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Antífona de entrada

Estes são homens santos que o Senhor escolheu com verdadeiro amor; deu-lhes a glória eterna, aleluia.
Exclamavérunt ad te, Dómine, in témpore afflictiónis suae, et tu de caelo exaudísti eos, allelúia, allelúia. Ps. Exsultáte, iusti, in Dómino: rectos decet collaudátio. (Neh. vel 2 Esdr. 9, 27; Ps. 32)
Vernáculo:
Mas no tempo da aflição clamaram a ti e, do céu, tu os ouviste, aleluia, aleluia. (Cf. Bíblia CNBB: Ne 9, 27b) Sl. Ó justos, alegrai-vos no Senhor! Aos retos fica bem glorificá-lo. (Cf. LH: Sl 32, 1)

Glória

Glória a Deus nas alturas,
e paz na terra aos homens por Ele amados.
Senhor Deus, rei dos céus,
Deus Pai todo-poderoso.
Nós vos louvamos,
nós vos bendizemos,
nós vos adoramos,
nós vos glorificamos,
nós vos damos graças
por vossa imensa glória.
Senhor Jesus Cristo, Filho Unigênito,
Senhor Deus, Cordeiro de Deus,
Filho de Deus Pai.
Vós que tirais o pecado do mundo,
tende piedade de nós.
Vós que tirais o pecado do mundo,
acolhei a nossa súplica.
Vós que estais à direita do Pai,
tende piedade de nós.
Só Vós sois o Santo,
só vós, o Senhor,
só vós, o Altíssimo,
Jesus Cristo,
com o Espírito Santo,
na glória de Deus Pai.
Amém.

Coleta

Ó Deus, vós nos alegrais cada ano com a festa dos apóstolos São Filipe e São Tiago. Concedei-nos, por suas preces, participar da paixão e ressurreição do vosso Filho, para merecermos chegar à eterna visão da vossa face. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus, e convosco vive e reina, na unidade do Espírito Santo, por todos os séculos dos séculos.

Primeira Leitura (1Cor 15, 1-8)


Leitura da Primeira Carta de São Paulo aos Coríntios


1Irmãos, quero lembrar-vos o evangelho que vos preguei e que recebestes, e no qual estais firmes. 2Por ele sois salvos, se o estais guardando tal qual ele vos foi pregado por mim. De outro modo, teríeis abraçado a fé em vão.

3Com efeito, transmiti-vos, em primeiro lugar, aquilo que eu mesmo tinha recebido, a saber: que Cristo morreu por nossos pecados, segundo as Escrituras; 4que foi sepultado; que, ao terceiro dia, ressuscitou, segundo as Escrituras; 5e que apareceu a Cefas e, depois, aos Doze.

6Mais tarde, apareceu a mais de quinhentos irmãos, de uma vez. Destes, a maioria ainda vive e alguns já morreram. 7Depois, apareceu a Tiago e, depois, apareceu aos apóstolos todos juntos. 8Por último, apareceu também a mim, como a um abortivo.

— Palavra do Senhor.

— Graças a Deus.


Salmo Responsorial (Sl 18)


℟. Seu som ressoa e se espalha em toda a terra.


— Os céus proclamam a glória do Senhor, e o firmamento, a obra de suas mãos; o dia ao dia transmite esta mensagem, a noite à noite publica esta notícia. ℟.

— Não são discursos nem frases ou palavras, nem são vozes que possam ser ouvidas; seu som ressoa e se espalha em toda a terra, chega aos confins do universo a sua voz. ℟.


https://youtu.be/ov47nppBYg8
℟. Aleluia, Aleluia, Aleluia.
℣. Sou o caminho, a Verdade e a Vida, diz Jesus; Filipe, quem me vê, igualmente vê meu Pai! (Jo 14, 6b. 9c) ℟.

Evangelho (Jo 14, 6-14)


℣. O Senhor esteja convosco.

℟. Ele está no meio de nós.


℣. Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo  segundo João 

℟. Glória a vós, Senhor.


Naquele tempo, Jesus disse a Tomé: 6“Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida. Ninguém vai ao Pai senão por mim. 7Se vós me conhecêsseis, conheceríeis também o meu Pai. E desde agora o conheceis e o vistes”.

8Disse Filipe: “Senhor, mostra-nos o Pai, isso nos basta!” 9Jesus respondeu: “Há tanto tempo estou convosco, e não me conheces, Filipe? Quem me viu, viu o Pai. Como é que tu dizes: ‘Mostra-nos o Pai’? 10Não acreditas que eu estou no Pai e o Pai está em mim? As palavras que eu vos digo, não as digo por mim mesmo, mas é o Pai que, permanecendo em mim, realiza as suas obras. 11Acreditai-me: eu estou no Pai e o Pai está em mim. Acreditai, ao menos, por causa destas mesmas obras. 12Em verdade, em verdade vos digo, quem acredita em mim fará as obras que eu faço, e fará ainda maiores do que estas. Pois eu vou para o Pai, 13e o que pedirdes em meu nome, eu o realizarei, a fim de que o Pai seja glorificado no Filho. 14Se pedirdes algo em meu nome, eu o realizarei”.

— Palavra da Salvação.

— Glória a vós, Senhor.


Antífona do Ofertório

Confitebúntur caeli mirabília tua Dómine, et veritátem tuam in ecclésia sanctórum, allelúia, allelúia. (Ps. 88, 6)


Vernáculo:
Anuncia o firmamento vossas grandes maravilhas, e o vosso amor fiel, a assembléia dos eleitos, aleluia, aleluia. (Cf. LH: Sl 88, 6)

Sobre as Oferendas

Aceitai, Senhor, os dons que vos apresentamos na festa dos apóstolos Filipe e Tiago e dai-nos a graça de praticar uma religião pura e sem mancha. Por Cristo, nosso Senhor.



Antífona da Comunhão

Senhor, mostra-nos o Pai e isto nos basta. Filipe, quem me vê, vê também o Pai, aleluia! (Cf. Jo 14, 8-9)
Tanto témpore vobíscum sum, et non cognovístis me? Philíppe, qui videt me, videt et Patrem, allelúia: non credis quia ego in Patre, et Pater in me est? Allelúia, allelúia. (Io. 14, 9; ℣. Ps. 32, 1. 2. 3. 6. 12. 13. 18)
Vernáculo:
Filipe, há tanto tempo estou convosco, e não me conheces? Quem me viu, viu o Pai, aleluia. Não crês que eu estou no Pai e que o Pai está em mim? Aleluia, aleluia. (Cf. Bíblia CNBB: Jo, 14, 9a. 10a)

Depois da Comunhão

Pela participação nesta Eucaristia, purificai, Senhor, nossos corações para que, com os apóstolos Filipe e Tiago, contemplando-vos em vosso Filho, mereçamos ter a vida eterna. Por Cristo, nosso Senhor.

Homilia do dia 03/05/2024
A beleza de celebrar os Apóstolos

Celebramos hoje a festa de duas das colunas da Santa Igreja: S. Felipe e S.Tiago, Apóstolos do Senhor, aos quais devemos o depósito da fé transmitido de geração em geração.

Hoje, celebramos a festa dos Apóstolos S. Filipe e S. Tiago, celebrados juntos por estarem enterrados juntos na mesma igreja em Roma, chamada Basílica dos Doze Apóstolos. Os dois entregaram a vida, derramando o próprio sangue, para testemunhar Nosso Senhor Jesus Cristo. Essa é a beleza de celebrar os Apóstolos, a quem temos de valorizar como os maiores entre os vários santos da Igreja. No céu, os Apóstolos estão sentados em tronos altíssimos, por causa do grau de santidade que tiveram. Mas como temos certeza de que eles são tão santos assim? Nós sabemos, antes de tudo, que a fonte da santidade é o próprio Jesus, e se eles estiveram em contato constante com Ele, não há dúvida de que foram particularmente tocados pela graça. Embora tenham fraquejado na hora da Paixão (a maior parte deles saiu correndo, S. Pedro negou Cristo três vezes, somente João permaneceu aos pés da cruz), sabemos que, através dessa provação e, mais tarde, graças ao dom do Espírito Santo derramado em Pentecostes, os onze se tornaram santos de sétima morada. A partir dali, por causa de seu empenho, de sua entrega, de sua obra de evangelização, eles foram crescendo cada vez mais em caridade, no amor a Jesus Cristo. É por causa deles que, hoje, podemos professar a fé na Igreja una, santa, católica e apostólica. A Igreja é apostólica porque está fundada na fé dessas doze testemunhas de Cristo. E quando falamos de testemunhas, falamos de mártires. Segundo a tradição, S. Filipe foi martirizado por crucificação e apedrejamento. S. Tiago Menor, bispo de Jerusalém e parente de Nosso Senhor, foi jogado do alto do Templo, quebrou as pernas e depois, no chão, teve o crânio esmagado a pauladas por seus cruéis assassinos. Derramaram o próprio sangue para testemunhar Cristo, a ressurreição de Jesus e o fato de que Ele é Deus feito homem, descido dos céus pela nossa salvação. A grandeza dos Apóstolos é de fato enorme. Deveríamos ter por eles uma grande devoção. Hoje em dia, as pessoas têm devoção a santos que podem, é certo, ser grandes, mas que parecem mais “simpáticos” ou “próximos”, como S. Teresinha, o Padre Pio etc. São santos mais conhecidos. No entanto, é preciso ter pelos Apóstolos um apreço especialíssimo porque são o fundamento da Igreja, a base em cima da qual tudo está edificado. Durante séculos, a Igreja teve essa consciência, e é por isso que na Oração eucarística I — chamada também Cânon Romano, a única Oração eucarística do rito latino por muitos séculos —, os doze Apóstolos são mencionados um por um. Durante vinte séculos, a Igreja, todos os dias, em cada Eucaristia, em todos os lugares do mundo, mencionou os Apóstolos um por um. A devoção a eles estava, pois, muito arraigada no coração dos fiéis. Também nós precisamos aprender a venerá-los. Mas o que podemos fazer concretamente para manifestar nossa fé nos Apóstolos? A primeira coisa é conhecê-los, conhecer a história de cada um deles. Sim, é verdade que essa história nem sempre é contada em detalhes, e há nela muita coisa que pertence mais a tradições não comprovadas que aos fatos. Contudo, é parte do amor que temos às pessoas o querer conhecê-las. Se Nosso Senhor escolheu esses doze homens como seus Apóstolos, é porque eles têm algo de especial na eleição da graça. Alguém poderá dizer: “Mas, padre, e Judas? Como fica?” Judas poderia ter sido um deles. Eis, portanto, o tamanho da traição de Judas! Poderíamos ter um S. Judas Iscariotes, e não o temos… Ele recebeu todas as graças necessárias para tornar-se um grande Apóstolo, mas virou as costas, desprezou os auxílios sobrenaturais e acabou substituído por S. Matias, que agora é contado no coro dos Apóstolos. É preciso conhecê-los, amá-los e ter grande fidelidade à fé por eles transmitida. Afinal, todo o edifício da Igreja está baseado nisso. Estamos unidos a Jesus graças à vida desses doze homens. Reflitamos um pouco. Todos temos acesso a Jesus através de um instrumento, um ministro, uma pessoa. É o padre — por exemplo, o nosso pároco. É ele quem batiza, é ele quem celebra a Eucaristia, é ele quem perdoa nossos pecados etc. Naturalmente, todo bom católico deve ser grato ao sacerdote, que lhe traz a graça de Cristo e lhe permite ter contato com Jesus por meio dos sacramentos. Não é assim? Ora, que gratidão não devemos ter aos doze homens que estão na base de tudo isso, sem os quais jamais teríamos recebido nada? Com efeito, sem os Apóstolos, sem a sucessão apostólica, não teríamos o Espírito Santo, não teríamos os evangelhos, não teríamos a doutrina de Cristo, não teríamos os sacramentos… Tudo, tudo, absolutamente tudo na santa Igreja de Deus se teria perdido. Não teríamos notícia sequer de que Deus veio a esse mundo, encarnou-se e morreu por nós na cruz. Tudo o que de bom, tudo o que de graça recebemos em nossas vidas, nós o recebemos pelas mãos dos Apóstolos. É impossível dar dignas ações de graças a Deus pelo dom de sua misericórdia que são os Apóstolos! Tudo o que mais amamos, tudo o que somos espiritualmente, nós o recebemos deles. Por isso, ainda que desconheçamos os detalhes da vida dos Doze, quando celebramos a festa deles, o nosso coração deve cantar: cantar a alegria que é ser membro da Igreja apostólica, cantar a alegria de saber que Jesus, ao subir aos céus, deixou esses encarregados e agraciados pelo Espírito Santo para nos transmitir todos os instrumentos necessários à nossa salvação, ao nosso crescimento espiritual, à nossa santificação. Se um dia, no céu, formos admitidos entre aqueles que irão cantar para sempre as glórias do Cordeiro, é porque tivemos à nossa frente esses doze anciãos, hoje com suas coroas de virtude diante do trono do Cordeiro, louvando-o sem cessar.

Deus abençoe você!

Nossa Missão
Evangelize com o Pocket Terço: pocketterco.com.br/ajude

Santo do dia 03/05/2024

Ouça no Youtube

São Filipe e São Tiago, Apóstolos (Festa)
Data: 03 de Maio† s. I


Os evangelistas Mateus, Marcos e Lucas nos dão de Filipe somente o nome e o lugar do nascimento: Betsaida. João nos oferece mais particularidades acerca da personalidade de Filipe, apresentando-o antes de tudo vinculado pela amizade com o apóstolo Natanael-Bartolomeu, que ele apresenta a Jesus: “Encontramos aquele de quem escreveram Moisés, na Lei, e os Profetas: Jesus… Vem e vê”.

No relato da milagrosa multiplicação dos pães é a Filipe que Jesus dirige a bem conhecida pergunta: “Onde compraremos pão, para que esta gente possa comer?”. Filipe não entende o significado da pergunta e depois de dar uma olhada à multidão disse: “Duzentos denários de pão não seriam suficientes para que cada um receba um pedaço”.

O jeito um tanto embaraçado de Filipe vem à tona na última informação do Evangelho a respeito dele. Na última ceia Jesus fala aos seus apóstolos do profundo mistério da Trindade. O pobre Filipe está abismado pelo mistério, mas quer simplificar demais: “Senhor, mostra-nos o Pai e isto nos basta”. O resto da vida de Filipe está encoberto na obscuridade, como também a sua morte. A tradição mais comum afirma que ele morreu crucificado em Gerápolis, no tempo do imperador Domiciano, ou talvez Trajano, aos 87 anos. As suas relíquias teriam sido transportadas a Roma e colocadas juntas com as de são Tiago na igreja dos Santos Apóstolos. Este seria o motivo pelo qual a Igreja latina festeja os dois apóstolos no mesmo dia.

São Tiago, que o evangelista Marcos chama “o Menor” para distingui-lo de Tiago, irmão de João, entra em cena como bispo de Jerusalém, após o martírio de Tiago, o Maior, no ano 42, e após o afastamento de Pedro de Jerusalém. A sua imagem austera sobressai pela Carta que dirigiu, como encíclica, a todas as comunidades cristãs. Leem-se aí fortes expressões de admoestações que a distância de dezenove séculos não fez perder sua perene atualidade: “Ricos, chorai por causa das desgraças que estão para vos sobrevir. O salário, do qual privastes os trabalhadores que ceifaram os vossos campos, clama…”.

Da morte de são Tiago possuímos informações de antiga data. Entre as mais consideráveis, a do historiador judeu Flávio Josefo, segundo o qual o apóstolo teria sido condenado ao apedrejamento no ano 61 ou 62 do sumo pontífice Anás II, que se aproveitou da morte do integérrimo Festo para eliminar o bispo de Jerusalém.

Referência:
SGARBOSSA, Mario; GIOVANNI, Luigi. Um santo para cada dia. São Paulo: Paulus, 1983. 397 p. Tradução de: Onofre Ribeiro. Adaptações: Equipe Pocket Terço.

São Filipe e São Tiago, rogai por nós!

Textos Litúrgicos © Conferência Nacional dos Bispos do Brasil