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Nome: São Guilherme de Bourges Dia 10 de Janeiro (Memória Facultativa)
Local: Bourges, França
Data: 10 de Janeiro † 1209

Guilherme Berruyer, da ilustre família dos antigos condes de Nevers (França), foi educado por Pedro, o Eremita, arquidiácono de Soissons, seu tio por parte de mãe. Desde a infância, Guilherme aprendeu a desprezar a insensatez e vacuidade do mundo, a abolir seus prazeres e a estremecer por seus perigos. Tinha como único prazer as práticas de piedade e os estudos, nos quais empregava todo seu tempo com infatigável dedicação.

Tornou-se cônego, primeiro de Soissons e depois de Paris, mas logo decidiu abandonar o mundo e se retirou para o ermo de Grandmont. Nesta austera ordem, viveu com grande disciplina, até que finalmente se uniu aos cistercienses, comunidade que então exalava maravilhoso odor de santidade.

Após algum tempo, foi eleito prior da Abadia de Pontigny, e depois se tornou abade de Chaalis. Com a morte de Henrique de Sully, arcebispo de Bourges, Guilherme foi escolhido como seu sucessor. O anúncio dessa nova honra que lhe sobrevinha cobriu-o de tristeza, e ele não teria aceito o cargo não tivesse a ordem de assumi-lo vindo diretamente do Papa e seu geral, o abade de Citeaux.

O primeiro cuidado que teve nessa nova posição foi conformar a própria vida às mais perfeitas regras de santidade. Redobrou as penitências, alegando que agora lhe cabia praticá-las tanto pelos outros quanto por si mesmo. Sempre vestia um cilício sob o hábito religioso, e jamais acrescentava camadas de roupa durante o inverno ou as removia no verão; nunca comia qualquer tipo de carne vermelha, embora a servisse à mesa para os outros.

Quando se aproximava seu fim, pediu para ser deitado com o cilício sobre a cinza, e nesta posição expirou, a 10 de janeiro de 1209. O corpo veio a ser sepultado em sua catedral, e, honrado por muitos milagres, foi levado em 1217, e no ano seguinte Guilherme foi canonizado pelo Papa Honório III.

REFLEXÃO

Os defensores da fé provam a verdade de seu ensinamento menos pela força de seus argumentos do que pela santidade de suas vidas. Jamais se esqueça de que, para converter os outros, devemos primeiro olhar para nossa própria alma.

BUTLER, Alban. Vida dos Santos: para todos os dias do ano. Dois Irmãos, RS: Minha Biblioteca Católica, 2021. 560 p. Tradução de: Emílio Costaguá. Adaptação: Equipe Pocket Terço.

São Guilherme de Bourges, rogai por nós!






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