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7º Domingo do Tempo Comum

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Antífona de entrada

Confiei no vosso amor, Senhor. Meu coração por vosso auxílio rejubile, e que eu vos cante pelo bem que me fizestes! (Cf. Sl 12, 6)
Domine, in tua misericórdia sperávi: exsultávit cor meum in salutári tuo: cantábo Dómino, qui bona tríbuit mihi. Ps. Usquequo Dómine obliviscéris me in finem? Úsquequo avértis fáciem tuam a me? (Ps. 12, 6 et 1)
Vernáculo:
Confiei no vosso amor, Senhor. Meu coração por vosso auxílio rejubile, e que eu vos cante pelo bem que me fizestes! (Cf. MR: Sl 12, 6) Sl. Até quando, ó Senhor, me esquecereis? Até quando escondereis a vossa face? (Cf. LH: Sl 12, 1)

Glória

Glória a Deus nas alturas,
e paz na terra aos homens por Ele amados.
Senhor Deus, rei dos céus,
Deus Pai todo-poderoso.
Nós vos louvamos,
nós vos bendizemos,
nós vos adoramos,
nós vos glorificamos,
nós vos damos graças
por vossa imensa glória.
Senhor Jesus Cristo, Filho Unigênito,
Senhor Deus, Cordeiro de Deus,
Filho de Deus Pai.
Vós que tirais o pecado do mundo,
tende piedade de nós.
Vós que tirais o pecado do mundo,
acolhei a nossa súplica.
Vós que estais à direita do Pai,
tende piedade de nós.
Só Vós sois o Santo,
só vós, o Senhor,
só vós, o Altíssimo,
Jesus Cristo,
com o Espírito Santo,
na glória de Deus Pai.
Amém.

Coleta

Concedei-nos, Deus todo-poderoso, meditar sempre as realidades espirituais, e praticar em palavras e ações o que vos agrada. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus, e convosco vive e reina, na unidade do Espírito Santo, por todos os séculos dos séculos.

Primeira Leitura — 1Sm 26, 2. 7-9. 12-13. 22-23


Leitura do Primeiro Livro de Samuel


Naqueles dias, 2Saul pôs-se em marcha e desceu ao deserto de Zif. Vinha acompanhado de três mil homens, escolhidos de Israel, para procurar Davi no deserto de Zif.

7Davi e Abisai dirigiram-se de noite até ao acampamento, e encontraram Saul deitado e dormindo no meio das barricadas, com a sua lança à cabeceira, fincada no chão. Abner e seus soldados dormiam ao redor dele.

8Abisai disse a Davi: “Deus entregou hoje em tuas mãos o teu inimigo. Vou cravá-lo em terra com uma lançada, e não será preciso repetir o golpe”.

9Mas Davi respondeu: “Não o mates! Pois quem poderia estender a mão contra o ungido do Senhor, e ficar impune?”

12Então Davi apanhou a lança e a bilha de água, que estavam junto da cabeceira de Saul, e foram-se embora. Ninguém os viu, ninguém se deu conta de nada, ninguém despertou, pois todos dormiam um profundo sono que o Senhor lhes tinha enviado.

13Davi atravessou para o outro lado, parou no alto do monte, ao longe, deixando um grande espaço entre eles.

22E Davi disse: “Aqui está a lança do rei. Venha cá um dos teus servos buscá-la! 23O Senhor retribuirá a cada um conforme a sua justiça e a sua fidelidade. Pois ele te havia entregue hoje em meu poder, mas eu não quis estender a minha mão contra o ungido do Senhor.

— Palavra do Senhor.

— Graças a Deus.


Salmo Responsorial — Sl 102(103), 1-2. 3-4. 8. 10. 12-13 (R. 8a)


℟. O Senhor é bondoso e compassivo.


— Bendize, ó minha alma, ao Senhor, e todo o meu ser, seu santo nome! Bendize, ó minha alma, ao Senhor, não te esqueças de nenhum de seus favores! ℟.

— Pois ele te perdoa toda culpa, e cura toda a tua enfermidade; da sepultura ele salva a tua vida e te cerca de carinho e compaixão. ℟.

— O Senhor é indulgente, é favorável, é paciente, é bondoso e compassivo. Não nos trata como exigem nossas faltas, nem nos pune em proporção às nossas culpas. ℟.

— Quanto dista o nascente do poente, tanto afasta para longe nossos crimes. Como um pai se compadece de seus filhos, o Senhor tem compaixão dos que o temem. ℟.


https://youtu.be/l7uZF4q9heY

Segunda Leitura — 1Cor 15, 45-49


Leitura da Primeira Carta de São Paulo aos Coríntios


Irmãos: 45O primeiro homem, Adão, “foi um ser vivo”. O segundo Adão é um espírito vivificante.

46Veio primeiro não o homem espiritual, mas o homem natural; depois é que veio o homem espiritual.

47O primeiro homem, tirado da terra, é terrestre; o segundo homem vem do céu.

48Como foi o homem terrestre, assim também são as pessoas terrestres; e como é o homem celeste, assim também vão ser as pessoas celestes.

49E como já refletimos a imagem do homem terrestre, assim também refletiremos a imagem do homem celeste.

— Palavra do Senhor.

— Graças a Deus.


℟. Aleluia, Aleluia, Aleluia.
℣. Eu vos dou este novo mandamento, nova ordem, agora, vos dou; que, também vos ameis uns aos outros, como eu vos amei, diz o Senhor. (Jo 13, 34) ℟.

Evangelho — Lc 6, 27-38


℣. O Senhor esteja convosco.

℟. Ele está no meio de nós.


℣. Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo  segundo Lucas 

℟. Glória a vós, Senhor.


Naquele tempo, disse Jesus a seus discípulos: 27“A vós, que me escutais, eu digo: Amai os vossos inimigos e fazei o bem aos que vos odeiam, 28bendizei os que vos amaldiçoam, e rezai por aqueles que vos caluniam.

29Se alguém te der uma bofetada numa face, oferece também a outra. Se alguém te tomar o manto, deixa-o levar também a túnica.

30Dá a quem te pedir e, se alguém tirar o que é teu, não peças que o devolva. 31O que vós desejais que os outros vos façam, fazei-o também vós a eles.

32Se amais somente aqueles que vos amam, que recompensa tereis? Até os pecadores amam aqueles que os amam.

33E se fazeis o bem somente aos que vos fazem o bem, que recompensa tereis? Até os pecadores fazem assim.

34E se emprestais somente àqueles de quem esperais receber, que recompensa tereis? Até os pecadores emprestam aos pecadores, para receber de volta a mesma quantia.

35Ao contrário, amai os vossos inimigos, fazei o bem e emprestai sem esperar coisa alguma em troca. Então, a vossa recompensa será grande, e sereis filhos do Altíssimo, porque Deus é bondoso também para com os ingratos e os maus. 36Sede misericordiosos, como também o vosso Pai é misericordioso.

37Não julgueis e não sereis julgados; não condeneis e não sereis condenados; perdoai, e sereis perdoados. 38Dai e vos será dado. Uma boa medida, calcada, sacudida, transbordante será colocada no vosso colo; porque, com a mesma medida com que medirdes os outros, vós também sereis medidos”.

— Palavra da Salvação.

— Glória a vós, Senhor.


Creio

Creio em Deus Pai todo-poderoso,
Criador do céu e da terra.
E em Jesus Cristo, seu único Filho, nosso Senhor,
Às palavras seguintes, até Virgem Maria, todos se inclinam.
que foi concebido pelo poder do Espírito Santo,
nasceu da Virgem Maria,
padeceu sob Pôncio Pilatos,
foi crucificado, morto e sepultado,
desceu à mansão dos mortos,
ressuscitou ao terceiro dia,
subiu aos céus,
está sentado à direita de Deus Pai todo-poderoso,
donde há de vir a julgar os vivos e os mortos.
Creio no Espírito Santo,
na santa Igreja Católica,
na comunhão dos santos,
na remissão dos pecados,
na ressurreição da carne
e na vida eterna. Amém.

Antífona do Ofertório

Inténde voci oratiónis meae, Rex meus, et Deus meus: quóniam ad te orábo, Dómine. (Ps. 5, 3. 4)


Vernáculo:
Ficai atento ao clamor da minha prece, ó meu Rei e meu Senhor! É a vós que eu dirijo a minha prece. (Cf. LH: Sl 5, 3. 4a)

Sobre as Oferendas

Senhor, ao celebrarmos com reverência vossos mistérios, nós vos suplicamos, que o sacrifício oferecido em vossa honra nos seja útil para a salvação. Por Cristo, nosso Senhor.



Antífona da Comunhão

Senhor, de coração vos darei graças, as vossas maravilhas cantarei! Em vós exultarei de alegria, cantarei ao vosso nome, Deus Altíssimo! (Cf. Sl 9, 2-3)

Ou:


Senhor, eu creio que tu és o Messias, o Filho de Deus, que devia vir ao mundo. (Jo 11, 27)
Narrábo ómnia mirabília tua: laetábor, et exsultábo in te: psallam nómini tuo, Altíssime. (Ps. 9, 2. 3; ℣. Ps. 9, 8. 9. 10. 11. 12. 13)
Vernáculo:
Senhor, de coração vos darei graças, as vossas maravilhas cantarei! Em vós exultarei de alegria, cantarei ao vosso nome, Deus Altíssimo! (Cf. MR: Sl 9, 2-3)

Depois da Comunhão

Deus todo-poderoso, concedei-nos em plenitude a salvação eterna, cujo penhor recebemos neste sacramento. Por Cristo, nosso Senhor.

Homilia do dia 23/02/2025


O Amor aos Inimigos


“A vós, que me escutais, eu digo: Amai os vossos inimigos e fazei o bem aos que vos odeiam, bendizei os que vos amaldiçoam, e rezai por aqueles que vos caluniam.” (Lc 6, 27-28)

Queridos irmãos e irmãs, estamos celebrando o 7º domingo do Tempo Comum, no qual continuamos a escutar Jesus no seu Sermão da Montanha. Para entendermos melhor a mensagem de hoje eu gostaria de começar com uma história:


Certa vez, folheando um livro da vida dos Santos, me deparei com a história de uma santa que me impressionou. Um dia bateram à sua porta e ao abri-la encontrou um homem que, quase desesperado, pedia, por favor, que o deixasse passar e se esconder porque o estavam perseguindo. Ela o escondeu. Poucos minutos depois, bateram novamente, desta vez para lhe contar que seu filho havia sido assassinado por um estranho, que logo fugiu. Depois de ouvir a terrível notícia, despedir os mensageiros, dirigiu-se ao esconderijo do assassino de seu filho, que, apavorado, também tinha ouvido a notícia, percebendo naquele momento que havia pedido esconderijo na casa da mãe do homem que havia matado.


A mulher, para surpresa do assassino, em vez de se vingar entregando-o à justiça, ofereceu-lhe o cavalo do filho e indicou-lhe a direção para fugir, perdoando-lhe o crime, e apenas pedindo-lhe que, pelas lágrimas de uma mãe que ficou sem filho, se arrependesse e fizesse penitência pelo seu pecado. O exemplo foi tal que o assassino se consagrou a Deus na vida religiosa para expiar os seus pecados pela penitência.


É evidente que tal exemplo é inconcebível fora do ensinamento e do espírito de Jesus Cristo que, no entanto, foi muito explícito nas suas palavras: “Amai os vossos inimigos, fazei o bem aos que vos odeiam, abençoai os que vos amaldiçoam, rezai pelos que vos maltratam”. Amai, fazei o bem, abençoai e rezai. Estes são os atos que Jesus Cristo nos ordena no seu Sermão da Montanha. E os destinatários destas ações são: os nossos inimigos, os que nos odeiam, os que nos amaldiçoam, os que nos maltratam, os que nos ferem, os que nos tiram o que é nosso. Com quanta razão se diz, então, que Cristo revolucionou a nossa maneira humana de ver as coisas!


Além disso, Jesus diz-nos que se não somos capazes de fazer isto, se a nossa caridade tem como limite amar apenas quem nos faz o bem, então não somos diferentes dos pecadores. Portanto, é claro que para Nosso Senhor este comportamento tão contrastante com os nossos gostos, tão contrário à nossa mentalidade, é algo essencial para quem quer segui-lo verdadeiramente e não ficticiamente: “Se amais somente aqueles que vos amam, que recompensa tereis? Até os pecadores amam aqueles que os amam. E se fazeis o bem somente aos que vos fazem o bem, que recompensa tereis? Até os pecadores fazem assim. E se emprestais somente aqueles de quem esperais receber, que recompensa tereis? Até os pecadores emprestam aos pecadores, para receber de volta a mesma quantia. Ao contrário, amai os vossos inimigos, fazei o bem e emprestai sem esperar coisa alguma em troca”.


Agora, com relação a esta exigência essencial de amor aos nossos inimigos, há duas verdades fundamentais que devemos recordar neste dia.


A primeira verdade é em que consiste verdadeiramente esse “amor” pelos inimigos, sobre o qual podemos formar muitas ideias falsas:


a) Em primeiro lugar, o amor aos inimigos não significa de forma alguma aprovação do seu comportamento pecaminoso, pois um falso pacifismo poderia entender que devemos aceitar qualquer ação silenciosamente para não quebrar a harmonia. Na verdade, isso equivale a odiar os nossos inimigos, pois quem aprova, mesmo com “silêncio”, o comportamento pecaminoso pouco difere de quem sente prazer no mal espiritual que o pecador padece.


b) Não significa sentir simpatia ou prazer sentimental na presença daqueles que nos perseguem. Isso nem sempre é psicológica e humanamente possível, pois não somos donos dos nossos sentimentos. Significa, porém, controle sobre nós mesmos, para não expressar descontentamento na presença de quem nos faz mal.


c) O verdadeiro amor pelos inimigos é o amor sobrenatural. Sobrenatural na sua origem, pois provém de Deus que o infunde nos nossos corações. Sobrenatural pelo seu objeto, visto que o que se ama é a imagem de Deus em cada coração, a possibilidade de cada homem, mesmo sendo o maior pecador, se converter e reviver pela graça. Sobrenatural na sua finalidade, já que se deseja a conversão do pecador, a sua santidade, a sua salvação e através da manifestação da misericórdia de Deus.


A segunda verdade é a razão última pela qual devemos amar os nossos inimigos, e esta não é outra senão o fato de termos sido amados quando éramos inimigos de Deus: “Cristo morreu por nós, sendo nós ainda pecadores”, diz São Paulo (Rm 5,8); “Deus, rico em misericórdia, pelo grande amor com que nos amou, quando estávamos mortos por causa das nossas ofensas, vivificou-nos juntamente com Cristo” (Ef 2,4-5); “Mortos pelos vossos pecados e pela incircuncisão da vossa carne, chamou-vos novamente à vida em companhia com ele. É ele que nos perdoou todos os pecados” (Cl 2,13).


Fomos amados por Deus embora sejamos seus inimigos por causa do pecado. Além disso, Cristo é aquele que não só amou os seus inimigos, mas morreu por eles, por eles se sacrificou, para resgatar e dar vida aos seus próprios inimigos e algozes. Esta é a razão mais profunda do verdadeiro amor sobrenatural pelos inimigos.


Que o Senhor, portanto, nos conceda a graça de imitar com aqueles que nos perseguem a misericórdia, a paciência e a caridade que Ele nos mostrou quando éramos Seus perseguidores. Assim seja, amém.

Deus abençoe você!

Pe. Fábio Vanderlei, IVE

Nossa Missão
Evangelize com o Pocket Terço: pocketterco.com.br/ajude

Homilia Dominical | O amor aos inimigos e a misericórdia de Deus (7º Domingo do Tempo Comum)

No Evangelho deste domingo, Nosso Senhor nos dá uma ordem que parece impossível, mas que Ele mesmo viveu de modo perfeitíssimo, sendo o primeiro modelo que devemos imitar: “Amai os vossos inimigos e fazei o bem aos que vos odeiam, bendizei os que vos amaldiçoam, e rezai por aqueles que vos caluniam”. Mas como fazer isso? Como vencer a raiva e a mágoa que nos dominam para conseguir perdoar e amar aos inimigos?Ouça a homilia dominical do Padre Paulo Ricardo e descubra como perdoar aos inimigos e desejar o bem a eles.


https://youtu.be/dOqLEkOAg7k

Santo do dia 23/02/2025

São Policarpo, Bispo e Mártir (Memória)
Local: Esmirna, Turquia
Data: 23 de Fevereiro † c. 155


São Policarpo, discípulo do apóstolo e evangelista São João, foi bispo de Esmirna na Turquia atual, onde acolheu Santo Inácio de Antioquia a caminho de Roma para o martírio.

Policarpo tratou com o papa Aniceto sobre a questão da data da Páscoa. No Oriente se dava preferência ao dia da morte de Cristo e, no Ocidente, tinha-se adotado a comemoração da Ressurreição do Senhor. As duas tradições foram mutuamente respeitadas.

Policarpo permanece na história da Igreja como um dos clássicos bispos mártires, sendo o outro Santo Inácio de Antioquia, que viveram ainda no tempo dos Apóstolos, e por isso são chamados Padres apostólicos. Policarpo escreveu uma carta dirigida aos filipenses.

Bispo de Esmirna, Policarpo é uma das mais venerandas figuras de Mártires da antiguidade cristã. O seu martírio foi relatado através de uma carta da Igreja de Esmirna para a Igreja de Deus que vive em Filomélio e para todas as comunidades da santa Igreja Católica, que vivem em todos os lugares.

A narração que atesta o seu martírio constitui o mais antigo documento sobre o culto dos mártires. O venerável ancião de 86 anos foi levado ao martírio numa fogueira. Vale a pena transcrever a descrição do martírio e, sobretudo, a oração que ele eleva a Deus, uma verdadeira ação de graças que, no seu gênero literário, aproxima-se das orações eucarísticas mais antigas, relato que se pode encontrar na leitura patrística de sua festa.

"Amarrado com as mãos para trás, Policarpo era como um cordeiro escolhido, tirado de um grande rebanho para o sacrifício, uma vítima agradável preparada para Deus. Levantando os olhos ao céu, ele disse: Senhor Deus todo-poderoso, Pai do vosso amado e bendito Filho Jesus Cristo, por quem vos conhecemos, Deus dos anjos e dos poderes celestiais, de toda a criação e de todos os justos que vivem diante de vós, eu vos bendigo porque neste dia e nesta hora, incluído no número dos mártires, me julgastes digno de tomar parte no cálice de vosso Cristo e ressuscitar em corpo e alma para a vida eterna, na incorruptibilidade, por meio do Espírito Santo. Recebei-me hoje, entre eles, na vossa presença, como um sacrifício perfeito e agradável; e o que me haveis preparado e revelado, realizai-o agora, Deus de verdade e retidão. Por isso e por todas as coisas, eu vos louvo, bendigo e glorifico por meio do eterno e celeste Pontífice Jesus Cristo, vosso amado Filho. Por ele e com ele seja dada toda glória a vós, na unidade do Espírito Santo, agora e pelos séculos. Amém.

Depois de ter dito Amém e ter terminado a oração, os algozes atearam o fogo e levantou-se uma grande labareda.

Então nós, a quem foi dado contemplar, vimos um milagre - pois para anunciá-lo aos outros é que fomos poupados. O fogo tomou a forma de uma abóbada, como a vela de um barco batida pelo vento, e envolveu o corpo do mártir por todos os lados; ele estava no meio, não como carne queimada, mas como um pão que é cozido ou o ouro e a prata incandescente na fornalha. E sentimos um odor de tanta suavidade que parecia se estar queimando incenso ou outro perfume precioso".

Observe-se a ação de graças dirigida ao Pai pelo Cristo na força do Espírito Santo. A comparação da oferta: o cordeiro feito pão.

Pelo fato de o fogo não ter devorado o corpo, Policarpo foi golpeado com punhal e os cristãos sepultaram os seus ossos. Neste ponto da carta temos um precioso testemunho do culto dos mártires já no segundo século da Igreja. A morte de Policarpo vem situada no ano de 155 ou 156. Eis a observação: "Desse modo, pudemos mais tarde recolher seus ossos, mais preciosos do que pedras preciosas e mais valiosos do que o ouro, para colocá-los em lugar conveniente. Quando possível, é aí que o Senhor nos permitirá reunir-nos na alegria e contentamento, para celebrar o aniversário de seu martírio, em memória daqueles que combateram antes de nós, e para exercitar e preparar aqueles que deverão combater no futuro".

As Antífonas do cântico evangélico de Laudes e Vésperas trazem em suas palavras a atitude do santo mártir.

Laudes: Há oitenta e seis anos que eu sirvo a Cristo, e nunca ele fez algum mal para mim; como posso, então, maldizer o meu Rei, meu Senhor e Salvador?

Vésperas: Bendito sejais, Senhor onipotente, que me destes a beber do cálice de Cristo, e me destes esta graça de tornar-me vosso mártir!

A Oração coleta apresenta São Policarpo como alguém que soube transformar a sua vida em ação de graças ao Criador e que está diante dos cristãos como testemunha eloquente da Paixão e Ressurreição do Senhor. Que nós possamos participar com ele do cálice de Cristo e ressuscitar para a vida eterna.

Para captar bem o lugar que Policarpo ocupa na Igreja como bispo e mártir convém tomar conhecimento ainda do Responsório da leitura patrística, que o apresenta como o anjo da Igreja de Esmirna, conforme o Apocalipse de São João.

Referência:
BECKHÄUSER, Frei Alberto. Os Santos na Liturgia: testemunhas de Cristo. Petrópolis: Vozes, 2013. 391 p. Adaptações: Equipe Pocket Terço.

São Policarpo, rogai por nós!


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