30º Domingo do Tempo Comum
Antífona de entrada
Vernáculo:
Exulte o coração que busca a Deus! Procurai o Senhor Deus e seu poder, buscai constantemente a sua face. (Cf. MR: Sl 104, 3-4) Sl. Dai graças ao Senhor, gritai seu nome, anunciai entre as nações seus grandes feitos! (Cf. LH: Sl 104, 1)
Glória
Glória a Deus nas alturas,
e paz na terra aos homens por Ele amados.
Senhor Deus, rei dos céus,
Deus Pai todo-poderoso.
Nós vos louvamos,
nós vos bendizemos,
nós vos adoramos,
nós vos glorificamos,
nós vos damos graças
por vossa imensa glória.
Senhor Jesus Cristo, Filho Unigênito,
Senhor Deus, Cordeiro de Deus,
Filho de Deus Pai.
Vós que tirais o pecado do mundo,
tende piedade de nós.
Vós que tirais o pecado do mundo,
acolhei a nossa súplica.
Vós que estais à direita do Pai,
tende piedade de nós.
Só Vós sois o Santo,
só vós, o Senhor,
só vós, o Altíssimo,
Jesus Cristo,
com o Espírito Santo,
na glória de Deus Pai.
Amém.
Coleta
Deus eterno e todo-poderoso, aumentai em nós a fé, a esperança e a caridade e, para merecermos alcançar o que prometeis, fazei-nos amar o que ordenais. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus, e convosco vive e reina, na unidade do Espírito Santo, por todos os séculos dos séculos.
Primeira Leitura (Jr 31, 7-9)
Leitura do Livro do Profeta Jeremias
Isto diz o Senhor: “Exultai de alegria por Jacó, aclamai a primeira das nações; tocai, cantai e dizei: ‘Salva, Senhor, teu povo, o resto de Israel’.
8Eis que eu os trarei do país do Norte e os reunirei desde as extremidades da terra; entre eles há cegos e aleijados, mulheres grávidas e parturientes: são uma grande multidão os que retornam.
9Eles chegarão entre lágrimas e eu os receberei entre preces; eu os conduzirei por torrentes d’água, por um caminho reto onde não tropeçarão, pois tornei-me um pai para Israel, e Efraim é o meu primogênito”.
— Palavra do Senhor.
— Graças a Deus.
Salmo Responsorial (Sl 125)
℟. Maravilhas fez conosco o Senhor, exultemos de alegria!
— Quando o Senhor reconduziu nossos cativos, parecíamos sonhar; encheu-se de sorriso nossa boca, nossos lábios, de canções. ℟.
— Entre os gentios se dizia: “Maravilhas fez com eles o Senhor!” Sim, maravilhas fez conosco o Senhor, exultemos de alegria! ℟.
— Mudai a nossa sorte, ó Senhor, como torrentes no deserto. Os que lançam as sementes entre lágrimas, ceifarão com alegria. ℟.
— Chorando de tristeza sairão, espalhando suas sementes; cantando de alegria voltarão, carregando os seus feixes! ℟.
Segunda Leitura (Hb 5, 1-6)
Leitura da Carta aos Hebreus
Todo sumo-sacerdote é tirado do meio dos homens e instituído em favor dos homens nas coisas que se referem a Deus, para oferecer dons e sacrifícios pelos pecados.
2Sabe ter compaixão dos que estão na ignorância e no erro, porque ele mesmo está cercado de fraqueza. 3Por isso, deve oferecer sacrifícios tanto pelos pecados do povo, quanto pelos seus próprios.
4Ninguém deve atribuir-se esta honra, senão o que foi chamado por Deus, como Aarão.
5Deste modo, também Cristo não se atribuiu a si mesmo a honra de ser sumo-sacerdote, mas foi aquele que lhe disse: “Tu és o meu Filho, eu hoje te gerei”. 6Como diz em outra passagem: “Tu és sacerdote para sempre, na ordem de Melquisedec”.
— Palavra do Senhor.
— Graças a Deus.
℣. Jesus Cristo, Salvador, destruiu o mal e a morte; fez brilhar, pelo Evangelho, a luz e a vida imperecíveis. (Cf. 2Tm 1, 10) ℟.
Evangelho (Mc 10, 46-52)
℣. O Senhor esteja convosco.
℟. Ele está no meio de nós.
℣. Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo ✠ segundo Marcos
℟. Glória a vós, Senhor.
N aquele tempo, 46Jesus saiu de Jericó, junto com seus discípulos e uma grande multidão. O filho de Timeu, Bartimeu, cego e mendigo, estava sentado à beira do caminho. 47Quando ouviu dizer que Jesus, o Nazareno, estava passando, começou a gritar: “Jesus, filho de Davi, tem piedade de mim!”
48Muitos o repreendiam para que se calasse. Mas ele gritava mais ainda: “Filho de Davi, tem piedade de mim!” 49Então Jesus parou e disse: “Chamai-o”. Eles o chamaram e disseram: “Coragem, levanta-te, Jesus te chama!”
50O cego jogou o manto, deu um pulo e foi até Jesus. 51Então Jesus lhe perguntou: “O que queres que eu te faça?” O cego respondeu: “Mestre, que eu veja!” 52Jesus disse: “Vai, a tua fé te curou”. No mesmo instante, ele recuperou a vista e seguia Jesus pelo caminho.
— Palavra da Salvação.
— Glória a vós, Senhor.
Creio
Creio em Deus Pai todo-poderoso,
Criador do céu e da terra.
E em Jesus Cristo, seu único Filho, nosso Senhor,
Às palavras seguintes, até Virgem Maria, todos se inclinam.
que foi concebido pelo poder do Espírito Santo,
nasceu da Virgem Maria,
padeceu sob Pôncio Pilatos,
foi crucificado, morto e sepultado,
desceu à mansão dos mortos,
ressuscitou ao terceiro dia,
subiu aos céus,
está sentado à direita de Deus Pai todo-poderoso,
donde há de vir a julgar os vivos e os mortos.
Creio no Espírito Santo,
na santa Igreja Católica,
na comunhão dos santos,
na remissão dos pecados,
na ressurreição da carne
e na vida eterna. Amém.
Antífona do Ofertório
Domine, vivífica me secúndum elóquium tuum: ut sciam testimónia tua. (Ps. 118, 107. 125)
Vernáculo:
Senhor, dai-me mais vida, segundo a vossa palavra, para conhecer os vossos mandamentos. (Cf. MRQ: Sl 118, 154. 125)
Sobre as Oferendas
Olhai benigno, nós vos pedimos, Senhor, os dons que vos apresentamos, e nossa celebração seja, antes de tudo, para a vossa glória. Por Cristo, nosso Senhor.
Antífona da Comunhão
Ou:
Cristo nos amou e se entregou a Deus por nós em oblação de suave odor. (Ef 5, 2)
Vernáculo:
Nós nos alegraremos na vossa salvação e no nome do nosso Deus exultaremos. (Cf. MR: Sl 19, 6)
Depois da Comunhão
Os vossos sacramentos, Senhor, realizem o que significam, a fim de que um dia possamos entrar em plena posse do mistério que agora em ritos celebramos. Por Cristo, nosso Senhor.
Homilia do dia 27/10/2024
Acolher Jesus que passa
“Filho de Davi, tem piedade de mim!” Então Jesus parou e disse: “Chamai-o”. Eles o chamaram e disseram: “Coragem, levanta-te, Jesus te chama!” (Mc 10, 48-49)
Amados irmãos e irmãs, neste domingo o Evangelho nos ensina a aproveitar as graças ou oportunidades que Deus nos dá todos os dias e, para isso, é necessário insistir na oração e se desapegar das coisas terrenas.
1. O Evangelho nos conta que um cego estava sentado à beira do caminho, implorando esmolas. Este episódio aconteceu na região de Jericó, muito perto do Mar Morto e das montanhas onde Jesus jejuou por quarenta dias antes de sua vida pública. No tempo de Cristo, Jericó já era uma cidade milenar e muito rica; situada no meio do deserto, era um belo oásis junto ao rio Jordão, refrescada por muitas nascentes que surgiam nas proximidades. É por isso que muitos judeus ricos passavam férias nela, como Herodes, que ali construiu um de seus palácios e passou os últimos dias de sua vida. Esse era, por isso, um lugar ideal para os desafortunados, pobres e miseráveis, onde podiam pedir esmolas aos ricos e viver da caridade ou, pelo menos, da compaixão dos outros. Jesus realizou vários milagres para esses desafortunados de Jericó, como nos contam os Evangelhos.
2. Entre essas pessoas necessitadas, havia um cego cujo nome nem os seus contemporâneos conheciam, pois o chamavam pelo nome do pai: o filho de Timeu, que significa “Bartimeu”. Como em tantos outros dias de sua vida, esse cego estava sentado à beira do caminho, mendigando. Jesus saiu da cidade na companhia dos seus discípulos, e uma grande multidão não queria deixá-los ir embora sem receber um pouco de saúde para as suas almas ou para os seus corpos. Bartimeu teve a providência de mendigar no exato momento em que Jesus saiu de Jericó para Jerusalém. Para dizer a verdade, Jesus fez com o cego de Jericó o que fez e faz com cada homem: fez-se desejar, fez-se procurar e deixou-se encontrar. Diz o profeta Isaías: “Deixei-me encontrar por aqueles que não me procuravam” (Is 65,1). Ele fez com Bartimeu o que faz conosco: veio ao nosso encontro quando não o procurávamos.
3. É Jesus que passa. São Lucas acrescenta-nos um detalhe: habituado à serenidade das cidades desertas, ao ouvir o barulho da multidão, o cego perguntou o que estava acontecendo, e responderam que era Jesus, o Nazareno, que passava. É Cristo que passa. O que poderia acontecer conosco também poderia ter acontecido com ele: se ele não tivesse tomado consciência da graça presente, de Cristo que passava, Cristo teria passado por ele. Essa é a atenção que devemos ter com cada graça atual, cada toque divino que inspira a alma e espera uma resposta… Se não respondemos, essa graça continua seu caminho. Devemos estar atentos às “passadas” de Jesus diante da nossa alma: isso acontece nos pobres que nos pedem caridade, na dor dos que nos rodeiam, na aridez da nossa alma, na Palavra do Evangelho que lemos todos os dias, em cada Missa e Comunhão, em cada momento do nosso dever de estado, em cada inspiração, consolação e, sobretudo, quando estamos crucificados em cada provação.
4. Ao ouvir que era Jesus, o cego começou a gritar. E ele deve ter gritado de forma extraordinária, no máximo de sua voz, até ficar rouco; com tanta força que parecia que iria ensurdecer a multidão que cercava Jesus. Por isso, os discípulos e os curiosos que seguiam a Cristo tiveram que gritar, por sua vez, para silenciá-lo. Mas, em vez de calar-se, ele gritou ainda mais alto. Foi um duelo de gritos em que o cego, sendo um contra muitos, não se deixou vencer. A multidão não teve misericórdia de sua cegueira e se opôs a que esse mendigo atrapalhasse o Senhor, pois muitos o repreendiam para que se calasse. Contudo, o cego, modelo eminente da oração que Cristo tantas vezes louvou, ao saber que Jesus passava, teve uma vontade tão grande de encontrá-lo, de tocá-lo, de falar-lhe e suplicar-lhe, que superou todos os obstáculos: a cegueira, a multidão que se opunha a ele, os gritos que procuravam silenciá-lo. Ele podia dizer como o Salmo (69,4): “Estou exausto de tanto gritar, minha garganta queima, meus olhos estão consumidos de esperar pelo meu Deus.”
5. E o que ele estava gritando? Ele gritava e dizia: “Filho de Davi, tem piedade de mim!” Bartimeu expressa sua fé com essa bela expressão duas vezes. É um ato de fé e um pedido. Ele não sabia que, através de sua boca, o Espírito Santo estava ensinando uma linda oração para nós. O cego reconheceu que Jesus é o Messias esperado por Israel; o prometido dos descendentes de Davi. Bartimeu confessa que Jesus é descendente de Davi e, portanto, rei de Israel. E é por isso que lhe pede: “Tem piedade de mim!” Ele reconhece que Jesus pode ter misericórdia, ter piedade dele; e pede porque reconhece e confessa que Ele pode curá-lo. Ele não pede nada à multidão que passa, como estava acostumado a fazer; pede apenas a Cristo, porque sabe que Cristo pode curar sua miséria e que a multidão que o acompanha não pode fazer isso. Esse é o ato de fé de Bartimeu.
6. Jesus parou e disse: “Chamai-o!” E chamaram o cego dizendo: “Coragem, levanta-te, Jesus te chama!” O Evangelho continua: “O cego jogou o manto, deu um pulo e foi até Jesus.” Jesus atendeu o pedido do cego. Mas o mais surpreendente é a atitude de Bartimeu. A primeira coisa que ele faz é jogar fora a capa. Pensemos no que era o manto de um mendigo cego naquela época: apenas um pedaço de pano sujo e cheio de buracos, talvez costurado e refeito por uma mão piedosa. Eram todos os seus bens e posses. E o cego jogou-o fora, sem deixar que o impedisse, sem se preocupar em perdê-lo, sem pensar no que faria sem ele no inverno rigoroso. Para ir até Jesus, Bartimeu joga fora tudo o que o incomoda, tudo o que o atrasa, tudo o que poderia fazê-lo tropeçar e cair. É melhor correr nu para Cristo e alcançá-lo do que estar vestido com uma armadura e vê-lo de longe.
O manto de Bartimeu é símbolo dos nossos impedimentos! Quantas vezes nosso anjo deve ter dito: “Coragem, Ele te chama”, e nosso caminho foi prejudicado por centenas de afetos terrenos que nos enredam, nos fazem tropeçar e cair incessantemente… sem chegar a Cristo! Jogando o manto, Bartimeu saltou em direção a Cristo. A ousadia de jogar o manto simboliza a vontade de deixar tudo; o salto, por outro lado, é um sinal da “disposição”, da prontidão e rapidez na resposta. Cristo é inimigo dos atrasos. Seus chamados exigem resposta imediata; exigem que pulemos no mesmo instante. Todos os atrasos da nossa vida nos fazem ver Cristo de longe: já não é Cristo que passa, é Cristo que passou…
7. Jesus então lhe perguntou: “O que queres que eu te faça?” O cego respondeu: “Mestre, que eu veja!” O cego, porque era cego, queria ver. É também isso que devemos pedir: ver. Ver aqui pela fé; e, no futuro, ver pela visão. “Quero ver Deus”, dizia Santa Teresa quando era criança. O céu será ver. A alegria da alma consistirá em ver sem véus.
8. “Vai, tua fé te salvou.” Jesus, que vê e lê o coração do homem, sabe tudo o que o cego de Jericó pede. Ele sabe que pede a vista, mas não só a vista. Por isso, lhe diz que sua fé não só o “cura” da cegueira, mas também o “salva”, dá-lhe a saúde da alma. Jesus, que vê o coração do cego, sabe que sua fé é salvífica e eficaz. Vê na fé do cego uma grande caridade. Ele vê fé na sua divindade, no seu messianismo, no seu poder; vê esperança e confiança na sua misericórdia; vê caridade no gesto do cego, que fez um ato de amor por Jesus. Ele vê uma fé autêntica e operante, que leva o cego a reconhecer-se como miserável, necessitado, pecador, fraco e vazio e deitado no abismo do pecado. Vê que a fé é tão forte que faz o cego pular e abandonar tudo para correr atrás dele, superando todos os obstáculos que o separam de Jesus.
9. No mesmo instante, ele recuperou a vista e seguia Jesus pelo caminho. É assim que terminam os verdadeiros atos de fé: no seguir a Cristo. Bartimeu nos mostra que Jesus curou não só o seu corpo, mas também a sua alma. Ele não foi para casa para “ver” sua família; não foi às margens do Jordão para ver a corrente que tantas vezes ouvira; não foi ao Palácio de Herodes para ver pela primeira vez o luxo daqueles lugares onde tinha implorado por esmola tantas vezes. Ele foi atrás de Cristo. A primeira coisa que viu foi Cristo e, depois, não quis ver mais nada. Nisso, Bartimeu é como São Paulo, que, após ver Cristo no caminho de Damasco, pôde escrever aos Coríntios (1 Cor 2,2): “Não quis saber nada entre vós, a não ser Jesus Cristo, e este crucificado.” Tendo visto Cristo, viu tudo. A primeira coisa que Bartimeu viu foi o rosto de Cristo. E Bartimeu, “o Gritador”, ficou em silêncio a partir de então; ele simplesmente “seguiu-o ao longo do caminho”.
Que a Virgem Santíssima nos conceda a graça de abrir os olhos diante do Senhor que passa e nos chama; que, pelo seu Coração Imaculado, nos conceda a graça de nos libertarmos das amarras que nos impedem de seguir o Evangelho e de nos entregarmos totalmente a Cristo. Assim seja, amém.
Deus abençoe você!
Pe. Fábio Vanderlei, IVE
O Evangelho da cura de Bartimeu, o cego de Jericó, apresenta-nos o caminho que precisamos trilhar para progredir espiritualmente: abandonar o “manto” das obras da carne, sobretudo a luxúria e a gula; para dar o “salto” da fé, suplicando a Deus que venha em nosso auxílio e nos cure; e então, com uma vida nova, poderemos subir os degraus da vida espiritual, conformando nossa vontade à de Deus e alicerçando a nossa inteligência nas verdades eternas.Ouça a homilia do Padre Paulo Ricardo para este domingo e perceba o que você precisa fazer para sair da escravidão da carne e crescer na fé.
Santo do dia 27/10/2024
Beato Salvador Mollar Ventura (Memória Facultativa)
Local: Paterna, Espanha
Data: 27 de Outubro† 1925
O casal Batista Mollar e Maria Ventura, de origem humilde e piedosa, moradores de Valência, Espanha, ganhou o quarto de seus sete filhos no dia 27 de março de 1896. Batizaram-no dois dias após seu nascimento com o nome do pai, Batista.
O menino só completou seus estudos básicos, pois cedo teve de trabalhar para ajudar sua família. O que o distinguia dos demais meninos de sua idade era sua piedade, pois ajudava na catequese de sua paróquia, tomava parte da adoração noturna e da Conferência de São Vicente de Paulo.
Ainda jovem costumava, todos os anos, passar alguns dias no convento franciscano do Espírito Santo do Monte e o contato com os frades fomentou sua vocação franciscana. Assim, no dia 20 de janeiro de 1921, com vinte e cinco anos de idade, entrou no noviciado dos franciscanos e trocou seu nome de Batista para Salvador. Sua profissão simples foi realizada no dia 22 de janeiro do ano seguinte e a profissão solene três anos mais tarde, no dia 25 de janeiro de 1925.
Foi frei no Convento do Espírito Santo do Monte, no de Benissa e no de São Francisco, o Grande, em Madri, exercendo sempre o ofício de sacristão, ainda que sem deixar de atender outras funções no convento ou sair para pedir esmolas para ajudar os meninos do seminário menor franciscano. Era muito devoto e virtuoso, humilde, obediente, alegre, resignado quando algo não se saía bem, modesto, cumpridor de todas as normas do convento e sempre dedicado especialmente à limpeza e ornamentação da Igreja.
Quando a Guerra Civil Espanhola começou ele era sacristão no Convento de Benissa e quando os religiosos do convento fugiram, ele se refugiou durante quinze dias no campo, na casa de uns benfeitores. Depois, para não os comprometer, foi unir-se à sua irmã, em Manises. Levou no local uma vida discreta, ajudando sua família. Pressentia o que estava por vir sobre ele, pois sua cidade foi uma das que mais cruelmente padeceu na perseguição a sacerdotes e religiosos.
No dia 13 de outubro de 1925 uns milicianos se apresentaram na casa da irmã dele, bateram na porta e começaram imediatamente a revistar a residência. Foi preso e levado para “submetê-lo a um interrogatório”. Prenderam-no numa pequena cela do convento das carmelitas (que servia como prisão), torturaram-no e o mantiveram no local somente até o dia 27 de outubro. Durante a noite fuzilaram-no no “Picadeiro de Paterna”. No dia seguinte, quando uma sobrinha foi levar-lhe a refeição disseram: ‘o pássaro voou esta noite’. Foi sepultado dentro de um ataúde, em uma fossa comum do cemitério de Valência. Ao final da Guerra Civil, incorrupto, seu corpo foi transladado para Manises sendo sepultado no cemitério da região.
Em 1949, todos mártires de Manises foram exumados no Cruzeiro da Paróquia de São João e no dia 03 de março de 1968 o corpo de Salvador foi novamente transladado para junto do altar de São Francisco.
Foi beatificado pelo Papa João Paulo II no dia 11 de março de 2001 junto com outros mártires da comunidade Valenciana.
Fonte: pt.aleteia.org
Beato Salvador Mollar Ventura, rogai por nós!