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Epifania do Senhor, Solenidade

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Antífona de entrada

Eis que vem o Senhor dos senhores, em suas mãos, o reino, o poder e o império. (Cf. Ml 3, 1; 1Cr 29, 12)
Ecce advénit dominátor Dóminus: et regnum in manu eius, et potéstas, et impérium. Ps. 1. Deus, iudícium tuum regi da: et iustítiam tuam fílio regis. 2. Reges Tharsis et ínsulae múnera ófferent: reges Arabum et Saba dona addúcent. 3. Et adorábunt eum omnes reges terrae: omnes gentes sérvient ei. (Cf. Mal. 3, 1; I Chron. 29, 12; ℣. Ps. 71, 1. 10. 11)
Vernáculo:
Eis que vem o Senhor dos senhores, em suas mãos, o reino, o poder e o império. Sl. 1. Dai ao Rei vossos poderes, Senhor Deus, vossa justiça ao descendente da realeza! 2. Os reis de Társis e das ilhas hão de vir e oferecer-lhes seus presentes e seus dons; e também os reis de Seba e de Sabá hão de trazer-lhe oferendas e tributos. 3. Os reis de toda a terra hão de adorá-lo, e todas as nações hão de servi-lo. (Cf. MR: Ml 3, 1; 1Cr 29, 12; ℣. Cf. LH: Sl 71, 1. 10. 11)

Glória

Glória a Deus nas alturas,
e paz na terra aos homens por Ele amados.
Senhor Deus, rei dos céus,
Deus Pai todo-poderoso.
Nós vos louvamos,
nós vos bendizemos,
nós vos adoramos,
nós vos glorificamos,
nós vos damos graças
por vossa imensa glória.
Senhor Jesus Cristo, Filho Unigênito,
Senhor Deus, Cordeiro de Deus,
Filho de Deus Pai.
Vós que tirais o pecado do mundo,
tende piedade de nós.
Vós que tirais o pecado do mundo,
acolhei a nossa súplica.
Vós que estais à direita do Pai,
tende piedade de nós.
Só Vós sois o Santo,
só vós, o Senhor,
só vós, o Altíssimo,
Jesus Cristo,
com o Espírito Santo,
na glória de Deus Pai.
Amém.

Coleta

Ó Deus, que hoje revelastes o vosso Filho Unigênito às nações, guiando-as pela estrela, concedei benigno a nós que já vos conhecemos pela fé, sermos conduzidos à contemplação da vossa face no céu. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus, e convosco vive e reina, na unidade do Espírito Santo, por todos os séculos dos séculos.

Primeira Leitura (Is 60, 1-6)


Leitura do Livro do Profeta Isaías


Levanta-te, acende as luzes, Jerusalém, porque chegou a tua luz, apareceu sobre ti a glória do Senhor.

2Eis que está a terra envolvida em trevas, e nuvens escuras cobrem os povos; mas sobre ti apareceu o Senhor, e sua glória já se manifesta sobre ti. 3Os povos caminham à tua luz e os reis ao clarão de tua aurora.

4Levanta os olhos ao redor e vê: todos se reuniram e vieram a ti; teus filhos vêm chegando de longe com tuas filhas, carregadas nos braços. 5Ao vê-los, ficarás radiante, com o coração vibrando e batendo forte, pois com eles virão as riquezas de além-mar e mostrarão o poderio de suas nações; 6será uma inundação de camelos e dromedários de Madiã e Efa a te cobrir; virão todos os de Sabá, trazendo ouro e incenso e proclamando a glória do Senhor.

— Palavra do Senhor.

— Graças a Deus.


Salmo Responsorial  (Sl 71)


℟. As nações de toda a terra hão de adorar-vos, ó Senhor!


— Dai ao Rei vossos poderes, Senhor Deus, vossa justiça ao descendente da realeza! Com justiça ele governe o vosso povo, com equidade ele julgue os vossos pobres. ℟.

— Nos seus dias a justiça florirá e grande paz, até que a lua perca o brilho! De mar a mar estenderá o seu domínio, e desde o rio até os confins de toda a terra! ℟.

— Os reis de Társis e das ilhas hão de vir e oferecer-lhe seus presentes e seus dons; e também os reis de Seba e de Sabá hão de trazer-lhe oferendas e tributos. Os reis de toda a terra hão de adorá-lo, e todas as nações hão de servi-lo. ℟.

— Libertará o indigente que suplica, e o pobre ao qual ninguém quer ajudar. Terá pena do indigente e do infeliz, e a vida dos humildes salvará. ℟.


https://youtu.be/HzVuN_tYigc

Segunda Leitura (Ef 3, 2-3a. 5-6)


Leitura da Carta de São Paulo aos Efésios

Irmãos: 2Se ao menos soubésseis da graça que Deus me concedeu para realizar o seu plano a vosso respeito, 3ae como, por revelação, tive conhecimento do mistério.

5Este mistério, Deus não o fez conhecer aos homens das gerações passadas, mas acaba de o revelar agora, pelo Espírito, aos seus santos apóstolos e profetas: 6os pagãos são admitidos à mesma herança, são membros do mesmo corpo, são associados à mesma promessa em Jesus Cristo, por meio do Evangelho.

— Palavra do Senhor.

— Graças a Deus.


℟. Aleluia, Aleluia, Aleluia.
℣. Vimos sua estrela no Oriente e viemos adorar o Senhor. (Cf. Mt 2, 2) ℟.

Evangelho (Mt 2, 1-12)


℣. O Senhor esteja convosco.

℟. Ele está no meio de nós.


℣. Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo  segundo Mateus 

℟. Glória a vós, Senhor.


Tendo nascido Jesus na cidade de Belém, na Judeia, no tempo do rei Herodes, eis que alguns magos do Oriente chegaram a Jerusalém, 2perguntando: “Onde está o rei dos judeus, que acaba de nascer? Nós vimos a sua estrela no Oriente e viemos adorá-lo”.

3Ao saber disso, o rei Herodes ficou perturbado, assim como toda a cidade de Jerusalém.

4Reunindo todos os sumos sacerdotes e os mestres da Lei, perguntava-lhes onde o Messias deveria nascer. 5Eles responderam: “Em Belém, na Judeia, pois assim foi escrito pelo profeta: 6‘E tu, Belém, terra de Judá, de modo algum és a menor entre as principais cidades de Judá, porque de ti sairá um chefe que vai ser o pastor de Israel, o meu povo’”.

7Então Herodes chamou em segredo os magos e procurou saber deles cuidadosamente quando a estrela tinha aparecido. 8Depois os enviou a Belém, dizendo: “Ide e procurai obter informações exatas sobre o menino. E, quando o encontrardes, avisai-me, para que também eu vá adorá-lo”.

9Depois que ouviram o rei, eles partiram. E a estrela, que tinham visto no Oriente, ia adiante deles, até parar sobre o lugar onde estava o menino.

10Ao verem de novo a estrela, os magos sentiram uma alegria muito grande.

11Quando entraram na casa, viram o menino com Maria, sua mãe. Ajoelharam-se diante dele, e o adoraram. Depois abriram seus cofres e lhe ofereceram presentes: ouro, incenso e mirra.

12Avisados em sonho para não voltarem a Herodes, retornaram para a sua terra, seguindo outro caminho.

— Palavra da Salvação.

— Glória a vós, Senhor.


Creio

Creio em Deus Pai todo-poderoso,
Criador do céu e da terra.
E em Jesus Cristo, seu único Filho, nosso Senhor,
Às palavras seguintes, até Virgem Maria, todos se inclinam.
que foi concebido pelo poder do Espírito Santo,
nasceu da Virgem Maria,
padeceu sob Pôncio Pilatos,
foi crucificado, morto e sepultado,
desceu à mansão dos mortos,
ressuscitou ao terceiro dia,
subiu aos céus,
está sentado à direita de Deus Pai todo-poderoso,
donde há de vir a julgar os vivos e os mortos.
Creio no Espírito Santo,
na santa Igreja Católica,
na comunhão dos santos,
na remissão dos pecados,
na ressurreição da carne
e na vida eterna. Amém.

Antífona do Ofertório

Reges Tharsis et ínsulae múnera ófferent: reges Arabum et Saba dona addúcent: et adorábunt eum omnes reges terrae, omnes gentes sérvient ei. (Ps. 71, 10. 11)


Vernáculo:
Os reis de Társis e das ilhas hão de vir, e oferecer-lhes seus presentes e seus dons; e também os reis de Seba e de Sabá, hão de trazer-lhe oferendas e tributos. Os reis de toda a terra hão de adorá-lo, e todas as nações hão de servi-lo. (Cf. LH: Sl 71, 10. 11)

Sobre as Oferendas

Ó Senhor, olhai com bondade as oferendas da vossa Igreja, que não mais vos apresenta ouro, incenso e mirra, mas o próprio Jesus Cristo que nestes dons se manifesta, se imola e se dá em alimento. Ele, que vive e reina pelos séculos dos séculos.



Antífona da Comunhão

Vimos sua estrela no Oriente, e viemos com presentes adorar o Senhor. (Cf. Mt 2, 2)
Vidimus stellam eius in Oriénte, et vénimus cum munéribus adoráre Dóminum. (Cf. Mt 2, 2; ℣. Sl. 71, 1. 2. 3. 7. 8. 10. 11. 12. 17ab. 17cd. 18)
Vernáculo:
Vimos sua estrela no Oriente, e viemos com presentes adorar o Senhor. (Cf. MR: Mt 2, 2)

Depois da Comunhão

Ó Senhor, guiai-nos sempre e por toda parte com a vossa luz celeste, para que possamos contemplar com olhar puro e viver com amor sincero o mistério de que nos destes participar. Por Cristo, nosso Senhor.

Homilia do dia 07/01/2024


Os três feiticeiros que se tornaram santos


Dois mil anos atrás, três feiticeiros pagãos se abriram à graça do Deus verdadeiro e, seguindo a luz de uma estrela, chegaram até o Sol que não tem ocaso: Jesus Cristo, nosso Salvador. Nesta solenidade da Epifania do Senhor, conheça a trajetória impressionante dos três reis Magos.


Neste domingo, celebramos a Solenidade da Epifania do Senhor. O Evangelho, como todos os anos no dia da Epifania, é o de S. Mateus (capítulo 2, versículos de 1–12), que narra a vinda dos Magos do Oriente. Como quase todos conhecem a narrativa, recapitulemos brevemente para que ninguém fique perdido. Quando Jesus nasceu, nos dias do rei Herodes, magos vindos do Oriente seguiram uma estrela e, finalmente, quando esta desapareceu, eles já estavam em Jerusalém e foram até Herodes perguntar onde estava o rei que nascera: “Nós vimos a sua estrela no Oriente e viemos adorá-lo” (Mt 2, 2). A reação de Herodes e de Jerusalém é tremenda: Audiens autem Herodes rex, “O rei Herodes, ouvindo isso”, turbatus est, “ficou perturbado”, completamente transtornado, e o que é pior: não somente Herodes, mas “toda Jerusalém com ele”, et omnis Jerosolyma cum illo. Deus, ao longo dos séculos, havia preparado o povo para receber o Messias e, quando Ele finalmente veio, o rei Herodes ficou perturbado e toda Jerusalém com ele. O desfecho das coisas é que, ao consultar os doutores da Lei, os magos são orientados a ir até Belém, porque é lá que deveria nascer o Messias. Então, ao dirigirem-se a Belém, os reis magos veem de novo a estrela e reagem de forma totalmente diferente da de Herodes: “Videntes autem stellam gavisi sunt gaudio magno valde, eles se alegraram com grande alegria. Isso é extraordinário, é maravilhoso. Essas são as diferentes reações à visita de Deus: Herodes e Jerusalém reagem com perturbação, pois é uma das consequências mais claras do pecado. O pecado nos faz ver a Deus como inimigo. Assim reagem os demônios quando vêem Jesus: “O que tens conosco, Jesus de Nazaré? Vistes nos perturbar antes do tempo?”, dizem. Assim também Herodes e Jerusalém, imersos no pecado, se perturbam com a presença de Deus que se fez homem, como Adão e Eva que, no Paraíso, ao ouvir os passos de Deus, se esconderam atrás do arbusto. Mas há pessoas que abrem o coração para a graça divina. Mas a graça divina exige, pede-nos alguma coisa. Os magos vieram do Oriente, tiveram de fazer uma enorme viagem, sabe lá Deus que sacrifícios tiveram de passar no meio do caminho — dúvidas, desorientações, dificuldades etc., pois não era fácil viajar naquela época. Quando chegam a Jerusalém, a estrela desaparece. E por que Deus permitiu-lhe desaparecer em Jerusalém? Deus é sua Providência, é verdade; mas Ele não poderia tê-los guiado pela estrela diretamente até Belém, sem fazê-los passar por Jerusalém? No entanto, Deus, em sua misericórdia, queria que a notícia chegasse ao povo eleito, que, infelizmente, por sua infidelidade, já não era mais santo e estava no pecado. Por isso Jerusalém reage mal. Dóceis à graça divina e à visita de Deus, os magos se alegram com a visão da estrela. Eis porém o que é mais interessante neste Evangelho: “Quando eles entraram na casa, encontraram a Criança com Maria, sua Mãe”, Et intrantes domum, invenerunt puerum cum Maria matre ejus. Na Missa antiga, no rito extraordinário, chamada popularmente de “Missa de Pio V”, prevê-se que o padre, durante a leitura do Evangelho, faça aqui uma genuflexão. Por quê? Porque o sacerdote que está proclamando o Evangelho deve imitar os reis magos, que entraram na casa, viram Maria et procidentes adoraverunt eum, quer dizer, “e, prostrando-se, adoraram o Menino”.


É preciso salientá-lo. Hoje, os católicos veneramos os três reis Magos como santos Gaspar, Baltazar e Melquior, que, segundo a tradição, estão enterrados na Catedral de Colônia, na Alemanha. Ora, se eles eram feiticeiros pagãos, como podem agora ser santos? Só se pode ser santo por uma única fonte, e a fonte única da graça santificante é Nosso Senhor Jesus Cristo. A graça de Deus tocou no coração daqueles pagãos para que abandonassem seus falsos deuses e sua falsa religião e fizessem uma árdua viagem da alma. A viagem física, o deslocamento deles do Oriente até Jerusalém e, depois, de Jerusalém até Belém é somente uma viagem exterior que, no fundo, faz pensar em uma viagem mais profunda, a do coração, a da conversão do coração. Sim, eles foram tocados pela graça, daí a reação deles à estrela: alegres, alegres! A estrela indica que a graça de Nosso Senhor Jesus Cristo já estava agindo no coração deles. Quando eles finalmente entram na casa, encontram ali a fonte da graça santificante, que os faz transbordar em santidade. Foi um processo de conversão que culminou na adoração presencial de Nosso Senhor Jesus Cristo, fonte da graça! Alguém talvez pergunte: “Mas, padre, e nós? Como nós podermos receber a graça como estes reis magos receberam? Como nós podemos entrar nesse caminho de santificação?” Antes de tudo, o Evangelho nos diz dos magos: Et intrantes domum, “entrando na casa”. Ou seja: não é possível ter santidade, a graça santificante, amizade com Deus, sem entrar na casa dele, que é a Igreja Católica. Aqui começa, de forma concreta, o caminho: é somente dentro da santa Igreja Católica que iremos, como os magos, encontrar Jesus com Maria, Sua Mãe — invenerunt puerum cum Maria matre ejus. Quem quiser abraçar Nosso Senhor Jesus Cristo, mas não a sua Mãe, não receberá dela a graça santificante porque, histórica, verdadeira e realmente, é com Maria que se encontra Jesus. Um dos sinais mais claros de que uma pessoa está realmente no caminho de Deus é uma profunda devoção e entrega à Virgem Maria. Qualquer católico de verdade sabe que Jesus nós o adoramos, em primeiríssimo lugar, nos braços da Virgem SS., que é o instrumento através do qual Deus entrou nesse mundo. Para acolher a Deus, que entra nesse mundo, precisamos aceitar que, em seus decretos eternos, por sua bondade infinita, Deus escolheu um caminho para entrar nesse mundo. Foi a Virgem SS. Os protestantes, infelizmente, costuma reagir a isso dizendo: “Ah! Mas, imagina! Não precisa de Maria. Maria é uma mulher qualquer”, como se a Virgem SS. — com perdão do palavreado — fosse uma “barriga de aluguel”. Não, Deus não jogou a o Menino dentro do ventre de Nossa Senhora como em uma espécie de incubadora que, nove meses mais tarde, deu à luz o Menino, sem que a Mãe tivesse nada que ver com o Filho. O que dizem os protestante é totalmente contrário, não só à tradição da Igreja, mas também à própria narrativa do Evangelho. com efeito, Deus pediu consentimento à Virgem SS. Maria não é uma barriga de aluguel, senão que, como diz S. Agostinho, ela concebera a Cristo, em primeiro lugar, em sua alma, para só depois o conceber em seu ventre. Aqui é preciso entender como é necessário ser humilde como os santos reis Magos. A casa de Deus tem uma portinha baixa: quem não se abaixa, não entra. Gente de dura cerviz, de cabeça dura, que não a inclina humildemente, não entra na casa de Deus. Se queremos de verdade entrar e aproximar-nos da fonte da graça santificante, a primeira coisa que devemos fazer é um ato de humildade: humildade de aceitar, antes de tudo, os instrumentos escolhidos por Deus escolheu. E Deus escolheu a Virgem Maria. Quantas pessoas permanecem longe da graça santificante por não serem humildes! Não têm a humildade de ajoelhar-se na frente de um sacerdote para confessar os próprios pecados. Preferem desculpar-se: “Ah! Não! Padre é comedor de feijão como eu. Não quero saber”, e por isso se privam da graça. Não são humildes, embora Deus queira dar sua graça aos humildes: “Deus dá sua graça aos humildes e resiste aos soberbos”... Se queremos receber a graça de Deus, humilhemo-nos e entendamos como é soberba a atitude de dizer: “Eu recebo a graça diretamente de Deus. Não preciso da intermediação de instrumentos históricos, de criaturas”, ainda que escolhidas por Deus como instrumentos de sua graça”. Não. Se queremos entrar na casa de Deus e fazer parte da família divina, precisamos inclinar-nos humildemente como os reis Magos. Se existem atitudes contrastantes e diferentes, são com certeza a dos Magos, por um lado, e a de Herodes, por outro. Todos quatro são reis, mas só um, Herodes, é soberbo. Porque não se humilha, porque vê em Deus um rival. Os reis Magos, porém, entram na casa e encontram o Menino com a sua Mãe, Maria. Num ambiente humilde, eles encontram Jesus e, inclinados, o adoram. Eis o ato de humildade! Façamos um exame de consciência. Como podemos receber a graça santificante? Em primeiro lugar, há que ter humildade e fé. Os Magos creram na luz divina que se manifestou pela estrela, foram humildes e aceitaram os instrumentos de que Deus se quis servir. Os Magos poderiam pensar: “Não, não é possível que o rei a quem viemos adorar, o Messias, nasça num casebre desses… E nos braços de uma menina pobre?”, mas não pensaram. Humildes, aceitaram os instrumentos frágeis de Deus e adoraram o Menino. Lembremos sempre: Deus resiste aos soberbos, mas dá sua graça aos humildes. A humildade do Natal! Outro ponto que é importante meditar é o fato que os reis Magos foram predestinados por Deus para serem grandes santos. O Papa Bento XVI, quando foi à Jornada Mundial da Juventude em Colônia, na Alemanha, fez várias meditações a respeito dos reis Magos, venerados como padroeiros de Colônia. Em uma delas, o Pontífice referiu-se à estrela e aos reis Magos da seguinte maneira: quando os Magos — o Papa falava a seminaristas e explicava o que é a vocação sacerdotal —, quando viram a estrela, começaram a segui-la como se tivessem esperado por ela desde sempre. É uma característica do chamado de Deus. Quando atendemos ao chamado de Deus, vemos como aquilo “se encaixa” dentro de nós. É como se estivéssemos, de fato, esperando por aquilo há muito tempo. Qualquer pessoa que já fez uma experiência de conversão enxerga isso. Olhamos para nossa vida antes da conversão e vemos agora que era uma vida sem sentido, Algo faltava, era uma vida “completamente incompleta”, vazia, triste… Mas de repente, quando encontramos a graça de Nosso Senhor Jesus Cristo — a estrela —, as coisas dentro de nós como que se completam: “Era isso que estava faltando, e eu não sabia! Era esse o sentido da minha vida, e eu não sabia!” A estrela que os Magos seguem é símbolo desse sentido de vida, que se encontra apenas em Nosso Senhor Jesus Cristo. Seguir a estrela é seguir Jesus como o sentido, o norte, a bússola, o porquê da nossa existência. Quem encontra Jesus já não pode mais viver para si mesmo, e é importante ter isso bem firme dentro do coração. Se encontramos aquele Menino frágil nos braços da Virgem Maria, a partir de agora tem um porquê: é para Ele que vivemos, foi para isto que viemos ao mundo, para Jesus; não viemos para outra coisa, mas para nos unirmos a Ele. Temos em Cristo a estrela que guia nossos passos, o porquê da nossa existência, o norte da nossa vida. Que S. José e Nossa Senhora, neste tempo de Natal, sejam para nós modelo e exemplo de santidade, de quem encontra em Jesus o sentido da própria vida. Se, porventura, temos ainda alguma dificuldade em enxergá-lo, imitemos os Magos, sejamos humildes, entendamos que Deus é bom e sábio, somos nós os ignorantes e maus. Não fiquemos sentados num trono de soberba como Herodes, querendo julgar a Deus como nosso rival. Humilhemo-nos como os Magos e aceitemos a Deus como a estrela que guia nossos passos no caminho da salvação. Sim, Jesus, Deus Encarnado, é o caminho que nos conduz para a verdade e para a vida.



Deus abençoe você!

Nossa Missão
Evangelize com o Pocket Terço: pocketterco.com.br/ajude

Homilia Dominical | Das falsas crenças à verdadeira fé (Solenidade da Epifania do Senhor)

Quando viram o Menino Jesus nos braços de Maria, os três reis magos abandonaram as falsas crenças e tiveram a virtude da fé suscitada em seus corações. Isso ocorreu porque, antes mesmo de encontrarem o Salvador, Ele próprio já os havia encontrado e inspirou-lhes o desejo de conhecer o Messias. Assim como a estrela de Belém, a liturgia deste domingo quer conduzir-nos à manjedoura de Cristo, para que, colocando nossa vida diante da Verdade que se fez carne, sejamos libertos de todo erro e, pela virtude da fé, encontremos o único Deus verdadeiro. Ouça a homilia do Padre Paulo Ricardo para esta Solenidade da Epifania do Senhor e abra o coração para o dom extraordinário da fé católica.


https://youtu.be/gHDvO5dHsm0

Santo do dia 07/01/2024

São Raimundo de Peñafort (Memória Facultativa)
Local: Barcelona, Espanha
Data: 07 de Janeiro† 1275


Gregório IX teve-o como precioso colaborador durante seis anos. Quando porém lhe comunicou sua intenção de nomeá-lo arcebispo de Tarragona, Raimundo ficou tão consternado a ponto de cair gravemente enfermo. O humilde e douto frade, nascido entre 1175 e 1180, se esforçara para evitar honrarias e prestígio, mas nem sempre conseguiu. Renunciando à vida folgada e alegre (era filho do nobre castelão de Peñafort, na Catalunha), dedicou-se muito cedo aos estudos filosóficos e jurídicos. Aos vinte anos ensinava filosofia em Barcelona e aos trinta, recém-laureado, ensinava jurisprudência em Bolonha. Excepcionalmente recebia do município um salário que se dispersava imediatamente em numerosas direções para aliviar e socorrer os indigentes. Voltou a Barcelona a convite do seu bispo em 1220. Foi nomeado cônego e recebeu do amigo Pedro Nolasco o convite para redigir as Constituições da nascente Ordem dos Mercedários. Mas quando os dominicanos, já dele conhecidos em Bolonha, chegaram a Barcelona, Raimundo abandonou tudo para vestir o hábito alvinegro. Dezesseis anos mais tarde (1238) tornou-se o terceiro mestre geral da Ordem, cargo que não pôde recusar. Por dois anos visitou a pé os conventos da Ordem. Depois reuniu o capítulo geral em Bolonha onde conseguiu demitir-se. Pôde assim, aos setenta anos, voltar ao ensino e ao cuidado das almas.

Aceitando o cargo de confessor do rei Tiago de Aragón, não titubeou em reprovar seu comportamento escandaloso numa expedição à ilha de Maiorca. Conta-se que, tendo o rei proibido a todas as embarcações de velejar para o continente, Raimundo, querendo discordar do soberano, estendeu o manto sobre as águas e chegou até Barcelona sobre essa estranha barca a vela.

Uma de suas obras apostólicas mais digna de nota são as missões para a conversão dos judeus e dos maometanos estabelecidos na Espanha. Segundo a tradição foi ele que convidou santo Tomás de Aquino a escrever a Suma contra os Gentios, para que seus pregadores pudessem recorrer a argumentos sólidos nas controvérsias com os hereges e os infiéis. Ele mesmo redigiu importantes obras de teologia - moral e de direito. Uma delas é a Suma de casos para administração correta e frutífera do sacramento da reconciliação. Tinha quase cem anos quando morreu (1275). Foi canonizado em 1601.

Referência:
SGARBOSSA, Mario; GIOVANNI, Luigi. Um santo para cada dia. São Paulo: Paulus, 1983. 397 p. Tradução de: Onofre Ribeiro. Adaptações: Equipe Pocket Terço.

São Raimundo de Peñafort, rogai por nós!

Textos Litúrgicos © Conferência Nacional dos Bispos do Brasil