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Antífona de entrada

No meio da Igreja o Senhor abriu os seus lábios, encheu-o com o espírito de sabedoria e inteligência e o revestiu com um manto de glória. (Cf. Eclo 15, 5)
In médio Ecclésiae apéruit os eius: et implévit eum Dóminus spíritu sapiéntiae, et intelléctus: stolam glóriae índuit eum. Ps. Bonum est confitéri Dómino: et psállere nómini tuo, Altíssime. (Sir. 15, 5; Ps. 91)
Vernáculo:
No meio da Igreja o Senhor abriu os seus lábios, encheu-o com o espírito de sabedoria e inteligência e o revestiu com um manto de glória. (Cf. MR: Eclo 15, 5) Sl. Como é bom agradecermos ao Senhor e cantar salmos de louvor ao Deus Altíssimo. (Cf. LH: Sl 91, 2)

Coleta

Senhor, nós vos pedimos, renovai em vossa Igreja o espírito com o qual dotastes o bispo Santo Agostinho; repletos do mesmo espírito, só de vós tenhamos sede, fonte da verdadeira sabedoria, só a vós busquemos, autor do amor eterno. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus, e convosco vive e reina, na unidade do Espírito Santo, por todos os séculos dos séculos.

Primeira Leitura (2Ts 3, 6-10. 16-18)


Leitura da Segunda Carta de São Paulo aos Tessalonicenses


6Nós vos ordenamos, irmãos, em nome de nosso Senhor Jesus Cristo, que vos afasteis de todo irmão que se comporta de maneira desordenada e contrária à tradição que de nós receberam. 7Bem sabeis como deveis seguir o nosso exemplo, pois não temos vivido entre vós na ociosidade.

8De ninguém recebemos de graça o pão que comemos. Pelo contrário, trabalhamos com esforço e cansaço, de dia e de noite, para não sermos pesados a ninguém. 9Não que não tivéssemos o direito de fazê-lo, mas queríamos apresentar-nos como exemplo a ser imitado. 10Com efeito, quando estávamos entre vós, demos esta regra: “Quem não quer trabalhar, também não deve comer”.

16Que o Senhor da paz, ele próprio, vos dê a paz, sempre e em toda a parte. O Senhor esteja com todos vós. 17Esta saudação é de meu próprio punho, de Paulo. Assim é que assino todas as minhas cartas; é a minha letra. 18A graça de nosso Senhor Jesus Cristo esteja com todos vós.

— Palavra do Senhor.

— Graças a Deus.


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Salmo Responsorial (Sl 127)


℟. Felizes todos que respeitam o Senhor!


— Feliz és tu se temes o Senhor e trilhas seus caminhos! Do trabalho de tuas mãos hás de viver, serás feliz, tudo irá bem! ℟.

— Será assim abençoado todo homem que teme o Senhor. O Senhor te abençoe de Sião, cada dia de tua vida. ℟.


https://youtu.be/Gm1n4t5FWvY
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℟. Aleluia, aleluia, aleluia.
℣. O amor de Deus se realiza em todo aquele que guarda sua palavra fielmente. (1Jo 2, 5) ℟.

Evangelho (Mt 23, 27-32)


℣. O Senhor esteja convosco.

℟. Ele está no meio de nós.


℣. Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus 

℟. Glória a vós, Senhor.


Naquele tempo, disse Jesus: 27“Ai de vós, mestres da Lei e fariseus hipócritas! Vós sois como sepulcros caiados: por fora parecem belos, mas por dentro estão cheios de ossos de mortos e de toda podridão! 28Assim também vós: por fora, pareceis justos diante dos outros, mas por dentro estais cheios de hipocrisia e injustiça.

29Ai de vós, mestres da Lei e fariseus hipócritas! Vós construís sepulcros para os profetas e enfeitais os túmulos dos justos, 30e dizeis: ‘Se tivéssemos vivido no tempo de nossos pais, não teríamos sido cúmplices da morte dos profetas’. 31Com isso, confessais que sois filhos daqueles que mataram os profetas. 32Completai, pois, a medida de vossos pais!”

— Palavra da Salvação.

— Glória a vós, Senhor.


Antífona do Ofertório

Iustus ut palma florébit: sicut cedrus, quae in Líbano est, multiplicábitur. (Ps. 91, 13)


Vernáculo:
O justo crescerá como a palmeira, florirá igual ao cedro que há no Líbano. (Cf. LH: Sl 91, 13)

Sobre as Oferendas

Senhor, celebrando o memorial da nossa salvação, imploramos humildemente a vossa misericórdia; que este sacramento do vosso amor seja para nós sinal de unidade e vínculo de caridade. Por Cristo, nosso Senhor.



Antífona da Comunhão

Um só é o vosso Guia, Cristo; e todos vós sois irmãos, diz o Senhor. (Mt 23, 10. 8)
Fidélis servus et prudens, quem constítuit Dóminus super famíliam suam: ut det illis in témpore trítici mensúram. (Lc. 12, 42; ℣. Ps. 118)
Vernáculo:
Eis o servo fiel e prudente, a quem o Senhor confiou a sua família para dar-lhes alimento no tempo oportuno. (Cf. MR: Lc 12, 42)

Depois da Comunhão

Senhor, a participação na mesa celeste nos santifique a fim de que, membros do seu Corpo, sejamos transformados naquele que recebemos. Por Cristo, nosso Senhor.

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Homilia do dia 28/08/2024
É por amor que se corrige

“Ai de vós, mestres da Lei e fariseus hipócritas! Vós sois como sepulcros caiados!”

Breve explicação do Evangelho. — V. 25-28. Com uma dupla imagem ou comparação condena Cristo a hipocrisia dos sinedritas: a) no Evangelho de ontem, comparando-os com quem purifica por fora, mas não por dentro, o copo com que come ou bebe; b) no de hoje, comparando-os com um sepulcro caiado exteriormente, mas cheio de podridão e imundície no interior. Alude Jesus ao costume judaico de lançar cal sobre sepulcros abertos, sobretudo antes das festas pascais, para que nenhum desavisado passasse por cima e se tornasse legalmente impuro (cf. Nm 19, 16).

V. 29-33. É a última das oito lamentações (cf. Mt 23, 13-33; Lc 11, 39-48) contra os chefes do povo. Os escribas e fariseus erigiam e enfeitavam monumentos, sepulcros etc. para os profetas, a quem haviam matado seus pais, mas afirmavam não ter nada que ver com o crime deles. Eles mesmos, no entanto, se condenam por seu próprio testemunho, pois reconhecem ser filhos dos que mataram os profetas e, com suas ações, mostram ter a mesma índole paterna. Por isso, o Senhor lhes diz: “Completai, pois, a medida de vossos pais!”, isto é: “Eles mataram os servos; matai, pois, o Senhor” (Haymo de Halberstadt, In Isaiam I: PL 116, 723D).

Há certa dificuldade em concordar os evangelhos segundo Mateus (cf. 23, 31) e Lucas (cf. 11, 48); este, com efeito, escreve: “Vós servis assim de testemunhas das obras de vossos pais e as aprovais, porque em verdade eles os mataram, mas vós lhes edificais os sepulcros”. É provável, diz Maldonado, que Cristo tenha dito as duas coisas, embora cada um dos evangelistas tenha registrado apenas uma parte do discurso. É evidente que o Senhor não quis dizer que os judeus construíam sepulcros em honra dos profetas em sinal de aprovação do crime de seus pais. O sentido mais provável destas palavras, segundo alguns intérpretes, parece ser esta: “Enquanto edificais sepulcros para os justos, por vossos atos e pela intenção que tendes de matar-me a mim e aos Apóstolos que enviarei, mostrais que sois imitadores de vossos pais; dir-se-ia que, se estes mataram os profetas, fostes vós que lhes abristes a sepultura”.

Reflexão. — 1) A ciência de Cristo. Nosso Senhor, que por seu entendimento divino tudo conhecia, via também, por sua ciência infusa, os segredos dos corações, como diz o evangelista S. João: “Ele não necessitava que alguém lhe desse testemunho do homem, pois ele bem sabia o que havia no homem” (Jo 2, 25). Por isso, repreendia com justa dureza os escribas e fariseus, cuja hipocrisia, por oculta que fosse aos homens, estava nua e descoberta aos seus olhos: Væ vobis, scribæ et pharisaei hypocritæ! — 2) As duas caridades. Ao repreender os chefes do povo, dá Jesus exemplo dos dois amores que motivam e, em certos casos, até exigem, com prudência e discernimento, a correção fraterna em público: a) amor ao pecador, para que se converta e emende sua vida; b) e amor aos circunstantes, para que não se escandalizem e aproveitem, aplicando-a si, a correção feita a outro.

Deus abençoe você!

Nossa Missão
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Homilia Diária | O itinerário de Agostinho na busca da Verdade (Memória de Santo Agostinho)

Depois do Apóstolo Paulo, Santo Agostinho é talvez um dos maiores e mais importantes doutores da Igreja. Não só por seus escritos, que mudaram o rumo da teologia católica, mas também por seu testemunho de vida e conversão, o bispo de Hipona é, sem dúvida alguma, uma prova inconteste de que a busca franca e sincera da verdade leva todo homem de boa vontade a encontrar a Deus e a graça que Ele jamais nega aos que o procuram retamente.Ouça a homilia do Padre Paulo Ricardo para esta quarta-feira, dia 28 de agosto, e peçamos a Cristo que, tirando-nos das lonjuras do pecado, conduza-nos na busca da Verdade.


https://youtu.be/oc1BD_JK4OQ
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Santo do dia 28/08/2024

Ouça no Youtube

Santo Agostinho, Bispo e Doutor da Igreja (Memória)
Local: Hipona, Argélia
Data: 28 de Agosto† 430


Realmente, Santo Agostinho é modelo acabado de santo em vários aspectos. Em Agostinho se encontram, em rara síntese, o contemplativo, o teólogo, o pastor de almas, o catequista, o homiliasta, o mistagogo, o defensor da fé, o promotor da vida comunitária. E não devemos esquecer o penitente.

Aurélio Agostinho nasceu em Tagaste, na Numídia (África), perto de Hipona, em 354. É chamado Agostinho de Hipona, por ter sido bispo desta cidade, hoje Bona na Argélia. Filho de Santa Mônica e Patrício. Decisivo em sua vida, além do influxo de sua mãe, foi o encontro com o bispo Santo Ambrósio de Milão, de quem recebeu o batismo. Na juventude, feito catecúmeno, acabou adiando o batismo.

Agostinho teve uma mocidade inquieta, agitada pelas paixões e desvios doutrinais. Inteligência privilegiada, aguda, penetrante, depois dos desmandos da juventude, procurou a verdade e a redenção do seu espírito irrequieto através das filosofias, aderiu ao maniqueísmo, onde também não encontrou a verdade e a paz de espírito. Formou-se brilhantemente em retórica e, ainda jovem, escrevia ensaios de poesia e filosofia. Lecionou retórica em Cartago, cidade dos seus estudos, mas, procurando maior glória, foi para a capital do Império Romano, abrindo uma escola de retórica em Roma. Ai ficou por pouco tempo, porque obteve a nomeação oficial de professor de Retórica e Gramática em Milão. Atraído pela fama do grande bispo Ambrósio, poeta e orador, começou a assistir aos sermões do santo bispo. Acabou apreciando o seu conteúdo. Converte-se, recebe a instrução e é batizado por Santo Ambrósio na Páscoa de 387. Tinha 33 anos e chegara ao término de um longo e laborioso processo de conversão. Com ele foram batizados também seu filho Adeodato e o amigo Alípio.

De volta à pátria, depois da morte prematura do filho, perdeu, em Óstia, cidade portuária de Roma, a mãe que o seguira para a Europa. Na África, com alguns amigos, iniciou uma vida comunitária, entregue à meditação, ao estudo da Bíblia, à oração e obras de caridade. Foi ordenado sacerdote para auxiliar o bispo Aurélio de Hipona, idoso e doente. Pouco depois, com a morte do bispo, Agostinho foi aclamado pelo povo como seu sucessor.

Agostinho, como pastor da diocese por 34 anos, revelou-se um bispo zeloso, vigilante, iluminado, pai dos pobres, mestre insuperável de espiritualidade, escritor fecundíssimo em todos os assuntos teológicos, defensor infatigável da ortodoxia.

Sua ação e influência pastoral romperam as fronteiras da pequena cidade onde ele foi bispo, tornando-se uma espécie de oráculo de sabedoria teológica que a civilização antiga presenteou ao cristianismo. Ele foi definido o mais profundo pensador entre os escritores do mundo antigo e, talvez, o gênio metafísico mais portentoso que viram os tempos. Seu pensamento iluminou quase todos os pensadores dos séculos posteriores. A teologia católica muito deve a seus tratados sobre a Santíssima Trindade, a graça, o livre-arbítrio e muitas outras questões. Entre suas obras imortais, emerge sua autobiografia Confissões e A Cidade de Deus, que é uma filosofia da história vista à luz da mensagem cristã.

O nome do bispo de Hipona também se liga à história das Ordens religiosas. Suas breves instruções para os clérigos que com ele viviam em comunidade serão posteriormente adaptadas para outras Ordens religiosas que se chamarão Cônegos Regulares de Santo Agostinho, Agostinianos, Eremitas de Santo Agostinho.

Santo Agostinho morreu aos 28 de agosto de 430 com 76 anos de idade, vendo os bárbaros sitiarem sua cidade episcopal. É o mais insigne doutor da Igreja ocidental.

A Antífona da entrada da Missa expressa bem o lugar e o papel de Santo Agostinho na Igreja e na história da humanidade: No meio da Igreja o Senhor colocou a palavra nos seus lábios; deu-lhe o espírito de sabedoria e inteligência e o revestiu de glória.

Inteligência e sabedoria! A Oração coleta realça a busca incansável da sabedoria. Pedimos que nós, repletos do mesmo espírito, só de vós tenhamos sede, fonte da verdadeira sabedoria e só a vós busquemos, autor do amor eterno.

As Antífonas de Laudes e Vésperas, inspiradas no livro das Confissões, expressam também a busca da verdade, da sabedoria e do amor verdadeiro.

Antífona das Laudes: De vós mesmo nos provém esta atração, que louvar-vos, ó Senhor, nos dê prazer, pois, Senhor, vós nos fizestes para vós; e inquieto está o nosso coração, enquanto não repouse em vós, Senhor.

Antífona de Vésperas: Muito tarde vos amei, ó Beleza sempre antiga, ó Beleza sempre nova, muito tarde vos amei! Vós chamastes e gritastes, e rompestes-me a surdez!

Agostinho é fonte perene de espiritualidade. Ele trata da beleza, da importância do canto, do desejo, da amizade. Temos os comentários dos salmos, a espiritualidade eucarística.

A Eucaristia é compreendida por Agostinho como "sacramento de piedade, sinal de unidade, vínculo de caridade", o que se reflete na Oração sobre as oferendas.

A Oração depois da Comunhão também se inspira em Santo Agostinho: Santificai-nos, ó Deus, pela participação na mesa do Cristo, a fim de que, membros do seu Corpo, sejamos transformados naquele que recebemos.

O termo confissão e confissões mereceria uma consideração mais extensa. As Confissões constituem uma autobiografia. Em oração ele narra sua vida diante de Deus. Confessar (confiteri em latim) significa reconhecer aquilo que é, proclamar a verdade. Por exemplo, reconhecer e proclamar a Deus, o Criador e Pai misericordioso, e a nós, filhos de Deus por ele amados, mas também ingratos e pecadores. No caso de Santo Agostinho, não se trata tanto de reconhecer-se pecador, de confessar seus pecados, mas de reconhecer a bondade e a misericórdia de Deus em sua vida. Daí o sentido de proclamar a misericórdia de Deus, de louvá-lo e de glorificá-lo. As Confissões de Santo Agostinho constituem, pois, uma grande ação de graças a Deus por sua bondade e misericórdia para com ele. Vale a pena encontrar-se com Deus através da leitura e meditação deste livro.

Referência:
BECKHÄUSER, Frei Alberto. Os Santos na Liturgia: testemunhas de Cristo. Petrópolis: Vozes, 2013. 391 p. Adaptações: Equipe Pocket Terço.

Santo Agostinho, rogai por nós!

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