Nome: Natividade de Nossa Senhora (Festa)
Data: 08 de Setembro

Esta celebração, inicialmente, era própria da Igreja de Jerusalém que, já no século V, a comemorava numa basílica construída no lugar da Piscina Probática, onde a tradição localizava, perto do templo, a casa de Joaquim e Ana. Hoje é a basílica de Santana. No século VI a festa se estendeu para todo o Oriente e foi introduzida em Roma pelo papa sírio Sérgio I em fins do século VII.

A Liturgia apresenta três comemorações de nascimentos. O de Jesus Cristo, de São João Batista e de Maria. Esta comemoração realça as prerrogativas da Virgem Maria em relação a Cristo. A natividade da Virgem liga-se estreitamente à vida do Messias, como promessa, preparação e fruto da salvação. É cantada como aurora que precede o Sol de Justiça. Maria preanuncia ao mundo toda a alegria do Salvador. Esta festa é chamada também de Nossa Senhora da Luz, devoção bastante espalhada pelo Brasil, devoção expressa também no nome de numerosas mulheres com o nome de Natividade.

Na Marialis cultus Paulo VI afirma a respeito desta festa: "Além destas solenidades, devem ser consideradas também, antes de mais, aquelas celebrações que comemoram eventos salvíficos, em que a Virgem Maria esteve intimamente associada ao Filho, como são as seguintes festas: a da Natividade de Maria (8 de setembro), que constitui para o mundo inteiro motivo de esperança e aurora da salvação" (cf. n. 7).

Embora as Sagradas Escrituras não nos informem sobre o nascimento de Maria, nem de seus pais, que pela literatura apócrifa e a tradição cristã são chamados de Joaquim e Ana, a Igreja celebra o mistério do nascimento de Maria. A festa da Natividade da Bem-aventurada Virgem Maria constitui certamente um desdobramento de sua Imaculada Conceição e da sua maternidade divina.

A leitura da festa apresenta dois textos: Leitura da Profecia de Miqueias que diz: Deus deixará seu povo ao abandono, até ao tempo em que uma mãe der à luz, ou da Carta de São Paulo aos Romanos: Aqueles que Deus predestinou, também os chamou (Rm 8, 30). O Evangelho lança a Virgem Maria, noiva de José, na genealogia de Jesus: O que nela foi gerado vem do Espírito Santo.

Os formulários da Missa cantam a Virgem Santíssima como a aurora da salvação. A Antífona da entrada caracteriza bem o enfoque das diversas orações: Celebramos com alegria o nascimento da Virgem Maria: por ela nos veio o Sol da justiça, o Cristo, nosso Deus.

A Oração coleta evoca os tesouros da graça que nos vêm por Maria, pois como a maternidade de Maria foi a aurora da salvação, a festa do seu nascimento aumente em nós a vossa paz.

A Oração sobre as oferendas coloca no centro a mediação do Filho que, ao nascer da Virgem Mãe, não diminuiu, mas consagrou a sua integridade.

A Oração depois da Comunhão pede a Deus que a Igreja, renovada pelos sagrados mistérios, exulte de alegria, pois nos alegramos pelo nascimento de Maria, que foi para o mundo inteiro esperança e aurora da salvação. Maria é, pois, comemorada como aurora da salvação, como aurora do Sol que nasce, Jesus Cristo, nosso Senhor e Salvador.

Enfim, os hinos de Laudes e Vésperas, bem como as Antífonas, merecem uma meditação plena de alegria. Diante de cada uma das Antífonas poderemos repousar, meditar e bendizer a Deus pelas maravilhas realizadas na Mãe do Senhor, a Santíssima Virgem Maria.

Referência:
BECKHÄUSER, Frei Alberto. Os Santos na Liturgia: testemunhas de Cristo. Petrópolis: Vozes, 2013. 391 p. Adaptações: Equipe Pocket Terço.

Oração à Natividade de Nossa Senhora

Ó, Maria Santíssima, eleita e destinada ao eterno pela augustíssima Trindade para mãe do Unigênito Filho do Pai, anunciada pelos profetas, esperada pelos patriarcas e desejada por todas as gentes, sacrário e templo vivo do Espírito Santo, sol sem mancha, porque fostes concebida sem pecado original, Senhora do Céu e da Terra, Rainha dos céus e dos anjos! Nós, humildemente prostrados, vos veneramos e nos alegramos pela solene comemoração anual de vosso felicíssimo nascimento. E do mais íntimo de nosso coração, nós vos suplicamos que vos digneis, benigna, vir a nascer, espiritualmente, em nossas almas, para que, cativadas estas por vossa amabilidade e doçura, vivam sempre unidas ao vosso dulcíssimo e amabilíssimo Coração. Amém!

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