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Memória Facultativa

São Bruno, Presbítero


Antífona de entrada

Senhor, tudo está em vosso poder, e ninguém pode resistir à vossa vontade. Vós fizestes todas as coisas: o céu, a terra, e tudo o que eles contêm; sois o Deus do universo! (Est 1, 9. 10-11)

Coleta

Ó Deus eterno e todo-poderoso, que nos concedeis, no vosso imenso amor de Pai, mais do que merecemos e pedimos, derramai sobre nós a vossa misericórdia, perdoando o que nos pesa na consciência e dando-nos mais do que ousamos pedir. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

Primeira Leitura (Jn 4, 1-11)


Leitura da Profecia de Jonas


1Este desfecho causou em Jonas profunda mágoa e irritação; 2orou então ao Senhor, dizendo: “Peço-te me ouças, Senhor: não era isto que eu receava, quando ainda estava em minha terra? Por isso, antecipei-me, fugindo para Társis. Sabia que és um Deus benigno e misericordioso, paciente e cheio de bondade, e que facilmente perdoas a punição. 3E agora, Senhor, peço que me tires a minha vida, para mim é melhor morrer do que viver”. 4Disse o Senhor: “Achas que tens boas razões para irar-te?” 5Jonas saiu da cidade e estabeleceu-se na parte oriental e ali fez para si uma cabana, onde repousava à sombra, a ver o que ia acontecer à cidade.

6O Senhor Deus fez nascer uma hera, que cresceu sobre a cabana, para dar sombra à cabeça de Jonas e abrandar seu aborrecimento. E Jonas alegrou-se grandemente por causa da hera. 7Mas, ao raiar do dia seguinte, Deus determinou que um verme atacasse a hera, e ela secou.

8Quando o sol se levantou, mandou Deus do oriente um vento quente; e o sol bateu forte sobre a cabeça de Jonas, que se sentiu desfalecer; teve vontade de morrer, e disse: “Para mim é melhor morrer do que viver”. 9Disse Deus a Jonas: “Achas que tens boas razões para irar-te por esta hera?”

“Sim”, respondeu ele, “tenho razão até para morrer de raiva”. 10O Senhor replicou-lhe: “Tu sofres por causa desta planta, que não te custou trabalho e não fizeste crescer, que nasceu numa noite e na outra morreu. 11E eu não haveria de salvar esta grande cidade de Nínive, em que vivem cento e vinte mil seres humanos, que não sabem distinguir a mão direita da esquerda, e um grande número de animais?”

— Palavra do Senhor.

— Graças a Deus.


Salmo Responsorial (Sl 85)


R. Ó Senhor, sois amor, paciência e perdão.


— Piedade de mim, ó Senhor, porque clamo por vós todo o dia! Animai e alegrai vosso servo, pois a vós eu elevo a minh’alma. R.

— Ó Senhor, vós sois bom e clemente, sois perdão para quem vos invoca. Escutai, ó Senhor, minha prece, o lamento da minha oração! R.

— As nações que criastes virão adorar e louvar vosso nome. Sois tão grande e fazeis maravilhas: vós somente sois Deus e Senhor! R.


https://youtu.be/W2mXeG6xIfU
R. Aleluia, Aleluia, Aleluia.
V. Recebestes um espírito de adoção, no qual clamamos Aba! Pai! (Rm 8, 15bc) R.

Evangelho (Lc 11, 1-4)


V. O Senhor esteja convosco.

R. Ele está no meio de nós.


V. Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo  segundo Lucas 

R. Glória a vós, Senhor.


V. 1Um dia, Jesus estava rezando num certo lugar. Quando terminou, um de seus discípulos pediu-lhe: “Senhor, ensina-nos a rezar, como também João ensinou a seus discípulos”. 2Jesus respondeu: “Quando rezardes, dizei: ‘Pai, santificado seja o teu nome. Venha o teu Reino. 3Dá-nos a cada dia o pão de que precisamos,4e perdoa-nos os nossos pecados, pois nós também perdoamos a todos os nossos devedores; e não nos deixes cair em tentação’”.

— Palavra da Salvação.

— Glória a vós, Senhor.


Sobre as Oferendas

Acolhei, ó Deus, nós vos pedimos, o sacrifício que instituístes e, pelos mistérios que celebramos em vossa honra, completai a santificação dos que salvastes. Por Cristo, nosso Senhor.



Antífona da Comunhão

Bom é o Senhor para quem confia nele, para aquele que o procura. (Lm 3, 25)

Ou:


Embora sendo muitos, nós formamos um só corpo, porque participamos de um mesmo pão e de um mesmo cálice (Cf. 1Cor 10, 17)

Depois da Comunhão

Possamos, ó Deus onipotente, saciar-nos do pão celeste e inebriar-nos do vinho sagrado, para que sejamos transformados naquele que agora recebemos. Por Cristo, nosso Senhor.

Homilia do dia 06/10/2021
O segredo da oração é estarmos na presença do Pai

“Um de seus discípulos pediu-lhe: ‘Senhor, ensina-nos a rezar, como também João ensinou a seus discípulos’” (Lucas 11,1).

Jesus é o homem orante, aquele que ora em todo tempo e lugar, aquele que se recolhe para estar na presença de Deus. E uma vez que Jesus estava rezando em certo lugar – porque em todos os lugares que Jesus ia, Ele primeiro retirava-se para orar –, é que Seus discípulos começaram a notar, ter consciência de que o Mestre era orante, e eles queriam saber o segredo de Jesus, por que Ele se voltava com tanta intensidade para a oração.

O segredo da oração é, primeiro, querer rezar, é ter vontade de estar na presença de Deus em todo tempo e lugar. O segredo de rezar não é nenhuma fórmula mágica, mas é a intensidade da alma e do coração na busca de Deus. É preciso querer estar em Deus, porque ora estamos demais em nós, conectados com nossos problemas, aflições e perturbações, ora estamos sendo guiados por nossas vaidades, ora estamos centrados em tantas coisas desse mundo que não estamos inteiros na presença de Deus.

Basta nos colocarmos na presença de Deus, que está no meio de nós, para que a oração brote da nossa alma e do nosso coração

Quando Jesus se retirava, quer dizer que Ele tirava tudo para ser todo de Deus. Para rezarmos, precisamos estar inteiros na presença de Deus, e é porque não sabemos rezar que temos que ter a humildade de pedir: “Ensina-nos a rezar”.

Jesus nos ensina que oração é colocar-se na presença do Pai, oração é glorificar, exaltar, santificar, louvar e bendizer aquele que é nosso Pai. Basta nos colocarmos na presença de Deus, que está no meio de nós, para que a oração brote da nossa alma e do nosso coração. Sei que nós, muitas vezes, por causa das aflições, queremos transformar nossas orações em pedidos e súplicas. Podemos, sim, pedir e suplicar, mas temos que, primeiro, nos colocar na presença desse Pai, sermos por Ele amados, cuidados, curados e transformados. Temos que pedir a esse Pai que nos coloque no Seu Reino, que nos tire do reino das trevas que está dentro de nós, das confusões que estão dentro de nós; e que nos coloque, de fato, na presença do Seu Reino.

É no Reino que nós realmente suplicamos o pão necessário, o alimento necessário para a nossa vida cotidiana, é na presença de Deus que buscamos o perdão e nos abrimos para perdoar uns aos outros. É na presença de Deus que suplicamos a graça para vencermos as tentações da vida, por isso orar é comungar-se com Deus, é colocar-se na presença d'Ele em espírito e verdade, e sermos tomados pelo Senhor que está no meio de nós.

Deus abençoe você!

Pe. Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.
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Homilia Diária | Uma solidão bem acompanhada (Memória de São Bruno, Presbítero)

A Igreja celebra hoje a memória de São Bruno de Colônia, fundador da Ordem dos Cartuxos. Já em sua época, Bruno tornou-se conhecido por sua capacidade intelectual e ampla erudição. Tudo indicava que o futuro dele seria fazer “carreira” na Igreja, galgando postos na hierarquia eclesiástica. Mas aos corações santos o silêncio do deserto fala mais alto do que os aplausos do mundo. Por isso, retirando-se a um lugar distante dos homens, Bruno quis fundar a Ordem cartuxa, caracterizada não só pelo rigorismo ascético, nunca reformado, mas também pela vida semi-eremítica.Assista à homilia do Padre Paulo Ricardo para esta quarta-feira, dia 6 de outubro, e conheça mais sobre a vida deste grande santo!


https://youtu.be/9lhBrZRGFf4

Santo do dia 06/10/2021


São Bruno (Memória Facultativa)
Local: La Torre, Itália
Data: 06 de Outubro † 1101


Bruno, de família nobre de Colônia, Alemanha, nasceu em 1035. Fez seus estudos superiores em Reims e Paris. Ordenado sacerdote, voltou para sua cidade natal, exercendo o ministério pastoral.

O arcebispo de Reims, que conhecia suas grandes qualidades de inteligência e piedade, convidou-o para lecionar na célebre escola de sua Catedral. Mestre de grandes méritos, desempenhou o magistério sem grandes dificuldades enquanto vivia o arcebispo. Bruno, homem reto e piedoso, não suportou as arbitrariedades do novo bispo.

Depois de lecionar por mais de vinte e cinco anos em Reims, já cinquentenário, o cônego Bruno começou a amadurecer um projeto que faria dele o fundador de uma das ordens religiosas mais severas da Igreja. Após curtos estágios em mosteiros beneditinos, retirou-se com alguns seguidores para a região deserta de Chartreuse (Cartuxa), na diocese de Grenoble no sul da França. Procurou o bispo de Grenoble, expondo-lhe seu plano de vida religiosa. Este se entusiasmou com a iniciativa e ofereceu-lhes o lugar apropriado para a solidão. Estava lançada a semente da Ordem eremítica dos Cartuxos ou cartusianos, em que predominava a vida solitária, temperada apenas pela reunião dos monges nos atos litúrgicos.

Ao ser eleito Papa, Urbano II (1088-1099), antigo discípulo do mestre Bruno em Reims, chamou-o a Roma como seu auxiliar.

Pouco tempo ficou ali o amante do silêncio. Fundou na Calábria ainda o mosteiro de Santa Maria da Torre, onde veio a falecer em 1101. A Ordem dos Cartuxos que atravessou a história sem nenhuma reforma conta ainda com uma vintena de mosteiros, com pouco mais de quatrocentos monges, sendo que, há alguns anos, foi fundado o mosteiro Nossa Senhora Medianeira, em Ivorá, na arquidiocese de Santa Maria, Rio Grande do Sul.

A mensagem de São Bruno: Foi mestre intransigente da verdade. Mas o que talvez mais o tivesse distinguido foi a contemplação com especial realce no silêncio. São Bruno foi chamado por Deus a lhe servir na solidão. A Oração coleta pede que, por suas preces, estejamos sempre voltados para Deus, em meio à agitação do mundo. O mundo de hoje, tão bombardeado pelos meios sociais, certamente está precisando da solidão e do silêncio para encontrar-se com mais facilidade com Deus e com o próximo.

Referência:
BECKHÄUSER, Frei Alberto. Os Santos na Liturgia: testemunhas de Cristo. Petrópolis: Vozes, 2013. 391 p. Adaptações: Equipe Pocket Terço.

São Bruno, rogai por nós!

Textos Litúrgicos © Conferência Nacional dos Bispos do Brasil