Apoiadores do Pocket Terço
Terço com imagens no Youtube
Reze os Mistérios Dolorosos com imagens

Antífona de entrada

O Senhor enriqueceu São Bernardo com o espírito de sabedoria e ele abriu para o povo de Deus os mananciais de sua doutrina.
Meditátio cordis mei in conspéctu tuo semper: Dómine adiútor meus, et redémptor meus. Ps. Caeli enárrant glóriam Dei: et ópera mánuum eius annúntiat firmaméntum. (Ps. 18, 15 et 2)
Vernáculo:
Os pensamentos que me ocupam, Senhor, estão sempre diante de Vós. Senhor, Vós sois o meu auxílio e o meu Redentor. Sl. Os Céus proclamam a glória de Deus, e o firmamento anuncia a grandeza das suas obras. (Cf. MRQ: Sl 18, 15 e 2)

Coleta

Ó Deus, fizestes do abade São Bernardo, inflamado de zelo por vossa casa, uma luz que brilha e arde na Igreja; concedei-nos, por sua intercessão, que, fervorosos no mesmo espírito, caminhemos sempre como filhos e filhas da luz. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus, e convosco vive e reina, na unidade do Espírito Santo, por todos os séculos dos séculos.

Primeira Leitura (Ez 28, 1-10)


Leitura da Profecia de Ezequiel


1A palavra do Senhor foi-me dirigida nestes termos: 2“Filho do homem, dize ao príncipe da cidade de Tiro: Assim fala o Senhor Deus: Porque o teu coração se tornou orgulhoso, tu disseste: ‘Eu sou um deus e ocupo o trono divino no coração dos mares’. Tu, porém, és um homem e não um deus, mas pensaste ter a mente igual à de um deus.

3Sim, tu és mais sábio do que Daniel! Segredo algum te é obscuro. 4Com talento e habilidade adquiriste uma fortuna, acumulaste ouro e prata em teus tesouros. 5Com grande tino comercial aumentaste tua fortuna, e com ela teu coração se tornou soberbo. 6Por isso, assim diz o Senhor Deus: Por teres igualado tua mente à de um deus, 7vou trazer contra ti os povos mais violentos dos estrangeiros. Eles puxarão suas espadas contra a tua bela sabedoria e profanarão o teu esplendor.

8Eles te farão baixar à cova, e morrerás de morte violenta no coração dos mares. 9Porventura, ousarás dizer: ‘Sou um deus!’ na presença de teus algozes, tu que és um homem e não deus, nas mãos dos que te apunhalam? 10Morrerás da morte dos incircuncisos, pela mão de estrangeiros, pois fui eu que falei — oráculo do Senhor Deus”.

— Palavra do Senhor.

— Graças a Deus.


Para ver a liturgia sem propagandas, acesse pelo aplicativo. Baixe aqui

Salmo Responsorial (Dt 32, 26-36)


℟. Sou eu que tiro a vida, sou eu quem faz viver!


— Pensei: “Vou espalhá-los pela terra, farei cessar sua memória inteiramente”. Mas receava a reação dos inimigos, a má interpretação dos adversários. ℟.

— Eles diriam: Nossa mão prevaleceu, não foi o Senhor Deus que isto fez. Porque meu povo é gente sem juízo, é gente que não tem discernimento. ℟.

— Como pode um homem só perseguir mil, como dois podem fazer fugir dez mil? Não é porque sua Rocha os vendeu, não é porque o Senhor os entregou? ℟.

— Já vem o dia em que serão arruinados e o seu destino se apressa em chegar. Porque o Senhor fará justiça ao seu povo e salvará todos aqueles que o servem. ℟.

 


https://youtu.be/8xY0OQEcArU
Para ver a liturgia sem propagandas, acesse pelo aplicativo. Baixe aqui
℟. Aleluia, Aleluia, Aleluia.
℣. Jesus Cristo, Senhor nosso, embora sendo rico, para nós se tornou pobre, a fim de enriquecer-nos, mediante sua pobreza. (2Cor 8, 9) ℟.

Evangelho (Mt 19, 23-30)


℣. O Senhor esteja convosco.

℟. Ele está no meio de nós.


℣. Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo  segundo Mateus 

℟. Glória a vós, Senhor.


Naquele tempo, 23Jesus disse aos discípulos: “Em verdade vos digo, dificilmente um rico entrará no Reino dos Céus. 24E digo ainda: é mais fácil um camelo entrar pelo buraco de uma agulha, do que um rico entrar no Reino de Deus”. 25Ouvindo isso, os discípulos ficaram muito espantados, e perguntaram: “Então, quem pode ser salvo?” 26Jesus olhou para eles e disse: “Para os homens isso é impossível, mas para Deus tudo é possível”. 27Pedro tomou a palavra e disse a Jesus: “Vê! Nós deixamos tudo e te seguimos. O que haveremos de receber?” 28Jesus respondeu: “Em verdade vos digo, quando o mundo for renovado e o Filho do Homem se sentar no trono de sua glória, também vós, que me seguistes, havereis de sentar-vos em doze tronos para julgar as doze tribos de Israel. 29E todo aquele que tiver deixado casas, irmãos, irmãs, pai, mãe, filhos, campos, por causa do meu nome, receberá cem vezes mais e terá como herança a vida eterna. 30Muitos que agora são os primeiros, serão os últimos. E muitos que agora são os últimos, serão os primeiros”.

— Palavra da Salvação.

— Glória a vós, Senhor.


Antífona do Ofertório

Iustítiae Dómini rectae, laetificántes corda, et dulcióra super mel et favum: nam et servus tuus custódiet ea. (Ps. 18, 9. 11. 12)


Vernáculo:
Os preceitos do Senhor são precisos, alegria ao coração. Suas palavras são mais doces que o mel, que o mel que sai dos favos. E vosso servo, instruído por elas, se empenha em guardá-las. (Cf. LH: Sl 18, 9ab. 11cd. 12)

Sobre as Oferendas

Senhor, nós vos oferecemos o sacramento da unidade e da paz, celebrando a memória do abade São Bernardo, ilustre em palavras e obras, que se empenhou incansavelmente pela concórdia da vossa Igreja. Por Cristo, nosso Senhor.



Antífona da Comunhão

Como meu Pai me amou, assim também eu vos amei. Permanecei no meu amor, diz o Senhor. (Jo 15, 9)
Gustáte et vidéte, quóniam suávis est Dóminus: beátus vir, qui sperat in eo. (Ps. 33, 9; ℣. Ps. 33, praeter ℣. 9)
Vernáculo:
Provai e vede quão suave é o Senhor! Feliz o homem que tem nele o seu refúgio! (Cf. MR: Sl 33, 9)

Depois da Comunhão

Senhor, o alimento que recebemos na comemoração de São Bernardo produza em nós os seus frutos para que, fortalecidos por seus exemplos e instruídos por seus ensinamentos, sejamos arrebatados pelo amor do vosso Verbo encarnado. Que vive e reina pelos séculos dos séculos.

Para ver a liturgia sem propagandas, acesse pelo aplicativo. Baixe aqui

Homilia do dia 20/08/2024
Ai de vós, apegados às riquezas!

“Dificilmente um rico entrará no Reino dos Céus. É mais fácil um camelo entrar pelo buraco de uma agulha, do que um rico entrar no Reino de Deus”.

O perigo das riquezas (cf. Mt 19, 23-26; Mc 10, 23-27; Lc 18, 24-27). — V. 23-24. Do exemplo do adolescente aproveitou-se o Senhor como ocasião para dar aos discípulos gravíssimas advertências sobre o perigo das riquezas: “Dificilmente um rico entrará no Reino dos Céus”, isto é, não só não está apto para a perfeição evangélica, senão que, além disso, não alcançará a salvação eterna sem muita dificuldade e luta. Quão grande seja realmente essa dificuldade, ilustra-o com um exemplo ou, antes, com certa hipérbole: “É mais fácil um camelo entrar pelo buraco de uma agulha do que um rico entrar no Reino de Deus”. Semelhantes expressões eram de uso corrente nas escolas rabínicas (cf. Berach. f. 55b: “[…] um elefante a entrar pelo buraco de uma agulha”; cf. Baba Mezia, f. 38b etc.).

V. 25-26. Os discípulos sabiam perfeitamente que muitos homens eram reféns da cupidez; por isso, assombrados com a doutrina de Cristo, “diziam a si próprios” (cf. Mc 10, 26), isto é, perguntavam-se entre si em voz baixa: “Então, quem pode ser salvo?” Talvez o sussurrassem, não os Apóstolos, mas alguns dos que seguiam a Cristo, aos quais pareceria muito árduo renunciar às riquezas. Jesus então “olhou para eles e disse: Para os homens isso é impossível”, quer dizer, só pelas forças da natureza humana; “mas para Deus”,ou seja, com a ajuda da graça divina, “tudo é possível”.

A recompensa da pobreza evangélica (cf. Mt 19, 27-30; Mc 10, 28-31; Lc 18, 28-30). — V. 27-28. Pedro, falando em nome dos Apóstolos, interroga o Mestre confiantemente: “Vê! Nós deixamos tudo e te seguimos. Que haveremos de receber?”, ou seja, “fizemos o que mandaste; que nos darás, pois, em retribuição?” (S. Jerônimo). — Cristo promete aos discípulos uma grandíssima recompensa: “Quando o mundo for renovado” (lt. in regeneratione; gr. ἐν τῇ παλιγγενεσίᾳ), isto é, no Juízo final, quando todas as coisas serão renovadas e como que regeneradas (cf. Rm 8, 17ss; 2Pd 3, 13; Ap 21, 1.5), “e o Filho do Homem se sentar no trono de sua glória”, isto é, quando vier sobre as nuvens do céu (cf. Mt 24, 30; 26, 64; Ap 1, 7) para julgar a vivos e mortos, “havereis de sentar-vos em doze tronos”, ocupando cada um a sua sede, “para julgar” (conforme alguns, pelo exemplo de vida; para outros, como ministros e pregoeiros da sentença ou, antes, como testemunhas ou acusadores; para outros, enfim, como juízes assessores) “as doze tribos de Israel”, isto é, todos os povos do mundo, figurados pelas doze tribos.

V. 29. “E todo aquele que tiver deixado casas, irmãos […] por causa do meu nome”, isto é, por amor a mim e à perfeição evangélica, “receberá cem vezes mais e terá como herança a vida eterna”. O sentido dessa passagem se deduz facilmente à luz do texto de Marcos e Lucas: “Ninguém há que tenha deixado casa […] que não receba, já neste século, cem vezes mais casas, irmãos, irmãs, mães, filhos e terras, com perseguições”, isto é, apesar de sofrer tribulações e perseguições, “e no século vindouro a vida eterna” (Mc 10, 29-30). Promete-se, portanto, uma dupla compensação dos bens que por Cristo houvermos perdido, seja por renúncia voluntária, seja por violência externa: a) no tempo presente, “o cêntuplo”, isto é, muito mais e melhor do que tivermos renunciado ou perdido, pois a caridade, de certo modo, faz tudo comum entre os cristãos, b) “e no século futuro a vida eterna”.

V. 30. “Muitos que agora são os primeiros, serão os últimos. E muitos que agora são os últimos, serão os primeiros”. Cristo parece ter acrescentado esse reparo, a fim de que os Apóstolos não se enchessem de excessiva confiança pelo fato de terem sido os primeiros chamados ao Reino. É possível, com efeito, que Pedro tenha dito: “Vê! Nós deixamos tudo” etc. com certa jactância; assim, para que não se orgulhem da graça recebida, Cristo os adverte de que muitos que precedem a outros pela vocação não os precederão no prêmio. Alguns autores, contudo, pensam que essas palavras de Jesus se referem à presente condição dos homens, de forma que o sentido seria: muitos que agora são mais poderosos e podem mais do que outros, no fim estarão entre os últimos, e vice-versa. No entanto, a parábola dos operários, logo a seguir (cf. Mt 20, 1-16), sugere mais a primeira interpretação, por se tratar de uma autêntica explicação deste versículo.

Deus abençoe você!

Nossa Missão
Evangelize com o Pocket Terço: pocketterco.com.br/ajude

Para ver a liturgia sem propagandas, acesse pelo aplicativo. Baixe aqui
Homilia Diária | O amor de Cristo atrai e se difunde (Memória de São Bernardo de Claraval)

À voz melíflua de São Bernardo, dezenas e dezenas de pessoas, sem poder mais resistir aos impulsos da graça, abandonavam tudo para consagrar-se, na pobreza da vida monástica, ao Único que nos pode fazer ricos, por ser Ele a única riqueza verdadeira.Ouça a homilia do Padre Paulo Ricardo para esta terça-feira, 20 de agosto, e conheça mais sobre a vida de São Bernardo de Claraval, Abade, Doutor e “Padre” temporão da Igreja Latina!


https://youtu.be/9FvMGrvbEzw
Para ver a liturgia sem propagandas, acesse pelo aplicativo. Baixe aqui

Santo do dia 20/08/2024

Ouça no Youtube

São Bernardo de Claraval, Abade e Doutor da Igreja (Memória)
Local: Hildesheim, Alemanha
Data: 20 de Agosto† 1153


Bernardo nasceu em Dijon, na Borgonha, em 1090, de família nobre. Aos 19 anos, abandonou o mundo para ingressar na Ordem de Cister há pouco fundada com um grupo de moços e a levou ao apogeu no século XII. São Bernardo pode ser considerado o segundo fundador da Ordem Cisterciense. Quando Bernardo entrou, a Ordem só contava com vinte membros e um único mosteiro. Eleito prior da nova fundação de Claraval, durante os trinta e oito anos que durou sua direção, a Ordem cresceu até 343 mosteiros.

Pelo que sabemos, São Bernardo foi a personalidade mais empolgante da primeira metade do século XII: foi pregador, místico, político, polemista, escritor, fundador de mosteiros, abade, conselheiro de papas, reis e bispos.

Mesmo como monge teve que deixar seu mundo de contemplação, o mosteiro, para envolver-se nas questões que agitavam a sociedade. Defendeu a reforma cisterciense contra os beneditinos cluniacenses, combateu os ensinamentos de vários mestres do tempo, atacou as ideias heréticas que se disseminavam através da Europa, esteve presente em vários sínodos de bispos, envolveu-se no cisma (Anacleto II contra Inocêncio II) que dividiu a Igreja, com dois papas disputando o poder.

Por incumbência do papa Eugênio III, seu antigo discípulo, percorreu a França, Flandres, Alemanha, concitando os príncipes a formarem uma cruzada contra os turcos que teve êxito militar negativo, pelo que ele sofreu duras críticas. Enfim, mesmo como monge de vida contemplativa, esteve praticamente presente em todos os grandes acontecimentos da época.

São Bernardo deixou profunda marca na história da espiritualidade católica. Seus escritos revelam amor profundo aos mistérios da humanidade do Salvador. O que ele pregava e praticava sobretudo com os monges, São Francisco de Assis divulgará no século seguinte. Bernardo emerge entre os Santos Padres como o Cantor do Amor Eterno que se revelou em Cristo desde Belém até ao Gólgota. Ele é também o poeta incomparável da Virgem Maria.

Enquanto empreendia mais uma missão pacificadora, Bernardo sentiu-se vencido pela doença; fez-se conduzir a seu mosteiro de Claraval e, rodeado pelo afeto e admiração dos seus monges, entregou sua alma a Deus. Era o dia 20 de agosto de 1153. A Igreja o elevou às honras dos altares doze anos depois, e lhe conferiu o título de Doutor da Igreja.

O hino próprio de Laudes e Vésperas traduz bem a grande figura de São Bernardo. Ele é cantado pela Igreja como luz celeste. O Cristo nele, sol vivo que flameja, o faz coluna, escudo e doutor da sua Igreja. Ninguém com mais ternura fala de Maria; semeia de claustros a Europa e o mundo inteiro; os papas o consultam e dos reis é conselheiro.

A Antífona do Benedictus o canta como luz do Verbo eterno que irradia em toda a Igreja a luz da fé e da doutrina. Ele é chamado de doutor melífluo na Antífona do Magnificat: Doutor melífluo, São Bernardo, do Esposo sois amigo, sois cantor da Virgem Mãe, sois ilustre em Claraval, e pastor dos mais insignes. No hino se diz que ele se derramou como mel sobre toda a humanidade.

As orações da Missa também são generosas em exaltar as grandezas de São Bernardo de Claraval. Na Oração coleta o santo é realçado como abade inflamado de zelo pela casa de Deus, isto é, a Igreja, uma luz que brilha e ilumina a Igreja. Na Oração sobre as oferendas a Igreja apresenta a Deus o sacramento da unidade e da paz, pela intercessão de São Bernardo, que por suas palavras e ações procurou incansavelmente a concórdia da Igreja. Portanto, São Bernardo é também exemplo a ser imitado na promoção da paz e da unidade. A Oração depois da Comunhão nos leva à imitação de São Bernardo no seu arrebatado amor pelo Verbo que se fez carne. São Bernardo precedeu São Francisco de Assis na contemplação dos mistérios da humanidade do Salvador. No sermão 83 sobre o Cântico dos Cânticos meditado no Oficio das Leituras, lemos: Amo porque amo, amo para amar.

Referência:
BECKHÄUSER, Frei Alberto. Os Santos na Liturgia: testemunhas de Cristo. Petrópolis: Vozes, 2013. 391 p. Adaptações: Equipe Pocket Terço.

São Bernardo de Claraval, rogai por nós!

Textos Litúrgicos © Conferência Nacional dos Bispos do Brasil