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Memória Facultativa

São Martinho de Lima, religioso


Antífona de entrada

Não me abandoneis, jamais, Senhor, meu Deus, não fiqueis longe de mim! Depressa, vinde em meu auxílio, ó Senhor, minha salvação! (Sl 37, 22-23)
Ne derelínquas me, Dómine Deus meus, ne discédas a me: inténde in adiutórium meum, Dómine virtus salútis meae. Ps. Dómine, ne in furóre tuo árguas me: neque in ira tua corrípias me. (Ps. 37, 22. 23 et 2)
Vernáculo:
Não me abandoneis, jamais, Senhor, meu Deus, não fiqueis longe de mim! Depressa, vinde em meu auxílio, ó Senhor, minha salvação! (Cf. MR: Sl 37, 22-23) Sl. Repreendei-me, Senhor, mas sem ira; corrigi-me, mas não com furor! (Cf. LH: Sl 37, 2)

Coleta

Ó Deus de poder e misericórdia, que concedeis a vossos filhos e filhas a graça de vos servir como devem, fazei que corramos livremente ao encontro das vossas promessas. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

Primeira Leitura (Fl 3, 3-8a)


Leitura da Carta de São Paulo aos Filipenses


Irmãos, 3os verdadeiros circuncidados somos nós, que prestamos culto pelo Espírito de Deus, colocamos a nossa glória em Cristo Jesus e não pomos confiança na carne. 4Aliás, também eu poderia pôr minha confiança na carne. Pois, se algum outro pensa que pode confiar na carne, eu mais ainda. 5Fui circuncidado no oitavo dia, sou da raça de Israel, da tribo de Benjamim, hebreu filho de hebreus. Em relação à Lei, fariseu, 6pelo zelo, perseguidor da Igreja de Deus; quanto à justiça que vem da Lei, sempre irrepreensível. 7Mas essas coisas, que eram vantagens para mim, considerei-as como perda, por causa de Cristo. 8aNa verdade, considero tudo como perda diante da vantagem suprema que consiste em conhecer a Cristo Jesus, meu Senhor.

— Palavra do Senhor.

— Graças a Deus.


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Salmo Responsorial (Sl 104)


℟. Exulte o coração dos que buscam o Senhor!


— Cantai, entoai salmos para ele, publicai todas as suas maravilhas! Gloriai-vos em seu nome que é santo, exulte o coração que busca a Deus! ℟.

— Procurai o Senhor Deus e seu poder, buscai constantemente a sua face! Lembrai as maravilhas que ele fez, seus prodígios e as palavras de seus lábios! ℟.

— Descendentes de Abraão, seu servidor, e filhos de Jacó, seu escolhido, ele mesmo, o Senhor, é nosso Deus, vigoram suas leis em toda a terra. ℟.


https://youtu.be/eo5ZOG-C0H4
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℟. Aleluia, Aleluia, Aleluia.
℣. Vinde a mim, todos vós que estais cansados, e descanso eu vos darei, diz o Senhor. (Mt 11, 28). ℟.

Evangelho (Lc 15, 1-10)


℣. O Senhor esteja convosco.

℟. Ele está no meio de nós.


℣. Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas 

℟. Glória a vós, Senhor.


Naquele tempo, 1os publicanos e pecadores aproximavam-se de Jesus para o escutar. 2Os fariseus, porém, e os mestres da Lei criticavam Jesus. “Este homem acolhe os pecadores e faz refeição com eles”.

3Então Jesus contou-lhes esta parábola: 4“Se um de vós tem cem ovelhas e perde uma, não deixa as noventa e nove no deserto, e vai atrás daquela que se perdeu, até encontrá-la? 5Quando a encontra, coloca-a nos ombros com alegria, 6e, chegando a casa, reúne os amigos e vizinhos, e diz: ‘Alegrai-vos comigo! Encontrei a minha ovelha que estava perdida!’ 7Eu vos digo: assim haverá no céu mais alegria por um só pecador que se converte, do que por noventa e nove justos que não precisam de conversão. 8E se uma mulher tem dez moedas de prata e perde uma, não acende uma lâmpada, varre a casa e a procura cuidadosamente, até encontrá-la? 9Quando a encontra, reúne as amigas e vizinhas, e diz: ‘Alegrai-vos comigo! Encontrei a moeda que tinha perdido!’ 10Por isso, eu vos digo, haverá alegria entre os anjos de Deus por um só pecador que se converte”.

— Palavra da Salvação.

— Glória a vós, Senhor.


Antífona do Ofertório

Benedic ánima mea Dómino, et noli oblivísci omnes retributiónes eius: et renovábitur, sicut áquilae, iuvéntus tua. (Ps. 102, 2. 5)


Vernáculo:
Bendize, ó minha alma, ao Senhor, não te esqueças de nenhum de seus favores! De bens ele sacia tua vida, e te tornas sempre jovem como a águia! (Cf. LH: Sl 102, 2. 5)

Sobre as Oferendas

Ó Deus, que este sacrifício se torne uma oferenda perfeita aos vossos olhos e fonte de misericórdia para nós. Por Cristo, nosso Senhor.



Antífona da Comunhão

Vós me ensinais vosso caminho para a vida; junto de vós, felicidade sem limites! (Sl 15, 11)

Ou:


Como o Pai, que me enviou, é a vida, e eu vivo pelo Pai, diz o Senhor, assim quem come a minha carne viverá por mim. (Jo 6, 58)
Dico vobis, gáudium est ángelis Dei super uno peccatóre paeniténtiam agénte. (Lc. 15, 10; ℣. Ps. 31, 1. 2. 5ab. 5cd. 7. 8. 10. 11)
Vernáculo:
Assim, eu vos digo, haverá alegria entre os anjos de Deus por um só pecador que se arrepende. (Cf. Bíblia da CNBB: Lc. 15, 10)

Depois da Comunhão

Ó Deus, frutifique em nós a vossa graça, a fim de que, preparados por vossos sacramentos, possamos receber o que prometem. Por Cristo, nosso Senhor.

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Homilia do dia 03/11/2022
Por que Jesus acolhia os pecadores?

Jesus acolhe a quantos o procuram, mas quer que todos o busquem para escutá-lo e, arrependidos, vivam a vida nova que Ele nos veio merecer ao preço de tanto Sangue.

O capítulo 15 do Evangelho segundo S. Lucas nos brinda com três belíssimas parábolas nas quais vemos representada, em cores admiráveis, a benignidade de Deus para com os pecadores arrependidos. Trata-se das parábolas da ovelha perdida (v. 4-6), do dracma perdido (v. 8-9) e do filho pródigo (v. 11-32). Hoje, a Igreja nos proclama somente as duas primeiras, cuja reta compreensão exige levar em conta o contexto em que Jesus no-las conta. Logo nos versículos iniciais, o evangelista nos faz saber que, a certa altura de seu ministério, o Senhor foi acusado pelos fariseus de misturar-se com os pecadores, muitos dos quais se aproximavam dele para o escutar. E essa convivência era vista, não já como suspeita, mas como prova de que também Jesus seria um pecador. Esta mesma acusação surge ainda hoje, nos lábios de muita gente, não mais com o fim de rebaixar Cristo à condição de pecador, o que é uma gravíssima blasfêmia, mas para justificar o próprio pecado, o que é uma enorme impiedade: Cristo — diz-se por aí — estava sempre com gente de “má vida”, para nos mostrar assim que não há vida verdadeiramente má e que, ainda que houvesse, tem Ele um Coração tão acolhedor que seria incapaz de condenar quem quer que seja. Trata-se, obviamente, de dois extremos: o primeiro, dos fariseus, peca “por excesso”, pois não vê em Cristo a misericórdia que o move a acolher os que a Ele acodem arrependidos; o segundo, defendido nos nossos dias até por quem se diz cristão, peca “por defeito”, pois vê em Cristo uma misericórdia laxa, como se não fôra necessário o arrependimento de quem a Ele recorre. Entretanto, nem Cristo era pecador por estar com pecadores nem estão estes justificados a permanecer no pecado só porque Cristo está disposto a acolhê-los. Quem pecava, com efeito, eram os fariseus, que iam atrás de Jesus para o acusar, não para o escutar; pecam, e ainda mais se arriscam, os que pensam ter parte com Ele sem escutá-lo nem se arrepender. Nem uns nem outros conhecem ao Cristo verdadeiro, cujo Coração é, sim, compassivo, tardo à ira e pronto à misericórdia, mas que tudo faz e muito se cansa, como um pastor à busca de uma ovelha tresmalhada, como uma mulher à procura de suas preciosas moedas, para que o pecador já não peque mais (cf. Jo 8, 11). É essa a misericórdia que o Senhor nos quer oferecer, é essa a misericórdia na qual devemos esperar, é essa a misericórdia que fez descer do céu o Filho de Deus, para resgatar estes preciosíssimos dracmas espirituais que são as almas, nas quais está impressa a imagem de Deus, tão deformado pela ferrugem do pecado, pela poeira de imperfeições e egoísmos.

Deus abençoe você!

Nossa Missão
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Homilia Diária | Um Jesus para cada cabeça? (Quinta-feira da 31.ª Semana do Tempo Comum)

Ainda hoje se repete, nos lábios de não pouca gente, a mesma acusação que fizeram outrora a Jesus os fariseus e mestres da Lei, mas com uma finalidade extremamente oposta: antes, acusavam Jesus de ser pecador por acolher os pecadores; hoje, acusam-no de fazer vista grossa ao pecado porque acolhia a todos. Nem um nem outro é o Jesus real, nem têm os acusadores uma correta noção do que é misericórdia: os primeiros, porque, julgando-se perfeitos, pensam que é a sua justiça que lhes merece a benignidade divina; os outros, porque imaginam que Deus faz pouco caso dos seus direitos, pouco lhe importando se o ofendemos ou amamos.Assista à homilia do Padre Paulo Ricardo para esta quinta-feira, dia 3 de novembro, e medite conosco mais uma página do Santo Evangelho.


https://youtu.be/G-icLZVxQkU
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Santo do dia 03/11/2022

Ouça no Youtube

São Martinho de Lima (Memória Facultativa)
Local: Lima, Peru
Data: 03 de Novembro† 1639


Martinho de Porres, chamado também Martinho de Lima pela cidade onde viveu e veio a falecer, nasceu em 1579. Era filho natural de um fidalgo espanhol e de uma mulata panamenha. O valor representativo de São Martinho na história da santidade deriva do fato de ser ele filho ilegítimo, que enfrentou e superou em sua vida toda discriminação de cor e de origem. A sociedade branca de Lima tampouco estava disposta a perdoar a Martinho o "pecado" de sua pele escura e de sua origem escrava: a sombra desta humilhação devia acompanhá-lo durante toda a vida.

Educado por sua mãe no santo temor de Deus, começou ainda criança a trabalhar como aprendiz de barbeiro. Era uma profissão manual, como tal desprezada pelos que tinham aspirações à nobreza, embora não coincidisse, totalmente, com a profissão de barbeiro de hoje, pois naquele tempo o barbeiro era também dentista e cirurgião. Martinho fez de sua profissão um exercício de caridade para com os pobres.

Para colocar-se totalmente a serviço dos pobres, quis entrar na Ordem Dominicana. Aqui o esperava nova humilhação. Por sua cor e origem, não podia ser admitido nem como sacerdote nem como irmão leigo. Entrou simplesmente como oblato, como eram chamados os leigos agregados a um convento. Suas funções eram as mais humildes, mas sua vida espiritual, a mais profunda. Mais tarde, em atenção às suas virtudes, lhe foi concedido, excepcionalmente, a profissão de irmão leigo na Ordem.

Humildade, piedade e espírito de caridade foram as características de sua vida. Sua cela, no convento em Lima no Peru, era um depósito de ervas com que atendia aos doentes do convento e de fora. Dedicava sua vida literalmente aos pobres. Fazia-se mendigo, pedindo esmolas, por amor aos mendigos. Com as esmolas que conseguia, fundou um hospital para os meninos abandonados. De sua intensa oração brotavam os milagres. Assim, sem fazer coisas extraordinárias, Martinho de Porres chegou a um alto grau de santidade. O centro de tudo era a caridade.

Faleceu santamente em Lima, no dia 3 de novembro de 1639, com 60 anos de idade. Imediatamente após a morte foi honrado e venerado como santo. Foi beatificado em 1873 e canonizado pelo papa João XXIII em 1962.

O papa João XXIII, na homilia de sua canonização, o chama de "Martinho da caridade". A Oração coleta realça em São Martinho a virtude da humildade, o caminho mais seguro para os céus.

A Antífona do Benedictus indica bem a vocação universal da santidade, independente de raça, cor ou origem: Bendito seja o Senhor Deus, que libertou todos os povos, e das trevas chamou para sua luz maravilhosa.

A Antífona do Magnificat indica o caminho de santidade legado por São Martinho de Lima: Glorifiquemos o Senhor, que exaltou com dons celestes seu servo humilde São Martinho.

Referência:
BECKHÄUSER, Frei Alberto. Os Santos na Liturgia: testemunhas de Cristo. Petrópolis: Vozes, 2013. 391 p. Adaptações: Equipe Pocket Terço.

São Martinho de Lima, rogai por nós!

Textos Litúrgicos © Conferência Nacional dos Bispos do Brasil