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SS. Roque González, Afonso Rodríguez e João del Castillo, Presbíteros e Mártires, Memória

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Antífona de entrada

Por amor de Cristo, o sangue dos mártires foi derramado na terra; por isso, eles alcançaram a recompensa eterna.
Iusti epuléntur, et exsúltent in conspéctu Dei: delecténtur in laetítia. Ps. Exsúrgat Deus, et dissipéntur inimíci eius: et fúgiant qui odérunt eum, a fácie eius. (Ps. 67, 4 et 2)
Vernáculo:
Mas os justos se alegram na presença do Senhor rejubilam satisfeitos e exultam de alegria! Sl. Eis que Deus se põe de pé, e os inimigos se dispersam! Fogem longe de sua face os que odeiam o Senhor! (Cf. LH: Sl 67, 4 e 2)

Coleta

Senhor, que a vossa palavra cresça nas terras onde os vossos mártires a semearam e seja multiplicada em frutos de justiça e de paz. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus, e convosco vive e reina, na unidade do Espírito Santo, por todos os séculos dos séculos.

Primeira Leitura — 2Mc 7, 1. 20-31


Leitura do Segundo Livro dos Macabeus


Naqueles dias, 1aconteceu que foram presos sete irmãos, com sua mãe, aos quais o rei, por meio de golpes de chicote e de nervos de boi, quis obrigar a comer carne de porco, que lhes era proibida. 20Mas especialmente admirável e digna de abençoada memória foi a mãe, que, num só dia, viu morrer sete filhos, e tudo suportou valorosamente por causa da esperança que depositou no Senhor. 21Cheia de nobres sentimentos, ela exortava a cada um na língua de seus pais e, revestindo de coragem varonil sua alma de mulher, dizia-lhes: 22“Não sei como aparecestes em minhas entranhas: não fui eu quem vos deu o espírito e a vida nem fui eu quem organizou os elementos dos vossos corpos.

23Por isso, o Criador do mundo, que formou o homem na sua origem e preside à geração de todas as coisas, ele mesmo, na sua misericórdia, vos dará de novo o espírito e a vida, pois agora vos desprezais a vós mesmos, por amor às suas leis”. 24Antíoco julgou que ela o desprezasse e suspeitou que o estivesse insultando. Como o mais novo dos irmãos ainda estivesse vivo, o rei tentava persuadi-lo. E não só com palavras, mas também com juramento, prometeu fazê-lo rico e feliz, além de torná-lo seu amigo e confiar-lhe altas funções, contanto que abandonasse as leis de seus antepassados.

25Vendo que o jovem não lhe prestava nenhuma atenção, o rei chamou a mãe e exortou-a a dar conselhos ao rapaz, para que salvasse a sua vida. 26Como ele insistisse com muitas palavras, ela concordou em persuadir o filho. 27Inclinou-se então para ele e, zombando do cruel tirano, assim falou na língua de seus pais: “Filho, tem compaixão de mim, que te trouxe nove meses em meu seio e por três anos te amamentei; que te criei e eduquei até a idade que tens, sempre cuidando do teu sustento. 28Eu te peço, meu filho: contempla o céu e a terra e observa tudo o que neles existe. Reconhece que não foi de coisas existentes que Deus os fez, e que também o gênero humano surgiu da mesma forma. 29Não tenhas medo desse carrasco. Pelo contrário, sê digno de teus irmãos e aceita a morte, a fim de que eu torne a receber-te com eles no tempo da misericórdia”.

30Mal tinha ela acabado de falar, o jovem declarou: “Que esperais? Não obedecerei às ordens do rei, mas aos mandamentos da Lei dada aos nossos pais por Moisés. 31E tu, que inventaste toda espécie de maldades contra os hebreus, não escaparás às mãos de Deus”.

— Palavra do Senhor.

— Graças a Deus.


Salmo Responsorial — Sl 16(17), 1. 5-6. 8b. 15 (R. 15b)


℟. Ao despertar me saciará vossa presença, ó Senhor!


— Ó Senhor, ouvi a minha justa causa, escutai-me e atendei o meu clamor! Inclinai o vosso ouvido à minha prece, pois não existe falsidade nos meus lábios! ℟.

— Os meus passos eu firmei na vossa estrada, e por isso os meus pés não vacilaram. Eu vos chamo, ó meu Deus, porque me ouvis, inclinai o vosso ouvido e escutai-me! ℟.

— Protegei-me qual dos olhos a pupila e guardai-me, à proteção de vossas asas. E verei, justificado, a vossa face e ao despertar me saciará vossa presença. ℟.


https://youtu.be/0e_r_7XCzDw
℟. Aleluia, Aleluia, Aleluia.
℣. Eu vos escolhi a fim de que deis, no meio do mundo, um fruto que dure. (Cf. Jo 15, 16) ℟.

Evangelho — Lc 19, 11-28


℣. O Senhor esteja convosco.

℟. Ele está no meio de nós.


℣. Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo  segundo Lucas 

℟. Glória a vós, Senhor.


Naquele tempo, 11Jesus acrescentou uma parábola, porque estava perto de Jerusalém e eles pensavam que o Reino de Deus ia chegar logo. 12Então Jesus disse:

“Um homem nobre partiu para um país distante, a fim de ser coroado rei e depois voltar. 13Chamou então dez dos seus empregados, entregou cem moedas de prata a cada um, e disse: ‘Procurai negociar até que eu volte’.

14Seus concidadãos, porém, o odiavam, e enviaram uma embaixada atrás dele, dizendo: ‘Nós não queremos que esse homem reine sobre nós’. 15Mas o homem foi coroado rei e voltou. Mandou chamar os empregados, aos quais havia dado o dinheiro, a fim de saber quanto cada um havia lucrado. 16O primeiro chegou e disse: ‘Senhor, as cem moedas renderam dez vezes mais’. 17O homem disse: ‘Muito bem, servo bom. Como foste fiel em coisas pequenas, recebe o governo de dez cidades’.

18O segundo chegou e disse: ‘Senhor, as cem moedas renderam cinco vezes mais’. 19O homem disse também a este: ‘Recebe tu também o governo de cinco cidades’. 20Chegou o outro empregado e disse: ‘Senhor, aqui estão as tuas cem moedas que guardei num lenço, 21pois eu tinha medo de ti, porque és um homem severo. Recebes o que não deste e colhes o que não semeaste’. 22O homem disse: ‘Servo mau, eu te julgo pela tua própria boca. Tu sabias que eu sou um homem severo, que recebo o que não dei e colho o que não semeei. 23Então, por que tu não depositaste meu dinheiro no banco? Ao chegar, eu o retiraria com juros’. 24Depois disse aos que estavam aí presentes: ‘Tirai dele as cem moedas e dai-as àquele que tem mil’. 25Os presentes disseram: ‘Senhor, esse já tem mil moedas!’ 26Ele respondeu: ‘Eu vos digo: a todo aquele que já possui, será dado mais ainda; mas àquele que nada tem, será tirado até mesmo o que tem. 27E quanto a esses inimigos, que não queriam que eu reinasse sobre eles, trazei-os aqui e matai-os na minha frente’”. 28Jesus caminhava à frente dos discípulos, subindo para Jerusalém.

— Palavra da Salvação.

— Glória a vós, Senhor.


Antífona do Ofertório

Anima nostra, sicut passer, erépta est de láqueo venántium: láqueus contrítus est, et nos liberáti sumus. (Ps. 123, 7)


Vernáculo:
Nossa alma como um pássaro escapou do laço que lhe armara o caçador; o laço arrebentou-se de repente, e assim nós conseguimos libertar-nos. (Cf. LH: Sl 123, 7)

Sobre as Oferendas

Senhor, com alegria, vos trazemos os frutos da terra, a fim de que, pelo sacrifício que vosso Filho ofereceu por todos, nos concedais a bênção e a santidade. Por Cristo, nosso Senhor.



Antífona da Comunhão

Vós ficastes comigo em minhas provações. Por isso vos confio o reino. Vós havereis de comer e beber à minha mesa no meu reino, diz o Senhor. (Lc 22, 28-30)
Dico autem vobis amícis meis: ne terreámini ab his, qui vos persequúntur. (Lc. 12, 4; ℣. Ps. 33, 2. 6. 16. 18. 19. 20. 21. 23)
Vernáculo:
A vós, meus amigos, eu digo: não tenhais medo dos que vos perseguem. (Cf. MR: Lc 12, 4)

Depois da Comunhão

Senhor, que os vossos fiéis vivam na fé e na caridade, repartindo com os irmãos o pão da vida e bebendo o cálice da salvação até a vossa vinda. Por Cristo, nosso Senhor.

Homilia do dia 19/11/2025


Como entender a parábola das minas?


“Um homem nobre partiu para um país distante, a fim de ser coroado rei e depois voltar. Chamou então dez dos seus empregados, entregou cem moedas de prata a cada um e disse: ‘Procurai negociar até que eu volte’”.

No Evangelho de hoje, Jesus continua subindo de Jericó para Jerusalém e, estando à frente dos discípulos, conta-lhes a parábola das minas. Essa história é semelhante àquela dos talentos em São Mateus, capítulo 25; no entanto, o valor de comparação é muito diferente. Enquanto um talento equivale a 30 quilos de ouro, cerca de cinco milhões de reais, uma mina equivale a cem moedas de prata, aproximadamente mil reais. Embora o valor seja menor, São Lucas deseja enfatizar exatamente o contraste entre o pouco que nos é confiado e a grandeza da recompensa. Jesus, enquanto ia a Jerusalém para ser proclamado rei, contou a história de um nobre que iria ser coroado em um país distante, mas depois voltaria para casa. Antes de partir, ele deu aos servos uma mina para cada um — aqui também há uma diferença com a parábola dos talentos, pois nela a distribuição não é igualitária —, e disse que lucrassem com aquele valor. Quando o nobre voltou já coroado rei, o servo bom apresentou-se diante dele e, tendo sua mina rendido dez vezes mais, recebeu do senhor o governo de dez cidades. O segundo servo rendeu menos, apenas cinco vezes, por isso recebeu do patrão o governo de cinco cidades. Já o terceiro servo não fez render nada, pois tinha guardado as moedas em um lenço por temer a severidade do senhor, e foi punido. Aplicando-o a nossas vidas, percebemos que a graça de Deus recebida é inicialmente pequenina; mas se nós correspondemos com generosidade, ela se multiplica extraordinariamente ainda aqui nesta terra e muito mais no Céu. Jesus nos ensina isso na parábola: os servos multiplicam a mina ainda neste mundo, e quando vem o senhor, recebem cidades para governar. A generosidade com que amamos Jesus aqui na terra é a proporção que Deus usará para nos recompensar no Céu. Entretanto, a desproporção do que recebem os criados por terem multiplicado o dinheiro do senhor nem se compara à caridade que Cristo tem por nós, ao nos proporcionar a verdadeira felicidade, se amarmos a Deus com toda a nossa alma.Sejamos generosos e aumentemos a graça que o Senhor nos deu, a fim de que possamos crescer em santidade ainda aqui neste mundo e, dessa forma, sermos dignos de viver a glória de Jesus no Céu.

Deus abençoe você!

Nossa Missão
Evangelize com o Pocket Terço: pocketterco.com.br/ajude

Santo do dia 19/11/2025

São Roque González, Santo Afonso Rodriguez e São João del Castillo (Memória)
Local: Rio Grande do Sul, Brasil
Data: 19 de Novembro † 1628


Estamos diante de três missionários mártires jesuítas das terras do Paraguai, que foram martirizados em terras que hoje constituem o Rio Grande do Sul no Brasil. Os três mártires apresentam um percurso de vida um tanto diverso.

Roque González de Santa Cruz, filho de espanhóis, nasceu em Assunção do Paraguai em 1576. Fez seus estudos no colégio que os padres jesuítas, recém-chegados ao Paraguai, abriram em Assunção. Do colégio, Roque passou para os estudos em preparação ao sacerdócio. Foi ordenado padre com apenas 22 anos. Apenas ordenado, Roque recebeu sua primeira destinação junto aos índios ao norte de Assunção. Regressando por ordem superior para Assunção, o padre Roque foi nomeado cura da catedral, onde deu mostras de ser um sacerdote virtuoso, dedicado e prudente. Ficou pouco tempo neste cargo. Desejava dedicar-se unicamente à evangelização dos índios numa vida protegida por uma disciplina religiosa. Por isso decidiu entrar para a Companhia de Jesus, onde foi aceito aos 38 anos. Participou por algum tempo com o padre Vicente Griffi da tarefa de pacificação dos índios Guaicurus do Chaco. Uma das primeiras atividades que padre Roque teve que aprender foi a da lavoura, a fim de poder ser mestre dos índios. Pe. Roque foi visto, então, a manejar os bois, o arado, lavrar a terra, ensinando tudo isso aos índios.

Pouco mais tarde, o padre Roque foi destinado à missão de Santo Inácio, em Guaçu, a fim de iniciar sua primeira experiência em reduzir os índios guaranis do estado seminômade a viverem juntos em aldeia, a fim de encontrarem melhores condições de vida pelo cultivo comunitário da terra e de se subtraírem à fácil exploração dos colonizadores espanhóis. Fundou, em seguida, as reduções de Conceição do Uruguai, de Porto Xavier e, penetrando em solo gaúcho, fundou São Nicolau, que foi o centro administrativo das reduções.

Seu grande zelo levou-o a penetrar mais em terra gaúcha. Subindo o rio Ibicui, chegou até perto de Santa Maria, na localidade de São Martinho. Voltou novamente à região de São Nicolau, dando início à redução de Caaró. Ali foi surpreendido pelo martírio no dia 15 de novembro. Construída uma capela, estava levantando um pequeno campanário, quando índios emissários do pajé Nheçu descarregaram traiçoeiramente potentes golpes de clavas de pedra na cabeça do santo missionário. A poucos passos estava o padre Afonso Rodríguez, espanhol, que foi imediatamente atacado pelos índios e dilacerado em todo o corpo. O mesmo fim violento levou o terceiro missionário, o padre João del Castillo, também espanhol, morto na Missão de São Nicolau.

São Roque González com seus companheiros durante quase vinte anos procurou civilizar os habitantes das florestas daquelas regiões, agrupando-os nas "Reduções" e instruindo-os na fé e nos costumes cristãos. Infelizmente, na mentalidade do tempo, civilizar era o mesmo que impor-lhes a cultura e as tradições europeias. As reduções guaranis certamente foram modelos arrojados de evangelização e aculturação dos índios. Claro que não se resolveu o problema de uma evangelização inculturada. Os índios, na realidade, eram erradicados de suas culturas e tradições sociais e religiosas. A partir disso, compreendem-se suas violentas reações contra os próprios missionários.

Estes três sacerdotes jesuítas, martirizados na região do rio da Prata, foram beatificados por Pio XI em 1937 e canonizados pelo papa João Paulo II, quando da sua visita apostólica no Paraguai, no dia 16 de maio de 1988, em Assunção,

As orações da Missa são bastante genéricas. Realça-se o sangue dos mártires, semente de novos cristãos e os missionários portadores de justiça e de paz. Nesta comemoração convém realçar e celebrar também a imensa obra missionária dos jesuítas pelo mundo inteiro, a começar por São Francisco Xavier. Eis a Oração coleta: Senhor, que a vossa palavra cresça nas terras onde os vossos mártires a semearam e seja multiplicada em frutos de justiça e de paz.

Referência:
BECKHÄUSER, Frei Alberto. Os Santos na Liturgia: testemunhas de Cristo. Petrópolis: Vozes, 2013. 391 p. Adaptações: Equipe Pocket Terço.

São Roque González, Santo Afonso Rodriguez e São João del Castillo, rogai por nós!


Textos Litúrgicos © Conferência Nacional dos Bispos do Brasil