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Antífona de entrada

Como criancinhas recém-nascidas, desejai o leite legítimo e puro, que vos vai fazer crescer na salvação, aleluia. (1Pd 2, 2)

Ou:


Acolhei a alegria da vossa glória dando graças a Deus, que vos chamou ao seu reino celestial, aleluia. (Cf. 4Esd 2, 36-37)
Quasi modo géniti infántes, allelúia: rationábiles, sine dolo lac concupíscite, allelúia, allelúia, allelúia. Ps. Exsultáte Deo adiutóri nostro: iubiláte Deo Iacob. (1 Petr. 2, 2; Ps. 80, 2)
Vernáculo:
Como criancinhas recém-nascidas, desejai o leite legítimo e puro, que vos vai fazer crescer na salvação, aleluia. (Cf. MR: 1Pd 2, 2) Sl. Exultai no Senhor, nossa força, e ao Deus de Jacó aclamai! (Cf. LH: Sl 80, 2)

Glória

Glória a Deus nas alturas,
e paz na terra aos homens por Ele amados.
Senhor Deus, rei dos céus,
Deus Pai todo-poderoso.
Nós vos louvamos,
nós vos bendizemos,
nós vos adoramos,
nós vos glorificamos,
nós vos damos graças
por vossa imensa glória.
Senhor Jesus Cristo, Filho Unigênito,
Senhor Deus, Cordeiro de Deus,
Filho de Deus Pai.
Vós que tirais o pecado do mundo,
tende piedade de nós.
Vós que tirais o pecado do mundo,
acolhei a nossa súplica.
Vós que estais à direita do Pai,
tende piedade de nós.
Só Vós sois o Santo,
só vós, o Senhor,
só vós, o Altíssimo,
Jesus Cristo,
com o Espírito Santo,
na glória de Deus Pai.
Amém.

Coleta

Ó Deus de eterna misericórdia, na festa anual da Páscoa reacendeis a fé do povo a vós consagrado. Aumentai a graça que destes, para que todos compreendam melhor o Batismo que os lavou, o Espírito que os regenerou, e o sangue que os redimiu. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus, e convosco vive e reina, na unidade do Espírito Santo, por todos os séculos dos séculos.

Primeira Leitura (At 4, 32-35)


Leitura dos Atos dos Apóstolos


A multidão dos fiéis era um só coração e uma só alma. Ninguém considerava como próprias as coisas que possuía, mas tudo entre eles era posto em comum.

33Com grandes sinais de poder, os apóstolos davam testemunho da ressurreição do Senhor Jesus. E os fiéis eram estimados por todos.

34Entre eles ninguém passava necessidade, pois aqueles que possuíam terras ou casas vendiam-nas, levavam o dinheiro, 35e o colocavam aos pés dos apóstolos. Depois, era distribuído conforme a necessidade de cada um.

— Palavra do Senhor.

— Graças a Deus.


Salmo Responsorial (Sl 117)


℟. Dai graças ao Senhor, porque ele é bom; “eterna é a sua misericórdia!”


— A casa de Israel agora o diga: “Eterna é a sua misericórdia!” A casa de Aarão agora o diga: “Eterna é a sua misericórdia!” Os que temem o Senhor agora o digam: “Eterna é a sua misericórdia!” ℟.

— A mão direita do Senhor fez maravilhas, a mão direita do Senhor me levantou, a mão direita do Senhor fez maravilhas! Não morrerei, mas, ao contrário, viverei para cantar as grandes obras do Senhor! O Senhor severamente me provou, mas não me abandonou às mãos da morte. ℟.

— A pedra que os pedreiros rejeitaram tornou-se agora a pedra angular. Pelo Senhor é que foi feito tudo isso: que maravilhas ele fez a nossos olhos! Este é o dia que o Senhor fez para nós, alegremo-nos e nele exultemos! ℟.


https://youtu.be/BbZFCUGaoVc

Segunda Leitura (1Jo 5, 1-6)


Leitura da Primeira Carta de São João


Caríssimos: 1Todo o que crê que Jesus é o Cristo, nasceu de Deus, e quem ama aquele que gerou alguém, amará também aquele que dele nasceu. 2Podemos saber que amamos os filhos de Deus, quando amamos a Deus e guardamos os seus mandamentos. 3Pois isto é amar a Deus: observar os seus mandamentos. E os seus mandamentos não são pesados, 4pois todo o que nasceu de Deus vence o mundo. E esta é a vitória que venceu o mundo: a nossa fé. 5Quem é o vencedor do mundo, senão aquele que crê que Jesus é o Filho de Deus? 6Este é o que veio pela água e pelo sangue: Jesus Cristo. (Não veio somente com a água, mas com a água e o sangue.) E o Espírito é que dá testemunho, porque o Espírito é a Verdade.

— Palavra do Senhor.

— Graças a Deus.


℟. Aleluia, Aleluia, Aleluia.
℣. Acreditaste, Tomé, porque me viste. Felizes os que creram sem ter visto! (Jo 20, 29) ℟.

Evangelho (Jo 20, 19-31)


℣. O Senhor esteja convosco.

℟. Ele está no meio de nós.


℣. Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo João 

℟. Glória a vós, Senhor.


Ao anoitecer daquele dia, o primeiro da semana, estando fechadas, por medo dos judeus, as portas do lugar onde os discípulos se encontravam, Jesus entrou e, pondo-se no meio deles, disse: “A paz esteja convosco”. 20Depois dessas palavras, mostrou-lhes as mãos e o lado. Então os discípulos se alegraram por verem o Senhor.

21Novamente, Jesus disse: “A paz esteja convosco. Como o Pai me enviou, também eu vos envio”.

22E, depois de ter dito isso, soprou sobre eles e disse: “Recebei o Espírito Santo. 23A quem perdoardes os pecados, eles lhes serão perdoados; a quem os não perdoardes, eles lhes serão retidos”.

24Tomé, chamado Dídimo, que era um dos doze, não estava com eles quando Jesus veio. 25Os outros discípulos contaram-lhe depois: “Vimos o Senhor!” Mas Tomé disse-lhes: “Se eu não vir a marca dos pregos em suas mãos, se eu não puser o dedo nas marcas dos pregos e não puser a mão no seu lado, não acreditarei”.

26Oito dias depois, encontravam-se os discípulos novamente reunidos em casa, e Tomé estava com eles. Estando fechadas as portas, Jesus entrou, pôs-se no meio deles e disse: “A paz esteja convosco”.

27Depois disse a Tomé: “Põe o teu dedo aqui e olha as minhas mãos. Estende a tua mão e coloca-a no meu lado. E não sejas incrédulo, mas fiel”. 28Tomé respondeu: “Meu Senhor e meu Deus!” 29Jesus lhe disse: “Acreditaste, porque me viste? Bem-aventurados os que creram sem terem visto!”30Jesus realizou muitos outros sinais diante dos discípulos, que não estão escritos neste livro. 31Mas estes foram escritos para que acrediteis que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus, e, para que, crendo, tenhais a vida em seu nome.

— Palavra da Salvação.

— Glória a vós, Senhor.


Creio

Creio em Deus Pai todo-poderoso,
Criador do céu e da terra.
E em Jesus Cristo, seu único Filho, nosso Senhor,
Às palavras seguintes, até Virgem Maria, todos se inclinam.
que foi concebido pelo poder do Espírito Santo,
nasceu da Virgem Maria,
padeceu sob Pôncio Pilatos,
foi crucificado, morto e sepultado,
desceu à mansão dos mortos,
ressuscitou ao terceiro dia,
subiu aos céus,
está sentado à direita de Deus Pai todo-poderoso,
donde há de vir a julgar os vivos e os mortos.
Creio no Espírito Santo,
na santa Igreja Católica,
na comunhão dos santos,
na remissão dos pecados,
na ressurreição da carne
e na vida eterna. Amém.

Antífona do Ofertório

Angelus Dómini descéndit de caelo, et dixit muliéribus: quem quaéritis, surréxit, sicut dixit, allelúia. (Mt. 28, 2. 5. 6)


Vernáculo:
Um anjo do Senhor desceu do céu. Então o anjo falou às mulheres: Ele não está aqui! Ressuscitou, como havia dito! (Cf. Bíblia CNBB: Mt 28, 2. 5. 6)

Sobre as Oferendas

Senhor, nós vos pedimos: aceitai as oferendas do vosso povo (e dos que renasceram nesta Páscoa), para que, renovado(s) pela confissão do vosso nome e pelo Batismo, alcance(m) a felicidade eterna. Por Cristo, nosso Senhor.



Antífona da Comunhão

Coloca aqui a tua mão e reconhece o lugar dos cravos, e não sejas incrédulo, mas fiel, aleluia. (Cf. Jo 20, 27)
Mitte manum tuam, et cognósce loca clavórum, allelúia: et noli esse incrédulus, sed fidélis, allelúia, allelúia. (Io. 20, 27; ℣. Ps. 117, 1. 2. 5. 8. 10. 11. 13. 14. 15. 16. 17. 21. 22. 23. 24. 25. 26. 28. 29)
Vernáculo:
Coloca aqui a tua mão e reconhece o lugar dos cravos, e não sejas incrédulo, mas fiel, aleluia. (Cf. MR: Jo 20, 27)

Depois da Comunhão

Nós vos pedimos, Deus todo-poderoso: concedei que permaneça sempre em nossos corações o sacramento pascal que recebemos. Por Cristo, nosso Senhor.

Homilia do dia 07/04/2024
Meu Senhor e meu Deus!

“Acreditaste, porque me viste? Bem-aventurados os que creram sem terem visto!” (Jo 20, 29)

Celebramos o segundo domingo da Páscoa. Gostaria de falar deste domingo em duas partes: na primeira vamos meditar sobre o Evangelho de hoje; e na segunda vamos falar brevemente sobre a festa que a Igreja celebra neste domingo, a festa da Divina Misericórdia, tal como foi revelado e pedido por Jesus a Santa Faustina Kowalska.

Meditemos primeiro sobre o Evangelho

1. Neste segundo Domingo de Páscoa, devemos nos aprofundar no mistério da Ressurreição, que é o fato central e decisivo da nossa fé. No domingo passado vimos Jesus ressuscitar do reino dos mortos, hoje devemos tentar compreender o que é este mistério da Ressurreição.

2. O Evangelho de hoje nos fala de duas aparições do Senhor no Cenáculo: na primeira, no mesmo dia da Ressurreição, faltava o Apóstolo Tomé; na segunda, oito dias depois, no domingo seguinte, Tomé será o protagonista. “Enquanto as portas onde estavam os discípulos estavam fechadas (...) Jesus veio”. Portanto, já se percebe que a primeira coisa que São João nos ensina é que a Ressurreição consiste no misterioso fato de que Jesus de Nazaré, crucificado, morto e sepultado, voltou à vida. E antes de tudo, Jesus voltou à vida com o seu corpo transformado.

O seu corpo é diferente do nosso (e o nosso será como o dele no dia da ressurreição dos mortos); não se trata mais de uma carne fraca, cansada e sofredora; o Senhor não precisa mais descansar no barco, não tem mais sede para pedir à samaritana, nem tem medo para pedir a Simão Pedro que o console e o acompanhe na agonia do Getsêmani.

O seu corpo é um corpo glorioso que entra no Cenáculo apesar das portas estarem fechadas, que caminha com os discípulos de Emaús sem que eles o reconheçam. Mas, ao mesmo tempo, São João deixa bem claro que se trata do mesmo corpo transformado de Jesus. “Jesus veio (...) mostrou-lhes as mãos e o lado”. Não é um fantasma. O corpo de Jesus é um corpo glorioso, mas é um corpo. O Senhor não renuncia às suas feridas, pois estas agora são como medalhas de vitória, como pedras preciosas; elas são o preço da nossa conquista.

3. O mistério da Ressurreição é fundamental para a nossa fé; sem a ressurreição a nossa esperança seria vazia, por isso Deus quis que a verdade da Ressurreição fosse vista de forma visível e até palpável. E esta foi a missão da incredulidade de Tomé: “Se eu não vir a marca dos pregos nas suas mãos e colocar o meu dedo no lugar dos pregos e colocar a minha mão no seu lado, não acreditarei”. Certamente, este não é um homem que aceita na primeira conversa o que ouve. E Deus permitiu que esta falta de fé de Tomé nos desse a segurança da veracidade do seu corpo: “Põe aqui o teu dedo e olha as minhas mãos; estenda a mão e coloca-a ao meu lado”, disse-lhe o Senhor na segunda aparição.

4. Ele (Jesus) disse: “A paz esteja convosco”. Depois da Ressurreição, Jesus doa os seus tesouros aos apóstolos e cumpre as promessas que lhes foram feitas. Jesus havia prometido que voltaria para os seus discípulos (Jo 14, 18), e agora está entre eles. Ele havia prometido que lhes daria a paz (Jo 14, 27), e agora, aparecendo-lhes, diz duas vezes: “A paz esteja convosco!” Ele tinha prometido que lhes daria alegria (Jo 16, 20.22-23), e agora dá-lhes a plenitude da alegria: “Os discípulos alegraram-se ao ver o Senhor”. Ele havia prometido que os investiria numa missão (Jo 15, 16) e agora confia-lhes a sua própria missão: “Assim como o Pai me enviou, eu também vos envio”. Ele havia prometido o Espírito Santo (Jo 15, 26) e agora dá o Espírito Santo: “Recebei o Espírito Santo”.

5. Finalmente, a propósito da atitude inicial de incredulidade de Tomé e da sua seguinte fé “palpada”, Jesus pronuncia a última bem-aventurança que se encontra no Evangelho: “Acreditaste, por que me viste? Bem-aventurados os que creram sem terem visto!” É a bem-aventurança que se refere a nós; à nossa atitude diante da Ressurreição de Jesus: não colocamos os dedos em suas chagas, nem a mão em seu lado, mas acreditamos que Ele realmente triunfou sobre a morte, ressuscitou do túmulo e derrotou Satanás, nosso adversário. Não vimos, mas acreditamos confiando no testemunho de quem o viu ressuscitado. Nós, sem ver nem tocar, devemos fazer a mesma profissão de fé que Tomé fez: “Meu Senhor e meu Deus!”

A nossa fé é mais longa que as nossas mãos e vai mais longe que o nosso olhar, porque pode atravessar a história e olhar com os olhos do coração a Ressurreição do Senhor, e pode subir ao mais alto céu e contemplar Jesus no trono de Deus e entender que Ele é nosso Senhor e nosso verdadeiro Deus.

Neste dia peçamos à Maria, nossa Mãe, a mais ardente crente na ressurreição do seu Filho e a mais alegre no triunfo de Jesus, que nos conceda a fé firme dos apóstolos e a sua imensa felicidade de possuir Jesus.

Caros irmãos, hoje, no segundo domingo de Páscoa, a Igreja também celebra a Festa da Divina Misericórdia.

O culto a Divina Misericórdia nasce das revelações de Nosso Senhor a Santa Faustina Kowalska, santa que viveu na Polônia entre os anos 1905 e 1938, morrendo à idade de apenas 33 anos. Jesus lhe apareceu muitas vezes e lhe deu essa missão: fazer uma imagem que o reproduzisse como o ela o via e difundi-la no mundo inteiro: “Prometo a alma que venerar esta imagem que não perecerá, dizia Nosso Senhor. Também prometo que já na terra, mas em particular na hora da morte, a vitória sobre os seus inimigos. Eu o Senhor, a protegerei com os raios do meu Coração. Feliz quem vive na sua sombra, porque a mão da Justiça Divina não o atingirá! Protegerei as almas que difundirão o culto a minha misericórdia, por toda a sua vida; na hora de sua morte, não serei Juiz, mas Salvador”.

A imagem de Jesus Misericordioso reproduz a visão que Santa Faustina teve no dia 22 de fevereiro do ano 1931. Durante esta visão Jesus expressou o desejo que se pintasse o quadro com a escritura: Jesus, eu confio em Vós. A imagem representa o Cristo ressuscitado com os sinais da crucifixão nas mãos e nos pés; do coração traspassado, não visível no quadro, saem dois raios: um vermelho e outro claro. Figura da grande misericórdia de Deus que foi revelada no mistério pascal de Cristo e se atua plenamente hoje na Igreja que nos transmite os sacramentos. A Igreja tem o papel de ser fonte, na qual se buscam as graças e no mesmo tempo é sinal que recorda aos fiéis a necessidade de ter confiança em Deus e misericórdia ao próximo.

O Papa São João Paulo II, conterrâneo de Santa Faustina e contemporâneo a ela, foi quem a beatificou, canonizou e em maio de 2000, instituiu a Festa da Divina Misericórdia para toda a Igreja, decretando que a partir de então o segundo Domingo da Páscoa se passasse a chamar Domingo da Divina Misericórdia. Por meio desta apóstola da Misericórdia, a Irmã Faustina Kowalska, Jesus prometeu: “Neste dia, estão abertas as entranhas da minha Misericórdia. Derramo todo um mar de graças sobre as almas que se aproximam da fonte da Minha Misericórdia. A alma que se confessar e comungar alcançará o perdão das penas e culpas. Neste dia, estão abertas todas as comportas divinas pelas quais fluem as graças. Que nenhuma alma tenha medo de se aproximar de mim”.

A misericórdia é uma daquelas virtudes que se referem ao próximo mais recomendadas na Bíblia. “O misericordioso se faz bem a si mesmo; aquele que tem o coração duro, a si mesmo se prejudica” (Pv 11, 17); “Prefiro misericórdia ao sacrifício…” (Os 6, 6).

Nosso Senhor nos põe como modelo de misericórdia a seu próprio Pai: “Sede misericordiosos como vosso Pai celeste é misericordioso” (Lc 6, 36), e ademais, faz uma bem-aventurança para aqueles que a praticam: “Bem-aventurados os misericordiosos porque alcançarão misericórdia”.

Todas as obras de caridade que podemos exercer em benefício dos demais supõem em nosso próximo uma necessidade e em nós o desejo de remediá-la sob o impulso da virtude da misericórdia. Porque a misericórdia é um ato interior da caridade, que nos move a exercer a beneficência que seu ato exterior mais típico e característico.

Chama-se misericórdia porque o homem se compadece diante da miséria alheia. O nome misericórdia vem de “miserum cor”. E significa “miséria de coração”. E compaixão, significa “padecer com”, não “padecer junto a alguém”, senão padecer com alguém; assumir como próprio os padecimentos de outro, assim como Jesus Cristo, que assumiu as realidades humanas, exceto o pecado (cf. Hb 4, 15). Ele assumiu nossos pecados; não pecou, porém, assumiu, porque o que não se assume não se redime. Isso nos faz entender que a misericórdia é algo mais profundo que o simples incomodo pelo outro, é padecer com o outro.

Sendo a misericórdia a compaixão da miséria humana, acontece que as pessoas se doem pelos males ou misérias alheias pelo menos por dois motivos: ou porque amam ao próximo de tal maneira que seus males as afetam como se fossem próprios, ou porque o inconveniente alheio pode facilmente passar para elas fazendo-as ficar na mesma situação.

Acolhamos as graças que nascem do coração de Cristo e da Igreja, que ardem em desejos de misericórdia. A chave para entender a vida e os ensinamentos de Cristo e a mesma vida da Igreja é a misericórdia. Invoquemos, portanto, com toda confiança a Jesus misericordioso, para que tenha misericórdia de nós e do mundo inteiro.

Deus abençoe você!

Pe. Fábio Vanderlei, IVE

Nossa Missão
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Homilia Dominical | A Fé abre as portas da Misericórdia (2º Domingo da Páscoa)

Neste 2º Domingo da Páscoa, em que a Igreja celebra também a Festa da Divina Misericórdia, o Evangelho nos apresenta a mais bela profissão de fé de todo o Novo Testamento. São Tomé, ajoelhado diante de Jesus, tocando fisicamente suas chagas e sendo tocado espiritualmente pelo Ressuscitado, afirma: “Meu Senhor e meu Deus”. Assim se abriram as portas da misericórdia divina, de modo que Tomé recebeu, do peito aberto de Cristo, torrentes de graça.Ouça a homilia do Padre Paulo Ricardo para este domingo e perceba que, somente pela fé, temos acesso à infinita misericórdia de Deus.


https://youtu.be/8TadySKtL6U

Santo do dia 07/04/2024

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São João Batista de La Salle (Memória)
Local: Rouen, França
Data: 07 de Abril† 1719


João Batista nasceu em Reims, em 1651, da nobre e abastada família dos La Salle. Foi brilhante aluno na Sorbona de Paris. Em 1678, sacerdote e cônego, pode ser considerado com justiça um dos maiores inovadores da escola moderna.

Numa época em que até a cultura elementar constituía privilégio de poucos felizardos, João Batista compreendeu a urgência de organizar uma instrução adequada aos meninos das classes sociais mais pobres. Renunciou, portanto, à vida de cônego, convenceu do seu programa doze jovens de boa vontade e em 1684 fundou a congregação dos Irmãos das Escolas Cristãs. O santo fundador entendera que a educação dos jovens era verdadeira obrigação para todos. Normalmente nas escolas daquele tempo só eram recebidos os jovens destinados à política, à diplomacia e à chefia. João Batista sustentou o princípio da gratuidade e da universalidade da instrução.

Seus métodos revolucionários naturalmente encontraram a hostilidade de muitos. Na escola continuavam falando em latim e dando peso a matérias tradicionais. Nas escolas populares dos Irmãos adotou-se logo a língua materna e se introduziu ensinamento de caráter elementar e profissionalizante, que compreendia a leitura, a escrita, a ortografia, a matemática e o catecismo. As classes eram divididas em seções baseando-se no nível de desenvolvimento dos alunos: os mais adiantados deviam ajudar os colegas menos dotados. Mas as escolas lassallianas tinham sobretudo endereço profissional, para encaminhar os moços do povo a emprego bem remunerado.

Desenho industrial e exercícios práticos com vários instrumentos de trabalho tiveram o lugar que mereciam no calendário escolar. Porém, todo dia de aula devia ser iniciado com meia hora de religião, premissa sempre irrevogável em todas as escolas dos Irmãos, espalhadas por toda a terra. No começo da árdua missão, João Batista de La Salle pôde contar com o entusiasmo de doze voluntários que haviam aceito, como ele, vestir o hábito religioso e dedicar-se à instituição de escolas populares.

Quando morreu, em 7 de abril de 1719, em Rouen, a nova congregação era composta de duzentos membros distribuídos em 22 casas. Eram autênticos mestres, munidos de sólida cultura e também das virtudes que formam a bagagem do educador: a prudência, a sabedoria, a paciência, a bondade, o zelo, a piedade e a generosidade. Um dos educadores mais iluminados da Igreja, precursor dos métodos pedagógicos modernos, João Batista de La Salle foi canonizado em 1900.

Referência:
SGARBOSSA, Mario; GIOVANNI, Luigi. Um santo para cada dia. São Paulo: Paulus, 1983. 397 p. Tradução de: Onofre Ribeiro. Adaptações: Equipe Pocket Terço.

São João Batista de La Salle, rogai por nós!

Textos Litúrgicos © Conferência Nacional dos Bispos do Brasil