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Memória Facultativa

Santa Maria no Sábado


Antífona de entrada

Sede o rochedo que me abriga, a casa bem defendida que me salva. Sois minha fortaleza e minha rocha; para honra do vosso nome, vós me conduzis e alimentais. (Sl 30, 3-4)
Esto mihi in Deum protectórem, et in locum refúgii, ut salvum me fácias: quóniam firmaméntum meum, et refúgium meum es tu: et propter nomen tuum dux mihi eris, et enútries me. Ps. In te Dómine sperávi, non confúndar in aetérnum: in iustítia tua líbera me. (Ps. 30, 3. 4 et 2)
Vernáculo:
Sede o rochedo que me abriga, a casa bem defendida que me salva. Sois minha fortaleza e minha rocha; para honra do vosso nome, vós me conduzis e alimentais. (Cf. MR: Sl 30, 3. 4) Sl. Senhor, eu ponho em vós minha esperança; que eu não fique envergonhado eternamente! Porque sois justo, defendei-me e libertai-me. (Cf. LH: Sl 30, 2)

Coleta

Ó Deus, que prometestes permanecer nos corações sinceros e retos, dai-nos, por vossa graça, viver de tal modo, que possais habitar em nós. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

Primeira Leitura (Tg 3, 1-10)


Leitura da Carta de São Tiago


Meus Irmãos, 1não haja muitos que queiram ser mestres! Sabeis que nós, os mestres, estamos sujeitos a julgamento mais severo, 2pois todos nós tropeçamos em muitas coisas. Aquele que não peca no uso da língua é um homem perfeito, capaz de refrear também o corpo todo. 3Se pomos um freio na boca do cavalo para que nos obedeça, conseguimos dirigir o seu corpo todo. 4Reparai também nos navios: por maiores que sejam, e impelidos por ventos impetuosos, são, entretanto, conduzidos por um pequeníssimo leme na direção que o timoneiro deseja. 5Assim também a língua, embora seja um membro pequeno, se gloria de grandes coisas. Comparai o tamanho da chama com o da floresta que ela incendia! 6Ora, também a língua é um fogo! É o universo da malícia! Fazendo parte dos nossos membros, a língua contamina o corpo todo e, atiçada como está pelo inferno, põe em chamas o ciclo de nossa existência! 7Com efeito, toda espécie de feras, de aves, de répteis e de animais marinhos pode ser domada e tem sido domada pela espécie humana. 8Mas a língua, nenhum homem consegue domá-la: ela é um mal que não desiste, e está cheia de veneno mortífero. 9Com ela bendizemos o Senhor e Pai, e com ela amaldiçoamos os homens, feitos à imagem de Deus. 10Da mesma boca saem bênção e maldição! Ora, meus irmãos, não convém que seja assim.

— Palavra do Senhor.

— Graças a Deus.


Salmo Responsorial (Sl 11)


℟. Com certeza, ó Senhor, nos guardareis!


— Senhor, salvai-nos! Já não há um homem bom! Não há mais fidelidade em meio aos homens! Cada um só diz mentiras a seu próximo, com língua falsa e coração enganador. ℟.

— Senhor, calai todas as bocas mentirosas e a língua dos que falam com soberba, dos que dizem: "Nossa língua é nossa força! Nossos lábios são por nós! - Quem nos domina?" ℟.

— As palavras do Senhor são verdadeiras, como a prata totalmente depurada, sete vezes depurada pelo fogo. Vós, porém, ó Senhor Deus, nos guardareis para sempre, nos livrando desta raça! ℟.


https://youtu.be/V3mUgVI0XIQ
℟. Aleluia, Aleluia, Aleluia.
℣. Abriram-se os céus e fez-se ouvir a voz do Pai: Eis meu Filho muito amado, escutai-o, todos vós! (Mc 9, 7) ℟.

Evangelho (Mc 9, 2-13)


℣. O Senhor esteja convosco.

℟. Ele está no meio de nós.


℣. Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo  segundo Marcos 

℟. Glória a vós, Senhor.


Naquele tempo, 2Jesus tomou consigo Pedro, Tiago e João, e os levou sozinhos a um lugar à parte sobre uma alta montanha. E transfigurou-se diante deles. 3Suas roupas ficaram brilhantes e tão brancas como nenhuma lavadeira sobre a terra poderia alvejar. 4Apareceram-lhe Elias e Moisés, e estavam conversando com Jesus. 5Então Pedro tomou a palavra e disse a Jesus: “Mestre, é bom ficarmos aqui. Vamos fazer três tendas: uma para ti, outra para Moisés e outra para Elias”. 6Pedro não sabia o que dizer, pois estavam todos com muito medo. 7Então desceu uma nuvem e os encobriu com sua sombra. E da nuvem saiu uma voz: “Este é o meu Filho amado. Escutai o que ele diz!” 8E, de repente, olhando em volta, não viram mais ninguém, a não ser somente Jesus com eles. 9Ao descerem da montanha, Jesus ordenou que não contassem a ninguém o que tinham visto, até que o Filho do Homem tivesse ressuscitado dos mortos. 10Eles observaram esta ordem, mas comentavam entre si o que queria dizer “ressuscitar dos mortos”. 11Os três discípulos perguntaram a Jesus: “Por que os mestres da Lei dizem que antes deve vir Elias?” 12Jesus respondeu: “De fato, antes vem Elias, para colocar tudo em ordem. Mas, como dizem as Escrituras, que o Filho do Homem deve sofrer muito e ser rejeitado? 13Eu, porém, vos digo: Elias já veio, e fizeram com ele tudo o que quiseram, exatamente como as Escrituras falaram a respeito dele”.

— Palavra da Salvação.

— Glória a vós, Senhor.


Antífona do Ofertório

Benedíctus es Dómine, doce me iustificatiónes tuas: benedíctus es Dómine, doce me iustificatiónes tuas: in lábiis meis pronuntiávi ómnia iudícia oris tui. (Ps. 118, 12. 13)


Vernáculo:
Ó Senhor, vós sois bendito para sempre; os vossos mandamentos ensinai-me! Com meus lábios, ó Senhor, eu enumero os decretos que ditou a vossa boca. (Cf. LH: Sl 118, 12. 13)

Sobre as Oferendas

Ó Deus, que este sacrifício nos purifique e renove, e seja fonte de eterna recompensa para os que fazem a vossa vontade. Por Cristo, nosso Senhor.



Antífona da Comunhão

Eles comeram e beberam à vontade; o Senhor satisfizera os seus desejos. (Sl 77, 29-30)

Ou:


Deus amou tanto o mundo, que lhe deu o seu Filho único; quem nele crê não perece, mas possui a vida eterna. (Jo 3, 16)
Visiónem quam vidístis, némini díxéritis, donec a mórtuis resúrgat Fílius hóminis. (Mt. 17, 9; ℣. Ps. 44, 2ab. 3. 4. 5. 6. 7. 8. 18ab. vel Ps. 96, 1. 2. 3. 4. 5. 6. 11. 12)
Vernáculo:
Não faleis a ninguém desta visão, até que o Filho do Homem tenha ressuscitado dentre os mortos. (Cf. Bíblia CNBB: Mt 17, 9)

Depois da Comunhão

Ó Deus, que nos fizestes provar as alegrias do céu, dai-nos desejar sempre o alimento que nos traz a verdadeira vida. Por Cristo, nosso Senhor.

Homilia do dia 19/02/2022
O monte Tabor em nossos corações

A mesma luz gloriosa que Pedro viu no monte Tabor, ao contemplar Cristo transfigurado, nós também a podemos ver, não com os olhos do corpo, mas com os da fé, atendendo à palavra das profecias e meditando os mistérios de Deus.

O Evangelho de hoje, que relata pela pena de S. Marcos a transfiguração do Senhor, convida-nos a lê-lo sob a ótica da Segunda Epístola de S. Pedro, que nos apresenta a reflexão pessoal de quem foi testemunha ocular dos acontecimentos aqui narrados. Lembremo-nos, em primeiro lugar, que o Evangelho de ontem contava-nos a profissão de fé de S. Pedro, bem ao norte da Terra Santa; o de hoje, por sua vez, transporta-nos de volta para a Galileia, no alto do monte Tabor, seis dias após o episódio de Cesareia de Filipe. Aqui, a cerca de seiscentos metros acima do nível do mar, Cristo se transfigura diante de Pedro, Tiago e João, e a respeito dessa manifestação singular da divindade de Jesus escreveria, anos depois, o príncipe dos Apóstolos: “Ele recebeu de Deus Pai honra e glória, quando do seio da glória magnífica lhe foi dirigida esta voz: ‘Este é o meu Filho muito amado, em quem tenho posto todo o meu afeto’. Essa mesma voz que vinha do céu nós a ouvimos, quando estávamos com Ele no monte santo. Assim demos ainda maior crédito à palavra dos profetas, à qual fazeis bem em atender, como a uma lâmpada que brilha em um lugar tenebroso até que desponte o dia e a estrela da manhã se levante em vossos corações” (2Pd 1, 17-19). S. Pedro nos confirma, assim, que a transfiguração de Cristo, longe de ser uma lenda piedosa difundida entre os primeiros cristãos, foi uma realidade histórica, da qual ele mesmo teve o privilégio de participar, vendo a glória de Cristo e como nele se cumpriam as profecias do Antigo Testamento. Mas, se Pedro teve o privilégio de ver fisicamente a luz de Cristo, nós também a podemos contemplar ainda hoje, se bem que na obscuridade da fé. É por isso que o Apóstolo acrescenta: “Demos”, por o termos visto com nossos próprios olhos, “ainda maior crédito à palavra dos profetas, à qual fazeis bem em atender”, pela meditação e a oração da Palavra de Deus, “como a uma lâmpada que brilha em um lugar tenebroso até que desponte o dia e a estrela da manhã se levante em vossos corações”, ou seja, até que o Espírito Santo faça resplandecer no alto de nossas almas a luz de Cristo, a quem contemplamos nesta vida sob o clarão tenebroso da fé, mas a quem veremos face a face no sol, não como quem vê a estrela da manhã, mas como quem se deixa inundar diretamente pelo brilho do sol.

Deus abençoe você!

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Homilia Diária | O Transfigurado quer nos iluminar (Sábado da 6ª Semana do Tempo Comum)

O episódio da Transfiguração do Senhor, narrado no Evangelho deste sábado, é um convite que Jesus dirige a nós, e aos homens de todos os tempos, para que, já nesta terra, tenhamos pela fé a experiência daquela glória que contemplaremos por toda a eternidade no Céu. Para isso, é preciso que nos deixemos iluminar pela luz de Cristo e, num encontro pessoal, aprendamos a estar a sós com Ele em oração. Assista à homilia deste sábado, dia 19 de fevereiro, e descubra como progredir na fé!


https://youtu.be/5CykXn-jwpk

Santo do dia 19/02/2022


São Barbato (Memória Facultativa)
Local: Benevento, Itália
Data: 19 de Fevereiro † 682


São Barbato nasceu no território de Benevento, na Itália, perto do fim do pontificado de São Gregório Magno, no princípio do século VII. Seus pais forneceram-lhe uma educação cristã, e já na juventude Barbato estabeleceu as bases da eminente santidade que o recomendaria à nossa veneração. A inocência, simplicidade e castidade de costumes, além do extraordinário progresso em todas as virtudes, mais do que o qualificaram para o serviço do altar, ao qual foi elevado quando assumiu as ordens sagradas, assim que recebeu a permissão dos cônegos da igreja. Foi logo aproveitado por seu bispo na pregação pública, para a qual demonstrava extraordinário talento, e após certo tempo foi feito coadjutor de São Basílio em Morcona, cidade próxima a Benevento.

Seus paroquianos eram dados a irregularidades, e por isso o trataram como perturbador da paz, perseguindo-o com máxima virulência. Vendo sua malícia sobrepujada pela paciência e humildade do santo, e o caráter dele refulgindo ainda mais brilhante, passaram às difamações, desta vez com tamanho êxito que ele foi obrigado a afastar-se e retirar-lhes do convívio suas práticas de caridade.

Barbato retornou a Benevento, onde foi recebido com alegria. Quando ingressou no ministério dessa cidade, os próprios cristãos ainda mantinham muitas superstições idolátricas, que mesmo o duque, o Príncipe Romualdo, autorizava por seu exemplo (embora fosse filho de Grimoaldo, Rei dos Lombardos, que edificara toda a Itália com sua conversão). O povo prestava veneração religiosa a uma serpente de ouro e prostrava-se diante dela; também dirigia honras a uma árvore na qual se havia pendurado a pele de uma fera selvagem; e essas cerimônias eram encerradas com os jogos públicos, em que a pele servia de alvo para dispararem suas flechas. S. Barbato pregou fervorosamente contra tais abusos, e enfim despertou a atenção do povo, quando previu as calamidades que a cidade sofreria nas mãos do exército do Imperador Constante, o qual, aportando logo em seguida na Itália, levantou cerco a Benevento. Com Hildebrando, bispo de Benevento, morrendo durante o cerco, S. Barbato foi consagrado bispo em seu lugar, a 10 de março de 663. Investido do caráter episcopal, prosseguiu e completou o bom trabalho que tão alegremente havia começado, destruindo todo e qualquer traço de superstição no país.

No ano de 680, prestou auxílio em um concílio convocado pelo Papa Agatão em Roma, e no sexto concílio ecumênico do ano seguinte, realizado em Constantinopla, contra os monotelitas. Não sobreviveu muito tempo a esta grande assembleia, pois faleceu a 29 de fevereiro de 682, aos 70 anos - quase dezenove deles vividos sobre a cátedra episcopal.

REFLEXÃO

Diz Santo Agostinho: "Quando o Inimigo for expulso de vossos corações, renunciai-o, não apenas em palavras, mas em obras; não apenas pelo som de vossos lábios, mas em cada ato de vossas vidas."

BUTLER, Alban. Vida dos Santos: para todos os dias do ano. Dois Irmãos, RS: Minha Biblioteca Católica, 2021. 560 p. Tradução de: Emílio Costaguá. Adaptação: Equipe Pocket Terço.

São Barbato, rogai por nós!

Textos Litúrgicos © Conferência Nacional dos Bispos do Brasil