpos, a curar suas chagas, a falar-lhes, por meio de intérpretes, as palavras de consolo e de esperança. Procurava instruí-los na religião cristã. Por suas mãos, durante quarenta anos, passaram mais de trezentos mil escravos. E, dentro da mentalidade do tempo, acabava batizando a maior parte deles.

Também o nosso santo protestou contra o comércio dos escravos e foi por isso, muitas vezes, malvisto e perseguido pelos violadores dos mais fundamentais direitos do ser humano. Só mais tarde a história lhe deu razão, e a Colômbia, que queria abafar sua voz e seu exemplo. hoje considera-o como protetor da nação.

Sua atividade apostólica foi muito além do cuidado prestado aos escravos que chegavam da África, sobretudo de Angola e do Congo, ao porto de Cartagena. Costumava também visitar os escravos em seu ambiente de trabalho.

Pedro Claver sofreu muito nos últimos anos de vida, inclusive de abandono por parte dos mais próximos. Doente, atacado pela peste, sobreviveu, mas não mais recuperou a saúde. Atendia ainda às pessoas que o procuravam. Permanecia, porém, quase todo o tempo em sua cela, não somente inativo, mas até mesmo esquecido e abandonado. Pedro Claver foi deixado aos cuidados de um jovem escravo, que se mostrava impaciente e rude para com o homem idoso, e às vezes o abandonava durante dias seguidos sem socorro, sem lhe dar qualquer atenção.

A notícia do seu fim iminente, no entanto, se espalhou por toda a cidade. Todos logo se lembraram novamente do santo e inúmeras pessoas acorreram para junto dele. Sua cela foi despojada de tudo quanto pudesse servir de relíquia. São Pedro Claver veio a falecer no dia da Natividade de Nossa Senhora, 8 de setembro de 1654. Tinha 73 anos de idade.

As autoridades civis, que não tinham visto com bons olhos sua solicitude para com os simples escravos negros, e o clero, que tinha considerado seu zelo indiscreto, e sua energia desperdiçada, agora rivalizavam entre si para poder honrar-lhe devidamente a memória. Os negros e os índios providenciaram uma Missa por conta própria, para a qual convidaram as autoridades espanholas. Foi canonizado por Leão XIII em 1888.

A Oração coleta apresenta São Pedro Claver como escravo dos escravos como ele próprio, por voto, se havia identificado. Vale a pena apresentar por extenso sua tradução: Ó Deus, fizestes São Pedro escravo dos escravos e, no ser viço a eles, o fortalecestes com admirável caridade e paciência. Concedei-nos, por sua intercessão, procurando sempre o que é de Cristo, amar o próximo pelas obras e na verdade.

O Ofício das Leituras apresenta um trecho de suas Cartas, onde descreve sua ação de bom samaritano, juntamente com companheiros seus em favor dos escravos negros trazidos da África em estado lastimável. Sua atividade pode ser resumida assim: Evangelizar os pobres, curar os quebrantados do coração, pregar aos prisioneiros a libertação.

A caridade cristã, na forma de dedicação espiritual e corporal aos mais necessitados, alcançou na vida de Pedro Claver uma grandeza simplesmente insuperável, tanto assim que Leão XIII, por ocasião de sua canonização, chegou a afirmar: “Pedro Claver é o santo que mais me impressionou depois da vida de Cristo”.

Referência:
BECKHÄUSER, Frei Alberto. Os Santos na Liturgia: testemunhas de Cristo. Petrópolis: Vozes, 2013. 391 p. Adaptações: Equipe Pocket Terço.


São Pedro Claver, rogai por nós!
Textos Litúrgicos © Conferência Nacional dos Bispos do Brasil