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Abstinência de carne

Antífona de entrada

Deus cercou-a de cuidados e a instruiu, guardou-a como a pupila dos seus olhos. Ele abriu suas asas como a águia e em cima dos seus ombros a levou. E só ele, o Senhor, foi o seu guia. (Cf. Dt 32, 10-12)

Coleta

Ó Deus, que preparais o vosso reino para os pequenos e humildes, dai-nos seguir confiantes o caminho de Santa Teresinha, para que, por sua intercessão, nos seja revelada a vossa glória. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

Primeira Leitura (Br 1, 15-22)


Leitura do Livro de Baruc


15Ao Senhor nosso Deus, cabe justiça; enquanto a nós, resta-nos corar de vergonha, como acontece no dia de hoje aos homens de Judá e aos habitantes de Jerusalém, 16aos nossos reis, nossos príncipes e sacerdotes, aos nossos profetas e nossos antepassados: 17pois pecamos diante do Senhor e lhe desobedecemos 18e não ouvimos a voz do Senhor, nosso Deus, que nos exortava a viver de acordo com os mandamentos que ele pôs sob os nossos olhos. 19Desde o dia em que o Senhor tirou nossos pais do Egito, até hoje, temos sido desobedientes ao Senhor nosso Deus, procedemos inconsideradamente, deixando de ouvir sua voz; 20por isso perseguem-nos as calamidades e a maldição, que o Senhor nos lançou por meio de Moisés, seu servo, no dia em que tirou nossos pais do Egito, para nos dar uma terra que mana leite e mel, como de fato é hoje. 21Mas não escutamos a voz do Senhor, nosso Deus, como vem nas palavras dos profetas que ele nos enviou, 22e entregamo-nos, cada qual, às inclinações do perverso coração, para servir a outros deuses e praticar o mal aos olhos do Senhor, nosso Deus!

— Palavra do Senhor.

— Graças a Deus.


Salmo Responsorial (Sl 78)


R. Por vosso nome e vossa glória, libertai-nos, ó Senhor!


— Invadiram vossa herança os infiéis, profanaram, ó Senhor, o vosso templo, Jerusalém foi reduzida a ruínas! Lançaram aos abutres como pasto os cadáveres dos vossos servidores; e às feras da floresta entregaram os corpos dos fiéis, vossos eleitos. R.

— Derramaram o seu sangue como água em torno das muralhas de Sião, e não houve quem lhes desse sepultura! Nós nos tornamos o opróbrio dos vizinhos, um objeto de desprezo e zombaria para os povos e àqueles que nos cercam. Mas até quando, ó Senhor, veremos isto? Conservareis eternamente a vossa ira? Como fogo arderá a vossa cólera? R.

— Não lembreis as nossas culpas do passado, mas venha logo sobre nós vossa bondade, pois estamos humilhados em extremo. R.

— Ajudai-nos, nosso Deus e Salvador! Por vosso nome e vossa glória, libertai-nos! Por vosso nome, perdoai nossos pecados! R.


https://youtu.be/ZS7fvJQTWQo
R. Aleluia, Aleluia, Aleluia.
V. Oxalá ouvísseis hoje a sua voz: Não fecheis os corações como em Meriba! (Cf. Sl 94, 8ab) R.

Evangelho (Lc 10, 13-16)


V. O Senhor esteja convosco.

R. Ele está no meio de nós.


V. Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo  segundo Lucas 

R. Glória a vós, Senhor.


V. Naquele tempo, disse Jesus: 13“Ai de ti, Corazim! Ai de ti, Betsaida! Porque se em Tiro e Sidônia tivessem sido realizados os milagres que foram feitos no vosso meio, há muito tempo teriam feito penitência, vestindo-se de cilício e sentando-se sobre cinzas. 14Pois bem: no dia do julgamento, Tiro e Sidônia terão uma sentença menos dura do que vós. 15Ai de ti, Cafarnaum! Serás elevada até o céu? Não, tu serás atirada no inferno. 16Quem vos escuta, a mim escuta; e quem vos rejeita, a mim despreza; mas quem me rejeita, rejeita aquele que me enviou”.

— Palavra da Salvação.

— Glória a vós, Senhor.


Sobre as Oferendas

Ó Deus, ouvi as nossas preces, ao proclamarmos as vossas maravilhas em Santa Teresinha. Assim como vos agradou por seus méritos, também vos agrade o nosso culto. Por Cristo, nosso Senhor.



Antífona da Comunhão

Se não vos converterdes, e não vos tornardes semelhantes às crianças, não entrareis no Reino do céu, diz o Senhor. (Mt 18, 3)

Depois da Comunhão

Ó Deus, fazei que o sacramento que recebemos acenda em nós aquela caridade que levou Santa Teresinha a abandonar-se inteiramente a vós e a implorar vossa misericórdia para com todos. Por Cristo, nosso Senhor.

Homilia do dia 01/10/2021
Acolhamos a Palavra de Deus anunciada ao nosso coração

“Ai de ti, Corazim! Aí de ti, Betsaida! Porque se em Tiro e Sidônia tivessem sido realizados os milagres que foram feitos no vosso meio, há muito tempo teriam feito penitência, vestindo-se de cilício e sentando-se sobre cinzas” (Lucas 10,13).

A Palavra de Deus dirigida a estas cidades: Betsaida, Corazim, Tiro e Sidônia é, na verdade, uma advertência a essas cidades impenitentes. Porque elas testemunharam, viram os milagres, receberam o anúncio da Palavra, mas não se converteram, não mudaram de vida e não fizeram penitência pelos seus pecados, não se colocaram diante da misericórdia de Deus para acolher a Palavra que foi anunciada.

Se olharmos para as nossas cidades hoje, quantas cidades impenitentes, quantas cidades que não se convertem e não se abrem para a graça de Deus. Quantas das nossas famílias são agraciadas pela presença do Senhor, até ouvem a Palavra, mas não se deixam converter por ela. A Palavra de Deus anunciada aos nossos corações é para a nossa conversão; e é isso que somos chamados pelo Senhor


Que a Palavra de Deus hoje semeada, que a Palavra de Deus vindo ao nosso encontro nos desperte para o valor da penitência

No início de mais um mês em nossa vida, que não seja simplesmente mais um mês iniciando, que seja realmente um mês onde tenhamos o firme propósito da conversão. A conversão começa pela penitência. Penitenciar-se é reconhecer: “Eu sou pecador. Tenho inúmeras misérias e tenho cedido, muitas vezes, às minhas fragilidades. Tenho caído no pecado".

Qual é o meio de reconhecermos que pecamos e falhamos? Não é simplesmente dizer: “Sou pecador”, é preciso atacar o mal do pecado, sobretudo porque o pecado, uma vez não reconhecido e não reparado, vai criando corpo, forma, vai crescendo em nós. É por isso que é preciso penitenciar-se, é preciso de fato fazermos gestos e trabalharmos a nossa vontade e o nosso interior para convertermos o nosso coração.

Que a Palavra de Deus hoje semeada, que a Palavra de Deus vindo ao nosso encontro nos desperte para o valor da penitência. Penitenciemo-nos pelos nossos pecados; Deus há de ter misericórdia de nós como teve misericórdia e compaixão de Tiro e Sidônia, como teve de Nínive e das cidades que acolheram a Palavra e se converteram. Que o nosso coração se converta ao Evangelho!

Deus abençoe você!

Pe. Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.
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Homilia Diária | Confiar sempre (Memória de Santa Teresinha do Menino Jesus e da Sagrada Face)

Na época de Teresinha, havia uma multidão de almas que, independentemente do que fizessem, pensavam estar condenadas; na nossa, há uma multidão de almas que, sem precisar fazer nada, pensam ter o céu garantido. Hoje todos se salvam “de boa”; ir para o céu é como andar de bicicleta, com a vantagem de que não é preciso pedalar. Enquanto o pecado comum da época de Teresinha era o desespero, o da nossa é a presunção, e se antes eram poucos os presunçosos, hoje são já a maioria… Mas tanto um pecado quanto outro anulam a misericórdia: o desespero, por não confiar nela; a presunção, por achar que não precisa dela. O remédio? Confiar em Deus, sem pretender estar sempre no controle de tudo. Assista à homilia do Padre Paulo Ricardo para esta sexta-feira, dia 1.º de outubro, e recorramos juntos à intercessão de Santa Teresinha do Menino Jesus!


https://youtu.be/xPJvvcBGnpI

Santo do dia 01/10/2021


Santa Teresinha do Menino Jesus (Memória)
Local: Lisieux, França
Data: 01 de Outubro † 1897


Importante tomar em consideração que Santa Teresinha foi religiosa carmelita que viveu muito em pouco tempo. Colocou o amor no centro de sua vida. Morreu com apenas 24 anos de idade a 30 de setembro de 1897.

Maria Francisca Teresa, na vida religiosa carmelitana, Teresa do Menino Jesus e da Sagrada Face, chamada também Santa Teresa de Lisieux e, entre nós no Brasil, chamada Santa Teresinha do Menino Jesus ou, simplesmente, Santa Teresinha, nasceu em Alençon, na Normandia, em 1873. Seus pais, Luís Martin e Maria Zélia Guérin, quando jovens, aspiravam, ambos, a se consagrarem a Deus na vida religiosa. Por circunstâncias especiais não foram admitidos. Ao se casarem Zélia pediu a Deus a graça de ter muitos filhos e que se consagrassem a Deus. Do piedoso casal, beatificado por João Paulo II em 2008, nasceram nove filhos. Três faleceram em tenra idade e os demais, todas meninas, tornaram-se religiosas conforme o desejo da mãe.

Teresinha ficou órfã de mãe aos 4 anos. O pai, depois da morte da esposa, mudou-se com a família para Lisieux, onde tinha um cunhado, cuja esposa zelava pela educação das filhas.

Numa audiência com o papa Leão XIII, Teresinha lhe pediu a licença de entrar no Carmelo sem a idade exigida. O Papa naturalmente deixou a questão nas mãos das autoridades competentes. Pouco mais tarde ela recebeu do seu bispo a permissão de entrar no Carmelo de Lisieux.

Viveu no Carmelo não mais de oito anos. Graças à sua autobiografia, a História de uma alma, sabemos que a jovem carmelita não fez nada de extraordinário: apenas cumpriu de modo extraordinário os seus deveres de religiosa carmelita. Teresinha pelo próprio temperamento aspirava a grandes coisas; queria ser santa de verdade. Num momento de entusiasmo, escreve que por amor do Amor desejava ser guerreiro, padre, apóstolo, mártir. Procurava ansiosamente o caminho para tal realização. Vale a pena transcrever o modo como ela encontrou este caminho, o caminho do amor, conforme se pode ler na autobiografia, trecho que constitui a leitura hagiográfica do Ofício das Leituras:

"Meus imensos desejos me eram um autêntico martírio. Fui, então, às cartas de São Paulo a ver se encontrava uma resposta. Meus olhos caíram por acaso nos capítulos doze e treze da Primeira Carta aos Coríntios. No primeiro destes li que todos não podem ser ao mesmo tempo Apóstolos, profetas, doutores, e que a Igreja consta de vários membros; os olhos não podem ser mãos ao mesmo tempo. Resposta clara, sem dúvida, mas não capaz de satisfazer meu desejo e dar-me paz. Perseverei na leitura sem desanimar e encontrei esta frase sublime: Aspirai aos melhores carismas. E vos indico um caminho ainda mais excelente (1Cor 12, 31). O Apóstolo esclarece que os melhores carismas nada são sem a caridade e esta caridade é o caminho mais excelente que leva com segurança a Deus. Achara enfim o repouso. Ao considerar o Corpo místico da Igreja, não me encontrara em nenhum dos membros enumerados por São Paulo, mas, ao contrário, desejava ver-me em todos eles. A caridade deu-me o eixo de minha vocação. Compreendi que a Igreja tem um corpo formado de vários membros e neste corpo não pode faltar o membro necessário e o mais nobre: entendi que a Igreja tem um coração, e este coração está inflamado de amor. Compreendi que os membros da Igreja são impelidos a agir por um único amor, de forma que, extinto este, os Apóstolos não mais anunciariam o Evangelho, os mártires não mais derramariam o sangue. Percebi e reconheci que o amor encerra em si todas as vocações, que o amor é tudo, abraça todos os tempos e lugares, numa palavra, o amor é eterno. Então, delirante de alegria, exclamei: Ó Deus, meu amor, encontrei, afinal, minha vocação: minha vocação é o amor. Sim, encontrei o meu lugar na Igreja, tu me deste este lugar, meu Deus. No coração da Igreja, minha mãe, eu serei o amor e desse modo serei tudo, e meu desejo se realizará".

Eis o pequeno caminho de Teresinha, o caminho da infância espiritual ou das almas pequeninas, o caminho da confiança e da entrega total, da vivência do ordinário do dia a dia tornado extraordinário pelo amor. O caminho de Santa Teresinha, assim chamado na Oração coleta, é mais uma prática do que um ensino teórico. Consiste na intimidade com Deus, o abandono nas mãos de sua providência, a simplicidade e a transparência como virtudes ordenadoras da vida. Teresinha ofereceu sua imolação interior, sobretudo pela santificação dos missionários, com alguns dos quais manteve edificante correspondência epistolar. Por este seu espírito foi proclamada por Pio XI, em 1927, padroeira dos missionários que se dedicam à conversão dos infiéis, juntamente com São Francisco Xavier. Ela mesma, antes da doença que a levou à morte, estava propensa a responder ao apelo das carmelitas de Hanói, na Indochina, que desejavam tê-la consigo.

Teresinha passou seus últimos anos de vida minada por uma terrível doença, que suportou com heroica paciência; padeceu simultaneamente uma dura provação interior que lhe purificou o espírito. Morreu no dia 30 de setembro de 1897. Teresinha havia prometido que faria descer sobre a terra uma chuva contínua de rosas. Seu culto se espalhou em pouco tempo por todos os recantos da terra. Foi beatificada em 1923 e canonizada em 1925. Em 1997, como terceira mulher, foi declarada doutora da Igreja por João Paulo II.

O culto a Santa Teresinha é um dos mais populares no mundo inteiro. No Brasil são inúmeras as capelas, as igrejas paroquiais e mesmo catedrais dedicadas a Santa Teresinha. O seu caminho espiritual da simplicidade, da humildade e do amor vivido no cotidiano da vida é modelar para todos.

Os textos litúrgicos estão perpassados desta espiritualidade da infância espiritual das almas pequeninas. A Oração coleta resume bem esse caminho espiritual: Ó Deus, que preparais o vosso reino para os pequenos e humildes, dai-nos seguir confiantes o caminho de Santa Teresinha, para que, por sua intercessão, nos seja revelada a vossa glória.

Referência:
BECKHÄUSER, Frei Alberto. Os Santos na Liturgia: testemunhas de Cristo. Petrópolis: Vozes, 2013. 391 p. Adaptações: Equipe Pocket Terço.

Santa Teresinha do Menino Jesus, rogai por nós!

Textos Litúrgicos © Conferência Nacional dos Bispos do Brasil