Apoiadores do Pocket Terço

Orientações

Para a Comemoração de Todos os Fiéis Defuntos (Finados) o Lecionário possui várias opções de leituras para a Santa Missa. São 7 opções para Primeira Leitura e o Salmo correspondente; 15 opções para Segunda Leitura; e 19 opções para o Evangelho. Disponibilizamos aqui o texto de 3 opções. Para saber as demais, clique aqui para ver as indicações.

Antífona de entrada

Como Jesus morreu e ressuscitou, Deus ressuscitará os que nele morreram. E, como todos morrem em Adão, todos em Cristo terão a vida. (1Ts 4, 14; 1Cor 15, 22)

Ou:


Dai-lhes, Senhor, o repouso eterno e brilhe para eles a vossa luz. (Cf. 4Esd 2, 34.35)

Ou:


Deus, que ressuscitou Jesus dentre os mortos, também dará vida aos nossos corpos mortais, pelo seu Espírito que habita em nós. (Cf. Rm 8, 11)

Coleta

Ó Deus, escutai com bondade as nossas preces e aumentai a nossa fé em Cristo ressuscitado, para que seja mais viva a nossa esperança na ressurreição dos vossos filhos e filhas. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

Ou:


Ó Deus, glória dos fiéis e vida dos justos, que nos remistes pela morte e ressurreição do vosso Filho, concedei aos nossos irmãos e irmãs que, tendo professado o mistério da nossa ressurreição mereçam alegrar-se na eterna felicidade. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

Ou:


Ó Deus, fizestes o vosso Filho único vencer a morte e subir ao céu. Concedei a vossos filhos e filhas superar a mortalidade desta vida e contemplar eternamente a vós, Criador e Redentor de todos. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

Primeira Leitura (Jó 19, 1. 23-27a)


Leitura do Livro de Jó


Jó tomou a palavra e disse: 23“Gostaria que minhas palavras fossem escritas e gravadas numa inscrição 24com ponteiro de ferro e com chumbo, cravadas na rocha para sempre! 25Eu sei que o meu redentor está vivo e que, por último, se levantará sobre o pó; 26e depois que tiverem destruído esta minha pele, na minha carne, verei a Deus. 27aEu mesmo o verei, meus olhos o contemplarão, e não os olhos de outros”

— Palavra do Senhor.

— Graças a Deus.


Ou:


Primeira Leitura (Is 25, 6a. 7-9)


Leitura do Livro do Profeta Isaías


Naquele dia, 6aO Senhor dos exércitos dará neste monte, para todos os povos, um banquete de ricas iguarias. 7Ele removerá, neste monte, a ponta da cadeia que ligava todos os povos, a teia em que tinha envolvido todas as nações. 8O Senhor Deus eliminará para sempre a morte e enxugará as lágrimas de todas as faces e acabará com a desonra do seu povo em toda a terra; o Senhor o disse. 9Naquele dia, se dirá: “Este é o nosso Deus, esperamos nele, até que nos salvou; este é o Senhor, nele temos confiado: vamos alegrar-nos e exultar por nos ter salvo”.

— Palavra do Senhor.

— Graças a Deus.


Ou:


Primeira Leitura (Sb 3, 1-9 ou Sb 3, 1-6. 9)


Leitura do Livro da Sabedoria

A vida dos justos está nas mãos de Deus, e nenhum tormento os atingirá. 2Aos olhos dos insensatos parecem ter morrido; sua saída do mundo foi considerada uma desgraça, 3e sua partida do meio de nós, uma destruição; mas eles estão em paz. 4Aos olhos dos homens parecem ter sido castigados, mas sua esperança é cheia de imortalidade; 5tendo sofrido leves correções, serão cumulados de grandes bens, porque Deus os pôs à prova e os achou dignos de si. 6Provou-os como se prova o ouro no fogo e aceitou-os como ofertas de holocausto; [7no dia do seu julgamento hão de brilhar, correndo como centelhas no meio da palha; 8vão julgar as nações e dominar os povos, e o Senhor reinará sobre eles para sempre.] 9Os que nele confiam compreenderão a verdade, e os que perseveram no amor ficarão junto dele, porque a graça e a misericórdia são para seus eleitos.

— Palavra do Senhor.

— Graças a Deus.


Salmo Responsorial (Sl 26)


R. O Senhor é minha luz e salvação.
Ou: Sei que a bondade do Senhor eu hei de ver na terra dos viventes.


— O Senhor é minha luz e salvação; de quem eu terei medo? O Senhor é a proteção da minha vida; perante quem eu tremerei? R.

— Ao Senhor eu peço apenas uma coisa, e é só isto que eu desejo: habitar no santuário do Senhor por toda a minha vida; saborear a suavidade do Senhor e contemplá-lo no seu templo. R.

— Ó Senhor, ouvi a voz do meu apelo, atendei por compaixão! É vossa face que eu procuro. Não afasteis em vossa ira o vosso servo, sois vós o meu auxílio! R.

— Sei que a bondade do Senhor eu hei de ver na terra dos viventes. Espera no Senhor e tem coragem, espera no Senhor! R.


https://youtu.be/H8XyywKAS2w

Ou:


Salmo Responsorial (Sl 24)


R. Senhor meu Deus, a vós elevo a minha alma.
Ou: Não se envergonha quem em vós põe a esperança.


— Recordai, Senhor meu Deus, vossa ternura e a vossa compaixão que são eternas! De mim lembrai-vos, porque sois misericórdia e sois bondade sem limites, ó Senhor! R.

— Aliviai meu coração de tanta angústia, e libertai-me das minhas aflições! Considerai minha miséria e sofrimento e concedei vosso perdão aos meus pecados! R.

— Defendei a minha vida e libertai-me; em vós confio, que eu não seja envergonhado! Que a retidão e a inocência me protejam, pois em vós eu coloquei minha esperança! R.


https://youtu.be/E0He8xl1RJw

Ou:


Salmo Responsorial (Sl 41)


R. A minh'alma tem sede de Deus e deseja o Deus vivo.


— Assim como a corça suspira pelas águas correntes, suspira igualmente minh'alma por vós, ó meu Deus! R.

— Minha alma tem sede de Deus, e deseja o Deus vivo. Quando terei a alegria de ver a face de Deus? R.

— Peregrino e feliz caminhando para a casa de Deus, entre gritos, louvor e alegria da multidão jubilosa. R.

— Enviai vossa luz, vossa verdade: elas serão o meu guia; que me levem ao vosso Monte santo, até a vossa morada! R.

— Então irei aos altares do Senhor, Deus da minha alegria. Vosso louvor cantarei, ao som da harpa, meu Senhor e meu Deus! R.

— Por que te entristeces, ó minh'alma, a gemer no meu peito? Espera em Deus! Louvarei novamente o meu Deus Salvador! R.


https://youtu.be/x5G-FmMMtUM

Segunda Leitura (Rm 5, 5-11)


Leitura da Carta de São Paulo aos Romanos


Irmãos: 5a esperança não decepciona, porque o amor de Deus foi derramado em nossos corações pelo Espírito Santo que nos foi dado. 6Com efeito, quando éramos ainda fracos, Cristo morreu pelos ímpios, no tempo marcado. 7Dificilmente alguém morrerá por um justo; por uma pessoa muito boa, talvez alguém se anime a morrer. 8Pois bem, a prova de que Deus nos ama é que Cristo morreu por nós, quando éramos ainda pecadores. 9Muito mais agora, que já estamos justificados pelo sangue de Cristo, seremos salvos da ira por ele. 10Quando éramos inimigos de Deus, fomos reconciliados com ele pela morte do seu Filho; quanto mais agora, estando já reconciliados, seremos salvos por sua vida! 11Ainda mais: nós nos gloriamos em Deus, por nosso Senhor Jesus Cristo. É por ele que, já desde o tempo presente, recebemos a reconciliação.

— Palavra do Senhor.

— Graças a Deus.


Ou:


Segunda Leitura (Rm 8, 14-23)


Leitura da Carta de São Paulo aos Romanos


Irmãos: 14Todos aqueles que se deixam conduzir pelo Espírito de Deus são filhos de Deus. 15De fato, vós não recebestes um espírito de escravos, para recairdes no medo, mas recebestes um espírito de filhos adotivos, no qual todos nós clamamos: Abá – ó Pai! 16O próprio Espírito se une ao nosso espírito para nos atestar que somos filhos de Deus. 17E, se somos filhos, somos também herdeiros – herdeiros de Deus e coerdeiros de Cristo; – se realmente sofremos com ele, é para sermos também glorificados com ele. 18Eu entendo que os sofrimentos do tempo presente nem merecem ser comparados com a glória que deve ser revelada em nós. 19De fato, toda a criação está esperando ansiosamente o momento de se revelarem os filhos de Deus. 20Pois a criação ficou sujeita à vaidade, não por sua livre vontade, mas por sua dependência daquele que a sujeitou; 21também ela espera ser libertada da escravidão da corrupção e, assim, participar da liberdade e da glória dos filhos de Deus. 22Com efeito, sabemos que toda a criação, até ao tempo presente, está gemendo como que em dores de parto. 23E não somente ela, mas nós também, que temos os primeiros frutos do Espírito, estamos interiormente gemendo, aguardando a adoção filial e a libertação para o nosso corpo.

— Palavra do Senhor.

— Graças a Deus.


Ou:


Segunda Leitura (Ap 21, 1-5a.6b-7)


Leitura do Livro do Apocalipse de São João


E Eu, João, 1vi um novo céu e uma nova terra. Pois o primeiro céu e a primeira terra passaram, e o mar já não existe. 2Vi a cidade santa, a nova Jerusalém, que descia do céu, de junto de Deus, vestida qual esposa enfeitada para o seu marido. 3Então, ouvi uma voz forte que saía do trono e dizia: “Esta é a morada de Deus entre os homens. Deus vai morar no meio deles. Eles serão o seu povo, e o próprio Deus estará com eles. 4Deus enxugará toda lágrima dos seus olhos. A morte não existirá mais, e não haverá mais luto, nem choro, nem dor, porque passou o que havia antes”. 5aAquele que está sentado no trono disse: “Eis que faço novas todas as coisas. 6bEu sou Alfa e Ômega, o Princípio e o Fim. A quem tiver sede, eu darei, de graça, da fonte da água viva. 7O vencedor receberá esta herança, e eu serei seu Deus, e ele será meu filho”.

— Palavra do Senhor.

— Graças a Deus.


Evangelho (Jo 6, 37-40)
R. Aleluia, Aleluia, Aleluia.
V. É esta a vontade de quem me enviou: que eu não perca nenhum dos que ele me deu, mas que eu os ressuscite no último dia. (Jo 6, 39) R.

Ou:


Evangelho (Mt 25, 31-46)
R. Aleluia, Aleluia, Aleluia.
V. Benditos do Pai, se apossai-vos do Reino, que foi preparado bem desde o começo! (Mt 25, 34) R.

Ou:


Evangelho (Mt 5, 1-12a)
R. Aleluia, Aleluia, Aleluia.
V. Eu te louvo, ó Pai Santo, Deus do céu, Senhor da terra os mistérios do teu Reino aos pequenos, Pai, revelas! (Cf. Mt 11, 25) R.

Evangelho (Jo 6, 37-40)


V. O Senhor esteja convosco.

R. Ele está no meio de nós.


V. Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo  segundo João 

R. Glória a vós, Senhor.


Naquele tempo, disse Jesus às multidões: 37“Todos os que o Pai me confia virão a mim, e quando vierem, não os afastarei. 38Pois eu desci do céu não para fazer a minha vontade, mas a vontade daquele que me enviou. 39E esta é a vontade daquele que me enviou: que eu não perca nenhum daqueles que ele me deu, mas os ressuscite no último dia. 40Pois esta é a vontade do meu Pai: que toda pessoa que vê o Filho e nele crê tenha a vida eterna. E eu o ressuscitarei no último dia”.

— Palavra da Salvação.

— Glória a vós, Senhor.


Ou:


Evangelho (Mt 25, 31-46)


V. O Senhor esteja convosco.

R. Ele está no meio de nós.


V. Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo  segundo Mateus

R. Glória a vós, Senhor.


Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: 31“Quando o Filho do Homem vier em sua glória, acompanhado de todos os anjos, então se assentará em seu trono glorioso. 32Todos os povos da terra serão reunidos diante dele, e ele separará uns dos outros, assim como o pastor separa as ovelhas dos cabritos. 33E colocará as ovelhas à sua direita e os cabritos à sua esquerda. 34Então o Rei dirá aos que estiverem à sua direita: ‘Vinde, benditos de meu Pai! Recebei como herança o Reino que meu Pai vos preparou desde a criação do mundo! 35Pois eu estava com fome e me destes de comer; eu estava com sede e me destes de beber; eu era estrangeiro e me recebestes em casa; 36eu estava nu e me vestistes; eu estava doente e cuidastes de mim; eu estava na prisão e fostes me visitar’. 37Então os justos lhe perguntarão: ‘Senhor, quando foi que te vimos com fome e te demos de comer, com sede e te demos de beber? 38Quando foi que te vimos como estrangeiro e te recebemos em casa, e sem roupa e te vestimos? 39Quando foi que te vimos doente ou preso, e fomos te visitar?’ 40Então o Rei lhes responderá: ‘Em verdade eu vos digo, que todas as vezes que fizestes isso a um dos menores de meus irmãos, foi a mim que o fizestes!’ 41Depois o Rei dirá aos que estiverem à sua esquerda: ‘Afastai-vos de mim, malditos! Ide para o fogo eterno, preparado para o diabo e para os seus anjos. 42Pois eu estava com fome e não me destes de comer; eu estava com sede e não me destes de beber; 43eu era estrangeiro e não me recebestes em casa; eu estava nu e não me vestistes; eu estava doente e na prisão e não fostes me visitar’. 44E responderão também eles: ‘Senhor, quando foi que te vimos com fome, ou com sede, como estrangeiro, ou nu, doente ou preso, e não te servimos?’ 45Então o Rei lhes responderá: ‘Em verdade eu vos digo, todas as vezes que não fizestes isso a um desses pequeninos, foi a mim que não o fizestes!’ 46Portanto, estes irão para o castigo eterno, enquanto os justos irão para a vida eterna”.

— Palavra da Salvação.

— Glória a vós, Senhor.


Ou:


Evangelho (Mt 5, 1-12a)


V. O Senhor esteja convosco.

R. Ele está no meio de nós.


V. Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo  segundo Mateus

R. Glória a vós, Senhor.


Naquele tempo, 1vendo Jesus as multidões, subiu ao monte e sentou-se. Os discípulos aproximaram-se, 2e Jesus começou a ensiná-los:

3“Bem-aventurados os pobres em espírito, porque deles é o Reino dos Céus. 4Bem-aventurados os aflitos, porque serão consolados.

5Bem-aventurados os mansos, porque possuirão a terra. 6Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque serão saciados.

7Bem-aventurados os misericordiosos, porque alcançarão misericórdia. 8Bem-aventurados os puros de coração, porque verão a Deus.

9Bem-aventurados os que promovem a paz, porque serão chamados filhos de Deus. 10Bem-aventurados os que são perseguidos por causa da justiça, porque deles é o Reino dos Céus.

11Bem-aventurados sois vós, quando vos injuriarem e perseguirem, e, mentindo, disserem todo tipo de mal contra vós, por causa de mim.

12Alegrai-vos e exultai, porque será grande a vossa recompensa nos céus.”.

— Palavra da Salvação.

— Glória a vós, Senhor.


Sobre as Oferendas

Acolhei, ó Deus, as nossas oferendas por nossos irmãos e irmãs que partiram, para que sejam introduzidos na glória com o Cristo, que une os mortos e os vivos no seu mistério de amor. Por Cristo, nosso Senhor.

Ou:


Ó Deus de misericórdia, purificai no Sangue de Cristo pelo poder deste sacrifício os pecados de nossos irmãos e irmãs falecidos e concedei o pleno perdão do vosso amor aos que levastes nas águas do batismo. Por Cristo, nosso Senhor.

Ou:


Acolhei, ó Deus, a nossa oferenda em favor de todos os que adormeceram em Cristo, para que, por este sacrifício, livres dos laços da morte, obtenham a vida eterna. Por Cristo, nosso Senhor.



Antífona da Comunhão

Eu sou a ressurreição e a vida, diz o Senhor. Aquele que crê em mim, ainda que tenha morrido, viverá; e todo aquele que vive e crê em mim não morrerá para sempre. (Jo 11, 25-26)

Ou:


Senhor, que a luz eterna os ilumine no convívio dos vossos Santos, porque sois bom. Dai-lhes, Senhor, o repouso eterno e brilhe para eles a vossa luz no convívio dos vossos Santos, porque sois bom. (Cf. 4Esd 2, 35.34)

Ou:


Esperamos como Salvador o Senhor Jesus Cristo; ele transformará o nosso corpo mortal num corpo glorioso como o seu. (Fl 3, 20-21)

Depois da Comunhão

Fazei, ó Pai, que os vossos filhos e filhas, pelos quais celebramos este sacramento pascal, cheguem à luz e à paz da vossa casa. Por Cristo, nosso Senhor.

Ou:


Alimentados pelo Corpo e o Sangue do vosso Filho que por nós morreu e ressuscitou, nós vos rogamos, ó Deus, em favor de nossos irmãos e irmãs falecidos a fim de que, purificados pelos mistérios pascais, se alegrem com a futura ressurreição. Por Cristo, nosso Senhor.

Ou:


Ó Deus, pela Eucaristia que celebramos, derramai vossa misericórdia sobre os vossos filhos e filhas falecidos; e aos que destes a graça do batismo, concedei-lhes a plenitude da alegria eterna. Por Cristo, nosso Senhor.

Homilia do dia 02/11/2021
A morte é a porta de entrada na eternidade feliz com Deus

“Vós também ficai preparados! Porque o Filho do Homem vai chegar na hora em que menos o esperardes" (Lucas 12,40).

Celebramos, hoje, nossos irmãos falecidos, é a comemoração dos fiéis defuntos. Não é um dia de pesar, é um dia de celebrar, de termos saudades de pessoas que fazem parte da nossa história e da nossa vida. Na fé, eles não morreram, eles foram transformados, foram para a eternidade. Hoje, nós nos voltamos especialmente para recordarmos e orarmos aos irmãos que estão sobretudo no purgatório purgando, purificando, esperando as nossas orações.

Vamos celebrar, no próximo domingo, aqueles que já participam da glória eterna: todos os Santos. Então, é a comunhão da Igreja que caminha. Somos nossa Igreja militante, unindo-nos hoje com a Igreja que padece, a Igreja que se purifica no purgatório e, no domingo, celebramos a nossa comunhão com a Igreja triunfante: a Igreja que já está na glória.


A morte é a porta de entrada na eternidade feliz que Deus preparou para nós

É o mistério da vida humana, é a beleza do amor de Deus que nos coloca na comunhão dos Santos, somos uma só Igreja. Então, não é que aqueles que morreram estão distantes, estão até mais perto de Deus muitas vezes, do que nós que já participamos ou já estamos na porta de espera para entrar no Céu. O que é importante da nossa parte? Primeiro, a nossa oração generosa. Nossa oração, hoje, é pelo sufrágio dessas almas, pela purificação, é para nos unirmos em amor e comunhão com esses nossos irmãos.

Hoje, nós oramos por eles; amanhã, eles irão orar por nós, e por isso a oração é a grande expressão do amor. Amemos e vamos dar a nossa oração com todo o nosso coração. Isto é fundamental!

Hoje, também é um dia de refletirmos sobre o sentido cristão da morte, porque ela tem outros sentidos e outros significados, mas para quem não crê, para quem é pagão, por exemplo, a morte é uma tragédia, é o fim de tudo. Para nós não! A morte é a porta de entrada na eternidade feliz que Deus preparou para nós: “Na casa do meu Pai há muitas moradas” (João 14,2), diz Jesus. Então, é a oportunidade ou o momento de entrarmos naquela morada que o Pai preparou para cada um de nós.

É verdade que precisamos estar preparados, precisamos nos preparar para morrer a cada dia, e não é que precisamos pensar: “Vou morrer…”. Não vamos cair nessa bitola, o que nós precisamos é viver bem, porque quem vive bem a vida morrerá bem, não importa o dia nem a hora.

Não sabemos quando será o nosso dia, nós temos a certeza de que iremos morrer, mas temos nessa certeza uma incerteza: quando ninguém sabe, nem o dia e nem a hora. Isso é o que menos importa, porque o que mais importa é aquilo que a Palavra hoje nos chama: Ficai preparados para hoje, para amanhã, para o tempo que for para o nosso encontro feliz com Deus.

Morte não é tragédia, ainda que, nas circunstâncias humanas, às vezes, tragédias levem a vida de muitos de nós, mas morte é vida em Deus, é ressuscitarmos para a eternidade feliz com Deus se vivermos nossa vida n'Ele. Hoje, é dia de alimentarmos a fé, é dia de alimentarmos a esperança, dia de alimentarmos a confiança, é dia de alimentarmos, mais do que nunca, o nosso amor a Deus e aos nossos irmãos que já estão na glória do Senhor ou padecendo pela purificação do purgatório, oferecemos nossas orações ou já glorificados na eternidade feliz. Em Deus encontramos a vida, porque Ele é vida.

Deus abençoe você!

Pe. Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.
Facebook/padrerogeramigo
Seja um apoiador!
Ajude-nos a manter o Pocket Terço: apoia.se/pocketterco

Homilia Diária | Como ajudar as almas do purgatório? (Comemoração de Todos os Fiéis Defuntos)

A Comemoração dos Fiéis Defuntos, festa em que a caridade cristã nos impele a rezar em sufrágio dos que nos precederam com o sinal da fé, vem recordar-nos — como sempre creu a Igreja Católica — que só poderão associar-se no céu à assembleia dos santos as almas inteiramente purificadas, ou seja, as que, além de estarem livres de todo pecado mortal, tiverem alcançado aquele grau de amor a Deus sem o qual não é possível ser admitido ao reino celeste.Assista à homilia do Padre Paulo Ricardo para esta terça-feira, dia 2 de novembro, e ofereçamos hoje, em sufrágio das benditas almas do purgatório, jejuns, esmolas, orações e toda obra de piedade que nos inspirar a caridade cristã.


https://youtu.be/p2KRwzGbmS4

Santo do dia 02/11/2021


Todos os Fiéis Defuntos (Solenidade)
Data: 02 de Novembro


Até quando o Senhor Jesus virá em sua glória e, destruída a morte, lhe forem submetidas todas as coisas, alguns de seus discípulos são peregrinos na terra; outros, que passaram desta vida, estão se purificando; outros, enfim, gozam da glória, contemplando a Deus. Todos, porém, comungamos na mesma caridade de Deus. Portanto, a união daqueles que estão a caminho, com os irmãos falecidos, de maneira alguma se interrompe, antes se vê fortalecida pela comunhão dos bens espirituais (cf. LG 49).

A Igreja, desde os primeiros tempos, vem cultivando com grande piedade a memória dos defuntos e oferecendo por eles seus sufrágios (cf. LG 50). Nos ritos fúnebres a Igreja celebra com fé o mistério pascal, na certeza de que todos que se tornaram pelo batismo membros do Cristo crucificado e ressuscitado, através da morte, passam com ele à vida sem fim (cf. Rito das Exéquias, 1).

Se a festa de Todos os Santos celebra os que foram glorificados e participam da glória no Cristo ressuscitado, sejam eles canonizados como santos ou não, a comemoração de Todos os Fiéis Defuntos coloca a Igreja em comunhão com os que nos precederam na fé, em relação aos quais está viva a memória da Comunidade.

A Comemoração de Todos os Fiéis Defuntos traz à memória da Comunidade cristã vários mistérios: o mistério da morte, a comunhão solidária com os que nos precederam na fé, a lembrança dos que caminharam conosco na peregrinação terrena, seja na Comunidade familiar, seja na Comunidade eclesial. E não podem ser esquecidos todos os justos salvos mesmo sem terem conhecido a Jesus Cristo.

Dia de Finados leva as pessoas às suas raízes familiares, simbolizadas pelo cemitério. Dia de Finados é o dia da saudade e o dia da esperança. Levar flores aos túmulos dos parentes parece uma obrigação de gratidão e de reconhecimento. No fundo, está-se realizando um rito muito significativo. As flores simbolizam o jardim, o paraíso, a felicidade, que todos desejam aos seus entes queridos.

Depois que uma pedra foi removida do túmulo, o cemitério pode ser chamado de Campo santo, Campo da paz, Jardim da esperança. Já não é mais o lugar fatídico do fim sem sentido, mas o lugar da esperança da vida em Cristo Jesus.

Este encontro com as raízes da vida, com os antepassados, desperta a perspectiva do futuro. É a esperança. Esperança da vida, esperança da ressurreição, esperança da glória em Cristo Jesus.

Daí podemos recolher três elementos fundamentais na Comemoração de Todos os Fiéis Defuntos.

Temos, primeiramente, a ação de graças pelo que Deus realizou, por sua graça, nos que nos precederam na fé. Comemoramos as maravilhas que Deus neles operou. Não apenas nos santos canonizados, mas nos santos que conviveram conosco, seja na família, seja na Comunidade eclesial. Damos graças a Deus pelo que ele realizou em nossos antepassados, em nossos avós, nossos pais, irmãos, parentes e amigos, que já passaram deste mundo para o Pai.

Depois, olhamos para eles como testemunhas da fé cristã. Eles nos precederam na fé. Aparecem como luzes a indicar o caminho para Deus, como exemplos de fé, de amor e de fidelidade. Brota, então, o desejo de imitá-los, de segui-los no mesmo caminho.

Finalmente, a Comunidade eclesial intercede; pede a Deus que manifeste sua bondade e misericórdia para com os que já terminaram o seu peregrinar nesta terra. A Igreja vive, então, a realidade do Corpo místico de Cristo, manifestado na Igreja peregrinante, na Igreja padecente e na Igreja triunfante. A Igreja reza pelos falecidos, pedindo que Deus lhes conceda o repouso eterno, a participação do convívio eterno com ele.

Os textos, inclusive, os prefácios à escolha, lançam a comunidade celebrante no mistério pascal da morte e ressurreição do Senhor Jesus. A Igreja celebra o mistério da sepultura do Senhor na certeza da ressurreição. Talvez a Antífona da entrada do primeiro formulário das Missas possa resumir o mistério celebrado: Como Jesus morreu e ressuscitou, Deus ressuscitará os que nele morreram. E, como todos morrem em Adão, todos em Cristo terão a vida.

E a Antífona da Comunhão reza: Eu sou a ressurreição e a vida, diz o Senhor. Aquele que crê em mim, ainda que tenha morrido, viverá; e todo aquele que vive e crê em mim não morrerá para sempre.

Referência:
BECKHÄUSER, Frei Alberto. Os Santos na Liturgia: testemunhas de Cristo. Petrópolis: Vozes, 2013. 391 p. Adaptações: Equipe Pocket Terço.

Textos Litúrgicos © Conferência Nacional dos Bispos do Brasil