6ª feira da 1ª Semana do Advento
Antífona de entrada
Vernáculo:
O Senhor é minha luz e salvação, de quem eu terei medo? O Senhor é a proteção da minha vida; perante quem eu tremerei? São eles, inimigos e opressores, que tropeçam e sucumbem. (Cf. MR: Sl 26, 1-2) ℣. Se os inimigos se acamparem contra mim, não temerá meu coração. (Cf. LH: Sl 26, 3)
Coleta
Despertai, Senhor, vosso poder e vinde, para que vossa proteção afaste os perigos a que nossos pecados nos expõem, e a vossa salvação nos liberte. Vós, que sois Deus, e viveis e reinais com o Pai, na unidade do Espírito Santo, por todos os séculos dos séculos.
Primeira Leitura — Is 29, 17-24
Leitura do Livro do Profeta Isaías
Assim fala o Senhor Deus: 17Dentro de pouco tempo, não se transformará o Líbano em jardim? E não poderá o jardim tornar-se floresta? 18Naquele dia, os surdos ouvirão as palavras do livro e os olhos dos cegos verão, no meio das trevas e das sombras. 19Os humildes aumentarão sua alegria no Senhor, e os mais pobres dos homens se rejubilarão no Santo de Israel; 20fracassou o prepotente, desapareceu o trapaceiro, e sucumbiram todos os malfeitores precoces, 21os que faziam os outros pecar por palavras, e armavam ciladas ao juiz à porta da cidade e atacavam o justo com palavras falsas. 22Isto diz o Senhor à casa de Jacó, ele que libertou Abraão: “Agora, Jacó não mais terá que envergonhar-se nem seu rosto terá que enrubescer; 23quando contemplarem as obras de minhas mãos, hão de honrar meu nome no meio do povo, honrarão o Santo de Jacó, e temerão o Deus de Israel; 24os homens de espírito inconstante conseguirão sabedoria e os maldizentes concordarão em aprender”.
— Palavra do Senhor.
— Graças a Deus.
Salmo Responsorial — Sl 26(27), 1. 4. 13-14 (R. 1a)
℟. O Senhor é minha luz e salvação.
— O Senhor é minha luz e salvação; de quem eu terei medo? O Senhor é a proteção da minha vida; perante quem eu tremerei? ℟.
— Ao Senhor eu peço apenas uma coisa, e é só isto que eu desejo: habitar no santuário do Senhor por toda a minha vida; saborear a suavidade do Senhor e contemplá-lo no seu templo. ℟.
— Sei que a bondade do Senhor eu hei de ver na terra dos viventes. Espera no Senhor e tem coragem, espera no Senhor! ℟.
℣. Eis que virá o nosso Deus com poder e majestade, e ele há de iluminar os olhos dos seus servos! ℟.
Evangelho — Mt 9, 27-31
℣. O Senhor esteja convosco.
℟. Ele está no meio de nós.
℣. Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo ✠ segundo Mateus
℟. Glória a vós, Senhor.
Naquele tempo, 27partindo Jesus, dois cegos o seguiram, gritando: “Tem piedade de nós, filho de Davi!” 28Quando Jesus entrou em casa, os cegos se aproximaram dele. Então Jesus perguntou-lhes: “Vós acreditais que eu posso fazer isso?”
Eles responderam: “Sim, Senhor”. 29Então Jesus tocou nos olhos deles, dizendo: “Faça-se conforme a vossa fé”. 30E os olhos deles se abriram. Jesus os advertiu severamente: “Tomai cuidado para que ninguém fique sabendo”. 31Mas eles saíram, e espalharam sua fama por toda aquela região.
— Palavra da Salvação.
— Glória a vós, Senhor.
Antífona do Ofertório
Ad te Dómine levávi ánimam meam: Deus meus, in te confído, non erubéscam: neque irrídeant me inimíci mei: étenim univérsi qui te exspéctant, non confundéntur. (Ps. 24, 1-3)
Vernáculo:
A vós, meu Deus, elevo a minha alma, e confio em vós. Que eu não seja envergonhado, nem se riam de mim os meus inimigos! Pois não será desiludido quem em vós espera. (Cf. MR: Sl 24,1-3)
Sobre as Oferendas
Aceitai, Senhor, com bondade as nossas humildes preces e oferendas; e como não podemos invocar os nossos méritos, socorrei-nos com o remédio da vossa misericórdia. Por Cristo, nosso Senhor.
Antífona da Comunhão
Vernáculo:
O Senhor nos dará tudo o que é bom, e a nossa terra nos dará suas colheitas. (Cf. MR: Sl 84, 13)
Depois da Comunhão
Nós vos suplicamos, Senhor, que saciados com o alimento espiritual, pela participação nestes santos mistérios, nos ensineis a apreciar com sabedoria as coisas terrenas e colocar nossas esperanças nos bens eternos. Por Cristo, nosso Senhor.
Homilia do dia 05/12/2025
O Advento do Coração de Jesus
No S. Coração de Jesus, vemos que o amor de Deus não é indiferente às nossas misérias nem uma pura abstração mental, mas uma realidade tão viva que quis manifestar-se na carne, para que não tivéssemos dúvidas do quanto somos amados.
Celebramos hoje a última primeira sexta-feira do ano civil, na qual recordamos, como de costume, o S. Coração de Nosso Senhor Jesus Cristo, enfocado neste tempo de Advento sob o prisma de sua santa e divina Encarnação. O que significa, pois, venerar o Coração de Cristo no tempo do Advento? Significa, em primeiro lugar, recordar que Deus, se nos amou desde sempre com um amor eterno, quis amar-nos também com um Coração humano, capaz de sofrer verdadeiramente conosco, razão por que temos nele, como diz a Epístola aos Hebreus, um Pontífice que pode compadecer-se das nossas fraquezas (cf. Hb 4, 15). Em Cristo, portanto, vemos que o amor de Deus não é indiferente às nossas misérias nem uma pura abstração mental, mas uma realidade tão viva que quis manifestar-se na carne, para que não tivéssemos dúvidas do quanto somos amados. Em segundo lugar, o amor divino encarnado no Coração de Cristo é penhor e sinal do amor com que também nós podemos agora amar a Deus. Pois, com efeito, antes da vinda do nosso Redentor, tínhamos um coração alquebrado e ferido, incapaz de desembaraçar-se dos tantos laços de pecado que o inimigo trama a fim de nos perder; agora, porém, que recebemos dos eflúvios da caridade deste Coração divino-humano a graça santificante, podemos amar a Deus com o mesmo amor com que Ele nos ama. De fato, a graça santificante produz em nós, ao renovar-nos interiormente, dois efeitos principais: elevando-nos à ordem sobrenatural, cura-nos da doença do pecado, de maneira que nos tornamos capazes de amar, não já com um amor meramente humano, mas com a própria caridade divina. E para incrementar cada vez mais esse dom, derramado do alto em nossas almas, o mesmo Coração de Cristo instituiu o sacramento da SS. Eucaristia, no qual, como em uma frágua ardentíssima, abrasamos o nosso no amor de Cristo. “Aproximemo-nos, pois, confiadamente do trono da graça” (Hb 4, 16) , do banquete eucarístico, para que nosso coração se assimile sempre mais ao de Cristo, a ponto de ser Ele, não mais nós, a amar a Deus por meio de nós.
Deus abençoe você!
Santo do dia 05/12/2025
São Sabas (Memória Facultativa)
Local: Jerusalém, Israel
Data: 05 de Dezembro † 532
Sabas é o fundador da chamada Grande Laura ao lado do vale de Cedron, às portas de Jerusalém. Nasceu em Mutalasca, perto de Cesareia de Capadócia, em 439. Após ter passado alguns anos no mosteiro da sua cidade, em 457 passou ao de Jerusalém, fundado por Passarião, que não julgou todavia condizente com suas aspirações. Mas ao contrário de muitos monges, que abandonavam o próprio convento para correr às cidades grandes, antes que viver uma vida edificante, Sabas, desejoso de solidão, durante uma estada em Alexandria, pediu e obteve a licença de retirar-se para uma gruta, comprometendo-se a voltar todos os sábados e domingos para fazer vida comum no mosteiro.
Cinco anos mais tarde, voltando a Jerusalém, fixou o seu domicílio no vale do Cedron, em uma gruta inacessível, aonde só por meio de cordas se chegava. Aquela escadinha (de cordas), ao que parece, revelou seu esconderijo a outros monges, desejosos como ele de solidão, e em breve, como um enxame, as grutas inóspitas, na parede rochosa, povoaram-se de solitários mas não ociosos habitantes.
Nascia assim a Grande Laura, isto é, um dos mais originais mosteiros da antiguidade cristã. Sabas, com grande paciência e ao mesmo tempo com indiscutível autoridade, governou aquele crescente exército de eremitas organizando-o segundo as regras de vida cenobita, já fixada por são Pacômio, um século antes. Para que a autoridade do santo abade tivesse um ponto de referência na autoridade do bispo, o patriarca de Jerusalém ordenou-o sacerdote em 491. Sabas, não obstante a predileção pelo absoluto isolamento do mundo, não se subtraiu às suas tarefas sacerdotais. Fundou outros mosteiros, entre os quais um em Emaús e tomou parte ativa na luta contra os monofisitas, chegando a ponto de mobilizar seus monges numa expedição para opor-se ao estabelecimento de um bispo herege, enviado a Jerusalém pelo imperador Anastácio.
Diante do imperador de Constantinopla, são Sabas encenou uma verdadeira representação de mímicas para mostrar com a evidência da imagem coreográfica as tristes condições do povo palestinense oprimido por pesadas taxas e, em particular, por uma taxa que atingia os pequenos comerciantes. Quando morreu, a 5 de dezembro de 532, toda a região quis honrá-lo com esplêndidos funerais. Em Roma, no século VII, surgiram no Aventino, por meio de monges gregos, um mosteiro e uma basílica a ele dedicados, que deram nome a todo o bairro.
Referência:
SGARBOSSA, Mario; GIOVANNI, Luigi. Um santo para cada dia. São Paulo: Paulus, 1983. 397 p. Tradução de: Onofre Ribeiro. Adaptações: Equipe Pocket Terço.
São Sabas, rogai por nós!


