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Abstinência de carne

Memória Facultativa

São Pedro Claver, presbítero


Antífona de entrada

Vós sois justo, Senhor, e justa é a vossa sentença; tratai o vosso servo segundo a vossa misericórdia. (Sl 118, 137. 124)
Iustus es Dómine, et rectum iudícium tuum: fac cum servo tuo secúndum misericórdiam tuam. Ps. Beáti immaculáti in via: qui ámbulant in lege Dómini. (Ps. 118, 137. 124 et 1)
Vernáculo:
Vós sois justo, Senhor, e justa é a vossa sentença; tratai o vosso servo segundo a vossa misericórdia. (Cf. MR: Sl 118, 137. 124) Sl. Feliz o homem sem pecado em seu caminho, que na lei do Senhor Deus vai progredindo! (Cf. LH: Sl 118, 1)
Sugestão de melodia 

Coleta

Ó Deus, Pai de bondade, que nos redimistes e adotastes como filhos e filhas, concedei aos que creem no Cristo a verdadeira liberdade e a herança eterna. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

Primeira Leitura (1Cor 9, 16-19. 22b-27)


Leitura da Primeira Carta de São Paulo aos Coríntios


Irmãos, 16pregar o evangelho não é para mim motivo de glória. É antes uma necessidade para mim, uma imposição. Ai de mim se eu não pregar o evangelho! 17Se eu exercesse minha função de pregador por iniciativa própria, eu teria direito a salário. Mas, como a iniciativa não é minha, trata-se de um encargo que me foi confiado. 18Em que consiste então o meu salário? Em pregar o evangelho, oferecendo-o de graça, e sem usar os direitos que o evangelho me dá.

19Assim, livre em relação a todos, eu me tornei escravo de todos, a fim de ganhar o maior número possível. 22bCom todos, eu me fiz tudo, para certamente salvar alguns. 23Por causa do evangelho eu faço tudo, para ter parte nele. 24Acaso não sabeis que os que correm no estádio correm todos juntos, mas um só ganha o prêmio? Correi de tal maneira que conquisteis o prêmio. 25Todo atleta se sujeita a uma disciplina rigorosa em relação a tudo, e eles procedem assim, para receberem uma coroa corruptível. Quanto a nós, a coroa que buscamos é incorruptível!

26Por isso, eu corro, mas não à toa. Eu luto, mas não como quem dá murros no ar. 27Trato duramente o meu corpo e o subjugo, para não acontecer que, depois de ter proclamado a boa-nova aos outros, eu mesmo seja reprovado.

— Palavra do Senhor.

— Graças a Deus.


Salmo Responsorial (Sl 83)


℟. Quão amável, ó Senhor, é vossa casa!


— Minha alma desfalece de saudades e anseia pelos átrios do Senhor! Meu coração e minha carne rejubilam e exultam de alegria no Deus vivo! ℟.

— Mesmo o pardal encontra abrigo em vossa casa, e a andorinha ali prepara o seu ninho, para nele seus filhotes colocar: vossos altares, ó Senhor Deus do universo! vossos altares, ó meu Rei e meu Senhor! ℟.

— Felizes os que habitam vossa casa; para sempre haverão de vos louvar! Felizes os que em vós têm sua força, e se decidem a partir quais peregrinos! ℟.

— O Senhor Deus é como um sol, é um escudo, e largamente distribui a graça e a glória. O Senhor nunca recusa bem algum àqueles que caminham na justiça. ℟.


https://youtu.be/JCf356kA-dU
℟. Aleluia, Aleluia, Aleluia.
℣. Vossa palavra é a verdade; santificai-nos na verdade! (Cf. Jo 17, 17b. a) ℟.

Evangelho (Lc 6, 39-42)


℣. O Senhor esteja convosco.

℟. Ele está no meio de nós.


℣. Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo  segundo Lucas 

℟. Glória a vós, Senhor.


Naquele tempo, 39Jesus contou uma parábola aos discípulos: “Pode um cego guiar outro cego? Não cairão os dois num buraco? 40Um discípulo não é maior do que o mestre; todo discípulo bem formado será como o mestre. 41Por que vês tu o cisco no olho do teu irmão, e não percebes a trave que há no teu próprio olho?

42Como podes dizer a teu irmão: Irmão, deixa-me tirar o cisco do teu olho, quando tu não vês a trave no teu próprio olho? Hipócrita! Tira primeiro a trave do teu olho, e então poderás enxergar bem para tirar o cisco do olho do teu irmão”.

— Palavra da Salvação.

— Glória a vós, Senhor.


Antífona do Ofertório

Orávi Deum meum ego Dániel, dicens: exáudi, Dómine, preces servi tui: illúmina fáciem tuam super sanctuárium tuum: et propítius inténde pópulum istum, super quem invocátum est nomen tuum, Deus. (Dan. 9, 4. (2.) 17. 19)


Vernáculo:
Orei ao Senhor meu Deus, eu, Daniel, confessando: escuta a oração e as súplicas do teu servo, mostra a tua face sobre o teu Santuário. Perdoa, Senhor! Pois teu nome foi invocado sobre a cidade e sobre o teu povo. (Cf. Bíblia CNBB: Dn 9, 4. (2.) 17. 19)

Sobre as Oferendas

Ó Deus, fonte da paz e da verdadeira piedade, concedei-nos, por esta oferenda, render-vos a devida homenagem e fazei que nossa participação na eucaristia reforce entre nós os laços da amizade. Por Cristo, nosso Senhor.



Antífona da Comunhão

Assim como a corça suspira pelas águas correntes, suspira, igualmente, minh'alma por vós, ó meu Deus! Minha alma tem sede de Deus, e deseja o Deus vivo! (Sl 41, 2-3)

Ou:


Eu sou a luz do mundo, diz o Senhor; aquele que me segue não anda nas trevas, mas terá a luz da vida. (Jo 8, 12)
Vovéte, et réddite Dómino Deo vestro, omnes qui in circúitu eius affértis múnera: terríbili, et ei qui aufert spíritum príncipum: terríbili apud omnes reges terrae. (Ps. 75, 12. 13; ℣. Ps. 75, 2. 3. 4. 5-6a. 9. 10)
Vernáculo:
Ao vosso Deus fazei promessas e as cumpri; vós que o cercais, trazei ofertas ao Terrível; ele esmaga os reis da terra em seu orgulho, e faz tremer os poderosos deste mundo! (Cf. LH: Sl 75, 12. 13)
Sugestão de melodia 

Depois da Comunhão

Ó Deus, que nutris e fortificais vossos fiéis com o alimento da vossa palavra e do vosso pão, concedei-nos, por estes dons do vosso Filho, viver com ele para sempre. Por Cristo, nosso Senhor.

Homilia do dia 09/09/2022
A soberba nos cega

“Hipócrita! Tira primeiro a trave do teu olho, e então poderás enxergar bem para tirar o cisco do olho do teu irmão”.

O juízo temerário (cf. Mt 7, 1-5; 10, 24s; 15, 14; Lc 6, 37-42; Mc 4, 24b). — Após ter consignado os principais fundamentos da caridade fraterna, o escritor sagrado refere agora um aviso de Cristo àqueles que, sem fazer caso dos próprios, acusam duramente os defeitos alheios. — Não julgueis, isto é, não condeneis a conduta e a intenção dos outros, e não sereis julgados; porque do mesmo modo que julgardes, sereis também vós julgados etc., isto é, assim como tratardes os outros, assim também vos tratará Deus, com a mesma dureza com que julgares sereis julgados por Ele. Com razão nos adverte S. Agostinho: “Julguemos pois o que é manifesto, mas do que é oculto deixemos a Deus o juízo. Não repreendamos, portanto, o que não soubermos com que ânimo foi feito, nem repreendamos de tal forma o que é manifesto que deixemos a perder a esperança da salvação” (De serm. Domini in monte II 18, 60).

Em seguida, com a imagem, tirada talvez de algum provérbio popular [1], de alguém que corrige o irmão por ter um cisco no olho, embora ele mesmo tenha não um cisco, mas uma trave, condena o Senhor a tolice e a hipocrisia daqueles que veem os defeitos mais leves do próximo, mas não os seus próprios e graves defeitos. — Esta flecha tem por alvo sobretudo os fariseus; mas a doutrina, como se vê, é universal e engloba a todos os que padecem deste vício, e principalmente os ministros da Igreja que, ao cumpriem o dever de corrigir, mostram às vezes ter as mesmas manchas — e até mais graves! — que corrigem.

Observações. — As palavras de Cristo neste Evangelho, entre outras coisas, condenam dois pecados e aconselham duas virtudes. — 1) Condenam a cegueira tanto a) da vã suspeita, que é propensão da inteligência, deliberadamente procurada ou admitida, a julgar sobre alguma coisa, em particular sobre algum mal do próximo, sem razão suficiente, quanto b) do juízo temerário, que é o assentimento firme da inteligência, sem razão suficiente, sobre coisas duvidosas e incertas, em particular sobre pecados e vícios do próximo. — 2) E aconselha a sensatez de a) tratar com prudente desconfiança as próprias intenções e juízos, sob os quais ocultamos muitas vezes os nossos pecados para, revelando os do próximo, nos sentirmos superiores a ele: “Não vês a trave no teu próprio olho?”, b) nem admitir juízos negativos sobre ninguém senão por motivos proporcionados ou expor, salvo por razões de grave necessidade, os pecados ocultos de outrem: “Então poderás enxergar bem para tirar o cisco do olho do teu irmão”.

Deus abençoe você!

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Homilia Diária | Como curar a nossa cegueira? (Sexta-feira da 23.ª Semana do Tempo Comum)

A soberba é como um verme que nos rói não só as intenções, mas a própria retina da alma. É por orgulho que nos tornamos míopes para os nossos pecados, mas vemos com lupa os menores defeitos do próximo. Hipócritas! Tiremos primeiro a trave do nosso olho, e só então, com a vista limpa, poderemos julgar sem temeridade o cisco do irmão e ajudá-lo, sem presunção, a se limpar.Assista à homilia do Padre Paulo Ricardo para esta sexta-feira, dia 9 de setembro, e medite conosco mais uma página do santo Evangelho!


https://youtu.be/8yQFPNZ2Lj0

Santo do dia 09/09/2022


São Pedro Claver (Memória Facultativa)
Local: Cartagena, Espanha
Data: 09 de Setembro † 1654


Pedro Claver nasceu em Verdu, na Espanha, em 1580, mas viveu e se santificou na América Espanhola, mais exatamente na região, hoje, da Colômbia. Fez os estudos no colégio dos jesuítas em Barcelona e entrou na Companhia de Jesus com 21 anos. Feito o noviciado, estudou filosofia em um colégio da ilha de Maiorca. Com 29 anos foi destinado como missionário a Cartagena, porto da Colômbia. Pedro Claver era chamado a ser o anjo tutelar de centenas de milhares de escravos oriundos da África.

Para se compreender a ação apostólica de Pedro Claver é preciso entrar um pouco na realidade do tráfico de escravos da África para as Américas. Cartagena era um dos três portos negreiros da América Espanhola. Aí chegavam, cada ano, de 12 a 14 navios carregados de escravos. A situação era tão penosa e desumana, que uma terça parte morria na travessia do oceano. Os escravos eram conservados em porões escuros, úmidos, de ar mofado, amarrados pés e mãos com argolas. Dava-se-lhes uma só refeição por dia, feita de um pouco de farinha de milho ou só milho cru e água. Com este tratamento bestial, os escravos chegavam famintos ao porto e eram amontoados em barracões imundos. Lá ficavam os infelizes, sem tratamento, encurralados, famintos, seminus, numa promiscuidade de idade e de sexo, expostos aos olhares curiosos e irreverentes do povo, até ao dia da venda em praça pública. O albergue dos escravos era um verdadeiro inferno. O mercado dos escravos foi, sem dúvida, a página mais vergonhosa da colonização das Américas.

Muitos missionários levantaram a voz contra esta desumanidade, mas os que protestavam sofriam perseguições e eram afastados. Foi neste ambiente que, por quarenta anos, atuou incansavelmente Pedro Claver. Passava o tempo a lavar seus corpos, a curar suas chagas, a falar-lhes, por meio de intérpretes, as palavras de consolo e de esperança. Procurava instruí-los na religião cristã. Por suas mãos, durante quarenta anos, passaram mais de trezentos mil escravos. E, dentro da mentalidade do tempo, acabava batizando a maior parte deles.

Também o nosso santo protestou contra o comércio dos escravos e foi por isso, muitas vezes, malvisto e perseguido pelos violadores dos mais fundamentais direitos do ser humano. Só mais tarde a história lhe deu razão, e a Colômbia, que queria abafar sua voz e seu exemplo, hoje considera-o como protetor da nação.

Sua atividade apostólica foi muito além do cuidado prestado aos escravos que chegavam da África, sobretudo de Angola e do Congo, ao porto de Cartagena. Costumava também visitar os escravos em seu ambiente de trabalho.

Pedro Claver sofreu muito nos últimos anos de vida, inclusive de abandono por parte dos mais próximos. Doente, atacado pela peste, sobreviveu, mas não mais recuperou a saúde. Atendia ainda às pessoas que o procuravam. Permanecia, porém, quase todo o tempo em sua cela, não somente inativo, mas até mesmo esquecido e abandonado. Pedro Claver foi deixado aos cuidados de um jovem escravo, que se mostrava impaciente e rude para com o homem idoso, e às vezes o abandonava durante dias seguidos sem socorro, sem lhe dar qualquer atenção.

A notícia do seu fim iminente, no entanto, se espalhou por toda a cidade. Todos logo se lembraram novamente do santo e inúmeras pessoas acorreram para junto dele. Sua cela foi despojada de tudo quanto pudesse servir de relíquia. São Pedro Claver veio a falecer no dia da Natividade de Nossa Senhora, 8 de setembro de 1654. Tinha 73 anos de idade.

As autoridades civis, que não tinham visto com bons olhos sua solicitude para com os simples escravos negros, e o clero, que tinha considerado seu zelo indiscreto, e sua energia desperdiçada, agora rivalizavam entre si para poder honrar-lhe devidamente a memória. Os negros e os índios providenciaram uma Missa por conta própria, para a qual convidaram as autoridades espanholas. Foi canonizado por Leão XIII em 1888.

A Oração coleta apresenta São Pedro Claver como escravo dos escravos como ele próprio, por voto, se havia identificado. Vale a pena apresentar por extenso sua tradução: Ó Deus, fizestes São Pedro escravo dos escravos e, no serviço a eles, o fortalecestes com admirável caridade e paciência. Concedei-nos, por sua intercessão, procurando sempre o que é de Cristo, amar o próximo pelas obras e na verdade.

O Ofício das Leituras apresenta um trecho de suas Cartas, onde descreve sua ação de bom samaritano, juntamente com companheiros seus em favor dos escravos negros trazidos da África em estado lastimável. Sua atividade pode ser resumida assim: Evangelizar os pobres, curar os quebrantados do coração, pregar aos prisioneiros a libertação.

A caridade cristã, na forma de dedicação espiritual e corporal aos mais necessitados, alcançou na vida de Pedro Claver uma grandeza simplesmente insuperável, tanto assim que Leão XIII, por ocasião de sua canonização, chegou a afirmar: "Pedro Claver é o santo que mais me impressionou depois da vida de Cristo".

Referência:
BECKHÄUSER, Frei Alberto. Os Santos na Liturgia: testemunhas de Cristo. Petrópolis: Vozes, 2013. 391 p. Adaptações: Equipe Pocket Terço.

São Pedro Claver, rogai por nós!

Textos Litúrgicos © Conferência Nacional dos Bispos do Brasil