30 Sáb
Aug
31 Dom
Aug
01 Seg
Sep
02 Ter
Sep
03 Qua
Sep
04 Qui
Sep
05 Sex
Sep
06 Sáb
Sep
07 Dom
Sep
08 Seg
Sep
09 Ter
Sep
10 Qua
Sep
11 Qui
Sep
12 Sex
Sep
13 Sáb
Sep
14 Dom
Sep
15 Seg
Sep

Bem-aventurada Virgem Maria das Dores, Memória

Apoiadores do Pocket Terço
Terço com imagens no Youtube
Reze os Mistérios Gozosos com imagens

Antífona de entrada

Simeão disse a Maria: Este menino será motivo de queda e de ressurreição para muitos em Israel e sinal de contradição;uma espada traspassará tua própria alma. (Cf. Lc 2, 34-35)
Stabant iuxta crucem Iesu mater eius, et soror matris eius Maria Cleophae, et Salome, et Maria Magdalene. Ps. Miserere mei Deus, quoniam conculcavit me homo tota die impugnans tribulavit me. (Io. 19, 25; Ps. 55)
Vernáculo:
Junto à cruz de Jesus estavam de pé sua mãe e a irmã de sua mãe, Maria de Cléofas, e Maria Madalena. (Cf. Bíblia CNBB: Jo 18, 25) Sl. Tende pena e compaixão de mim, ó Deus, pois há tantos que me calcam sob os pés, e agressores me oprimem todo dia! (Cf. LH: Sl 55, 1)

Coleta

Ó Deus, junto ao vosso Filho exaltado na cruz, quisestes que a Mãe estivesse de pé sofrendo com ele. Concedei que a vossa Igreja, associada com Maria à paixão de Cristo, mereça participar da sua ressurreição. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus, e convosco vive e reina, na unidade do Espírito Santo, por todos os séculos dos séculos.

Primeira Leitura — Hb 5, 7-9


Leitura da Carta aos Hebreus


7Cristo, nos dias de sua vida terrestre, dirigiu preces e súplicas, com forte clamor e lágrimas, àquele que era capaz de salvá-lo da morte. E foi atendido por causa de sua entrega a Deus. 8Mesmo sendo Filho, aprendeu o que significa a obediência a Deus por aquilo que ele sofreu. 9Mas, na consumação de sua vida, tornou-se causa de salvação eterna para todos os que lhe obedecem.

— Palavra do Senhor.

— Graças a Deus.


Salmo Responsorial — Sl 30(31), 2-3a. 3bc-4. 5-6. 15-16. 20 (R. 17b)


℟. Salvai-me pela vossa compaixão, ó Senhor Deus!


— Senhor, eu ponho em vós minha esperança; que eu não fique envergonhado eternamente. Porque sois justo, defendei-me e libertai-me; apressai-vos, ó Senhor, em socorrer-me! ℟.

— Sede uma rocha protetora para mim, um abrigo bem seguro que me salve! Sim, sois vós a minha rocha e fortaleza; por vossa honra orientai-me e conduzi-me! ℟.

— Retirai-me desta rede traiçoeira, porque sois o meu refúgio protetor! Em vossas mãos, Senhor, entrego o meu espírito, porque vós me salvareis, ó Deus fiel! ℟.

— A vós, porém, ó meu Senhor, eu me confio, e afirmo que só vós sois o meu Deus! Eu entrego em vossas mãos o meu destino; libertai-me do inimigo e do opressor! ℟.

— Como é grande, ó Senhor, vossa bondade, que reservastes para aqueles que vos temem! Para aqueles que em vós se refugiam, mostrando, assim, o vosso amor perante os homens. ℟.


https://youtu.be/xjmdrMBWuHE

Sequência — facultativa

(Forma longa. A forma abreviada está indicada a partir dos colchetes)

De pé a Mãe dolorosa,
junto da cruz, lacrimosa,
via Jesus que pendia.

No coração transpassado
sentia o gládio enterrado
de uma cruel profecia.

Mãe entre todas bendita,
do Filho único aflita,
a imensa dor assistia.

E, suspirando, chorava,
e da cruz não se afastava,
ao ver que o Filho morria.

Pobre mãe tão desolada,
ao vê-la assim transpassada,
quem de dor não choraria?

Quem na terra há que resista,
se a mãe assim se contrista
ante uma tal agonia?

Para salvar sua gente,
eis que seu Filho inocente
suor e sangue vertia.

Na cruz por seu Pai chamando,
vai a cabeça inclinando,
enquanto escurece o dia.

Faze, ó Mãe, fonte de amor,
que eu sinta em mim tua dor,
para contigo chorar.

Faze arder meu coração,
partilhar tua paixão
e teu Jesus consolar.

[Ó Santa Mãe, por favor,
faze que as chagas do amor
em mim se venham gravar.

O que Jesus padeceu
venha a sofrer também eu,
causa de tanto penar.

Ó dá-me, enquanto viver,
com Jesus Cristo sofrer,
contigo sempre chorar!

Quero ficar junto à cruz,
velar contigo a Jesus,
e o teu pranto enxugar.

Virgem Mãe tão Santa e pura,
vendo eu a tua amargura,
possa contigo chorar.

Que do Cristo eu traga a morte,
sua paixão me conforte,
sua cruz possa abraçar!

Em sangue as chagas me lavem
e no meu peito se gravem,
para não mais se apagar.

No julgamento consegue
que às chamas não seja entregue
quem soube em ti se abrigar.

Que a Santa cruz me proteja,
que eu vença a dura peleja,
possa do mal triunfar!

Vindo, ó Jesus, minha hora,
por essas dores de agora,
no céu mereça um lugar.]


℟. Aleluia, Aleluia, Aleluia.
℣. Feliz a Virgem Maria, que, sem passar pela morte, do martírio ganha a palma, ao pé da cruz do Senhor! ℟.

Evangelho — Jo 19, 25-27


℣. O Senhor esteja convosco.

℟. Ele está no meio de nós.


℣. Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo João 

℟. Glória a vós, Senhor.


Naquele tempo, 25perto da cruz de Jesus, estavam de pé a sua mãe, a irmã da sua mãe, Maria de Cléofas, e Maria Madalena. 26Jesus, ao ver sua mãe e, ao lado dela, o discípulo que ele amava, disse à mãe: “Mulher, este é o teu filho”. 27Depois disse ao discípulo: “Esta é a tua mãe”. Daquela hora em diante, o discípulo a acolheu consigo.

— Palavra da Salvação.

— Glória a vós, Senhor.


Ou:


Evangelho — Lc 2, 33-35


℣. O Senhor esteja convosco.

℟. Ele está no meio de nós.


℣. Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas 

℟. Glória a vós, Senhor.


Naquele tempo, 33o pai e a mãe de Jesus estavam admirados com o que diziam a respeito dele. 34Simeão os abençoou e disse a Maria, a mãe de Jesus: “Este menino vai ser causa tanto de queda como de reerguimento para muitos em Israel. Ele será um sinal de contradição. 35Assim serão revelados os pensamentos de muitos corações. Quanto a ti, uma espada te traspassará a alma”.

— Palavra da Salvação.

— Glória a vós, Senhor.


Antífona do Ofertório

Recordare, Virgo Mater, in conspectu Dei, ut loquaris pro nobis bona et ut avertat indignationem suam a nobis. (Ier. 18, 20)


Vernáculo:
Lembra-te de que me apresentava de ti para falar bem em favor deles e afastar deles o teu furor. (Cf. Bíblia CNBB: Jr 18, 20)

Sobre as Oferendas

Acolhei, Deus de misericórdia, estas preces e oferendas em vosso louvor na festa da virgem Maria, que nos destes por mãe compassiva quando estava de pé junto à cruz. Por Cristo, nosso Senhor.



Antífona da Comunhão

Alegrai-vos, vós que participais dos sofrimentos de Cristo, para que também possais exultar jubilosos na revelação de sua glória. (Cf. 1Pd 4, 13)
Redime me, Deus Israel, ex omnibus angustiis meis. (Ps. 24, 22; ℣. Ps. 24, 1-2a. 4. 5. 8. 9. 10. 17. 20. 21)
Vernáculo:
Libertai, ó Senhor Deus, a Israel de toda sua angústia e aflição! (Cf. LH: Sl 24, 22)

Depois da Comunhão

Senhor, tendo recebido o sacramento da eterna redenção, nós vos pedimos humildemente que, ao celebrarmos as dores da Virgem Maria, completemos em nós, para o bem da Igreja, o que falta à paixão de Cristo. Que vive e reina pelos séculos dos séculos.

Homilia do dia 15/09/2025


“Estava a Mãe dolorosa, junto da Cruz, lacrimosa”


Estais dolorosa e cheia de lágrimas, ó Virgem Maria, ao pé da Cruz do Senhor Jesus, vosso Filho e Redentor!

Hoje celebramos Nossa Senhora das Dores. O Coração Imaculado e dolorosíssimo de nossa Mãe bendita deve ser para nós objeto de profunda meditação. Deus criou um Coração para nos redimir, o Coração de Cristo. Podemos dizer que Ele o criou; mas a palavra certa é que Deus se encarnou para que, com um coração humano, pudesse nos amar até o extremo do amor.Pois bem, fomos amados pelo Coração de Jesus na Cruz. Ora, se Deus, ao se encarnar, teve um Coração que padeceu, era importante que Ele fizesse também um Coração que pudesse se compadecer, ou seja, que fosse capaz de reter dignamente este amor, porque, infelizmente, nós, seres humano, ao vermos a Cruz de Cristo e Nosso Senhor a morrer por nós, no mais das vezes reagimos com indiferença e esquecimento, com frieza e ingratidão.Quando apareceu à Santa Margarida Maria Alacoque, revelando-lhe o seu Coração chagado, qual uma fornalha de amor pela humanidade, mas que recebia indiferença e ingratidão, Jesus disse que o que mais lhe doía e mais lhe causava dor era exatamente serem as almas escolhidas e a Ele consagrada as que mais friamente regiam ao seu amor.Mas Jesus não foi tratado somente com indiferença e ingratidão. Que exultação saber que Ele encontrou um Coração perfeitíssimo, que recebeu todo o seu amor e se compadeceu dele, sem jamais reagir com frieza; antes, pelo contrário, com compaixão, padecendo junto com Ele. Foi o Coração de Nossa Senhora das Dores.É por isso que, no dia de Nossa Senhora das Dores, se pode escolher entre dois Evangelhos a serem proclamados. Um é o Evangelho, tirado do capítulo 2 de São Lucas, em que o profeta Simeão, ao dizer: “Uma espada traspassará a sua alma”, ou seja, traspassará o seu Coração, fala exatamente da dor e da paixão da Virgem Santíssima por seu Filho, Jesus.Mas podemos também proclamar o Evangelho de João, capítulo 19, aquele Evangelho conhecidíssimo em que “stabat Mater”, a Mãe estava de pé com o Filho, acompanhando a sua Paixão e o sacrifício dele, enquanto ela também oferecia o seu sacrifício aos pés da Cruz.Sim, Maria ofereceu um sacrifício que nem mesmo Cristo podia oferecer. Que sacrifício foi esse? O sacrifício da fé. Maria fez o ato de fé mais perfeito e mais completo que existiu neste mundo. Isso porque Jesus, sendo Deus feito homem, não tinha fé; pois, de fato, Ele é o próprio Deus. Então, qual foi a fé mais perfeita? Foi a fé de Maria, que acompanhou Jesus no Calvário. Se cantamos e louvamos a Deus pela fé de Abraão, que ofereceu Isaac, o que não dizer da fé de Maria, que ofereceu o próprio Jesus!Hoje, Festa de Nossa Senhora das Dores, precisamos cantar, meditar e pensar muito sobre o hino que a Igreja proclama como Sequência, o Stabat Mater, e iremos pedir à Virgem Maria a graça de padecer com Jesus, porque o fato de não sofrermos, ao pensar no amor de Cristo na Cruz por nós, é sinal da nossa frieza, ingratidão e indiferença.Que ela, com seu seu Coração perfeitíssimo, alcance de Deus a graça de amarmos Jesus como ela o amou.

Deus abençoe você!

Nossa Missão
Evangelize com o Pocket Terço: pocketterco.com.br/ajude

Santo do dia 15/09/2025

Nossa Senhora das Dores (Memória)
Data: 15 de Setembro


A sensibilidade de piedosa compaixão do povo cristão está eloquentemente expressa no quadro da Pietá. Nossa Senhora das Dores recebe no colo o filho morto apenas tirado da cruz. É o momento que se reveste da incomensurável dor uma paixão humana e espiritual única: a conclusão do sacrifício de Cristo, cuja morte na cruz é o ponto culminante da Redenção. Mas como a morte de Cristo está já implícita, como em embrião, desde os primeiros momentos de sua existência de homem, também a compaixão está implícita no inicial: "Faça-se em mim segundo a tua palavra". Como mãe, Maria assume implicitamente os sofrimentos de Cristo, em cada momento de sua vida. Eis porque a imagem da Pietá típica da arte gótica e do Renascimento (a mais conhecida é a escultura de Michelangelo) exprime só um momento desta dor da Virgem Mãe.

A devoção, que precede a celebração litúrgica, fixou simbolicamente as sete dores da Co-redentora, correspondentes a outros tantos episódios narrados pelo Evangelho: a profecia do velho Simeão, a fuga para o Egito, a perda de Jesus aos doze anos durante a peregrinação à Cidade Santa, o caminho de Jesus para o Gólgata, a crucificação, a Deposição da cruz, a sepultura. Mas como o objeto do martírio de Maria é o martírio do Redentor, desde o século XV encontramos as primeiras celebrações litúrgicas acerca da compaixão de Maria aos pés da cruz, colocada no tempo da Paixão ou logo após as festividades pascais. Em 1667 a Ordem dos Servitas, inteiramente dedicada à devoção de Nossa Senhora (os sete santos Fundadores no século XIII instituíram a "Companhia de Maria Dolorosa") obteve a aprovação da celebração litúrgica das sete Dores da Virgem, que durante o pontificado de Pio VII foi acolhida no calendário romano e lembrada no terceiro domingo de setembro.

Pio X fixou a data definitiva de 15 de setembro, conservada no novo calendário litúrgico, que mudou o título da festa, reduzida a simples memória: não mais Sete dores de Maria, mas menos especificadamente e mais oportunamente: Virgem Maria Dolorosa. Com este título nós honramos a dor de Maria aceita na redenção mediante a cruz. É junto à Cruz que a Mãe de Jesus crucificado torna-se a Mãe do corpo místico nascido da Cruz, isto é, nós somos nascidos, enquanto cristãos, do mútuo amor sacrifical e sofredor de Jesus e Maria. Eis porque hoje se oferece à nossa devota e afetuosa meditação a dor de Maria.

Referência:
SGARBOSSA, Mario; GIOVANNI, Luigi. Um santo para cada dia. São Paulo: Paulus, 1983. 397 p. Tradução de: Onofre Ribeiro. Adaptações: Equipe Pocket Terço.

Nossa Senhora das Dores, rogai por nós!


Textos Litúrgicos © Conferência Nacional dos Bispos do Brasil