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Antífona de entrada

A terra está repleta da misericórdia do Senhor; por sua palavra os céus foram firmados, aleluia. (Cf. Sl 32, 5-6)
Misericórdia Dómini plena est terra, allelúia: verbo Dei caeli firmáti sunt, allelúia, allelúia. Ps. Exsultáte iusti in Dómino, rectos decet collaudátio. (Ps. 32, 5. 6 et 1)
Vernáculo:
A terra está repleta da misericórdia do Senhor; por sua palavra os céus foram firmados, aleluia. (Cf. MR: Sl 32, 5-6) Sl. Ó justos, alegrai-vos no Senhor! Aos retos fica bem glorificá-lo. (Cf. LH: Sl 32, 1)

Glória

Glória a Deus nas alturas,
e paz na terra aos homens por Ele amados.
Senhor Deus, rei dos céus,
Deus Pai todo-poderoso.
Nós vos louvamos,
nós vos bendizemos,
nós vos adoramos,
nós vos glorificamos,
nós vos damos graças
por vossa imensa glória.
Senhor Jesus Cristo, Filho Unigênito,
Senhor Deus, Cordeiro de Deus,
Filho de Deus Pai.
Vós que tirais o pecado do mundo,
tende piedade de nós.
Vós que tirais o pecado do mundo,
acolhei a nossa súplica.
Vós que estais à direita do Pai,
tende piedade de nós.
Só Vós sois o Santo,
só vós, o Senhor,
só vós, o Altíssimo,
Jesus Cristo,
com o Espírito Santo,
na glória de Deus Pai.
Amém.

Coleta

Deus eterno e todo-poderoso, conduzi-nos à comunhão das alegrias celestes, para que a fragilidade do rebanho chegue onde a precedeu a fortaleza do pastor, Jesus Cristo.Ele, que é Deus, e convosco vive e reina, na unidade do Espírito Santo, por todos os séculos dos séculos.

Primeira Leitura (At 4, 8-12)


Leitura dos Atos dos Apóstolos


Naqueles dias, 8Pedro, cheio do Espírito Santo, disse: “Chefes do povo e anciãos: 9hoje estamos sendo interrogados por termos feito o bem a um enfermo e pelo modo como foi curado. 10Ficai, pois, sabendo todos vós e todo o povo de Israel: é pelo nome de Jesus Cristo, de Nazaré, — aquele que vós crucificastes e que Deus ressuscitou dos mortos — que este homem está curado, diante de vós.

11Jesus é a pedra, que vós, os construtores, desprezastes, e que se tornou a pedra angular. 12Em nenhum outro há salvação, pois não existe debaixo do céu outro nome dado aos homens, pelo qual possamos ser salvos”.

— Palavra do Senhor.

— Graças a Deus.


Salmo Responsorial (Sl 117)


℟. A pedra que os pedreiros rejeitaram, tornou-se agora a pedra angular.


— Dai graças ao Senhor, porque ele é bom! “Eterna é a sua misericórdia!” É melhor buscar refúgio no Senhor, do que pôr no ser humano a esperança; é melhor buscar refúgio no Senhor, do que contar com os poderosos deste mundo! ℟.

— Dou-vos graças, ó Senhor, porque me ouvistes e vos tornastes para mim o Salvador! A pedra que os pedreiros rejeitaram, tornou-se agora a pedra angular. Pelo Senhor é que foi feito tudo isso: que maravilhas ele fez a nossos olhos! ℟.

— Bendito seja, em nome do Senhor, aquele que em seus átrios vai entrando! Vós sois meu Deus, eu vos bendigo e agradeço! Vós sois meu Deus, eu vos exalto com louvores! Dai graças ao Senhor, porque ele é bom! “Eterna é a sua misericórdia!” ℟.


https://youtu.be/WQP72RHnXoU

Segunda Leitura (1Jo 3, 1-2)


Leitura da Primeira Carta de São João


Caríssimos: 1Vede que grande presente de amor o Pai nos deu: de sermos chamados filhos de Deus! E nós o somos! Se o mundo não nos conhece, é porque não conheceu o Pai.

2Caríssimos, desde já somos filhos de Deus, mas nem sequer se manifestou o que seremos! Sabemos que, quando Jesus se manifestar, seremos semelhantes a ele, porque o veremos tal como ele é.

— Palavra do Senhor.

— Graças a Deus.


℟. Aleluia, Aleluia, Aleluia.
℣. Eu sou o bom pastor, diz o Senhor; eu conheço minhas ovelhas e elas me conhecem a mim. (Jo 10, 14) ℟.

Evangelho (Jo 10, 11-18)


℣. O Senhor esteja convosco.

℟. Ele está no meio de nós.


℣. Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo João 

℟. Glória a vós, Senhor.


Naquele tempo, disse Jesus: 11“Eu sou o bom pastor. O bom pastor dá a vida por suas ovelhas. 12O mercenário, que não é pastor e não é dono das ovelhas, vê o lobo chegar, abandona as ovelhas e foge, e o lobo as ataca e dispersa. 13Pois ele é apenas um mercenário e não se importa com as ovelhas.

14Eu sou o bom pastor. Conheço as minhas ovelhas, e elas me conhecem, 15assim como o Pai me conhece e eu conheço o Pai. Eu dou minha vida pelas ovelhas.

16Tenho ainda outras ovelhas que não são deste redil: também a elas devo conduzir; elas escutarão a minha voz, e haverá um só rebanho e um só pastor. 17É por isso que o Pai me ama, porque dou a minha vida, para depois recebê-la novamente. 18Ninguém tira a minha vida, eu a dou por mim mesmo; tenho poder de entregá-la e tenho poder de recebê-la novamente; essa é a ordem que recebi do meu Pai”.

— Palavra da Salvação.

— Glória a vós, Senhor.


Creio

Creio em Deus Pai todo-poderoso,
Criador do céu e da terra.
E em Jesus Cristo, seu único Filho, nosso Senhor,
Às palavras seguintes, até Virgem Maria, todos se inclinam.
que foi concebido pelo poder do Espírito Santo,
nasceu da Virgem Maria,
padeceu sob Pôncio Pilatos,
foi crucificado, morto e sepultado,
desceu à mansão dos mortos,
ressuscitou ao terceiro dia,
subiu aos céus,
está sentado à direita de Deus Pai todo-poderoso,
donde há de vir a julgar os vivos e os mortos.
Creio no Espírito Santo,
na santa Igreja Católica,
na comunhão dos santos,
na remissão dos pecados,
na ressurreição da carne
e na vida eterna. Amém.

Antífona do Ofertório

Deus, Deus meus, ad te de luce vígilo: et in nómine tuo levábo manus meas, allelúia. (Ps. 62, 2. 5)


Vernáculo:
Sois vós, ó Senhor, o meu Deus! Desde a aurora ansioso vos busco! Quero, pois, vos louvar pela vida, e elevar para vós minhas mãos! (Cf. LH: Sl 62, 2. 5)

Sobre as Oferendas

Concedei, Senhor, que exultemos sem cessar por estes mistérios pascais, para que a contínua obra de nossa redenção seja causa de eterna alegria. Por Cristo, nosso Senhor.



Antífona da Comunhão

Ressurgiu o bom Pastor que deu a vida por suas ovelhas e quis morrer pelo seu rebanho, aleluia.
Ego sum pastor bonus, allelúia: et cognósco oves meas, et cognóscunt me meae, allelúia, allelúia. (Io. 10, 14; ℣. Ps. 22, 1-2a. 2b-3a. 3b-4ab. 4cd. 5ab. 5cd. 6ab. 6cd. vel Ps. 32, 1. 12. 13. 14. 15. 18. 19. 20. 21. 22)
Vernáculo:
Eu sou o bom pastor. Eu conheço as minhas ovelhas, e elas me conhecem, diz o Senhor. (Cf. MR: Jo 10, 14)

Depois da Comunhão

Ó bom Pastor, velai com benevolência, pelo vosso rebanho, e dignai-vos conduzir aos prados eternos as ovelhas que remistes com o precioso sangue do vosso Filho. Que vive e reina pelos séculos dos séculos.

Homilia do dia 21/04/2024
Você reconhece a voz do Bom Pastor?

“O mercenário, que não é pastor e não é dono das ovelhas, vê o lobo chegar, abandona as ovelhas e foge, e o lobo as ataca e dispersa.” (Jo 10, 12)

Este quarto Domingo da Páscoa é conhecido como Domingo do Bom Pastor, pois nele se lê um trecho do capítulo 10 de São João, onde Jesus se revela como o Bom Pastor. A antífona de comunhão que o Missal Romano traz: “Ressuscitou o Bom Pastor, que deu a vida pelas ovelhas e quis morrer pelo rebanho!”.


Ao ouvir este evangelho pode nos vir a mente Jesus carregando uma ovelha sobre seus ombros, curando as suas feridas e levando-a com alegria ao redil. Como fruto dessa meditação podemos pedir ao Espírito Santo conhecimento interno de Cristo Bom Pastor, que por mim deu a sua vida e ressuscitou para que mais o ame e o siga.


A vida pastoril, ou seja, daquele que se dedica ao pastoreio, ocupa um lugar importantíssimo na vida do Povo do Israel. O pastor tinha verdadeiro senhorio sobre seu rebanho. Na linguagem dos profetas, o termo “pastor” designa o próprio Deus, que “apascentará seu rebanho” (Is 40,11), ao qual “nada lhe faltará” (Sl 22). Por isso, a condição de Jesus como pastor das ovelhas, afirma que Ele é Deus.


Neste evangelho Jesus contrapõe as atitudes do bom, belo e verdadeiro pastor à atitude do mercenário, que não é pastor, mas quer se aproveitar das ovelhas. Dessa forma, Cristo nos revela como ele mesmo cuida de cada um de nós: “o bom pastor dá a vida por suas ovelhas”. Vejamos algumas diferenças.

1. Diferencias entre o Bom Pastor e o ladrão e salteador


Ao começo do capítulo, Jesus nos dá a chave para reconhecer ao Bom Pastor: “entra pela porta ao redil das ovelhas. O ladrão, não entra pela porta”, entra violentamente, sem respeitar a natureza e condição das ovelhas.


a) “Mas quem entra pela porta é o pastor das ovelhas”. O Bom Pastor entra pela porta; entra e sai da alma quando quer, pois é o seu dono. O único Pastor é Cristo.


b) “Quem não entra pela porta no aprisco das ovelhas, mas sobe por outra parte, é ladrão e salteador”. O ladrão não descansa na espreita, fica escondido, e logo ao primeiro descuido do pastor, lhe rouba as ovelhas. Vive também na montanha, mas é como uma ave de rapina; não ama às ovelhas, mas sim o que elas o podem dar; grita-lhes e insulta-lhes, e tenta confundi-las com sua voz; as ameaça e aterroriza, porque elas não querem segui-lo, foge quando vê o lobo, e aguarda a noite para roubar o redil. Afirma o Senhor: “O ladrão não vem senão para furtar, matar e destruir. Eu vim para que as ovelhas tenham vida e para que a tenham em abundância” (Jo 10,10).

2. Diferenças entre o Bom Pastor e o Mercenário


a) O Bom Pastor se Sacrifica pelas ovelhas


“Eu sou o Bom Pastor. O Bom Pastor dá sua vida por suas ovelhas”. No sentido rigoroso, quer dizer é capaz de entregar-se e morrer pelas ovelhas, como, por ex. São Maximiliano Kolbe, que se ofereceu à morte no campo de concentração no lugar de um judeu, pai de família; ou como o Santo Padre, São João Paulo II, que muitas vezes arriscou sua vida na condução do rebanho da Igreja; ou como tantos outros que morrem contagiados por alguma grave enfermidade ao praticar a caridade com os doentes.


Da mesma forma dá sua vida aquele Bispo ou padre, que se gasta e se desgasta por suas ovelhas. Aquele que sabe morrer a si mesmo, dando seu tempo e suas forças.
O bom pastor é aquele que não se incomoda pela presença das ovelhas, não cumpre horário desejando ir embora, mas sim fala com elas, as anima; gosta de apascentá-las com a boa doutrina de Cristo, acompanhá-las dando-lhes direção, coisa que faz parte de seu ofício de reger, ensinar e santificar as almas.
O bom pastor luta contra seus defeitos para melhor servir as ovelhas: vencem a indisposição, a timidez, a antipatia e a vergonha.
O bom pastor se vence a si mesmo, conversa para atrair às ovelhas: “faz-se tudo com todos”.
O bom pastor tem iniciativa. As ovelhas estão com ele, porque ele passa seu tempo com elas, que sentem familiaridade com ele e lhes abre o coração. O bom Pastor vai sempre a frente, inspirando-lhes paz e segurança.
O bom pastor tem espírito de sacrifício: prepara o apostolado, toma tempo para pensar as coisas, faz penitência pelas almas.
O bom pastor sabe que não se pertence, que vive para outros, sabe que, como Cristo, deve ser alimento.


Pelo contrário, o mercenário foge quando vê o lobo, não lhe importa a matança das ovelhas porque é empregado e não dono zeloso. As ovelhas não são suas. Quer se aproveitar de sua carne e de sua lã. São Paulo dizia: “Não procuro o que é vosso, mas sim a vós”, mostrando seu desinteresse no pastoreio das ovelhas. O mau pastor, porém, procura os bens das ovelhas. E isto dizia Jesus diante dos fariseus e escribas, que eram maus pastores.


b) O Bom Pastor conhece seu rebanho


“Eu sou o Bom Pastor e conheço minhas ovelhas”. Conhece-nos pelo nome e sobrenome desde toda a eternidade. Chama-nos por nosso nome. Não nos conhece superficialmente, lembra-se de cada um de nós como se fôssemos o único. Conhece-nos perfeitamente, cada cabelo, nossas impressões digitais, cada uma de nossas células, e cada um de nossos pensamentos; conhece-nos com todas nossas falências, talentos e possibilidades. Ama-nos com um amor singular, concreto, pessoal.


Nós pastores não devemos ser cegos. Devemos conhecer pessoalmente a cada ovelha, as manhas de cada uma, os pastos que mais lhes convêm, não se deve tratar a todos da mesma maneira. Há almas sensíveis, almas finas, almas escrupulosas, almas endurecidas pelo pecado. Sobretudo devemos conhecer as enfermidades que oprimem a cada uma, os perigos, para saber guiá-las. Conhecer os tempos de cada uma. Às vezes queremos impor nossos moldes e não os caminhos do Espírito Santo. Queremos que todas as almas vão pelo mesmo caminho. Com isto mostramos que não conhecemos as ovelhas.


Não só o Bom Pastor conhece suas ovelhas, mas também as ovelhas conhecem a voz do Bom Pastor, sabem identificá-lo. Por isso quando não falamos de Cristo, quando pregamos outra coisa, as ovelhas não nos seguem, porque não ouvem em nós a voz do Bom Pastor. Elas sintonizam com o Espírito Santo, têm como um sentido religioso que lhes permite distinguir o bom do mau pastor. Quando os padres pregam o Evangelho as pessoas reconhecem nele a voz de Cristo. Mas se não pregam a Cristo, as ovelhas não escutarão nossa voz. Nem começa o sermão já se desconectam. A única Porta, para entrar nas almas é Jesus Cristo.


Pelo contrário o mercenário, o mau pastor, é filho da mentira, pretende enganar as ovelhas, mas as ovelhas não lhe conhecem. É um estranho para elas.

3. O Bom Pastor trabalha para aumentar o rebanho


“Tenho ainda outras ovelhas que não são deste redil. Preciso conduzi-las também, e ouvirão a minha voz e haverá um só rebanho e um só pastor”. Não devemos, pois, trabalhar para uma elite, para um grupo fechado de ovelhas, mas sim tratar de que aumente o rebanho de Cristo; que outras ovelhas conheçam sua voz e o sigam. Na Igreja esta é a tarefa do ecumenismo.

Conclusão


Cristo é o Bom Pastor, porque soube dar a vida por suas ovelhas, e dá-la voluntariamente: “Ninguém tira a minha vida, mas eu a dou de mim mesmo e tenho o poder de a dar, como tenho o poder de a reassumir. Tal é a ordem que recebi de meu Pai”.


Por que dá Cristo sua vida por suas ovelhas? Porque é a ordem que lhe deu o Pai, por obediência a Ele.


Se Cristo é o pastor por excelência, todos nós somos chamados a ser pastores por participação, com humildade, seguindo seu exemplo e seus ensinamentos. Na prática devemos seguir o ensinamento de Cristo e sermos também nós bons pastores, cada qual a seu modo, mas cada um dando a sua vida. Cada um de nós é chamado a dar a vida.


Como afirmava Dom Henrique Soares: Pastor é o papa, pastores são os bispos, os ministros do Senhor. Pastores podemos ser todos nós, pais e mães de família, adultos, jovens e crianças. Pastores e pastorinhos! Pastores ou pastoras nós o somos de verdade, se amamos os irmãos como Cristo nos amou e por nós se entregou, se fazemos de nossa vida um serviço e uma doação, se damos a nossa vida como: esposo e pai de família, esposa e mãe de família, como filhos e irmãos, como fiéis numa pastoral da igreja.


Na vida familiar o pai e a mãe são chamados a dar a vida pelos seus filhos, na vida sacerdotal os padres e os bispos são chamados a dar a vida pelas suas ovelhas. E assim podemos assegurar-nos de estar no seguimento de Cristo. Ele, Bom pastor, que deu a vida pelas ovelhas.


Mas estejamos atentos. A figura do bom pastor Jesus contrapõe a do mercenário que não é pastor, a quem as ovelhas não pertencem e que vendo o lobo chegar foge e deixa o lobo atacar e dispersar as ovelhas.
Todos, porém, podemos correr o risco de ser mercenários. Mercenário é o oposto do pastor. Ele só pensa em si mesmo, só trabalha pelo dinheiro, não vivencia a profissão que exerce, não se envolve, não pensa no bem dos outros, é interesseiro, é egoísta.


Há mercenários no mundo da política, da educação, da saúde, do trabalho, do esporte etc. Infelizmente há também mercenários na condução de tantas comunidades cristãs ou não. Pelo seu modo de agir e pelas suas obras nós os reconheceremos.


Caríssimos, hoje é também jornada mundial de oração pelas vocações sacerdotais e religiosas. Peçamos ao Senhor, Bom Pastor, que dê à Igreja e ao mundo pastores segundo o seu coração, pastores que, nele e com ele, estejam dispostos a fazer da vida uma total entrega pelo rebanho; pastores que tenham sempre presente qual a única e imprescindível condição para pastorear o rebanho do Bom Pastor: "Simão, tu me amas? Apascenta as minhas ovelhas!" (Jo 21,15s). Eis a condição: amar o Pastor! Quem não é apaixonado por Jesus não pode ser pastor do seu rebanho! Não se trata de competência, de eficiência, de brilhantismo; trata-se de amor! Se tu amas, então apascenta! Como dizia Santo Agostinho, "apascentar é ofício de quem ama".


Que o Senhor nos dê os pastores que sejam viva imagem dele; que Cristo nos faça verdadeiras ovelhas do seu rebanho. Amém.

Deus abençoe você!

Pe. Fábio Vanderlei, IVE

Nossa Missão
Evangelize com o Pocket Terço: pocketterco.com.br/ajude

Homilia Dominical | O pastoreio no sacerdócio e na família (4º Domingo da Páscoa)

No Evangelho deste Domingo do Bom Pastor, Nosso Senhor fala de si próprio e faz, ao mesmo tempo, uma “radiografia” do que deve ser todo sacerdote católico, todo pai de família e, de certa forma, todo cristão batizado. Ao contrário do mercenário, “que não se importa com as ovelhas” e, ao ver o lobo chegar, abandona o redil e foge, “o bom pastor dá a vida por suas ovelhas”.Ouça a homilia dominical do Padre Paulo Ricardo e entenda como podemos ser pastores verdadeiros de todas as pessoas que Deus confiou sob nossa responsabilidade.


https://youtu.be/ecAVxvi6X_8

Santo do dia 21/04/2024

Ouça no Youtube

Santo Anselmo de Cantuária, Bispo e Doutor da Igreja (Memória Facultativa)
Local: Cantuária, Inglaterra
Data: 21 de Abril† 1109


Nascido aos pés dos Alpes, em Aosta, em 1033, de família nobre, e educado pelos beneditinos, santo Anselmo manifestou desde muito jovem forte desejo de dedicar-se à vida contemplativa. Seu pai, Gandulfo, permanecia irremovível: o filho primogênito não devia tornar-se monge, mas seguir os seus passos. Anselmo sofreu tanto que chegou a ficar gravemente enfermo, mas o pai não se dobrou. Restabelecido, o jovem pareceu ouvir o desejo paterno, porque se adaptou à vida mundana, mais que isso: pareceu bem disposto às ocasiões fáceis de prazeres que o seu dinheiro lhe permitia, mas em seu coração conservava intacta a antiga chama. De fato abandonou bem logo a casa paterna, ultrapassou Moncenísio e após ter vagado pela França parou em Bec, na Normandia, em cuja famosa abadia lecionava um grande mestre de teologia, o monge Lanfranco.

Anselmo mergulhou nos estudos seguindo fielmente os rastros do mestre, ao qual sucedeu como abade, ainda muito jovem, na direção do mosteiro e como professor. Foi pregador e reformador da vida monástica e sobretudo teólogo. Representa o início da teologia escolástica. Seu rigor ascético criou-lhe fortes oposições da parte de alguns, mas a sua grande amabilidade acabava por conquistar o amor e a estima até dos mais refratários. Era gênio metafísico de coração piedoso: com o coração e a inteligência se aproximou dos mistérios cristãos: “Fazei, Senhor, que eu sinta com o coração o que toco com a inteligência” — ele escrevia.

As suas duas obras mais conhecidas são o Monológio, ou modo de meditar sobre as razões da fé, e o Proslógio, ou a fé que procura a inteligência. É preciso, segundo ele, impregnar sempre mais a nossa fé de inteligência, aguardando a visão beatífica. Suas obras filosóficas, como suas meditações sobre a Redenção, provinham de vivo entusiasmo do coração e da inteligência. Nisso o pai da Escolástica estava bem perto de santo Agostinho. Elevado à dignidade de arcebispo primaz da Inglaterra, com sede em Canterbury, o manso monge de Bec teve de lutar contra a hostilidade de Guilherme, o Vermelho, e Henrique I. Os contrastes, primeiro velados, explodiram em luta aberta e por duas vezes o arcebispo Anselmo teve de reatravessar a Mancha e aguardar no exílio até que as águas se acalmassem.

Foi a Roma não só para pedir o reconhecimento dos seus próprios direitos, mas também para que fossem amenizadas as penas decretadas contra seus adversários, afastando assim o perigo de cisma. Esta sua moderação acabou por desarmar todos os seus inimigos. Morreu em Canterbury a 21 de abril de 1109. Em 1720 o papa Clemente XI declarou-o doutor da Igreja.

Referência:
SGARBOSSA, Mario; GIOVANNI, Luigi. Um santo para cada dia. São Paulo: Paulus, 1983. 397 p. Tradução de: Onofre Ribeiro. Adaptações: Equipe Pocket Terço.

Santo Anselmo de Cantuária, rogai por nós!

Textos Litúrgicos © Conferência Nacional dos Bispos do Brasil