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Antífona de entrada

Aclamai a Deus, toda a terra, cantai a glória de seu nome, rendei-lhe glória e louvor, aleluia! (Sl 65, 1-2)
Iubiláte Deo omnis terra, allelúia: psalmum dícite nómini eius, allelúia: date glóriam laudi eius, allelúia, allelúia, allelúia. Ps. Dícite Deo, quam terribília sunt ópera tua, Dómine! In multitúdine virtútis tuae mentiéntur tibi inimíci tui. (Ps. 65, 1. 2. 3)
Vernáculo:
Aclamai a Deus, toda a terra, cantai a glória de seu nome, rendei-lhe glória e louvor, aleluia! (Cf. MR: Sl 65, 1-2) Sl. Dizei a Deus: Como são grandes vossas obras! Pela grandeza e o poder de vossa força, vossos próprios inimigos vos bajulam. (Cf. LH: Sl 65, 3)

Glória

Glória a Deus nas alturas,
e paz na terra aos homens por Ele amados.
Senhor Deus, rei dos céus,
Deus Pai todo-poderoso.
Nós vos louvamos,
nós vos bendizemos,
nós vos adoramos,
nós vos glorificamos,
nós vos damos graças
por vossa imensa glória.
Senhor Jesus Cristo, Filho Unigênito,
Senhor Deus, Cordeiro de Deus,
Filho de Deus Pai.
Vós que tirais o pecado do mundo,
tende piedade de nós.
Vós que tirais o pecado do mundo,
acolhei a nossa súplica.
Vós que estais à direita do Pai,
tende piedade de nós.
Só Vós sois o Santo,
só vós, o Senhor,
só vós, o Altíssimo,
Jesus Cristo,
com o Espírito Santo,
na glória de Deus Pai.
Amém.

Coleta

Ó Deus, que o vosso povo sempre exulte pela sua renovação espiritual, para que, tendo recuperado agora com alegria a condição de filhos de Deus, espere com plena confiança o dia da ressurreição. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

Primeira Leitura (At 5, 27b-32. 40b-41)


Leitura dos Atos dos Apóstolos


Naqueles dias, os guardas levaram os apóstolos e os apresentaram ao Sinédrio. 27bO sumo sacerdote começou a interrogá-los, dizendo:

28“Nós tínhamos proibido expressamente que vós ensinásseis em nome de Jesus. Apesar disso, enchestes a cidade de Jerusalém com a vossa doutrina. E ainda nos quereis tornar responsáveis pela morte desse homem!”

29Então Pedro e os outros apóstolos responderam: “É preciso obedecer a Deus, antes que aos homens. 30O Deus de nossos pais ressuscitou Jesus, a quem vós matastes, pregando-o numa cruz. 31Deus, por seu poder, o exaltou, tornando-o Guia Supremo e Salvador, para dar ao povo de Israel a conversão e o perdão dos seus pecados. 32E disso somos testemunhas, nós e o Espírito Santo, que Deus concedeu àqueles que lhe obedecem”.

40bEntão mandaram açoitar os apóstolos e proibiram que eles falassem em nome de Jesus, e depois os soltaram. 41Os apóstolos saíram do Conselho, muito contentes, por terem sido considerados dignos de injúrias, por causa do nome de Jesus.

— Palavra do Senhor.

— Graças a Deus.


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Salmo Responsorial (Sl 29)


℟. Eu vos exalto, ó Senhor, porque vós me livrastes.


— Eu vos exalto, ó Senhor, pois me livrastes, e não deixastes rir de mim meus inimigos! Vós tirastes minha alma dos abismos e me salvastes, quando estava já morrendo! ℟.

— Cantai salmos ao Senhor, povo fiel, dai-lhe graças e invocai seu santo nome! Pois sua ira dura apenas um momento, mas sua bondade permanece a vida inteira; se à tarde vem o pranto visitar-nos, de manhã vem saudar-nos a alegria. ℟.

— Escutai-me, Senhor Deus, tende piedade! Sede, Senhor, o meu abrigo protetor! Transformastes o meu pranto em uma festa, Senhor meu Deus, eternamente hei de louvar-vos! ℟.


https://youtu.be/d7kYz5eSASI
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Segunda Leitura (Ap 5, 11-14)


Leitura do Livro do Apocalipse de São João


Eu, João, vi 11e ouvi a voz de numerosos anjos, que estavam em volta do trono, e dos Seres vivos e dos Anciãos. Eram milhares de milhares, milhões de milhões, 12e proclamavam em alta voz: “O Cordeiro imolado é digno de receber o poder, a riqueza, a sabedoria e a força, a honra, a glória, e o louvor”.

13Ouvi também todas as criaturas que estão no céu, na terra, debaixo da terra e no mar, e tudo o que neles existe, e diziam: “Ao que está sentado no trono e ao Cordeiro, o louvor e a honra, a glória e o poder para sempre”. 14Os quatro Seres vivos respondiam: “Amém”, e os Anciãos se prostraram em adoração daquele que vive para sempre.

— Palavra do Senhor.

— Graças a Deus.


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℟. Aleluia, Aleluia, Aleluia.
℣. Jesus Cristo ressurgiu, por quem tudo foi criado; ele teve compaixão do gênero humano. ℟.

Evangelho (Jo 21, 1-19)


℣. O Senhor esteja convosco.

℟. Ele está no meio de nós.


℣. Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo  segundo João 

℟. Glória a vós, Senhor.


Naquele tempo, 1Jesus apareceu de novo aos discípulos, à beira do mar de Tiberíades. A aparição foi assim: 2Estavam juntos Simão Pedro, Tomé, chamado Dídimo, Natanael de Caná da Galileia, os filhos de Zebedeu e outros dois discípulos de Jesus. 3Simão Pedro disse a eles: “Eu vou pescar”. Eles disseram: “Também vamos contigo”.

Saíram e entraram na barca, mas não pescaram nada naquela noite. 4Já tinha amanhecido, e Jesus estava de pé na margem. Mas os discípulos não sabiam que era Jesus. 5Então Jesus disse: “Moços, tendes alguma coisa para comer?” Responderam: “Não”.

6Jesus disse-lhes: “Lançai a rede à direita da barca, e achareis”. Lançaram pois a rede e não conseguiam puxá-la para fora, por causa da quantidade de peixes. 7Então, o discípulo a quem Jesus amava disse a Pedro: “É o Senhor!” Simão Pedro, ouvindo dizer que era o Senhor, vestiu sua roupa, pois estava nu, e atirou-se ao mar. 8Os outros discípulos vieram com a barca, arrastando a rede com os peixes. Na verdade, não estavam longe da terra, mas somente a cerca de cem metros. 9Logo que pisaram a terra, viram brasas acesas, com peixe em cima, e pão.10Jesus disse-lhes: “Trazei alguns dos peixes que apanhastes”.

11Então Simão Pedro subiu ao barco e arrastou a rede para a terra. Estava cheia de cento e cinquenta e três grandes peixes; e apesar de tantos peixes, a rede não se rompeu.

12Jesus disse-lhes: “Vinde comer”. Nenhum dos discípulos se atrevia a perguntar quem era ele, pois sabiam que era o Senhor. 13Jesus aproximou-se, tomou o pão e distribuiu-o por eles. E fez a mesma coisa com o peixe.

14Esta foi a terceira vez que Jesus, ressuscitado dos mortos, apareceu aos discípulos. 15Depois de comerem, Jesus perguntou a Simão Pedro: “Simão, filho de João, tu me amas mais do que estes?”

Pedro respondeu: “Sim, Senhor, tu sabes que eu te amo”. Jesus disse: “Apascenta os meus cordeiros”. 16E disse de novo a Pedro: “Simão, filho de João, tu me amas?” Pedro disse: “Sim, Senhor, tu sabes que eu te amo”. Jesus lhe disse: “Apascenta as minhas ovelhas”. 17Pela terceira vez, perguntou a Pedro: “Simão, filho de João, tu me amas?”

Pedro ficou triste, porque Jesus perguntou três vezes se ele o amava. Respondeu: “Senhor, tu sabes tudo; tu sabes que eu te amo”. Jesus disse-lhe: “Apascenta as minhas ovelhas.18Em verdade, em verdade te digo: quando eras jovem, tu te cingias e ias para onde querias. Quando fores velho, estenderás as mãos e outro te cingirá e te levará para onde não queres ir”. 19Jesus disse isso, significando com que morte Pedro iria glorificar a Deus. E acrescentou: “Segue-me”.

— Palavra da Salvação.

— Glória a vós, Senhor.


Creio

Creio em Deus Pai todo-poderoso,
Criador do céu e da terra.
E em Jesus Cristo, seu único Filho, nosso Senhor,
Às palavras seguintes, até Virgem Maria, todos se inclinam.
que foi concebido pelo poder do Espírito Santo,
nasceu da Virgem Maria,
padeceu sob Pôncio Pilatos,
foi crucificado, morto e sepultado,
desceu à mansão dos mortos,
ressuscitou ao terceiro dia,
subiu aos céus,
está sentado à direita de Deus Pai todo-poderoso,
donde há de vir a julgar os vivos e os mortos.
Creio no Espírito Santo,
na santa Igreja Católica,
na comunhão dos santos,
na remissão dos pecados,
na ressurreição da carne
e na vida eterna. Amém.

Antífona do Ofertório

Lauda ánima mea Dóminum: laudábo Dóminum in vita mea: psallam Deo meo, quámdiu ero, allelúia. (Ps. 145, 2)


Vernáculo:
Bendize, minh’alma, ao Senhor! Bendirei ao Senhor toda a vida, cantarei ao meu Deus sem cessar!(Cf. LH: Sl 145, 1-2)

Sobre as Oferendas

Acolhei, ó Deus, as oferendas da vossa Igreja em festa. Vós que sois a causa de tão grande júbilo, concedei-lhe também a eterna alegria. Por Cristo, nosso Senhor.



Antífona da Comunhão

Disse Jesus aos seus discípulos: Vinde, comei! E tomou o pão e lhes deu, aleluia! (Cf. Jo 21, 12-13)
Simon Ioánnis, díligis me plus his? Dómine, tu ómnia nosti: tu scis, Dómine, quia amo te. Allelúia. (Io. 21, 15. 17; ℣. Ps. 33)
Vernáculo:
Simão, filho de João, tu me amas mais do que estes? Sim, Senhor, tu sabes que te amo. (Cf. Bíblia CNBB: Jo 21, 15. 17)

Depois da Comunhão

Ó Deus, olhai com bondade o vosso povo e concedei aos que renovastes pelos vossos sacramentos a graça de chegar um dia à glória da ressurreição da carne. Por Cristo, nosso Senhor.

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Homilia do dia 01/05/2022
Jesus nos espera do outro lado

Ressuscitado, Jesus Cristo realizou diante de seus discípulos, à beira do mar, uma segunda pesca milagrosa. Depois de uma noite trabalhando sem pescar nada, imagem do cansaço da labuta desta vida, Jesus também nos espera do outro lado, pronto para se dar a nós em alimento.

Santo Tomás de Aquino, comentando essa terceira aparição de Cristo Ressuscitado aos Apóstolos, contrapõe-na àquela aparição em que acontece a primeira pesca milagrosa (cf. Lc 5, 1-11). Antes, Ele estava no barco para, agora, aparecer de manhã e na margem. Que sentido místico trazem consigo essas diferenças?

“Mane autem iam facto, diz o Evangelho. ‘Já ia a amanhecer’. Misticamente, pela manhã se entende a glória da ressurreição: ‘De tarde sobrevem o pranto e, de manhã, a alegria’ (Sl 29, 6), e também o estado da vida eterna: ‘Pela manhã vos invoco e espero’ (Sl 5, 5).

Todavia, quando realizou antes da paixão o mesmo milagre, Ele não ficou no litoral, mas dentro do barco. Por que depois da paixão Ele fica de pé na margem? A razão disso é que o mar significa a agitação do século presente, enquanto o litoral é o término do mar: ‘Está posta a areia como término do mar, preceito sempiterno, que ele não ultrapassará’ (Jr 5, 22). Assim, antes da paixão, Cristo ficou no mar, porque possuía um corpo mortal, mas, depois da ressurreição, já tinha vencido a corrupção da carne, pelo que ficou na margem.”

Essa leitura mística é importante para dar à nossa fé um impulso de esperança: Cristo está na barca de nossa vida em meio aos ventos e tempestades deste mundo e, ao mesmo tempo, Ele nos aguarda no litoral e tem preparado para nós um banquete, assim como preparou um para os Seus discípulos.

Antes disso, porém, Jesus pergunta aos discípulos se eles têm algo para comer. O significado místico desse gesto é indicado novamente por Santo Tomás: o Senhor pede de comer porque quer ser consolado por Seus discípulos — consolação que acontece de fato por meio da nossa obediência aos mandamentos de Deus, que é justamente o motor dessa segunda pesca milagrosa. Depois de uma noite inteira lançando por sua própria iniciativa as redes, os discípulos só têm sucesso quando, assistidos pelo Senhor, lançam as redes impulsionados por Sua palavra.

Já em terra firme, o Evangelho diz que Jesus prepara três coisas para os Apóstolos: “Logo que pisaram a terra, viram brasas acesas, com peixe em cima, e pão” (v. 9). É o Doutor Angélico, novamente, quem nos dá o significado dessas realidades:

“Por isso nos é dado a entender, de certo modo, o que é preparado por Cristo para o banquete espiritual. E se tomamos alegoricamente esse banquete como aquele da Igreja, Cristo também prepara estas três coisas.

Primeiro, as brasas acesas da caridade: ‘Agindo deste modo, brasas de fogo amontoarás sobre a sua cabeça’ (Pr 25, 21); ‘Enche a mão com brasas de fogo’ (Ez 10, 2). Tais brasas Cristo trouxe do Céu à terra, como Ele mesmo diz: ‘Dou-vos um novo mandamento, que vos ameis uns aos outros’ (Jo 13, 34), e ainda: ‘Fogo vim trazer à terra’ (Lc 12, 49).

Segundo, prepara sobre as brasas um peixe, que é Ele mesmo: porque o peixe assado é Cristo padecente (piscis assus Christus passus), que é posto sobre a brasa quando, em um incêndio de caridade, por nós é imolado na cruz, como diz S. Paulo: ‘Sede imitadores de Deus como filhos caríssimos, e andai no amor, assim como Cristo nos amou e se entregou por nós a Deus como oblação e hóstia em odor de suavidade’ (Ef 5, 1-2).

Prepara, por fim, os pães que nos refazem, pães que são Ele próprio. De fato, enquanto está escondido por Sua divindade, é chamado de peixe, cuja propriedade é esconder-se sob as águas: ‘És verdadeiramente um Deus escondido’ (Is 45, 15), mas, enquanto nos refaz por Sua doutrina e também nos dá o Seu corpo como alimento, Ele é verdadeiro pão: ‘Eu sou o pão da vida descido do céu’ (Jo 6, 51); ‘O pão dos frutos da tua terra será farto e abundante’ (Is 30, 23).”

Este é, pois, como que o quadro geral deste Evangelho: depois de uma noite trabalhando sem pescar nada, imagem do cansaço da labuta desta vida, Jesus espera-nos do outro lado, na margem, pronto para dar-nos a Si mesmo em alimento: o peixe, representando a Sua divindade, e o pão, a Sua humanidade — o Cristo todo, em suma.

Lancemos um olhar, agora, às diferentes reações dos Apóstolos, ainda sob a direção do Aquinate:

“João, perspicaz em conhecer, de imediato reconhece o Cristo e diz a Pedro, que ele amava mais do que os outros e que também era o primeiro entre todos: ‘É o Senhor’. Fê-lo movido pela pesca milagrosa, pois está escrito: ‘Tu dominas os mares com poder’ (Sl 88, 10), e ainda: ‘O Senhor faz tudo aquilo que quer, no céu e na terra, no mar e em todos os abismos’ (Sl 134, 6). Disse ainda, ‘É o Senhor’, porque com esse nome estavam acostumados a chamá-Lo, como atesta o próprio Jesus: ‘Vós me chamais mestre e senhor’ (Jo 13, 13).

Pedro, porém, é retratado fervoroso no agir, fervor que aparece,

(1.º) em sua prontidão: ‘Simão Pedro, ouvindo dizer que era o Senhor, vestiu sua roupa, pois estava nu, e atirou-se ao mar. Os outros discípulos vieram com a barca’. Tão logo ouve, Simão Pedro não hesita e corre de imediato em direção ao Senhor: ‘Não demores nem adies dia após dia em converter-te ao Senhor’ (Eclo 5, 8).

(2.º) em sua reverência em relação a Cristo: por pudor ele vestiu a sua túnica, porque estava nu, tanto por causa do calor daquele lugar, quanto para facilitar o seu ofício. Isso dá a entender que aqueles que se aproximam de Cristo devem despir-se do homem velho e vestir-se com o novo, que é criado segundo Deus na fé: ‘O vencedor será revestido com as vestes da salvação, e não apagarei o seu nome do livro da vida’ (Ap 3, 5).

(3.º) em sua segurança: porque, cheio de amor e não querendo seguir com o barco, que demorava, lançou-se ao mar, a fim de alcançar prontamente o Cristo.

Em um sentido místico, o mar indica a tribulação do tempo presente. De onde aqueles que desejam alcançar o Cristo deverem lançar-se ao mar, sem se refugiarem das tribulações deste mundo, como está escrito: ‘Por muitas tribulações entraremos no reino de Deus’ (At 14, 21), e ainda: ‘Filho, se queres entrar para o serviço do Senhor, permanece firme na justiça e no temor, e prepara a tua alma para a provação’ (Eclo 2, 1). Pedro, porém, se lançou ao mar e saiu ileso ao encontro de Cristo, mostrando que os servos de Cristo saem ilesos e seguros do meio das tribulações: ‘Abriste no mar uma via e um caminho firmíssimo entre as ondas’ (Sb 14, 3).

Aqui é posta, como diz São João Crisóstomo, a ótima condição de João e Pedro: aquele superior quanto ao intelecto, e este mais fervoroso quanto ao afeto.”

As reações dos discípulos também podem ser medidas pela régua das três virtudes teologais, na ordem mesma em que são apresentadas por São Paulo (cf. 1 Cor 13, 13): primeiro, manifesta-se a fé de São João, que reconhece o Senhor a partir de Seu poder; segundo, manifesta-se a esperança de São Pedro, que se lança devotamente ao mar para chegar depressa à Sua presença; por fim, resplandece a caridade dos discípulos, que levam a Cristo os peixes que apanharam, imagem das almas que a Sua Igreja deve apresentar-lhe no fim dos tempos.

Essa mesma virtude da caridade fica patente na profissão de São Pedro, que reitera três vezes amar o Senhor — virtude que o próprio príncipe dos Apóstolos procura inculcar em seus irmãos presbíteros (também de três modos!), quando escreve a sua Primeira Carta canônica:

“Aos anciãos entre vós, exorto eu, ancião como eles e testemunha dos sofrimentos de Cristo, participante da glória que está para se revelar: sede pastores do rebanho de Deus, confiado a vós; cuidai dele, (i) não por coação, mas de coração generoso; (ii) não por torpe ganância, mas livremente; (iii) não como dominadores daqueles que vos foram confiados, mas antes, como modelos do rebanho. Assim, quando aparecer o pastor supremo, recebereis a coroa imperecível da glória.” (1 Pd 5, 1-4)

A meta final da Igreja é encontrar o Cristo na margem do além, na glória do Céu. Ainda estamos na barca da Igreja, mas, quando nos pomos a escutar com fé a Palavra de Deus e a colocamos em prática, já entramos em contato com o Senhor Ressuscitado que nos espera. Lancemo-nos com devoção ao mar conturbado deste mundo, certos de que “os servos de Cristo saem ilesos e seguros do meio das tribulações”.

Deus abençoe você!

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Homilia | Como cooperar com a ação de Deus? (3.º Domingo da Páscoa)

O Evangelho deste domingo nos narra o episódio da segunda pesca milagrosa, quando Jesus Ressuscitado precede os Apóstolos na Galileia, aparecendo de novo a eles e renovando-lhes a fé, exatamente no lugar em que eles foram chamados pela primeira vez ao serviço de Nosso Senhor.Nesta meditação, Padre Paulo Ricardo comenta essa passagem conclusiva do Evangelho de São João e mostra-nos como podemos crescer, com a ajuda da graça de Deus, nas virtudes da fé e da caridade, assim como os primeiros discípulos.


https://youtu.be/jjInnfvF4qc
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Santo do dia 01/05/2022


São José Operário (Memória Facultativa)
Data: 01 de Maio


Pio XII, instituindo em 1955 a festa de são José Operário, quis oferecer ao trabalhador cristão um modelo e protetor. “Todo trabalho — já dissera na mensagem de Natal de 1942 — possui dignidade inalienável, e ao mesmo tempo ligação íntima com a pessoa em seu aperfeiçoamento: nobre dignidade e prerrogativa, que não são de modo algum aviltadas pela fadiga e pelo peso que devem ser suportados como efeito do pecado original em obediência e submissão à vontade de Deus”. O próprio Cristo quis ser trabalhador manual, passando grande parte de sua vida na oficina de são José, o santo das mãos calejadas, o carpinteiro de Nazaré.

Poucos anos antes de são José abrir sua oficina, Cícero escrevia: “… Têm profissão inferior todos os artesões, porque numa oficina não pode haver algo de decoroso”. O filósofo Aristóteles fora mais categórico ao perguntar em seu primeiro livro da Política: “Devem-se contar entre os cidadãos também os operários mecânicos?”

A resposta deu-a o exemplo de Jesus Cristo que quis condividir a condição operária ao lado de José, e veio da tomada de consciência do próprio movimento operário, que neste dia celebra a festa do trabalho e as conquistas no campo social, sindical e econômico. “Do ponto de vista cristão — como se lê no manual da Ação Católica — o movimento operário não é senão forma de elevação da humanidade, aspecto especial do fenômeno geral de ascensão vislumbrado na parábola dos talentos”.

Para ressaltar a nobreza do trabalho a Igreja propõe para a nossa meditação são José Operário.

Pio XII e João XXIII (o papa que introduziu o nome de são José no cânon da missa) renderam homenagem a este exemplar de vida cristã, ao homem laborioso e honesto, fiel à palavra de Deus, obediente, virtudes que o Evangelho sintetiza em duas palavras: “homem justo”. “Os proletários e os operários — escrevia Leão XIII, o papa da Rerum Novarum — têm como direito especial o de recorrer a são José e de procurar imitá-lo. José, de fato de família real, unido em matrimônio com a mais santa e a maior entre todas as mulheres, considerado como o pai do Filho de Deus, não obstante tudo, passou a vida toda a trabalhar e tirar do seu trabalho de artesão tudo o que era necessário ao sustento da família”.

Referência:
SGARBOSSA, Mario; GIOVANNI, Luigi. Um santo para cada dia. São Paulo: Paulus, 1983. 397 p. Tradução de: Onofre Ribeiro. Adaptações: Equipe Pocket Terço.

São José Operário, rogai por nós!

Textos Litúrgicos © Conferência Nacional dos Bispos do Brasil