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São Leão Magno, Papa e Doutor da Igreja, Memória

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Antífona de entrada

O Senhor firmou com ele uma aliança de paz e o colocou à frente do seu povo a fim de ser sacerdote para sempre. (Cf. Eclo 45, 30)
In médio Ecclésiae apéruit os eius: et implévit eum Dóminus spíritu sapiéntiae, et intelléctus: stolam glóriae índuit eum. Ps. Bonum est confitéri Dómino: et psállere nómini tuo, Altíssime. (Sir. 15, 5; Ps. 91)
Vernáculo:
No meio da Igreja o Senhor abriu os seus lábios, encheu-o com o espírito de sabedoria e inteligência e o revestiu com um manto de glória. (Cf. MR: Eclo 15, 5) Sl. Como é bom agradecermos ao Senhor e cantar salmos de louvor ao Deus Altíssimo. (Cf. LH: Sl 91, 2)

Coleta

Ó Deus, jamais permitis que as forças do mal prevaleçam contra a vossa Igreja, fundada sobre a rocha inabalável dos Apóstolos; concedei-lhe, pela intercessão do papa São Leão Magno, permanecer firme na vossa verdade e gozar de paz para sempre. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus, e convosco vive e reina, na unidade do Espírito Santo, por todos os séculos dos séculos.

Primeira Leitura — Sb 1, 1-7


Início do Livro da Sabedoria


1Amai a justiça, vós que governais a terra; tende bons sentimentos para com o Senhor e procurai-o com simplicidade de coração. 2Ele se deixa encontrar pelos que não exigem provas, e se manifesta aos que nele confiam. 3Pois os pensamentos perversos afastam de Deus; e seu poder, posto à prova, confunde os insensatos. 4A Sabedoria não entra numa alma que trama o mal nem mora num corpo sujeito ao pecado. 5O espírito santo, que a ensina, foge da astúcia, afasta-se dos pensamentos insensatos e retrai-se quando sobrevém a injustiça. 6Com efeito, a Sabedoria é o espírito que ama os homens, mas não deixa sem castigo quem blasfema com seus próprios lábios, pois Deus é testemunha dos seus pensamentos, investiga seu coração segundo a verdade e mantém-se à escuta da sua língua; 7porque o espírito do Senhor enche toda a terra, mantém unidas todas as coisas e tem conhecimento de tudo o que se diz.

— Palavra do Senhor.

— Graças a Deus.


Salmo Responsorial — Sl 138(139), 1-3. 4-6. 7-8. 9-10 (R. 24b)


℟. Conduzi-me no caminho para a vida, ó Senhor!


— Senhor, vós me sondais e conheceis, sabeis quando me sento ou me levanto; de longe penetrais meus pensamentos, percebeis quando me deito e quando eu ando, os meus caminhos vos são todos conhecidos. ℟.

— A palavra nem chegou à minha língua, e já, Senhor, a conheceis inteiramente. Por detrás e pela frente me envolveis; pusestes sobre mim a vossa mão. Esta verdade é por demais maravilhosa, é tão sublime que não posso compreendê-la. ℟.

— Em que lugar me ocultarei de vosso espírito? E para onde fugirei de vossa face? Se eu subir até os céus, ali estais; se eu descer até o abismo, estais presente. ℟.

— Se a aurora me emprestar as suas asas, para eu voar e habitar no fim dos mares; mesmo lá vai me guiar a vossa mão e segurar-me com firmeza a vossa destra. ℟.

℟. Aleluia, Aleluia, Aleluia.
℣. Como astros no mundo brilheis, pregando a Palavra da vida! (Fl 2, 15d. 16a) ℟.

Evangelho — Lc 17, 1-6


℣. O Senhor esteja convosco.

℟. Ele está no meio de nós.


℣. Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo  segundo Lucas 

℟. Glória a vós, Senhor.


Naquele tempo, 1Jesus disse a seus discípulos: “É inevitável que aconteçam escândalos. Mas ai daquele que produz escândalos! 2Seria melhor para ele que lhe amarrassem uma pedra de moinho no pescoço e o jogassem no mar, do que escandalizar um desses pequeninos. 3Prestai atenção: se o teu irmão pecar, repreende-o. Se ele se converter, perdoa-lhe. 4Se ele pecar contra ti sete vezes num só dia, e sete vezes vier a ti, dizendo: ‘Estou arrependido’, tu deves perdoá-lo”.

5Os apóstolos disseram ao Senhor: “Aumenta a nossa fé!” 6O Senhor respondeu: “Se vós tivésseis fé, mesmo pequena como um grão de mostarda, poderíeis dizer a esta amoreira: ‘Arranca-te daqui e planta-te no mar’, e ela vos obedeceria”.

— Palavra da Salvação.

— Glória a vós, Senhor.


Antífona do Ofertório

Invéni David servum meum, óleo sancto unxi eum: manus enim mea auxiliábitur ei, et bráchium meum confortábit eum. (Ps. 88, 21. 22)


Vernáculo:
Encontrei e escolhi a Davi, meu servidor, e o ungi, para ser rei, com meu óleo consagrado. Estará sempre com ele minha mão onipotente, e meu braço poderoso há de ser a sua força. (Cf. LH: Sl 88, 21. 22)

Sobre as Oferendas

Senhor, pelas oferendas que apresentamos, iluminai benigno a vossa Igreja, para que o vosso rebanho cresça por toda parte, e os pastores, por vós guiados, sejam agradáveis aos vossos olhos. Por Cristo, nosso Senhor.



Antífona da Comunhão

Simão Pedro disse a Jesus: Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo. Jesus então declarou: Tu és Pedro, e sobre esta pedra construirei a minha Igreja. (Cf. Mt 16, 16. 18)
Beátus servus, quem, cum vénerit Dóminus, invénerit vigilántem: amen dico vobis, super ómnia bona sua constítuet eum. (Mt. 24, 46. 47; ℣. Ps. 32, 1. 2. 3. 4. 5. 12. 13. 14. 18. 19. 20. 21. 22)
Vernáculo:
Feliz o servo que o Senhor, ao chegar, encontrar acordado; em verdade vos digo: Ele lhe confiará a administração de todos os seus bens. (Cf. MR: Cf. Mt 24, 46-47)

Depois da Comunhão

Senhor, governai com bondade a vossa Igreja, alimentada nesta santa ceia, para que, conduzida por vossa mão poderosa, cresça na liberdade e permaneça firme na integridade da fé. Por Cristo, nosso Senhor.

Homilia do dia 10/11/2025


“Arranca-te daqui e planta-te no mar”


“Se vós tivésseis fé, mesmo pequena como um grão de mostarda, poderíeis dizer a esta amoreira: ‘Arranca-te daqui e planta-te no mar’, e ela vos obedeceria”.

No Evangelho de hoje, Jesus nos fala tanto do perdão que precisamos dar e receber quanto da fé que em nós deve aumentar. Se tivéssemos fé, diz Ele, mesmo que fosse pequenina como um grão de mostarda, poderíamos dizer a uma amoreira: “Arranca-te daqui e planta-te no mar”, e ela nos obedeceria. O Senhor nos recorda, desta forma, que nos encontramos ainda muito enraizados, à semelhança de uma amoreira, na terra de nossas paixões, do nosso apego às coisas deste mundo. É justamente por termos o coração plantado nesta terra que somos tão suscetíveis, sentindo-nos ofendidos com as menores palavras, enquanto ofendemos os outros sem maiores remordimentos de consciência. Nosso Senhor, porém, que nos veio dar uma vida nova, não quer que permaneçamos presos a este solo pútrido, mas que, com o coração voltado para Deus, morramos para nós, a fim de o deixarmos viver em nós. Isso significa, na prática, que temos uma luta diária, armada com fé e esperança, para desenraizarmos o nosso coração da mundanidade, do egoísmo, dessa lógica, excessivamente humana, de buscar sempre e apenas o próprio interesse, e o plantarmos nesse mar imenso de virtudes que é o Coração de Jesus Cristo. Que Ele se digne aumentar-nos, dia após dia, o dom da fé, para, movidos pela graça, irmos arrancando as raízes que nos prendem a este vale de lágrimas e cultivarmos esta semente de salvação que, esperamos, um dia há de frutificar plenamente no céu.

Deus abençoe você!

Nossa Missão
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Santo do dia 10/11/2025

São Leão Magno (Memória)
Local: Roma, Itália
Data: 10 de Novembro † 461


Pouco se sabe sobre sua vida anterior ao pontificado. Fazia parte do clero da Igreja de Roma, provavelmente como diácono junto ao papa Sisto III, em cujo nome desempenhou várias missões delicadas.

Por ocasião da morte de Sisto III ele ainda se achava na Gália quando recebeu a notícia de que tinha sido eleito para a cátedra de São Pedro. Imediatamente depois de sua ordenação episcopal em 29 de setembro de 440, ele começou a desdobrar suas capacidades excepcionais de pastor e de governante.

Os tempos eram então muito conturbados. O Império Romano ocidental esfacelava-se ante as avalanches de invasores do norte europeu. Também a Igreja vivia agitada por questões internas, sobretudo de cunho doutrinal. Num século sentiu-se sacudida por quatro grandes heresias: o arianismo, o pelagianismo, o nestorianismo e o monofisismo, que deixaram feridas profundas. O nome do papa Leão está intimamente ligado à luta contra o monofisismo, heresia propagada pelo monge Êutiques, que sustentava haver em Cristo não duas naturezas, mas uma só, a divina, que teria absorvido em si a natureza humana. Negava-se assim o caráter plenamente humano de Jesus Cristo. Estando a par destas agitações doutrinárias no Oriente, Leão I dirigiu ao arcebispo de Constantinopla a célebre Carta Dogmática a Flaviano. Depois de muitos impasses nas discussões sobre o assunto, no concílio ecumênico reunido em Calcedônia em 451, os Padres conciliares ouviram a exposição da doutrina católica segundo a Carta Dogmática, exclamando após a leitura: "Pedro falou pela boca de Leão".

Quanto à questão da doutrina católica, o papa Leão interveio em muitos outros casos, junto aos bispos, nas mais diversas regiões, tanto no Ocidente como no Oriente. Leão Magno elevou o papado, fazendo brilhar o primado de Pedro. Sua voz na função de Pedro foi ouvida em toda a Igreja.

Marcante ficou também na história da Itália a atitude de Leão Magno frente aos invasores bárbaros. Ao saber que Átila, chefe dos hunos, invadira o norte da Itália, destruindo tudo a ferro e fogo, em 452, o Papa saiu-lhe corajosamente ao encontro, conseguindo que os invasores não prosseguissem sua marcha até Roma e que voltassem para a Panônia (Hungria). Em 455, outro chefe vândalo, Genserico, à frente dos hunos, depois de devastar o norte da África, desembarcou na Itália e entrou em Roma. Desta vez, o Papa conseguiu apenas que se poupassem as vidas e não se incendiasse a cidade. Nestas emergências, o bispo de Roma praticamente já estava agindo como um senhor territorial, tentando salvar o que restava do antigo Império Romano Ocidental.

Grande foi a atuação do papa Leão como chefe espiritual da cristandade e de sua querida cidade de Roma. Pela oração, pelo exemplo e, sobretudo, por seus sábios escritos, concorreu para consolidar a disciplina eclesiástica, elevar os costumes do povo, conservar a ortodoxia da fé e aperfeiçoar o culto litúrgico, em todo o Ocidente. Célebres ficaram seus sermões ou homilias, proferidos nas solenidades do Ano litúrgico. Destes sermões se conservam 96 autênticos, junto com 143 cartas; são documentos preciosos para a história e o dogma. Seus sermões e suas cartas tiveram grande influência na elaboração dos textos litúrgicos dos diversos tempos e mistérios de Cristo celebrados durante o ano, particularmente sobre as orações e os prefácios dos mistérios da revelação do Verbo de Deus, o ciclo de Natal.

Mestre e mistagogo, centralizou sua missão no mistério de Cristo homem-Deus, professado na doutrina do Verbo encarnado, atualizado nas celebrações litúrgicas e testemunhado na vida: "cumprir nas obras o que é celebrado no sacramento". Naquela época, a função de pregar estava limitada aos bispos, e ele se aplicou a ela sistematicamente, instruindo os fiéis de Roma que ele pretendia transformar em modelo para outras igrejas. Nos seus sermões ou homilias encontramo-lo a enfatizar a prática da esmola e outros aspectos sociais da vida cristã e a expor os ensinamentos da Igreja Católica, especialmente os referentes à Encarnação. A seu nome se liga o fundo eucológico mais antigo do Missal romano. O primeiro Sacramentário da Igreja de Roma (livro do sacerdote presidente) foi, por séculos, atribuído a ele, o Sacramentário Leoniano, hoje, chamado Sacramentário Veronense.

O papa Leão faleceu no ano 461 e a posteridade brindou-o com o título de Magno, pois por muitas razões foi ele o mais insigne Papa anterior à queda do Império Romano Ocidental e o que por mais tempo dirigiu a Igreja Romana até aquele período.

A Oração coleta lembra a função de Leão Magno na defesa da Igreja fundada sobre a rocha inabalável dos Apóstolos. Que pelos méritos do papa São Leão ela permaneça firme na verdade e goze paz para sempre. A Oração sobre as oferendas realça a Igreja como o rebanho guiado por seus pastores. Que seus pastores sejam do agrado de Deus. A Oração depois da Comunhão também fala da Igreja de Deus. Que ela, conduzida pela mão poderosa de Deus, veja crescer a sua liberdade e conserve a integridade da fé. Portanto, a São Leão Magno se atribuem sobretudo a integridade da fé, a liberdade diante dos poderosos desta terra e o crescimento do rebanho na caridade.

As Antífonas do Benedictus e do Magnificat realçam a figura e a missão de Pedro, tornadas presentes no papa Leão. Num dos seus sermões natalinos o papa Leão comentava: Nosso Senhor, amados filhos, nasceu hoje como Salvador: alegremo-nos. Não pode haver tristeza quando nasce a vida... O Filho de Deus assumiu a natureza do homem para reconciliá-lo com seu Criador, de modo que o demônio, autor da morte, fosse vencido pela mesma natureza que ele antes vencera. Toma consciência, ó cristão, da tua dignidade, e, já que participas da natureza divina, não voltes aos erros de antes por um comportamento indigno de tua condição. Pelo sacramento do Batismo te tornaste templo do Espírito Santo.

O Prefácio III do Natal do Senhor talvez possa resumir bem o que ensinou e viveu o papa Leão: Por ele (Jesus Cristo, Senhor nosso), realiza-se hoje o maravilhoso encontro que nos dá vida nova em plenitude. No momento em que vosso Filho assume nossa fraqueza, a natureza humana recebe uma incomparável dignidade; ao tornar-se ele um de nós, nós nos tornamos eternos.

Referência:
BECKHÄUSER, Frei Alberto. Os Santos na Liturgia: testemunhas de Cristo. Petrópolis: Vozes, 2013. 391 p. Adaptações: Equipe Pocket Terço.

São Leão Magno, rogai por nós!


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