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Abstinência de carne

Antífona de entrada

O Senhor o escolheu para a plenitude do sacerdócio e, abrindo seus tesouros, o cumulou de bens.

Coleta

Ó Deus, que cuidais do vosso povo com indulgência e o governais com amor, dai, pela intercessão de São Gregório Magno, o espírito de sabedoria àqueles a quem confiastes o governo da vossa Igreja, a fim de que o progresso das ovelhas contribua para a alegria eterna dos pastores. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

Primeira Leitura (Cl 1, 15-20)


Leitura da Carta de São Paulo aos Colossenses


15Cristo Jesus é a imagem do Deus invisível, o primogênito de toda a criação, 16pois por causa dele foram criadas todas as coisas no céu e na terra, as visíveis e as invisíveis, tronos e dominações, soberanias e poderes. Tudo foi criado por meio dele e para ele. 17Ele existe antes de todas as coisas e todas têm nele a sua consistência. 18Ele é a Cabeça do corpo, isto é, da Igreja. Ele é o Princípio, o Primogênito dentre os mortos; de sorte que em tudo ele tem a primazia, 19porque Deus quis habitar nele com toda a sua plenitude 20e por ele reconciliar consigo todos os seres, os que estão na terra e no céu, realizando a paz pelo sangue da sua cruz.

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Salmo Responsorial (Sl 99)


R. Com canto apresentai-vos diante do Senhor!


— Aclamai o Senhor, ó terra inteira, servi ao Senhor com alegria, ide a ele cantando jubilosos! R.

— Sabei que o Senhor, só ele, é Deus, Ele mesmo nos fez, e somos seus, nós somos o seu povo e seu rebanho. R.

— Entrai por suas portas dando graças, e em seus átrios com hinos de louvor; dai-lhe graças, seu nome bendizei! R.

— Sim, é bom o Senhor e nosso Deus, sua bondade perdura para sempre, seu amor é fiel eternamente! R.


https://youtu.be/8hZMYhWIdWk
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R. Aleluia, Aleluia, Aleluia.
V. Eu sou a luz do mundo; aquele que me segue não caminha entre as trevas, mas terá a luz da vida. (Jo 8, 12) R.

Evangelho (Lc 5, 33-39)


V. O Senhor esteja convosco.

R. Ele está no meio de nós.


V. Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo  segundo Lucas 

R. Glória a vós, Senhor.


V. Naquele tempo, 33os fariseus e os mestres da Lei disseram a Jesus: “Os discípulos de João, e também os discípulos dos fariseus, jejuam com frequência e fazem orações. Mas os teus discípulos comem e bebem”. 34Jesus, porém, lhes disse: “Os convidados de um casamento podem fazer jejum enquanto o noivo está com eles? 35Mas dias virão em que o noivo será tirado do meio deles. Então, naqueles dias, eles jejuarão”.

36Jesus contou-lhes ainda uma parábola: “Ninguém tira retalho de roupa nova para fazer remendo em roupa velha; senão vai rasgar a roupa nova, e o retalho novo não combinará com a roupa velha. 37Ninguém coloca vinho novo em odres velhos; porque, senão, o vinho novo arrebenta os odres velhos e se derrama; e os odres se perdem. 38Vinho novo deve ser posto em odres novos. 39E ninguém, depois de beber vinho velho, deseja vinho novo; porque diz: o velho é melhor”.

Sobre as Oferendas

Ó Deus, na festa de São Gregório Magno, seja-nos proveitoso este sacrifício que, ao ser oferecido na cruz, libertou do pecado o mundo inteiro. Por Cristo, nosso Senhor.



Antífona da Comunhão

O bom pastor dá a vida por suas ovelhas. (Cf. Jo 10, 11)

Depois da Comunhão

Ó Pai, instruí pelo Cristo Mestre os que saciastes com o Cristo que é o pão da vida, para que, na festa de São Gregório, cheguemos ao conhecimento da verdade e a realizemos pela caridade. Por Cristo, nosso Senhor.

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Homilia do dia 03/09/2021
A cada dia, Deus tem uma graça nova para nossa vida

“Vinho novo deve ser colocado em ordens novos” (Lucas 5,38).

Todos nós temos sede e necessidade de renovação, de purificação. Todos nós temos necessidades de vivermos uma vida nova ou renovarmos a nossa vida. Mas como é que vamos ter uma vida nova ou renovarmos a nossa vida se vivemos apegados às coisas velhas, se vivemos presos aos conceitos velhos? Se estamos apegados, inclusive, às coisas que são velharias? Sabe aquelas coisas antigas que vamos juntando, vamos acumulando e guardando?

Só ficamos mais pesados com tudo aquilo que de velho nós guardamos, seja nos nossos armários, nas nossas despensas, nos nossos quartos, mas, sobretudo, aquilo que guardamos dentro de nós. Se ficarmos com peso, o acúmulo de mágoas, ressentimentos, rancores, decepções e frustrações que passamos nesta vida, a sobrecarga da mente é terrível, ficamos terrivelmente abalados, cansados, impedidos de irmos para frente, porque parece que tem um peso sobrecarregando a nossa vida. É o peso das coisas velhas que não nos livramos e libertarmos.


Deus tem um vinho novo, uma graça nova, uma bênção nova para derramar em nossa vida a cada dia

Costumo dizer que você precisa sempre se libertar das coisas que você não utiliza, por mais que um dia você ache: “Vou precisar disso e daquilo”. Não! Tenha o essencial para as coisas não ficarem pesadas no ambiente onde você vive, onde você está. Inclusive, até a dificuldade que, muitas vezes, temos de arrumar a casa, o quarto, de arrumar a nossa vida é porque tem muita coisa guardada e acumulada.

Quanto mais simples formos, quanto menos coisas carregarmos na vida, mais controle, organização e renovação teremos. Às vezes, vejo como é difícil a pessoa conseguir arrumar até seu próprio carro, porque tem tanta coisa guardada dentro que até para limpar é difícil.

Olhemos para dentro de nós, olhemos para dentro do nosso coração, como é que o vinho novo da graça, a Boa Nova do Evangelho vai ter efeito de transformação na nossa vida e no nosso coração, se estamos cheios de coisas velhas aninhadas, guardadas dentro do nosso ser.

Vinho novo em odres novos. Deus tem um vinho novo, uma graça nova, uma bênção nova para derramar em nossa vida a cada dia. Precisamos querer ser novos a cada dia e querer ser acompanhados da determinação de romper com o que é velho, com o que nos estraga, romper com os acúmulos de coisas de cargas e sobrecargas que vamos acumulando ao longo da vida.

Seja novo a cada dia, porque a graça de Deus faz nova todas as coisas em nossa vida, quando permitimos ser renovados pelo Senhor nosso Deus.

Deus abençoe você!

Pe. Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.
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O monge santo que Deus não “deixou em paz”

A vida de São Gregório Magno é, por assim dizer, uma “cartilha” valiosa. Temos problemas? Nossa vida está ruim? Está difícil? Pois bem, façamos o seguinte: ajudemos os outros, olhemos um pouco para fora de nós, sejamos mais missionários. Foi assim que, numa Roma capenga, claudicante, chagada de dificuldades e misérias, ele pôde fazer tanto bem a tantas almas. Fez-se missionário e se dispôs a ajudar não só o próprio povo, mas os outros, enviando-lhes apóstolos que fizessem brilhar em novas terras a fé católica, única luz para as nações. Assista à homilia do Padre Paulo Ricardo para esta sexta-feira, dia 3 de setembro, e peçamos a Deus que, pela intercessão de São Gregório Magno, nos conceda o dom de uma vida de oração frutuosa e apostólica.

https://youtu.be/IKFMKaybX4I
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Santo do dia 03/09/2021


São Gregório Magno (Memória)
Local: Roma, Itália
Data: 03 de Setembro † 604


Gregório nasceu em Roma pelo ano de 540 e morreu no dia 12 de março de 604 como um dos pontífices romanos mais importantes da história da Igreja. Para não cair sempre na Quaresma, sua memória é comemorada no dia 3 de setembro, dia de sua ordenação episcopal em 590. Pela grandeza de sua obra como Papa recebeu o título de Magno, o primeiro e único depois de Leão Magno, que governou a Igreja um século e meio antes dele.

São Gregório Magno é tomado e cultuado como modelo de pastor. Viveu e atuou num tempo de transição da cultura greco-romana para a era medieval.

Nascido em Roma, de família rica senatorial, foi prefeito da cidade de Roma. Com a morte do pai tornou-se uma das maiores fortunas de Roma. Com alma de monge dotou com seus bens seis mosteiros na Sicília e um perto de sua habitação no monte Célio. Foi aqui que ele se encerrou para viver como monge, em vida contemplativa. A Providência, porém, lhe reservava outro caminho. O papa Pelágio II (579-590) o fez diácono e enviou-o como seu representante à corte de Constantinopla, onde teve a oportunidade de conhecer de perto a política eclesiástica imperial e o modo de pensar da Igreja bizantina. Retornando a Roma retirou-se novamente para o seu mosteiro de Santo André, onde se tornou abade. Era secretário do Papa quando este foi vitimado pela peste que se espalhou em consequência das enchentes do ano 590. O clero e o povo romano proclamaram Gregório sucessor de Pelágio II. Em vão procurou ocultar-se, pois o povo descobriu seu esconderijo e o forçou a aceitar o cargo,

Gregório foi o homem certo, posto no momento certo na Cátedra de Pedro. O Império Romano estava em derrocada e invasões de bárbaros por toda parte provocavam a formação de um novo tipo de sociedade. Gregório é um marco na história da Igreja e da própria Europa e assinala o ponto de partida de uma nova época, a do tempo de transição do mundo romano para o novo mundo medieval, que ia fundir as antigas culturas grega e romana com as novas culturas germânica e eslava.

Embora fosse de saúde delicada, exerceu multiforme e intensa atividade no governo da Igreja, na solicitude da caridade, na tutela das populações maltratadas pelos bárbaros e na ação missionária. Autor e legislador no campo da Liturgia e do canto sacro, cuidou da elaboração de um Sacramentário que traz seu nome e constitui o núcleo fundamental do Missal romano. Deixou escritos de caráter pastoral, moral, homilético e espiritual, que formaram várias gerações cristãs especialmente na Idade Média.

Ao papa São Gregório I deve-se a evangelização da Inglaterra, para onde enviou um grupo de 40 monges do seu mosteiro de Santo André em Roma, sob a direção de Santo Agostinho de Cantuária. Visando o afervoramento do clero, escreveu para ele a Regra Pastoral que pode ser lida com edificação também hoje em dia. A fim de incentivar a piedade e o amor à santidade, redigiu o Livro dos Diálogos. São Gregório foi o primeiro papa que também foi monge e ajudou a superar uma espiritualidade preponderantemente eremítica e monacal, realçando uma espiritualidade pastoral, unindo numa só realidade a contemplação e a ação. É considerado um dos quatro grandes doutores da Igreja do Ocidente, com Santo Ambrósio, Santo Agostinho e São Jerônimo.

Este infatigável chefe da Igreja, que a governou durante treze anos, muito doente e quase sempre acamado no fim da vida, veio a falecer no ano 604 com cerca de 65 anos de idade. Foi o primeiro papa a chamar-se "Servo dos servos de Deus". O título de Grande (Magno) lhe foi dado pelo papa Bonifácio VIII.

O hino do seu Oficio o canta como apóstolo dos ingleses, alguém que, calçando aos pés a riqueza e a glória, seguiu pobre o Pobre, de toda a terra Senhor. Na terceira estrofe, a Igreja o contempla como pastor da grei que o Supremo Pastor, o Cristo, lhe confia, imitando a Pedro no cargo e no seguimento da Lei. A seguinte estrofe mostra como ele contempla os mistérios das Sagradas Escrituras e como a Verdade o alça à luz da contemplação. Como Papa e Doutor da Igreja torna-se servo de todos os servos. E a última estrofe o relaciona com a Sagrada Liturgia.

A Antífona do Benedictus o canta como Pastor: Pastor exímio, São Gregório nos deixou um grande exemplo de uma vida de pastor e uma regra a seus irmãos.

A Antífona do Magnificat mostra sua coerência de vida: São Gregório praticava tudo aquilo que pregava e se fez exemplo vivo dos mistérios que ensinava.

Sob esta luz do santo e do pastor devem ser vistas as orações:

Na Oração coleta apresenta-se o papa Gregório como quem governa com amor o povo de Deus. Pede o espírito de sabedoria para aqueles a quem Deus confiou o governo da sua Igreja e que o progresso das ovelhas contribua para a alegria eterna dos pastores.

A Oração depois da Comunhão relaciona o papa São Gregório com o Cristo Mestre e o Cristo pão da vida: Ó Pai, instruí pelo Cristo Mestre os que saciastes com o Cristo que é o pão da vida, para que, na festa de São Gregório, cheguemos ao conhecimento da verdade e a realizemos pela caridade.

A grande lição de São Gregório para todos os tempos é viver o que ensina; testemunhar e ensinar a verdade e viver a caridade. A contemplação e a ação devem formar um todo na vida dos cristãos, qualquer que seja o seu estado de vida, profissão ou função na Igreja ou na sociedade.

Referência:
BECKHÄUSER, Frei Alberto. Os Santos na Liturgia: testemunhas de Cristo. Petrópolis: Vozes, 2013. 391 p. Adaptações: Equipe Pocket Terço.

São Gregório Magno, rogai por nós!

Textos Litúrgicos © Conferência Nacional dos Bispos do Brasil