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Antífona de entrada

Alegram-se nos céus os santos que seguiram os passos de Cristo. Por seu amor derramaram o próprio sangue; por isso, com ele exultam eternamente.

Ou:


Por causa do Senhor homens santos derramaram seu sangue glorioso, amaram Cristo em sua vida e, na sua morte, o imitaram; por isso, mereceram coroas de vitória.
Clamavérunt iusti, et Dóminus exaudívit eos: et ex ómnibus tribulatiónibus eórum liberávit eos. Ps. Benedícam Dóminum in omni témpore: semper laus eius in ore meo. (Ps. 33, 18 et 2)
Vernáculo:
Clamam os justos, e o Senhor bondoso escuta e de todas as angústias os liberta. Sl. Bendirei o Senhor Deus em todo o tempo, seu louvor estará sempre em minha boca. (Cf. LH: Sl 33, 18 e 2)

Coleta

Ó Deus, em São Cornélio e São Cipriano destes ao vosso povo pastores dedicados e mártires invencíveis; concedei que, por sua intercessão, fortalecidos na fé e na perseverança, trabalhemos incansavelmente pela unidade da Igreja. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus, e convosco vive e reina, na unidade do Espírito Santo, por todos os séculos dos séculos.

Primeira Leitura (1Cor 11, 17-26. 33)


Leitura da Primeira Carta de São Paulo aos Coríntios


Irmãos, 17no que tenho a dizer-vos, eu não vos louvo, pois vossas reuniões não têm sido para o vosso bem, mas para o mal. 18Com efeito, e em primeiro lugar, ouço dizer que, quando vos reunis em assembleia, têm surgido divisões entre vós. E, em parte, acredito.

19Na verdade, convém que haja até cisões entre vós, para que também se tornem bem conhecidos aqueles dentre vós que resistem à prova. 20De fato, não é para comer a Ceia do Senhor que vos reunis em comum. 21Pois cada um se apressa a comer a sua própria ceia; e enquanto um passa fome o outro se embriaga.

22Não tendes casas onde comer e beber? Ou desprezais a Igreja de Deus e quereis envergonhar aqueles que nada têm? Que vos direi? Hei de elogiar-vos? Neste ponto, não posso elogiar-vos.

23O que eu recebi do Senhor foi isso que eu vos transmiti: Na noite em que foi entregue, o Senhor Jesus tomou o pão 24e, depois de dar graças, partiu-o e disse: “Isto é o meu corpo que é dado por vós. Fazei-o em memória de mim”.

25Do mesmo modo, depois da ceia, tomou também o cálice e disse: “Este cálice é a nova aliança, em meu sangue. Todas as vezes que dele beberdes, fazei isto em minha memória”.

26Todas as vezes, de fato, que comerdes deste pão e beberdes deste cálice, estareis proclamando a morte do Senhor, até que ele venha. 33Portanto, meus irmãos, quando vos reunirdes para a Ceia, esperai uns pelos outros.

— Palavra do Senhor.

— Graças a Deus.


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Salmo Responsorial (Sl 39)


℟. Irmãos, anunciai a morte do Senhor, até que ele venha!


— Sacrifício e oblação não quisestes, mas abristes, Senhor, meus ouvidos; não pedistes ofertas nem vítimas, holocaustos por nossos pecados, e então eu vos disse: “Eis que venho”. ℟.

— Sobre mim está escrito no livro: “Com prazer faço a vossa vontade, guardo em meu coração vossa lei!” ℟.

— Boas novas de vossa justiça anunciei numa grande assembleia; vós sabeis: não fechei os meus lábios. ℟.

— Mas se alegre e em vós rejubile todo ser que vos busca, Senhor. Digam sempre: “É grande o Senhor!” os que buscam em vós seu auxílio. ℟.


https://youtu.be/52RCrP3aF0M
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℟. Aleluia, Aleluia, Aleluia.
℣. Deus o mundo tanto amou, que lhe deu seu próprio Filho, para que todo o que nele crer, encontre vida eterna. (Jo 3, 16) ℟.

Evangelho (Lc 7, 1-10)


℣. O Senhor esteja convosco.

℟. Ele está no meio de nós.


℣. Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo  segundo Lucas 

℟. Glória a vós, Senhor.


Naquele tempo, 1quando acabou de falar ao povo que o escutava, Jesus entrou em Cafarnaum. 2Havia lá um oficial romano que tinha um empregado a quem estimava muito, e que estava doente, à beira da morte.

3O oficial ouviu falar de Jesus e enviou alguns anciãos dos judeus, para pedirem que Jesus viesse salvar seu empregado.

4Chegando onde Jesus estava, pediram-lhe com insistência: “O oficial merece que lhe faças este favor, 5porque ele estima o nosso povo. Ele até nos construiu uma sinagoga”.

6Então Jesus pôs-se a caminho com eles. Porém, quando já estava perto da casa, o oficial mandou alguns amigos dizerem a Jesus: “Senhor, não te incomodes, pois não sou digno de que entres em minha casa. 7Nem mesmo me achei digno de ir pessoalmente ao teu encontro. Mas ordena com a tua palavra, e o meu empregado ficará curado. 8Eu também estou debaixo de autoridade, mas tenho soldados que obedecem às minhas ordens. Se ordeno a um: ‘Vai!’, ele vai; e a outro: ‘Vem!’, ele vem; e ao meu empregado ‘Faze isto!’, e ele o faz”.

9Ouvindo isso, Jesus ficou admirado. Virou-se para a multidão que o seguia, e disse: “Eu vos declaro que nem mesmo em Israel encontrei tamanha fé”. 10Os mensageiros voltaram para a casa do oficial e encontraram o empregado em perfeita saúde.

— Palavra da Salvação.

— Glória a vós, Senhor.


Antífona do Ofertório

Mirábilis Deus in sanctis suis: Deus Israel, ipse dabit virtútem, et fortitúdinem plebi suae: benedíctus Deus, allelúia. (Ps. 67, 36)


Vernáculo:
Em seu templo ele é admirável e a seu povo dá poder. Bendito seja o Senhor Deus, agora e sempre. Amém, amém! (Cf. LH: Sl 67, 36)

Sobre as Oferendas

Acolhei, Senhor, os dons do vosso povo, apresentados na paixão dos vossos santos mártires; as oferendas que deram a São Cornélio e São Cipriano admirável fortaleza na perseguição deem também a nós constância nas adversidades. Por Cristo, nosso Senhor.



Antífona da Comunhão

Vós ficastes comigo em minhas provações. Por isso vos confio o reino. Vós havereis de comer e beber à minha mesa no meu reino, diz o Senhor. (Lc 22, 28-30)

Ou:


Como é grande a recompensa dos santos junto de Deus: eles morreram por Cristo, e vivem eternamente.
Et si coram homínibus torménta passi sunt, Deus tentávit eos: tamquam aurum in fornáce probávit eos, et quasi holocáusta accépit eos. (Sap. 3, 4. 6; ℣. Cant. Sap. 3, 1. 2. 3. 5. 9ab. 9c)
Vernáculo:
Se aos olhos dos homens sofreram tormentos, sua esperança era plena de vida imortal. Como ouro os provou no calor da fornalha, como grande holocausto junto a si os acolheu: no dia da Vinda terão vida nova. (Cf. Saltério: Sb 3, 4. 6)

Depois da Comunhão

Senhor, nós vos pedimos humildemente que, pela participação nestes mistérios, a exemplo dos Santos mártires Cornélio e Cipriano, confirmados pela força do vosso Espírito, possamos dar testemunho da verdade do Evangelho. Por Cristo, nosso Senhor.

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Homilia do dia 16/09/2024
A família à luz da razão e da fé

“Senhor, não te incomodes, pois não sou digno de que entres em minha casa. Nem mesmo me achei digno de ir pessoalmente a teu encontro. Mas ordena com a tua palavra, e o meu empregado ficará curado”.

O Evangelho de hoje nos narra o conhecido episódio do centurião de Cafarnaum. Há nesta cena, porém, um detalhe chamativo, mas que costuma ser deixado de lado: comparando as versões de Lucas e Mateus, vê-se que esse rapaz por cuja saúde intercede o centurião é chamado ora de empregado, ora de filho, duas expressões que traduzem a palavra grega δοῦλος e, na Vulgata, são vertidas por famulus e puer. Essa aparente ambiguidade semântica se deve a que, ainda na época de Cristo, os servos ou escravos eram considerados membros da família e, apesar de serem, ao menos juridicamente, reduzidos à condição de propriedade do senhor, eram muita vez tratados com grande apreço e delicadeza. É desse trato familiar, carinhoso e preocupado, que nos dá hoje prova o centurião romano, testemunhando assim que, mesmo sem a revelação cristã, pode a inteligência humana chegar, com o seu próprio lume natural, ao conhecimento dos deveres morais que fazem da família uma comunidade de amor e respeito, e não um “sistema” opressor e degradante, como blateram hoje diversas ideologias. Mas, embora seja certo que a família está naturalmente ordenada ao bem integral da pessoa, não deixa de ser verdade que essa bela instituição, tão conculcada pela nossa cultura, necessita da graça divina para que o amor que nela se vive, convertido em caridade, se transforme em fonte de santificação diária e salvação para todos. Eis por que, depois de testemunhar seu amor humano ao empregado, o centurião implora, não já a presença, mas a simples atenção de Cristo: “Senhor, não te incomodes, pois não sou digno de que entres em minha casa […]. Mas ordena com a tua palavra, e o meu empregado ficará curado”. Que saibamos, a exemplo dele, atrair para dentro de nossas casas o amor de Cristo, que há de converter em caridade o carinho que temos aos nossos familiares e transformar em ocasião de salvação as dificuldades e dores que porventura estivermos sofrendo. Para isso, prestemos-lhe o preito da nossa fé, reconhecendo nele o nosso Deus e Senhor: “Ordena com a tua palavra, e o meu empregado ficará curado”.

Deus abençoe você!

Nossa Missão
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Homilia Diária | Pregar a verdade e acolher os que caíram (Memória de São Cornélio e São Cipriano)

A Igreja celebra hoje a memória de dois grandes mártires: São Cornélio e São Cipriano. O primeiro, como Papa, e o segundo, como Bispo de Cartago, não só se mostraram fiéis a Cristo até o extremo, morrendo por Ele na mão das autoridades romanas, mas também defenderam que, mesmo os que cedem ao medo nos momentos de perseguição, podem ser readmitidos à vida da Igreja, desde que cumpram, com humildade e sincero arrependimento, a penitência por sua infidelidade.Ouça a homilia do Padre Paulo Ricardo para esta segunda-feira, 16 de setembro, e recorramos juntos à intercessão de São Cornélio e São Cipriano.


https://youtu.be/udw2fK2V9wU
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Santo do dia 16/09/2024

Ouça no Youtube

São Cornélio e São Cipriano (Memória)
Local: Roma, Itália; Cartago, Tunísia
Data: 16 de Setembro† 252; 258


A Igreja celebra juntamente a memória de Cornélio e de Cipriano, mortos em anos distintos, mas unidos por grande amizade e pelas mesmas preocupações pastorais. Nos dois santos são realçados os pastores dedicados e os mártires invencíveis. Cornélio foi o Papa que governou a Igreja de 251 a 253 e Cipriano foi bispo de Cartago de 249 a 258. Viveram no mesmo tempo difícil das perseguições e tiveram que enfrentar, tanto em Roma como em Cartago, a questão da reconciliação dos cristãos que tinham cedido às perseguições, os chamados lapsi (os que caíram), bem como a defesa da unidade da Igreja.

Cornélio: Nada se sabe sobre sua origem. Tornou-se Papa imediatamente depois da perseguição de Décio, que, além de muitas vítimas, deixou um saldo negativo muito grande de apostasias. A readmissão de tais apóstatas na comunidade cristã suscitou vivas polêmicas. Cornélio procurou facilitar a volta dos apóstatas arrependidos, usando sobretudo de misericórdia. Contra tal atitude compreensiva voltou-se o presbítero rigorista Novaciano, chefe da ala que excluía para sempre da comunhão eclesial os que haviam fraquejado na perseguição, constituindo-se como antipapa.

Depois da peste que se abateu sobre o Império Romano, da qual os cristãos foram incriminados, acusados de terem provocado a cólera dos deuses, o imperador Galo, que sucedeu a Décio, desencadeou nova perseguição. O papa Cornélio foi mandado para o exílio em Civitavecchia, perto de Roma, onde veio a falecer em 253. Não se sabe se Cornélio foi morto ou se morreu em consequência do exílio. No entanto, a começar por São Cipriano, ele sempre foi considerado e cultuado como mártir.

Cecilio Cipriano, popularmente conhecido como Tácio: Nasceu provavelmente em Cartago em torno de 210. Muito pouco se sabe de sua vida antes de sua conversão cristã. Era orador público, professor de Retórica e advogado nas cortes. Foi batizado na Páscoa de 246, tornando-se um novo homem e, em 249, foi eleito para a cátedra episcopal de Cartago.

Durante a perseguição foi envolvido na questão dos lapsi (os que tinham renegado a fé), tanto em Roma como na África. Tratava-se dos que tinham retornado à Igreja, mas não queriam submeter-se à penitência. São Cipriano lutou contra o sacerdote Novato, defensor do antipapa Novaciano, em Roma, e o diácono Felicíssimo, que elegera Fortunato como antibispo, enquanto Cipriano se mantinha oculto durante a perseguição, dirigindo por cartas a sua Igreja. Cessada essa perseguição, voltou a Cartago. Não demorou e foi exilado e, a 14 de setembro de 258, foi preso e decapitado em Sesti, perto de Cartago.

Entre os expoentes máximos, juntamente com Tertuliano, da primeira latinidade cristã, em seu magistério deu notável contribuição à doutrina sobre a unidade da Igreja reunida em torno da Eucaristia sob a direção do bispo. Na Carta 62 Cipriano mostra que o sacrifício da Eucaristia é sacrifício de Cristo e da Igreja. Ele expõe o sentido das gotas de água no vinho, no caso dos "aquaristas", que insistiam em celebrar a Eucaristia com pão e água, sem o vinho. Cipriano diz que devem por ao menos um pouco de vinho na água, pois senão nós estamos sozinhos sem o Cristo. Além das numerosas cartas pelas quais ele governava a Igreja em sua ausência, Cipriano escreveu vários tratados. Entre eles podemos citar o Tratado sobre a Unidade da Igreja, Tratado sobre os lapsi, Tratado sobre a mortalidade e um belo Tratado sobre a Oração do Senhor.

Cornélio e Cipriano, ambos pastores, ambos mártires, ambos incansáveis promotores da unidade da Igreja e defensores da reconciliação dos penitentes, embora sob condições diversas.

Estas características são expressas nas orações da Missa. Fé, coragem e promoção da unidade da Igreja, na Oração coleta. A Oração sobre as oferendas pede que, celebrando a paixão dos mártires, a Eucaristia nos torne firmes na adversidade, como os fez corajosos na perseguição. A Oração depois da Comunhão pede que pela Eucaristia que recebemos e pelos exemplos de São Cornélio e São Cipriano, sejamos fortalecidos pelo Espírito para dar testemunho do Evangelho.

Referência:
BECKHÄUSER, Frei Alberto. Os Santos na Liturgia: testemunhas de Cristo. Petrópolis: Vozes, 2013. 391 p. Adaptações: Equipe Pocket Terço.

São Cornélio e São Cipriano, rogai por nós!

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