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Memória Facultativa

São Martinho de Lima, Religioso


Antífona de entrada

Não me abandoneis, jamais, Senhor, meu Deus, não fiqueis longe de mim! Depressa, vinde em meu auxílio, ó Senhor, minha salvação! (Sl 37, 22-23)

Coleta

Ó Deus de poder e misericórdia, que concedeis a vossos filhos e filhas a graça de vos servir como devem, fazei que corramos livremente ao encontro das vossas promessas. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

Primeira Leitura (Rm 13, 8-10)


Leitura da Carta de São Paulo aos Romanos


Irmãos, 8não fiqueis devendo nada a ninguém, a não ser o amor mútuo – pois quem ama o próximo está cumprindo a Lei. 9De fato, os mandamentos: “Não cometerás adultério”, “Não matarás”, “Não roubarás”, “Não cobiçarás”, e qualquer outro mandamento se resumem neste: “Amarás a teu próximo como a ti mesmo”. 10O amor não faz nenhum mal contra o próximo. Portanto, o amor é o cumprimento perfeito da Lei.

— Palavra do Senhor.

— Graças a Deus.


Salmo Responsorial (Sl 111)


R. Feliz quem tem piedade e empresta!


— Feliz o homem que respeita o Senhor e que ama com carinho a sua lei! Sua descendência será forte sobre a terra, abençoada a geração dos homens retos! R.

— Ele é correto, generoso e compassivo, como luz brilha nas trevas para os justos. Feliz o homem caridoso e prestativo, que resolve seus negócios com justiça. R.

— Ele reparte com os pobres os seus bens, permanece para sempre o bem que fez, e crescerão a sua glória e seu poder. R.


https://youtu.be/0dTGeU4-ZtE
R. Aleluia, Aleluia, Aleluia.
V. Felizes sereis vós, se fordes ultrajados por causa de Jesus, pois repousa sobre vós o Espírito de Deus. (1Pd 4, 14) R.

Evangelho (Lc 14, 25-33)


V. O Senhor esteja convosco.

R. Ele está no meio de nós.


V. Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo  segundo Lucas 

R. Glória a vós, Senhor.


V. Naquele tempo, 25grandes multidões acompanhavam Jesus. Voltando-se, ele lhes disse: 26“Se alguém vem a mim, mas não se desapega de seu pai e sua mãe, sua mulher e seus filhos, seus irmãos e suas irmãs e até da sua própria vida, não pode ser meu discípulo. 27Quem não carrega sua cruz e não caminha atrás de mim, não pode ser meu discípulo.

28Com efeito: qual de vós, querendo construir uma torre, não se senta primeiro e calcula os gastos, para ver se tem o suficiente para terminar? Caso contrário, 29ele vai lançar o alicerce e não será capaz de acabar. E todos os que virem isso começarão a caçoar, dizendo: 30‘Este homem começou a construir e não foi capaz de acabar!’

31Ou ainda: Qual o rei que ao sair para guerrear com outro, não se senta primeiro e examina bem se com dez mil homens poderá enfrentar o outro que marcha contra ele com vinte mil? 32Se ele vê que não pode, enquanto o outro rei ainda está longe, envia mensageiros para negociar as condições de paz. 33Do mesmo modo, portanto, qualquer um de vós, se não renunciar a tudo o que tem, não pode ser meu discípulo!”

— Palavra da Salvação.

— Glória a vós, Senhor.


Sobre as Oferendas

Ó Deus, que este sacrifício se torne uma oferenda perfeita aos vossos olhos e fonte de misericórdia para nós. Por Cristo, nosso Senhor.



Antífona da Comunhão

Vós me ensinais vosso caminho para a vida; junto de vós, felicidade sem limites! (Sl 15, 11)

Ou:


Como o Pai, que me enviou é a vida, e eu vivo pelo Pai, diz o Senhor, assim quem come a minha carne viverá por mim. (Jo 6, 58)

Depois da Comunhão

Ó Deus, frutifique em nós a vossa graça, a fim de que, preparados por vossos sacramentos, possamos receber o que prometem. Por Cristo, nosso Senhor.

Homilia do dia 03/11/2021
O amor de Deus direciona todos os outros amores

“Portanto, qualquer um de vós, se não renunciar a tudo o que tem, não pode ser meu discípulo!” (Lucas 14,33).

A Palavra de Deus, hoje, nos apresenta algumas condições para o discipulado, para o seguimento de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo. Veja que não é fácil seguir Jesus, não é fácil porque, primeiro, nós somos muito apegados às coisas, às pessoas, ao que temos e ao que possuímos. Quem tem muito é apegado ao muito que tem; quem tem pouco faz do seu pouco muito, se agarra ao que tem e não vive sem aquilo que tem.

A questão do “sermos apegados” é que o apegado nos torna presos e reféns, até as pessoas nos tornam reféns delas. Veja que é diferente uma coisa da outra, uma coisa é nós amarmos e o amor nós nunca podemos renunciar, ninguém pode renunciar ao amor do seu pai e da sua mãe, o marido não pode renunciar o amor da sua mulher, a mulher não pode renunciar o amor do seu marido, os pais dos seus filhos e assim por diante. É o vínculo de amor belo, profundo, divino e sagrado que nos une, agora o que estraga é o apego, é aquela forma, muitas vezes, cega que nós vivemos as relações humanas; criamos uma dependência que, muitas vezes, endeusamos aquelas pessoas ou aquelas coisas que nós temos.

É o amor divino que direciona todo e qualquer amor humano

Aprenda que todo apego é doentinho e todo desapego é um desprendimento, é uma libertação e nos torna pessoas saudáveis, livres para amarmos e seguirmos a Jesus. Sim, nos tornamos livres para amar e, muitas vezes, o apego doentio não nos permite amar, mas nos aprisionar e aprisionarmos as pessoas ou as coisas a nós.

Uma mãe e um pai não criam filhos para si, o amor faz você criar seus filhos para que eles sigam a vida, para que eles, assim como você formou uma família, também possam formar a família deles. Muitas vezes, a mãe prende o filho, prende a sua filha e cria aquela situação de uma dependência doentia, onde a pessoa não pode nem seguir o trajeto e o rumo da sua vida. Do mesmo jeito, às vezes, o filho ou a filha criam uma dependência do seu pai e da sua mãe que não amadurecem, não conseguem andar com as suas próprias pernas.

Temos sempre que cuidar dos nossos, mas não com apego, e sim como muito amor; e para que o amor seja autêntico é preciso o desapego, é preciso saber caminhar com as próprias pernas, inclusive para amar Jesus sobre todas as coisas.

Se alguém vive amarrado a qualquer situação, não consegue mesmo olhar para Ele ou ser todo d’Ele. Talvez, você me pergunte assim: “Jesus está me mandando largar os meus?”. Não! Jesus está mandando você cuidar melhor dos seus. E como é que nós cuidamos melhor dos nossos? Amando a Deus sobre todas as coisas porque o amor divino é que direciona todo e qualquer amor humano.

Como é que vamos cuidar das coisas que nós temos? Amando a Deus sobre todas as coisas, pois não nos prenderemos a nada deste mundo, porque é para isso que caminhamos. Achamos que o ciclo da vida é juntar, acumular e ter tudo; o ciclo da vida é passarmos e até termos as coisas, mas depois não temos nada, não ficamos com nada e não levamos nada a não ser o amor que nutrimos uns pelos outros; e o amor profundo que dedicamos a Deus.

Deus abençoe você!

Pe. Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.
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Homilia Diária | Estaremos dispostos a pagar o preço? (Quarta-feira da 31.ª Semana do Tempo Comum)

Quando seguimos a Cristo, deparamos sempre com a encruzilhada: ou pagamos o preço de amá-lo, ou acabaremos por traí-lo. Por isso Ele nos exorta no Evangelho de hoje a “calcular bem” tudo de que precisamos abrir mão para segui-lo. Obviamente, Jesus não o está dizendo para que desistamos, mas para que o abracemos verdadeiramente e estejamos disposto a amá-lo de todo o coração, independentemente das consequências.Assista à homilia do Padre Paulo Ricardo para esta quarta-feira, dia 3 de novembro, e medite conosco mais uma página do santo Evangelho!


https://youtu.be/F8p1xNzVQ5E

Santo do dia 03/11/2021


São Martinho de Lima (Memória Facultativa)
Local: Lima, Peru
Data: 03 de Novembro † 1639


Martinho de Porres, chamado também Martinho de Lima pela cidade onde viveu e veio a falecer, nasceu em 1579. Era filho natural de um fidalgo espanhol e de uma mulata panamenha. O valor representativo de São Martinho na história da santidade deriva do fato de ser ele filho ilegítimo, que enfrentou e superou em sua vida toda discriminação de cor e de origem. A sociedade branca de Lima tampouco estava disposta a perdoar a Martinho o "pecado" de sua pele escura e de sua origem escrava: a sombra desta humilhação devia acompanhá-lo durante toda a vida.

Educado por sua mãe no santo temor de Deus, começou ainda criança a trabalhar como aprendiz de barbeiro. Era uma profissão manual, como tal desprezada pelos que tinham aspirações à nobreza, embora não coincidisse, totalmente, com a profissão de barbeiro de hoje, pois naquele tempo o barbeiro era também dentista e cirurgião. Martinho fez de sua profissão um exercício de caridade para com os pobres.

Para colocar-se totalmente a serviço dos pobres, quis entrar na Ordem Dominicana. Aqui o esperava nova humilhação. Por sua cor e origem, não podia ser admitido nem como sacerdote nem como irmão leigo. Entrou simplesmente como oblato, como eram chamados os leigos agregados a um convento. Suas funções eram as mais humildes, mas sua vida espiritual, a mais profunda. Mais tarde, em atenção às suas virtudes, lhe foi concedido, excepcionalmente, a profissão de irmão leigo na Ordem.

Humildade, piedade e espírito de caridade foram as características de sua vida. Sua cela, no convento em Lima no Peru, era um depósito de ervas com que atendia aos doentes do convento e de fora. Dedicava sua vida literalmente aos pobres. Fazia-se mendigo, pedindo esmolas, por amor aos mendigos. Com as esmolas que conseguia, fundou um hospital para os meninos abandonados. De sua intensa oração brotavam os milagres. Assim, sem fazer coisas extraordinárias, Martinho de Porres chegou a um alto grau de santidade. O centro de tudo era a caridade.

Faleceu santamente em Lima, no dia 3 de novembro de 1639, com 60 anos de idade. Imediatamente após a morte foi honrado e venerado como santo. Foi beatificado em 1873 e canonizado pelo papa João XXIII em 1962.

O papa João XXIII, na homilia de sua canonização, o chama de "Martinho da caridade". A Oração coleta realça em São Martinho a virtude da humildade, o caminho mais seguro para os céus.

A Antífona do Benedictus indica bem a vocação universal da santidade, independente de raça, cor ou origem: Bendito seja o Senhor Deus, que libertou todos os povos, e das trevas chamou para sua luz maravilhosa.

A Antífona do Magnificat indica o caminho de santidade legado por São Martinho de Lima: Glorifiquemos o Senhor, que exaltou com dons celestes seu servo humilde São Martinho.

Referência:
BECKHÄUSER, Frei Alberto. Os Santos na Liturgia: testemunhas de Cristo. Petrópolis: Vozes, 2013. 391 p. Adaptações: Equipe Pocket Terço.

São Martinho de Lima, rogai por nós!

Textos Litúrgicos © Conferência Nacional dos Bispos do Brasil