09 Dom
Mar
10 Seg
Mar
11 Ter
Mar
12 Qua
Mar

6ª feira da 2ª Semana da Quaresma

Apoiadores do Pocket Terço
Terço com imagens no Youtube
Reze os Mistérios Dolorosos com imagens
Abstinência de carne

Antífona de entrada

Senhor, eu ponho em vós minha esperança; que eu não fique envergonhado eternamente! Retirai-me desta rede traiçoeira, porque sois o meu refúgio protetor! (Cf. Sl 30, 2. 5)
Ego autem cum iustítia apparébo in conspéctu tuo: satiábor, dum manifestábitur glória tua. Ps. Exáudi Dómine iustítiam meam: inténde deprecatiónem meam. (Ps. 16, 15 et 1)
Vernáculo:
Mas eu verei, justificado, a vossa face e ao despertar me saciará vossa presença. Sl. Ó Senhor, ouvi a minha justa causa, escutai-me e atendei o meu clamor! (Cf. LH: Sl 16, 15 e 1)

Coleta

Purificai-nos, ó Deus todo-poderoso, para que, pelo fervor da penitência quaresmal, cheguemos de coração sincero à Páscoa que se aproxima. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus, e convosco vive e reina, na unidade do Espírito Santo, por todos os séculos dos séculos.

Primeira Leitura — Gn 37, 3-4. 12-13a. 17b-28

 

Leitura do Livro do Gênesis


3Israel amava mais a José do que a todos os outros filhos, porque lhe tinha nascido na velhice. E por isso mandou fazer para ele uma túnica de mangas longas. 4Vendo os irmãos que o pai o amava mais do que a todos eles, odiavam-no e já não lhe podiam falar pacificamente.

12Ora, como os irmãos de José tinham ido apascentar o rebanho do pai em Siquém, 13adisse Israel a José: “Teus irmãos devem estar com os rebanhos em Siquém. Vem, vou enviar-te a eles”.

17bPartiu, pois, José atrás de seus irmãos e encontrou-os em Dotaim. 18Eles, porém, tendo-o visto ao longe, antes que se aproximasse, tramaram a sua morte. 19Disseram entre si: “Aí vem o sonhador! 20Vamos matá-lo e lançá-lo numa cisterna, depois diremos que um animal feroz o devorou. Assim veremos de que lhe servem os sonhos”.

21Rúben, porém, ouvindo isto, disse-lhes: 22“Não lhe tiremos a vida”! E acrescentou: “Não derrameis sangue, mas lançai-o naquela cisterna do deserto, e não o toqueis com as vossas mãos”. Dizia isto, porque queria livrá-lo das mãos deles e devolvê-lo ao pai. 23Assim que José chegou perto dos irmãos, estes despojaram-no da túnica de mangas longas, pegaram nele 24e lançaram-no numa cisterna que não tinha água. 25Depois, sentaram-se para comer. Levantando os olhos, avistaram uma caravana de ismaelitas, que se aproximava, proveniente de Galaad. Os camelos iam carregados de especiarias, bálsamo e resina, que transportavam para o Egito.

26E Judá disse aos irmãos: “Que proveito teríamos em matar nosso irmão e ocultar o seu sangue? 27É melhor vendê-lo a esses ismaelitas e não manchar nossas mãos, pois ele é nosso irmão e nossa carne”. Concordaram os irmãos com o que dizia.

28Ao passarem os comerciantes madianitas, tiraram José da cisterna, e por vinte moedas de prata o venderam aos ismaelitas: e estes o levaram para o Egito.

— Palavra do Senhor.

— Graças a Deus.


Salmo Responsorial — Sl 104(105), 16-17. 18-19. 20-21 (R. 5a)


℟. Lembrai sempre as maravilhas do Senhor!


— Mandou vir, então, a fome sobre a terra e os privou de todo pão que os sustentava; um homem enviara à sua frente, José que foi vendido como escravo. ℟.

— Apertaram os seus pés entre grilhões e amarraram seu pescoço com correntes, até que se cumprisse o que previra, e a palavra do Senhor lhe deu razão. ℟.

— Ordenou, então, o rei que o libertassem, o soberano das nações mandou soltá-lo; fez dele o senhor de sua casa, e de todos os seus bens o despenseiro. ℟.


https://youtu.be/1kVMGX3Px_A
℟. Jesus Cristo, sois bendito, sois o Ungido de Deus Pai!
℣. Deus o mundo tanto amou que lhe deu seu próprio Filho, para que todo o que nele crer encontre vida eterna. (Jo 3, 16) ℟.

Evangelho — Mt 21, 33-43. 45-46


℣. O Senhor esteja convosco.

℟. Ele está no meio de nós.


℣. Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo  segundo Mateus 

℟. Glória a vós, Senhor.


Naquele tempo, dirigindo-se Jesus aos chefes dos sacerdotes e aos anciãos do povo, disse-lhes: 33“Escutai esta outra parábola: Certo proprietário plantou uma vinha, pôs uma cerca em volta, fez nela um lagar para esmagar as uvas e construiu uma torre de guarda. Depois arrendou-a a vinhateiros, e viajou para o estrangeiro. 34Quando chegou o tempo da colheita, o proprietário mandou seus empregados aos vinhateiros para receber seus frutos.

35Os vinhateiros, porém, agarraram os empregados, espancaram a um, mataram a outro, e ao terceiro apedrejaram. 36O proprietário mandou de novo outros empregados, em maior número do que os primeiros. Mas eles os trataram da mesma forma. 37Finalmente, o proprietário, enviou-lhes o seu filho, pensando: ‘Ao meu filho eles vão respeitar’.

38Os vinhateiros, porém, ao verem o filho, disseram entre si: ‘Este é o herdeiro. Vinde, vamos matá-lo e tomar posse da sua herança!’ 39Então agarraram o filho, jogaram-no para fora da vinha e o mataram. 40Pois bem, quando o dono da vinha voltar, o que fará com esses vinhateiros?”

41Os sumos sacerdotes e os anciãos do povo responderam: “Com certeza mandará matar de modo violento esses perversos e arrendará a vinha a outros vinhateiros, que lhe entregarão os frutos no tempo certo”.

42Então Jesus lhes disse: “Vós nunca lestes nas Escrituras: ‘a pedra que os construtores rejeitaram tornou-se a pedra angular; isto foi feito pelo Senhor e é maravilhoso aos nossos olhos?” 43Por isso eu vos digo: o Reino de Deus vos será tirado e será entregue a um povo que produzirá frutos”.

45Os sumos sacerdotes e fariseus ouviram as parábolas de Jesus, e compreenderam que estava falando deles. 46Procuraram prendê-lo, mas ficaram com medo das multidões, pois elas consideravam Jesus um profeta.

— Palavra da Salvação.

— Glória a vós, Senhor.


Antífona do Ofertório

Domine, in auxílium meum réspice: confundántur et revereántur, qui quaerunt ánimam meam, ut áuferant eam: Dómine, in auxílium meum réspice. (Ps. 39, 14. 15)


Vernáculo:
Dignai-vos, Senhor, libertar-me, vinde logo, Senhor, socorrer-me! De vergonha e vexame enrubesçam, os que buscam roubar a minha vida. Humilhados recuem e voltem, os que sentem prazer em meus males. Vinde logo, Senhor, socorrer-me! (Cf. Sal.: Sl 39, 14. 15)

Sobre as Oferendas

Nós vos pedimos, ó Deus, que a vossa misericórdia prepare os vossos fiéis e os leve, por uma vida santa, à plenitude dos mistérios que celebramos. Por Cristo, nosso Senhor.



Antífona da Comunhão

Deus nos amou e enviou o seu Filho como vítima de reparação pelos nossos pecados. (1Jo 4, 10)
Tu Dómine servábis nos, et custódies nos a generatióne hac in aetérnum. (Ps. 11, 8; ℣. Ps. 11, 2. 3. 4. 5. 6. 7)
Vernáculo:
Vós, porém, ó Senhor Deus, nos guardareis para sempre, nos livrando desta raça! (Cf. LH: Sl 11, 8a)

Depois da Comunhão

Dai-nos, Senhor, caminhar de tal modo, que possamos alcançar a salvação eterna, cujo penhor acabamos de receber. Por Cristo, nosso Senhor.

Homilia do dia 21/03/2025


Os vinhateiros invejosos


Deus concede a cada um de seus filhos aquilo que lhe convém. Sem injustiças nem igualitarismos, o Senhor nos faz diferentes para que, como membros de um só e mesmo Corpo Místico, aprendamos a depender e a precisar uns dos outros.

Hoje, o Evangelho nos apresenta a parábola dos vinhateiros homicidas. A vinha, como sabemos, representa o Povo de Deus; o herdeiro assassinado, o próprio Cristo Jesus; os algozes, enfim, fazem as vezes dos sumos sacerdotes e fariseus. Somos aqui confrontados com uma dinâmica a que poderíamos chamar "contraditória". Temos, de um lado, a realidade da eleição divina: é Deus quem escolhe os seus eleitos, cumulando-os com graças e dons convenientes; de outro lado, deparamos com a atitude invejosa dos vinhateiros, infelizes com aquilo que receberam: "Este é o herdeiro. Vinde, vamos matá-lo e tomar posse da sua herança!" O Senhor, por fim, conclui essa parábola com aquelas fortes palavras do salmista: "A pedra que os construtores rejeitaram tornou-se a pedra angular" (Sl 118, 22).Vemos aqui como que um resumo da história dos justos, desde Abel, dileto de Deus e morto por causa da inveja de Caim, passando por José, destinado a salvar os hebreus e vendido como escravo pelos próprios irmãos, até enfim chegarmos a Jesus, sobre o qual toda injustiça e inveja humanas recaem furiosas e avassaladores, a ponto de reduzirem à mais ignominiosa morte o Senhor da verdadeira vida. Assistimos, desde sempre atuante na história humana, ao mesmo princípio que fez Satanás e seus sequazes revoltarem-se contra Deus: "Eu subirei ao céu, acima das estrelas de Deus exaltarei o meu trono", dissera no início de sua rebelião o pai da mentira, "e no monte da congregação me assentarei, aos lados do norte. Subirei sobre as alturas das nuvens, e serei semelhante ao Altíssimo" (Is 14, 13s).Eis aí a inveja e a soberba demoníacas; eis aí a dinâmica de revolta contra o Pai de misericórdias que, desde a formação dos céus e da terra, clama por justiça. É a revolta contra o estado em que o Senhor nos pôs; é a indignação com o modo — "muito bom" (cf. Gn 1, 31) — com que Ele nos formou; é a insatisfação com os dons, variados e desiguais, com que Ele presenteia e orna cada um de seus filhos, chamados a formar, como membros diversos num só corpo, a mesma família. Pois o Senhor nos faz diferentes para que dependamos e precisemos uns dos outros e reconheçamos a nossa insuficiência, a nossa pequenez. Volvamos hoje os olhos para o Cristo, perfeito homem e inteiramente Deus; contemplemos nele o cúmulo de todas as virtudes, a sublimidade de toda sabedoria, a profundidade de tão grande e divino amor. Que o Senhor afaste do nosso coração toda sombra de inveja e nos encha de alegria ao vermos as graças concedidas a nossos irmãos, também eles chamados e eleitos por Deus.

Deus abençoe você!

Nossa Missão
Evangelize com o Pocket Terço: pocketterco.com.br/ajude

Santo do dia 21/03/2025

São Nicolau de Flüe (Memória Facultativa)
Local: Flüeli-Ranft, Suiça
Data: 21 de Março † 1487


Nicolau de Fluelen, mais conhecido por Irmão Klaus, tem enorme popularidade na Suíça, da qual foi proclamado padroeiro por Pio XII e onde é festejado no dia 25 de dezembro. Nasceu no ano de 1417 em Fluelen, perto de Sachseln, no Cantão de Obwalden. Embora quisesse adotar a vida eremítica, não conseguiu fugir de alguns cargos civis: conselheiro, juiz e deputado.

Em 1445 casou-se com Doroteia Wyss: tiveram cinco filhos e cinco filhas. Um deles foi vigário de Sachseln e um neto, Conrado, morreu santo. Solicitado por Matias de Bolsheim e Aimo Angrund, entrou em contato com os Gottesfreunde (amigos de Deus). Era um movimento religioso. Sua esposa opunha-se aos seus planos de solidão. Só depois que completou os 50 anos, em junho de 1467, pôde partir para a Alsácia. Porém, o Senhor queria-o bem mais próximo das regiões habitadas.

Ele julgava-se um fracassado. A sua vida santa e o seu rigoroso jejum chamaram logo a atenção dos vizinhos. Existem provas históricas e testemunhos incontestáveis de que passou um período de 19 anos e meio alimentando-se unicamente com a eucaristia. Decidiu então habitar no Ranft, um barranco solitário perto de Fluelen. Saía só para a missa e quando a pátria precisou dele em 1473, diante da ameaça austríaca, e em 1481 e 1482, quando esteve para estourar a guerra civil. Os bons resultados dessas intervenções propiciaram-lhe o título de “pai da pátria”.

Sua mais frequente oração era: “Ó meu Deus e meu Senhor, afastai de mim tudo o que me afasta de vós. Ó meu Senhor e meu Deus, dá-me tudo o que me aproxima de ti. Ó meu Senhor e meu Deus, livra-me de mim mesmo e conceda-me possuir somente a ti”.

Edificados por suas orações e penitências, seus vizinhos edificaram-lhe uma ermida e uma capela. Foi consagrada em 1469. São Nicolau morreu no dia em que completou 70 anos (1487). Foi canonizado em 1947 por Pio XII.

Referência:
SGARBOSSA, Mario; GIOVANNI, Luigi. Um santo para cada dia. São Paulo: Paulus, 1983. 397 p. Tradução de: Onofre Ribeiro. Adaptações: Equipe Pocket Terço.

São Nicolau de Flüe, rogai por nós!


Textos Litúrgicos © Conferência Nacional dos Bispos do Brasil