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Santo Agostinho, Bispo e Doutor da Igreja, Memória

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Antífona de entrada

No meio da Igreja o Senhor abriu os seus lábios, encheu-o com o espírito de sabedoria e inteligência e o revestiu com um manto de glória. (Cf. Eclo 15, 5)
In médio Ecclésiae apéruit os eius: et implévit eum Dóminus spíritu sapiéntiae, et intelléctus: stolam glóriae índuit eum. Ps. Bonum est confitéri Dómino: et psállere nómini tuo, Altíssime. (Sir. 15, 5; Ps. 91)
Vernáculo:
No meio da Igreja o Senhor abriu os seus lábios, encheu-o com o espírito de sabedoria e inteligência e o revestiu com um manto de glória. (Cf. MR: Eclo 15, 5) Sl. Como é bom agradecermos ao Senhor e cantar salmos de louvor ao Deus Altíssimo. (Cf. LH: Sl 91, 2)

Coleta

Senhor, nós vos pedimos, renovai em vossa Igreja o espírito com o qual dotastes o bispo Santo Agostinho; repletos do mesmo espírito, só de vós tenhamos sede, fonte da verdadeira sabedoria, só a vós busquemos, autor do amor eterno. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus, e convosco vive e reina, na unidade do Espírito Santo, por todos os séculos dos séculos.

Primeira Leitura — 1Ts 3, 7-13


Leitura da Primeira Carta de São Paulo aos Tessalonicenses


Irmãos, 7ficamos confortados, em meio a toda angústia e tribulação, pela notícia acerca de vossa fé. 8Agora sentimo-nos reviver, porque vós estais firmes no Senhor. 9Como podemos agradecer a Deus por toda a alegria que nos invade diante do nosso Deus, por causa de vós? 10Noite e dia rezamos efusivamente para vos rever e completar o que ainda falta na vossa fé.

11Que o próprio Deus e nosso Pai, e nosso Senhor Jesus dirijam os nossos passos até a vós. 12O Senhor vos conceda que o amor entre vós e para com todos aumente e transborde sempre mais, a exemplo do amor que temos por vós. 13Que assim ele confirme os vossos corações numa santidade sem defeito aos olhos de Deus, nosso Pai, no dia da vinda de nosso Senhor Jesus, com todos os seus santos.

— Palavra do Senhor.

— Graças a Deus.


Salmo Responsorial — Sl 89(90), 3-4. 12-13. 14 e 17 (R. 14)


℟. Saciai-nos de manhã com vosso amor!


— Vós fazeis voltar ao pó todo mortal, quando dizeis: “Voltai ao pó, filhos de Adão!” Pois mil anos para vós são como ontem, qual vigília de uma noite que passou. ℟.

— Ensinai-nos a contar os nossos dias, e dai ao nosso coração sabedoria! Senhor, voltai-vos! Até quando tardareis? Tende piedade e compaixão de vossos servos! ℟.

— Saciai-nos de manhã com vosso amor, e exultaremos de alegria todo o dia! Que a bondade do Senhor e nosso Deus repouse sobre nós e nos conduza! Tornai fecundo, ó Senhor, nosso trabalho, fazei dar frutos o labor de nossas mãos! ℟.


https://youtu.be/DLXlz3YX068
℟. Aleluia, Aleluia, Aleluia.
℣. Vigiai, diz Jesus, vigiai, pois, no dia em que não esperais, o vosso Senhor há de vir. (Mt 24, 42a. 44) ℟.

Evangelho — Mt 24, 42-51


℣. O Senhor esteja convosco.

℟. Ele está no meio de nós.


℣. Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus 

℟. Glória a vós, Senhor.


Naquele tempo disse Jesus aos seus discípulos: 42“Ficai atentos! Porque não sabeis em que dia virá o Senhor. 43Compreendei bem isso: se o dono da casa soubesse a que horas viria o ladrão, certamente vigiaria e não deixaria que a sua casa fosse arrombada. 44Por isso, também vós ficai preparados! Porque na hora em que menos pensais, o Filho do Homem virá.

45Qual é o empregado fiel e prudente, que o senhor colocou como responsável pelos demais empregados, para lhes dar alimento na hora certa? 46Feliz o empregado, cujo senhor encontrar agindo assim, quando voltar. 47Em verdade vos digo, ele lhe confiará a administração de todos os seus bens. 48Mas, se o empregado mau pensar: ‘Meu senhor está demorando’, 49e começar a bater nos companheiros, a comer e a beber com os bêbados; 50então o senhor desse empregado virá no dia em que ele não espera, e na hora que ele não sabe. 51Ele o partirá ao meio e lhe imporá a sorte dos hipócritas. Ali haverá choro e ranger de dentes”.

— Palavra da Salvação.

— Glória a vós, Senhor.


Antífona do Ofertório

Iustus ut palma florébit: sicut cedrus, quae in Líbano est, multiplicábitur. (Ps. 91, 13)


Vernáculo:
O justo crescerá como a palmeira, florirá igual ao cedro que há no Líbano. (Cf. LH: Sl 91, 13)

Sobre as Oferendas

Senhor, celebrando o memorial da nossa salvação, imploramos humildemente a vossa misericórdia; que este sacramento do vosso amor seja para nós sinal de unidade e vínculo de caridade. Por Cristo, nosso Senhor.



Antífona da Comunhão

Um só é o vosso Guia, Cristo; e todos vós sois irmãos, diz o Senhor. (Mt 23, 10. 8)
Fidélis servus et prudens, quem constítuit Dóminus super famíliam suam: ut det illis in témpore trítici mensúram. (Lc. 12, 42; ℣. Ps. 118)
Vernáculo:
Eis o servo fiel e prudente, a quem o Senhor confiou a sua família para dar-lhes alimento no tempo oportuno. (Cf. MR: Lc 12, 42)

Depois da Comunhão

Senhor, a participação na mesa celeste nos santifique a fim de que, membros do seu Corpo, sejamos transformados naquele que recebemos. Por Cristo, nosso Senhor.

Homilia do dia 28/08/2025


Estaremos preparados quando a morte vier?


Há segundos decisivos, tempos na vida em que se põe em jogo uma decisão definitiva. É a hora de todas as horas — a hora da morte. E quando será a nossa morte? Em um segundo.

O Evangelho de hoje nos diz que devemos estar sempre atentos porque não sabemos o dia em que virá o Senhor. Jesus usa parábolas e comparações para fazer nossa imaginação captar uma verdade, e qual é a verdade que Ele nos propõe? É a seguinte. Nossa vida não tem sentido em si mesma. Vivemos para preparar um encontro num momento decisivo. O porquê de nossa existência decide-se no último instante, quando nos encontraremos com Nosso Senhor. É algo muito sério e importante. Ora, do que é feito o nosso dia? De tempo. São ao todo 24 horas. Cada hora tem 60 minutos, cada minuto tem 60 segundos… Enquanto estamos aqui, os segundos vão passando. Pode até ser que os segundos de nossa vida sejam quantitativamente idênticos (o segundo que está acontecendo agora é igual ao que aconteceu antes e ao que virá depois), mas qualitativamente não o são. De fato, há segundos decisivos, tempos na vida em que se põe em jogo uma decisão definitiva. É a hora de todas as horas — a hora da morte. E quando será a nossa morte? Em um segundo! A morte não dura quase tempo algum. Acontece numa fração de segundos. Morrer, afinal, é ir do estar ao não estar vivo, sem meio termo. “Ah, fulano está quase morrendo”, mas ainda está vivo; “se você tivesse vindo antes, tê-lo-ia visto com vida”, mas já morreu! No fundo, não há um “quase morrer” nem um “acabar de morrer”, só o estar vivo e o estar morto, e é da fração de segundos que separa um estado do outro que depende nossa eternidade. Mas o que significa “eternidade”? Quer dizer para sempre, é um nunca mais acabar. (Santa Teresa d’Ávila, quando criança, gostava de repetir com o irmãozinho Rodrigo que tanto a salvação quanto a condenação são para sempre: ¡Siempre, siempre, siempre!) Nosso destino eterno depende de um único instante. Como estaremos na hora da morte? Em que condição traremos a alma no momento do encontro? Se morrermos em graça, estaremos salvos para sempre; se em pecado, condenados também para sempre… Quem nunca passou por ao menos um ensaio de morte, por algum risco ou perigo grave, por algum acidente do qual escapou por um fio? Eu já passei por vários. Quando ainda era seminarista, estava um dia conduzindo pela estrada. Era de noite, e minha velocidade era bastante considerável. À minha frente ia um caminhão sem lanternas a “incríveis” 30 km/h… Assim que o vi, freei rapidamente e, graças a Deus e ao meu anjo da guarda, estou hoje aqui fazendo homilias, embora pudesse ter morrido naquela noite, sem nunca ser ordenado padre. Outra história. Durante o meu primeiro ano de filosofia, vim a Cuiabá comemorar os 25 anos de ordenação (não me lembro se episcopal ou presbiteral) de D. Bonifácio. Na volta, meu ônibus capotou. Também ali poderia ter-se encerrado tudo, e eu não teria concluído sequer os estudos. A pergunta básica e fundamental é: se em um daqueles momentos eu tivesse morrido, estaria preparado? Estaria pronto para me apresentar diante de Deus? Quando entrei naquele ônibus de Cuiabá para Campo Grande, não me passava pela cabeça que aquela pudesse ser minha última viagem. Quando peguei o volante naquela noite, não pensava que aquele pudesse ser meu último carro. Se eu não estivesse em estado de graça, e a morte ali me assaltasse como um ladrão, haveria um padre mais no inferno, condenado para sempre! Quantas vezes Deus nos permite experimentar que a morte vem frequentemente sem aviso prévio, como um ladrão! Por isso diz Jesus: Vigiai! Precisamos, sim, estar prontos porque tudo depende daquele último momento, o momento da morte, o momento da prestação de contas. Quem disse que teremos tempo de nos arrepender? Sabemos às vezes estar em pecado, mas nos iludimos pensando: “Não, depois eu me confesso”. Ora, quem disse que teremos tempo de nos confessar, ou mesmo de fazer um ato de contrição? Ouçamos o que Nosso Senhor nos está dizendo hoje: Vigiai! Não sabemos nem o dia nem a hora. Se o dono da casa soubesse quando viria o ladrão, vigiaria para que sua casa não fosse arrombada. Estejamos preparados, irmãos. Cristo é amor, misericórdia e compaixão. Deus Filho se fez homem para nos alertar. Que grande caridade para conosco! Deus não faz “terrorismo espiritual”, mas nos chama a atenção para o que realmente importa: Vigiai! Não nos revoltemos nem fiquemos indignados com o Senhor; pelo contrário, mudemos o quanto antes de vida e nos arrependamos enquanto ainda é possível. Chegará o momento em que cessará todo o tempo, e não teremos nem sequer um momento para nos mudar. Mudemos já, antes de o tempo mudar-se em eternidade.

Deus abençoe você!

Nossa Missão
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Santo do dia 28/08/2025

Santo Agostinho, Bispo e Doutor da Igreja (Memória)
Local: Hipona, Argélia
Data: 28 de Agosto † 430


Realmente, Santo Agostinho é modelo acabado de santo em vários aspectos. Em Agostinho se encontram, em rara síntese, o contemplativo, o teólogo, o pastor de almas, o catequista, o homiliasta, o mistagogo, o defensor da fé, o promotor da vida comunitária. E não devemos esquecer o penitente.

Aurélio Agostinho nasceu em Tagaste, na Numídia (África), perto de Hipona, em 354. É chamado Agostinho de Hipona, por ter sido bispo desta cidade, hoje Bona na Argélia. Filho de Santa Mônica e Patrício. Decisivo em sua vida, além do influxo de sua mãe, foi o encontro com o bispo Santo Ambrósio de Milão, de quem recebeu o batismo. Na juventude, feito catecúmeno, acabou adiando o batismo.

Agostinho teve uma mocidade inquieta, agitada pelas paixões e desvios doutrinais. Inteligência privilegiada, aguda, penetrante, depois dos desmandos da juventude, procurou a verdade e a redenção do seu espírito irrequieto através das filosofias, aderiu ao maniqueísmo, onde também não encontrou a verdade e a paz de espírito. Formou-se brilhantemente em retórica e, ainda jovem, escrevia ensaios de poesia e filosofia. Lecionou retórica em Cartago, cidade dos seus estudos, mas, procurando maior glória, foi para a capital do Império Romano, abrindo uma escola de retórica em Roma. Ai ficou por pouco tempo, porque obteve a nomeação oficial de professor de Retórica e Gramática em Milão. Atraído pela fama do grande bispo Ambrósio, poeta e orador, começou a assistir aos sermões do santo bispo. Acabou apreciando o seu conteúdo. Converte-se, recebe a instrução e é batizado por Santo Ambrósio na Páscoa de 387. Tinha 33 anos e chegara ao término de um longo e laborioso processo de conversão. Com ele foram batizados também seu filho Adeodato e o amigo Alípio.

De volta à pátria, depois da morte prematura do filho, perdeu, em Óstia, cidade portuária de Roma, a mãe que o seguira para a Europa. Na África, com alguns amigos, iniciou uma vida comunitária, entregue à meditação, ao estudo da Bíblia, à oração e obras de caridade. Foi ordenado sacerdote para auxiliar o bispo Aurélio de Hipona, idoso e doente. Pouco depois, com a morte do bispo, Agostinho foi aclamado pelo povo como seu sucessor.

Agostinho, como pastor da diocese por 34 anos, revelou-se um bispo zeloso, vigilante, iluminado, pai dos pobres, mestre insuperável de espiritualidade, escritor fecundíssimo em todos os assuntos teológicos, defensor infatigável da ortodoxia.

Sua ação e influência pastoral romperam as fronteiras da pequena cidade onde ele foi bispo, tornando-se uma espécie de oráculo de sabedoria teológica que a civilização antiga presenteou ao cristianismo. Ele foi definido o mais profundo pensador entre os escritores do mundo antigo e, talvez, o gênio metafísico mais portentoso que viram os tempos. Seu pensamento iluminou quase todos os pensadores dos séculos posteriores. A teologia católica muito deve a seus tratados sobre a Santíssima Trindade, a graça, o livre-arbítrio e muitas outras questões. Entre suas obras imortais, emerge sua autobiografia Confissões e A Cidade de Deus, que é uma filosofia da história vista à luz da mensagem cristã.

O nome do bispo de Hipona também se liga à história das Ordens religiosas. Suas breves instruções para os clérigos que com ele viviam em comunidade serão posteriormente adaptadas para outras Ordens religiosas que se chamarão Cônegos Regulares de Santo Agostinho, Agostinianos, Eremitas de Santo Agostinho.

Santo Agostinho morreu aos 28 de agosto de 430 com 76 anos de idade, vendo os bárbaros sitiarem sua cidade episcopal. É o mais insigne doutor da Igreja ocidental.

A Antífona da entrada da Missa expressa bem o lugar e o papel de Santo Agostinho na Igreja e na história da humanidade: No meio da Igreja o Senhor colocou a palavra nos seus lábios; deu-lhe o espírito de sabedoria e inteligência e o revestiu de glória.

Inteligência e sabedoria! A Oração coleta realça a busca incansável da sabedoria. Pedimos que nós, repletos do mesmo espírito, só de vós tenhamos sede, fonte da verdadeira sabedoria e só a vós busquemos, autor do amor eterno.

As Antífonas de Laudes e Vésperas, inspiradas no livro das Confissões, expressam também a busca da verdade, da sabedoria e do amor verdadeiro.

Antífona das Laudes: De vós mesmo nos provém esta atração, que louvar-vos, ó Senhor, nos dê prazer, pois, Senhor, vós nos fizestes para vós; e inquieto está o nosso coração, enquanto não repouse em vós, Senhor.

Antífona de Vésperas: Muito tarde vos amei, ó Beleza sempre antiga, ó Beleza sempre nova, muito tarde vos amei! Vós chamastes e gritastes, e rompestes-me a surdez!

Agostinho é fonte perene de espiritualidade. Ele trata da beleza, da importância do canto, do desejo, da amizade. Temos os comentários dos salmos, a espiritualidade eucarística.

A Eucaristia é compreendida por Agostinho como "sacramento de piedade, sinal de unidade, vínculo de caridade", o que se reflete na Oração sobre as oferendas.

A Oração depois da Comunhão também se inspira em Santo Agostinho: Santificai-nos, ó Deus, pela participação na mesa do Cristo, a fim de que, membros do seu Corpo, sejamos transformados naquele que recebemos.

O termo confissão e confissões mereceria uma consideração mais extensa. As Confissões constituem uma autobiografia. Em oração ele narra sua vida diante de Deus. Confessar (confiteri em latim) significa reconhecer aquilo que é, proclamar a verdade. Por exemplo, reconhecer e proclamar a Deus, o Criador e Pai misericordioso, e a nós, filhos de Deus por ele amados, mas também ingratos e pecadores. No caso de Santo Agostinho, não se trata tanto de reconhecer-se pecador, de confessar seus pecados, mas de reconhecer a bondade e a misericórdia de Deus em sua vida. Daí o sentido de proclamar a misericórdia de Deus, de louvá-lo e de glorificá-lo. As Confissões de Santo Agostinho constituem, pois, uma grande ação de graças a Deus por sua bondade e misericórdia para com ele. Vale a pena encontrar-se com Deus através da leitura e meditação deste livro.

Referência:
BECKHÄUSER, Frei Alberto. Os Santos na Liturgia: testemunhas de Cristo. Petrópolis: Vozes, 2013. 391 p. Adaptações: Equipe Pocket Terço.

Santo Agostinho, rogai por nós!


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