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Antífona de entrada

Farei surgir um sacerdote fiel, que agirá segundo o meu coração e a minha vontade, diz o Senhor. (1Sm 2, 35)

Coleta

Ó Deus, que fostes glorificado pela vida e morte do bispo São Martinho, renovai em nossos corações as maravilhas da vossa graça, de modo que nem a morte nem a vida nos possam separar do vosso amor. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

Primeira Leitura (Sb 7, 22–8, 1)


Leitura do Livro da Sabedoria


7, 22Na Sabedoria há um espírito inteligente, santo, único, múltiplo, sutil, móvel, perspicaz, imaculado, lúcido, invulnerável, amante do bem, penetrante, 23desimpedido, benfazejo, amigo dos homens, constante, seguro, sem inquietação, que tudo pode, que tudo supervisiona, que penetra todos os espíritos, os inteligentes, os puros, os mais sutis.

24Pois a Sabedoria é mais ágil que qualquer movimento, e atravessa e penetra tudo por causa da sua pureza. 25Ela é um sopro do poder de Deus, uma emanação pura da glória do todo-poderoso; por isso, nada de impuro pode introduzir-se nela: 26ela é um reflexo da luz eterna, espelho sem mancha da atividade de Deus e imagem da sua bondade. 27Sendo única, tudo pode; permanecendo imutável, renova tudo; e comunicando-se às almas santas de geração em geração, forma os amigos de Deus e os profetas. 28Pois Deus ama tão somente aquele que vive com a Sabedoria. 29De fato, ela é mais bela que o sol e supera todas as constelações; comparada à luz, ela tem a primazia: 30pois a luz cede lugar à noite, ao passo que, contra a Sabedoria, o mal não prevalece. 8, 1Ela se estende com vigor de uma extremidade à outra da terra e com suavidade governa todas as coisas.

— Palavra do Senhor.

— Graças a Deus.


Salmo Responsorial (Sl 118)


℟. É eterna, ó Senhor, vossa palavra!


— É eterna, ó Senhor, vossa palavra, ela é tão firme e estável como o céu. ℟.

— De geração em geração, vossa verdade permanece como a terra que firmastes. ℟.

— Porque mandastes, tudo existe até agora; todas as coisas, ó Senhor, vos obedecem! ℟.

— Vossa palavra, ao revelar-se, me ilumina, ela dá sabedoria aos pequeninos. ℟.

— Fazei brilhar vosso semblante ao vosso servo, e ensinai-me vossas leis e mandamentos! ℟.

— Possa eu viver e para sempre vos louvar; e que me ajudem, ó Senhor, vossos conselhos! ℟.


https://youtu.be/-d4f68YOQ68
℟. Aleluia, Aleluia, Aleluia.
℣. Eu sou a videira e vós sois os ramos; um fruto abundante vós haveis de dar. (Jo 15, 5) ℟.

Evangelho (Lc 17, 20-25)


℣. O Senhor esteja convosco.

℟. Ele está no meio de nós.


℣. Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo  segundo Lucas 

℟. Glória a vós, Senhor.


Naquele tempo, 20os fariseus perguntaram a Jesus sobre o momento em que chegaria o Reino de Deus. Jesus respondeu: “O Reino de Deus não vem ostensivamente. 21Nem se poderá dizer: ‘Está aqui’ ou ‘Está ali’, porque o Reino de Deus está entre vós”. 22E Jesus disse aos discípulos: “Dias virão em que desejareis ver um só dia do Filho do Homem e não podereis ver. 23As pessoas vos dirão: ‘Ele está ali’ ou ‘Ele está aqui’. Não deveis ir, nem correr atrás. 24Pois, como o relâmpago brilha de um lado até ao outro do céu, assim também será o Filho do Homem, no seu dia. 25Antes, porém, ele deverá sofrer muito e ser rejeitado por esta geração”.

— Palavra da Salvação.

— Glória a vós, Senhor.


Sobre as Oferendas

Ao festejarmos hoje São Martinho, santificai, ó Deus, nossas oferendas, para que nos conduzam no caminho até vós, entre as alegrias e tristezas desta vida. Por Cristo, nosso Senhor.



Antífona da Comunhão

Em verdade vos digo: tudo o que fizestes ao menor dos meus irmãos, foi a mim que o fizestes, diz o Senhor. (Mt 25, 40)

Depois da Comunhão

Ó Deus, que nos alimentastes com o sacramento da unidade, dai-nos viver de inteiro acordo convosco, para que, imitando são Martinho na total submissão à vossa vontade, mereçamos a glória de vos pertencer. Por Cristo, nosso Senhor.

Homilia do dia 11/11/2021
Promovamos o Reino de Deus em nosso meio

“O Reino de Deus não vem ostensivamente. Nem se poderá dizer: ‘Está aqui’ ou ‘Está ali’, porque o Reino de Deus está entre vós” (Lucas 17,20).

Começamos com essa afirmação de Jesus: o Reino de Deus está no meio de nós. Algumas pessoas perguntam: “Onde está Deus?”, “Quando é que vai chegar o Reino de Deus?”, “Quando é que vão passar essas coisas tristes e desastrosas no mundo em que estamos?”. É claro que chegará um tempo onde tudo será transformado, mas não é por esse tempo que nós aguardamos sem primeiro vivermos o tempo em que estamos, e nesse tempo em que estamos, Deus está no meio de nós.

Precisamos reconhecer, primeiro, porque Ele veio, Ele assumiu a nossa natureza humana, fez-se carne, habitou entre nós, viveu no meio de nós e está entre nós, e precisamos construir o Seu Reino, que acontece quando me converto para Ele.

O Reino de Deus acontece quando levo Deus onde estou, naquilo que realizo, quando respeito a presença d’Ele

O Reino de Deus não é uma coisa ostensiva, não é espetáculo, não é mágica. O Reino de Deus é transformação, é conversão, é perdão, é amor, é misericórdia, é bondade, é reconciliação. Quando colocamos em ação o Evangelho, o Reino de Deus acontece, ele está aqui no meio de nós. Por mais que tenhamos tantas coisas ruins, que tenhamos tantas maldades e desastres no mundo em que estamos, o mal nunca será maior do que o bem. Ainda que haja muitas pessoas praticando o mal, fazendo o mal, o bem de Deus — porque Deus é bom e quem realiza o bem, espelha a bondade d'Ele — faz o Reino d'Ele acontecer.

Precisamos promover o Reino, e mais do que esperar que ele venha na sua forma Triunfante e final (porque ele vai chegar no seu tempo), é preciso que, no tempo de agora, vivamos a lógica, a dinâmica, a transformação de que essa sociedade precisa, que é viver o Reino de Deus em todas as situações.

Precisamos do Reino de Deus no mundo da política, dos negócios, no comércio, nos serviços; precisamos do Reino de Deus nas escolas, nas faculdades, em nossa casa, em nossa família. E o Reino acontece quando levamos o Senhor onde estamos, naquilo que realizamos, quando respeitamos a presença d’Ele e quando nos convertemos.

Muitas vezes, buscamos Deus nas igrejas, e Ele ali está, porque ali nos alimentamos, comungamos, realizamos a comunhão, celebramos a presença d’Ele. Mas esse Deus não pode ficar comigo só na igreja, porque, muitas vezes, nem na igreja vivemos comunhão com Ele, mas onde quer que estejamos, precisamos ser a presença viva do Reino no meio de nós.

Deus abençoe você!

Pe. Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.
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Homilia Diária | A santidade é para os generosos (Memória de São Martinho de Tours, Bispo)

Modelo de trabalhador, monge, sacerdote, missionário e bispo, São Martinho de Tours foi um dos primeiros santos não mártires a ser venerado pública e oficialmente pela Igreja. Sua vida, exemplo de amor e dedicação às almas, deve servir-nos hoje de inspiração para não recusarmos nunca a missão de santificar-nos e socorrer generosamente os irmãos que mais necessitam da nossa caridade e das nossas orações.Assista à homilia desta quinta-feira, dia 11 de novembro, e celebre conosco a memória de São Martinho de Tours.


https://youtu.be/4pleOeTraXA

Santo do dia 11/11/2021


São Martinho de Tours (Memória Facultativa)
Local: Tours, França
Data: 11 de Novembro † 397


São Martinho nasceu na Panônia, parte ocidental da Hungria atual, por volta de 316, filho de pais pagãos. Martinho é um dos três primeiros cristãos não mártires a quem foi prestado o culto como santo. Por isso mesmo, a Liturgia faz a apologia de quem foi santo sem ser mártir de sangue, mas mártir do amor, testemunha de Cristo pela prática da caridade.

A Panônia era colônia do Império Romano. Martinho serviu no exército imperial da Gália, hoje França, durante alguns anos. Os inícios de sua conversão estão rodeados de fatos talvez legendários. Conta-se que, ainda soldado e catecúmeno, manifestou sua caridade evangélica, dando metade de seu manto a um pobre transido de frio, que se fez reconhecer como Jesus Cristo. O fato de estar a cavalo também é bem simbólico. A tradição cristã dos primeiros séculos apresenta o cristão como "miles Christi", soldado de Cristo.

Tendo recebido o batismo, Martinho abandonou a carreira militar e, por influência do bispo Santo Hilário de Poitiers, filiou-se ao serviço da Igreja. Com o apoio de Santo Hilário, fundou em Ligugé, perto de Poitiers, o primeiro mosteiro da Europa ocidental. Nele levou vida monástica sob a direção de Santo Hilário. Ordenado sacerdote e depois bispo de Tours (372), tornou-se apóstolo das populações rurais com o auxílio dos monges do grande mosteiro de Marmoutiers (Tours) fundado por Martinho.

Como bispo, visitava continuamente suas igrejas e comunidades, zelava pelo culto divino, dedicava-se com amor à conversão dos pagãos, sempre e em toda a parte praticava uma grande caridade para com os pobres. Era modelo de mansidão e humildade para sua grei, sempre pronto e disponível para toda obra boa. O benéfico influxo do zelo de São Martinho não ficou limitado a diocese de Tours, mas se estendeu por toda a França.

Faleceu no dia 8 de novembro aos 81 anos de idade. Seu enterro foi um triunfo: mais de dois mil monges acompanharam o seu corpo com uma multidão de povo em choro. Antes de morrer, com os olhos fixos no céu, Martinho rezou dizendo: "Senhor, se o vosso povo precisa de mim, não vou fugir do trabalho. Seja feita a vossa vontade.

A popularidade de que gozou, sobretudo na França, está evidenciada por um dado estatístico: mais de 3.600 igrejas e mais de 480 povoados franceses escolheram-no como seu patrono. São Martinho foi o santo mais popular da Idade Média, tornando-se muito conhecido principalmente através da biografia que sobre ele escreveu seu contemporâneo Sulpício Severo.

A Liturgia exalta em São Martinho o homem da caridade, o monge, o pastor e o missionário. A Antífona do Magnificat traduz bem São Martinho como modelo de santo confessor da fé, sem ter sofrido o martírio de sangue: Ó bispo feliz, que amava o Cristo com todas as forças, sem temer os senhores e os grandes do mundo! Ó alma santíssima, que sem ter sofrido da espada a tortura, mereceu plenamente a palma do mártir!

A leitura hagiográfica termina com as palavras atribuídas mais tarde também a outros santos: Martinho, pobre e humilde, entra rico no céu! Sim, todos os cristãos são chamados a serem santos, seja pelo martírio do sangue, seja pelo martírio do amor.

Referência:
BECKHÄUSER, Frei Alberto. Os Santos na Liturgia: testemunhas de Cristo. Petrópolis: Vozes, 2013. 391 p. Adaptações: Equipe Pocket Terço.

São Martinho de Tours, rogai por nós!

Textos Litúrgicos © Conferência Nacional dos Bispos do Brasil