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Santo André Dung-Lac, Presbítero, e Companheiros Mártires

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Antífona de entrada

Não devemos gloriar-nos a não ser na cruz de nosso Senhor Jesus Cristo; pois a palavra da cruz é força de Deus para nós que fomos salvos. (Cf. Gl 6, 14; 1Cor 1, 18)
Iusti epuléntur, et exsúltent in conspéctu Dei: delecténtur in laetítia. Ps. Exsúrgat Deus, et dissipéntur inimíci eius: et fúgiant qui odérunt eum, a fácie eius. (Ps. 67, 4 et 2)
Vernáculo:
Mas os justos se alegram na presença do Senhor rejubilam satisfeitos e exultam de alegria! Sl. Eis que Deus se põe de pé, e os inimigos se dispersam! Fogem longe de sua face os que odeiam o Senhor! (Cf. LH: Sl 67, 4 e 2)

Coleta

Ó Deus, fonte e origem de toda paternidade, que tornastes fiéis à cruz do vosso Filho os Santos mártires André e seus companheiros até o derramamento do seu sangue; por sua intercessão, concedei-nos que, difundindo o vosso amor possamos ser chamados vossos filhos e filhas e o sejamos de fato. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus, e convosco vive e reina, na unidade do Espírito Santo, por todos os séculos dos séculos.

Primeira Leitura — Dn 1, 1-6. 8-20


Início da Profecia de Daniel


1No terceiro ano do reinado de Joaquim, rei de Judá, Nabucodonosor, rei da Babilônia, avançou sobre Jerusalém e pôs-lhe cerco; 2o Senhor entregou em suas mãos Joaquim, rei de Judá, e parte dos vasos da casa de Deus, e ele os levou para a terra de Senaar, para o templo de seus deuses, depositando os vasos no tesouro dos deuses.

3Então o rei ordenou ao chefe dos eunucos, Asfenez, para que trouxesse, dentre os filhos de Israel, alguns jovens de estirpe real ou de família nobre, 4sem defeito físico e de boa aparência, preparados com boa educação, experientes em alguma ciência e instruídos, e que pudessem estar no palácio real, onde lhes deveriam ser ensinadas as letras e a língua dos caldeus.

5O rei fixou-lhes uma ração diária da comida e do vinho de sua mesa, de tal modo que, assim alimentados e educados durante três anos, eles pudessem no fim entrar para o seu serviço. 6Havia, entre esses moços, filhos de Judá, Daniel, Ananias, Misael e Azarias. 8Ora, Daniel decidiu secretamente não comer nem beber da mesa do rei por convicções religiosas, e pediu ao chefe dos eunucos que o deixasse abster-se para não se contaminar.

9Deus concedera que Daniel obtivesse simpatia e benevolência por parte do mordomo. Este disse-lhes: “Tenho medo do rei, meu Senhor, que determinou alimentação e bebida para todos vós; 10se vier a perceber em vós um aspecto mais abatido que o dos outros moços da vossa idade, estareis condenando minha cabeça perante o rei”.

11Mas disse Daniel ao guarda que o chefe dos eunucos tinha designado para tomar conta dele, de Ananias, Misael e Azarias: 12“Por favor, faze uma experiência com estes teus criados por dez dias, e nos sejam dados legumes para comer e água para beber; 13e que à tua frente seja examinada nossa aparência e a dos jovens que comem da mesa do rei, e, conforme achares, assim resolverás com estes teus criados”.

14O homem, depois de ouvir esta proposta, experimentou-os por dez dias. 15Depois desses dez dias, eles apareceram com melhor aspecto e mais robustos do que todos os outros jovens que se alimentavam com a comida do rei.

16O guarda, desde então, retirava a comida e bebida deles para dar-lhes legumes. 17A esses quatro jovens Deus concedeu inteligência e conhecimento das letras e das ciências, e a Daniel, o dom da interpretação de todos os sonhos e visões.

18Terminado, pois, o prazo que o rei tinha fixado para a apresentação dos jovens, foram estes trazidos à presença de Nabucodonosor pelo chefe dos eunucos. 19Depois de o rei lhes ter falado, não se achou ninguém, dentre todos os presentes, que se igualasse a Daniel, Ananias, Misael e Azarias. E passaram à companhia do rei. 20Em todas as questões de sabedoria e entendimento que lhes dirigisse, achava o rei neles dez vezes mais valor do que em todos os adivinhos e magos que havia em todo o reino.

— Palavra do Senhor.

— Graças a Deus.


Salmo Responsorial — Dn 3, 52. 53-54. 55. 56-57 (R. 52b)


℟. A vós louvor, honra e glória eternamente!


— Sede bendito, Senhor Deus de nossos pais. A vós louvor, honra e glória eternamente! Sede bendito, nome santo e glorioso. A vós louvor, honra e glória eternamente! ℟.

— No templo santo onde refulge a vossa glória. A vós louvor, honra e glória eternamente! E em vosso trono de poder vitorioso. A vós louvor, honra e glória eternamente! ℟.

— Sede bendito, que sondais as profundezas. A vós louvor, honra e glória eternamente! E superior aos querubins vos assentais. A vós louvor, honra e glória eternamente! ℟.

— Sede bendito no celeste firmamento. A vós louvor, honra e glória eternamente! Obras todas do Senhor, glorificai-o. A ele louvor, honra e glória eternamente! ℟.


https://youtu.be/lnbcbJvXXbI
℟. Aleluia, Aleluia, Aleluia.
℣. Vigiai, diz Jesus, vigiai, pois, no dia em que não esperais, o vosso Senhor há de vir. (Mt 24, 42a. 44) ℟.

Evangelho — Lc 21, 1-4


℣. O Senhor esteja convosco.

℟. Ele está no meio de nós.


℣. Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo  segundo Lucas 

℟. Glória a vós, Senhor.


Naquele tempo, 1Jesus ergueu os olhos e viu pessoas ricas depositando ofertas no tesouro do Templo. 2Viu também uma pobre viúva que depositou duas pequenas moedas. 3Diante disto, ele disse: “Em verdade vos digo que essa pobre viúva ofertou mais do que todos. 4Pois todos eles depositaram, como oferta feita a Deus, aquilo que lhes sobrava. Mas a viúva, na sua pobreza, ofertou tudo quanto tinha para viver”.

— Palavra da Salvação.

— Glória a vós, Senhor.


Antífona do Ofertório

Anima nostra, sicut passer, erépta est de láqueo venántium: láqueus contrítus est, et nos liberáti sumus. (Ps. 123, 7)


Vernáculo:
Nossa alma como um pássaro escapou do laço que lhe armara o caçador; o laço arrebentou-se de repente, e assim nós conseguimos libertar-nos. (Cf. LH: Sl 123, 7)

Sobre as Oferendas

Recebei, Pai santo, as oferendas que vos apresentamos venerando a paixão dos santos mártires vietnamitas, para que mereçamos ser encontrados fiéis a vós nas adversidades de nossa vida, e possamos oferecer-nos como sacrifício agradável aos vossos olhos. Por Cristo, nosso Senhor.



Antífona da Comunhão

Bem-aventurados os que são perseguidos por causa da justiça, porque deles é o reino dos céus. (Mt 5, 10)
Dico autem vobis amícis meis: ne terreámini ab his, qui vos persequúntur. (Lc. 12, 4; ℣. Ps. 33, 2. 6. 16. 18. 19. 20. 21. 23)
Vernáculo:
A vós, meus amigos, eu digo: não tenhais medo dos que vos perseguem. (Cf. MR: Lc 12, 4)

Depois da Comunhão

Senhor, saciados com o alimento do mesmo pão, na comemoração dos vossos santos mártires, nós vos suplicamos que, permanecendo unidos no vosso amor, alcancemos o prêmio eterno da nossa perseverança. Por Cristo, nosso Senhor.

Homilia do dia 24/11/2025


A riqueza da pobre viúva


“Em verdade vos digo que essa pobre viúva ofertou mais do que todos. Pois ela, na sua pobreza, ofertou tudo quanto tinha para viver”.

1. Ele vê os corações. — No Evangelho de hoje, vemos uma viúva oferecer seu óbolo no Templo. Jesus estava de viagem para Jerusalém e, finalmente, chegou à Cidade Santa, chorou sobre ela, foi ao Templo, purificou-o, mostrando como o amor Deus se manifesta também por meio de sua cólera, como meio de acordar seus filhos dando-lhes um “chacoalhão”. Agora, Jesus mostra que ao seu olhar nada escapa. No meio de um vaivém de gente, daquele tumulto em Jerusalém (porque, lembremos, estamos perto das festas pascais,; Jesus está para celebrar sua Páscoa definitiva), Cristo vê o que ninguém percebe: Ele, que vê os corações, nota o gesto quase imperceptível de uma viúva. Viu o coração invisível daquela mulher. Ali, perto do gazofilácio, ou seja, do tesouro do Templo, Ele vê uma pobre viúva depositar duas pequenas moedas, e nesta diminuta obra Ele vê um enorme amor: “Em verdade vos digo que essa pobre viúva ofertou mais do que todos” (v. 3).

2. Amor, a medida da santidade. — Esta é a medida de Deus: a medida da santidade. O que faz uma pessoa ser santa? O que faz uma pessoa ser santa é uma grande fé, e uma fé transformante, isto é, vivificada pela caridade, pelo amor. Assim era a fé da viúva que deu o pão da sua boca para o entregar no Templo, por confiar que Deus a amava mais do que ela se amava e não iria desamparar os que generosamente a Ele se entregassem. Que fé! Que visão extraordinária! Que grande esperança no auxílio divino! E a caridade que moveu esta viúva foi vista por Nosso Senhor, Ele que vê os corações. Certamente, ao ver alguns depositando grandes quantias no gazofilácio, Jesus via também a pequena quantidade, por assim dizer, da caridade deles, menos intensa, menos arraigada, menos profunda. Mas a daquela viúva… Um grande amor!

3. O segredo. — Esse é o grande segredo da santidade, redescoberto no século XIX por uma grande Doutora da Igreja, S. Teresinha do Menino Jesus e da Sagrada Face. Temos todo um curso sobre S. Teresinha centrado justamente nesse segredo. Ao ver a misericórdia de Deus, Teresinha se apresenta diante dele com suas pequenas obras, mas com fervente e ardorosa caridade. Que também nós, na nossa vida ordinária, no dia a dia, ofereçamos com grande amor nossas pequenas coisas. Sempre que a vontade de Deus manifestar-se por meio de contrariedades, nós devemos doar-nos, devemos unir-nos à vontade de Deus e oferecer-lhe o nosso óbolo, pedindo a Ele que tenha compaixão de nós e nos dê um coração como o da viúva, um coração rico — rico de amor como o da Virgem Maria e dos santos que amaram a Deus oferecendo-lhe o seu tudo: “A viúva, na sua pobreza, ofertou tudo quanto tinha para viver” (v. 4).

Deus abençoe você!

Nossa Missão
Evangelize com o Pocket Terço: pocketterco.com.br/ajude

Santo do dia 24/11/2025

Santos André Dung-Lac, João Teófanes Venard e companheiros (Memória)
Local: Hanói, Vietnã
Data: 24 de Novembro † 1625-1886


No extremo oriente da Ásia, nas terras do Tonquim, do Aname e da Cochinchina, regiões que hoje formam o Vietnã, o Evangelho já vinha sendo anunciado desde o século XVI. Entre os evangelizadores são contados os Frades da Ordem de São Domingos, naturais da Espanha e membros da Sociedade das Missões Estrangeiras de Paris, que obtiveram abundantes frutos.

Contudo, nos séculos XVII, XVIII e XIX, mais precisamente desde 1625 a 1886, excetuados breves períodos de paz, os governantes dessas regiões tudo fizeram para despertar o ódio contra a religião cristã e os discípulos de Cristo. Quanto mais perseguidos, maior o fervor cristão, tendo como resultado um elevadíssimo número de mártires. São 117 mártires, chamados mártires vietnamitas, canonizados por João Paulo II, em 19 de junho de 1988, na praça de São Pedro em Roma. Todos tinham sido beatificados anteriormente em quatro ocasiões diferentes.

Além do número de mártires, são significativas suas qualificações: 8 bispos, 50 sacerdotes e 59 leigos; a nacionalidade: 96 vietnamitas, 11 espanhóis e 10 franceses; estado religioso: 11 dominicanos, 10 da Sociedade das Missões Estrangeiras de Paris, outros do clero local e um seminarista; e o estado leigo: muitos pais de família, uma mãe, 16 catequistas, 6 militares, 4 médicos, um alfaiate, camponeses, pescadores e chefes de Comunidades cristãs. Seis deles foram martirizados no século XVIII; os outros, entre 1835 e 1862. Grande parte deles foi decapitada; os outros foram estrangulados, queimados vivos, esquartejados, morreram na prisão, em consequência das torturas, porque se recusaram a pisar na cruz de Cristo e a admitir que sua fé fosse falsa.

A comemoração dos mártires vietnamitas foi introduzida como memória obrigatória no Calendário Romano Universal após a sua canonização em 1988. A memória obrigatória quer expressar a universalidade da Igreja de Cristo. Os mártires vietnamitas são um testemunho eloquente desta universalidade tanto em âmbito de regiões do mundo como de representantes de diversas partes do mundo e ainda na variedade de suas qualificações: bispos, sacerdotes, religiosos leigos das mais diversas profissões. O testemunho da fé é vocação de todos os seres humanos.

A Antífona da entrada e a Oração coleta mostram como estes mártires, de condição tão diferente, foram fiéis à cruz de Cristo e suportaram sofrimentos inenarráveis, suportados por amor de Deus, fonte e origem de toda paternidade. Pede-se, por sua intercessão, que "propagando o vosso amor entre os irmãos, possamos ser chamados vossos filhos e filhas e realmente o sejamos". A Oração sobre as oferendas pede que, venerando a paixão dos santos mártires vietnamitas, Deus nos conceda que, entre as dificuldades desta vida, possamos ser achados sempre fiéis a vós e apresentados como hóstia agradável.

Referência:
BECKHÄUSER, Frei Alberto. Os Santos na Liturgia: testemunhas de Cristo. Petrópolis: Vozes, 2013. 391 p. Adaptações: Equipe Pocket Terço.

Santos André Dung-Lac, João Teófanes Venard e companheiros, rogai por nós!


Textos Litúrgicos © Conferência Nacional dos Bispos do Brasil