Nome: Santa Inês, Virgem e Mártir (Memória)
Local: Roma, Itália
Data: 21 de Janeiro † s. III-IV in.

Inês, Agnes em latim, é uma das clássicas Santas Virgens Mártires do primitivo Calendário romano. Seu nome consta na I Oração Eucarística (Cânon romano).

Inês era romana, de importante família cristã e mártir provavelmente da perseguição do imperador Diocleciano (303-305). São poucos os dados certos, inclusive sobre o modo como ela foi martirizada. No Tratado sobre as Virgens, Santo Ambrósio dedica belíssimas palavras a Santa Inês. Ele a exalta como virgem consagrada totalmente a Jesus Cristo, seu esposo. "Ainda não preparada para o sofrimento e já madura para a vitória". Ele a apresenta como uma menina adolescente de 13 anos apenas. Acrescenta que Inês dá uma lição de firmeza apesar de tão pouca idade! Ambrósio conclui: "Tendes, pois, numa única vítima um duplo martírio: o da castidade e o da fé. "Inês permaneceu virgem e alcançou o martírio". Desta dupla vitória das virgens mártires provém também a expressão "dupla coroa", a da virgindade e a do martírio nas Missas de uma Virgem Mártir.

A oração da memória focaliza a Deus, que escolhe as criaturas mais frágeis para confundir os poderosos. Exalta a força da graça na fragilidade de uma menina adolescente. Apresenta como exemplo sua constância na fé. Exalta-se a coragem e a força das mulheres mártires, que no testemunho da fé em Cristo Jesus e no amor a ele equiparam-se aos homens e muitas vezes os superam.

Sobre seu túmulo em Roma foi construída uma basílica, hoje também Convento de religiosas, dando testemunho do amor consagrado inteiramente a Deus.

Por causa da semelhança do seu nome com agnus, cordeiro, Inês, em latim Agnes, ela é representada com um cordeirinho ou uma ovelhinha nos braços que pode significar também sua inocência.

No dia da festa de Santa Inês, em sua basílica em Roma, são abençoados dois cordeirinhos, símbolos da inocência, de cuja lã são confeccionados os pálios que o Papa dá como insígnia aos arcebispos, manifestando sua comunhão com o Papa, o supremo Pastor das ovelhas de Cristo. Estes pálios são colocados, em geral, na véspera da festa de São Pedro e São Paulo, sobre o altar existente sobre o túmulo de São Pedro no Vaticano. Como um manso cordeiro, Inês foi levada ao suplício do martírio, participando, agora, da glória do Cordeiro imolado e vitorioso.

Referência:
BECKHÄUSER, Frei Alberto. Os Santos na Liturgia: testemunhas de Cristo. Petrópolis: Vozes, 2013. 391 p. Adaptações: Equipe Pocket Terço.

Santa Inês, rogai por nós!

Oração de Santa Inês

Senhor nosso Deus, que deste Santa Inês como modelo e guia a numerosas virgens, concedei que conservemos sempre bem vivo aquele espírito seráfico, que ela ensinou com sabedoria e confirmou com magníficos exemplos de santidade. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso filho, na unidade do Espírito Santo. Amém.

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