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Antífona de entrada

Eu vos darei pastores segundo o meu coração, que vos conduzam com inteligência e sabedoria. (Jr 3, 15)

Coleta

Deus de poder e misericórdia, que tornastes São João Maria Vianney um pároco admirável por sua solicitude pastoral, dai-nos, por sua intercessão e exemplo, conquistar no amor de Cristo os irmãos e irmãs para vós e alcançar com eles a glória eterna. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

Primeira Leitura (Nm 13, 1-2. 25-14, 1. 26-30. 34-35)


Leitura do Livro dos Números


Naqueles dias, 1o Senhor falou a Moisés, no deserto de Faran, dizendo: 2“Envia alguns homens para explorar a terra de Canaã, que vou dar aos filhos de Israel. Enviarás um homem de cada tribo, e que todos sejam chefes”. 25Ao fim de quarenta dias, eles voltaram do reconhecimento do país, 26e apresentaram-se a Moisés, a Aarão e a toda a comunidade dos filhos de Israel, em Cades, no deserto de Farã. E, falando a eles e a toda a comunidade, mostraram os frutos da terra, 27e fizeram a sua narração, dizendo: “Entramos no país, ao qual nos enviastes, que de fato é uma terra onde corre leite e mel, como se pode reconhecer por estes frutos. 28Porém, os habitantes são fortíssimos, e as cidades grandes e fortificadas. Vimos lá descendentes de Enac; 29os amalecitas vivem no deserto do Negueb; os hititas, jebuseus e amorreus, nas montanhas; mas os cananeus, na costa marítima e ao longo do Jordão”. 30Entretanto Caleb, para acalmar o povo revoltado, que se levantava contra Moisés, disse: “Subamos e conquistemos a terra, pois somos capazes de fazê-lo”. 31Mas os homens que tinham ido com ele disseram: “Não podemos enfrentar esse povo, porque é mais forte do que nós”. 32E, diante dos filhos de Israel, começaram a difamar a terra que haviam explorado, dizendo: “A terra que fomos explorar é uma terra que devora os seus habitantes: o povo que aí vimos é de estatura extraordinária. 33Lá vimos gigantes, filhos de Enac, da raça dos gigantes; comparados com eles parecíamos gafanhotos”. 14, 1Então, toda a comunidade começou a gritar, e passou aquela noite chorando. 26O Senhor falou a Moisés e Aarão, e disse: 27“Até quando vai murmurar contra mim esta comunidade perversa? Eu ouvi as queixas dos filhos de Israel. 28Dize-lhes, pois: ‘Por minha vida, diz o Senhor, juro que vos farei assim como vos ouvi dizer! 29Neste deserto ficarão estendidos os vossos cadáveres. Todos vós que fostes recenseados, da idade de vinte anos para cima, e que murmurastes contra mim, 30não entrareis na terra na qual jurei, com mão levantada, fazer-vos habitar, exceto Caleb, filho de Jefoné, e Josué, filho de Num. 34Carregareis vossa culpa durante quarenta anos, que correspondem aos quarenta dias em que explorastes a terra, isto é, um ano para cada dia; e experimentareis a minha vingança. 35Eu, o Senhor, assim como disse, assim o farei com toda essa comunidade perversa, que se insurgiu contra mim: nesta solidão será consumida e morreráʼ”.

Salmo Responsorial (Sl 105)


R. Lembrai-vos de nós, ó Senhor, segundo o amor para com vosso povo!


— Pecamos como outrora nossos pais, praticamos a maldade e fomos ímpios; no Egito nossos pais não se importaram com os vossos admiráveis grandes feitos. R.

— Mas bem depressa esqueceram suas obras, não confiaram nos projetos do Senhor. No deserto deram largas à cobiça, na solidão eles tentaram o Senhor. R.

— Esqueceram-se do Deus que os salvara, que fizera maravilhas no Egito; no país de Cam fez tantas obras admiráveis, no mar Vermelho, tantas coisas assombrosas. R.

— Até pensava em acabar com sua raça, não se tivesse Moisés, o seu eleito, interposto, intercedendo junto a ele, para impedir que sua ira os destruísse. R.


https://youtu.be/nDEuvopZmLQ
R. Aleluia, Aleluia, Aleluia.
V. Um grande profeta surgiu entre nós e Deus visitou o seu povo, aleluia. (Lc 7, 16) R.

Evangelho (Mt 15, 21-28)


V. O Senhor esteja convosco.

R. Ele está no meio de nós.


V. Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo  segundo Mateus 

R. Glória a vós, Senhor.


V. Naquele tempo, 21Jesus retirou-se para a região de Tiro e Sidônia. 22Eis que uma mulher cananeia, vindo daquela região, pôs-se a gritar: “Senhor, filho de Davi, tem piedade de mim: minha filha está cruelmente atormentada por um demônio!” 23Mas, Jesus não lhe respondeu palavra alguma. Então seus discípulos aproximaram-se e lhe pediram: “Manda embora essa mulher, pois ela vem gritando atrás de nós”. 24Jesus respondeu: “Eu fui enviado somente às ovelhas perdidas da casa de Israel”. 25Mas, a mulher, aproximando-se, prostrou-se diante de Jesus, e começou a implorar: “Senhor, socorre-me!” 26Jesus lhe disse: “Não fica bem tirar o pão dos filhos para jogá-lo aos cachorrinhos”. 27A mulher insistiu: “É verdade, Senhor; mas os cachorrinhos também comem as migalhas que caem da mesa de seus donos!” 28Diante disso, Jesus lhe disse: “Mulher, grande é a tua fé! Seja feito como tu queres!” E desde aquele momento sua filha ficou curada.

Sobre as Oferendas

Aceitai, ó Deus, as oferendas do vosso povo em honra de são João Maria Vianney; e possamos receber a salvação pelo sacrifício que oferecemos em vossa honra. Por Cristo, nosso Senhor.



Antífona da Comunhão

O Filho do Homem veio não para ser servido, mas para servir e dar a sua vida para a salvação de todos. (Mt 20, 28)

Depois da Comunhão

Recebemos, ó Deus, o vosso sacramento em memória de são João Maria Vianney; concedei que esta Eucaristia se transforme para nós em alegria eterna. Por Cristo, nosso Senhor.

Homilia do dia 04/08/2021
É pela fé que resgatamos os nossos

“Senhor, filho de Davi, tem piedade de mim: minha filha está cruelmente atormentada por um demônio!” (Mateus 15,22).

Aqui está o grito de uma mãe, essa mulher cananeia são as mães que estão clamando, que estão orando, que estão gritando lá no fundo da alma pelos seus filhos. Não são mães desesperadas, são mães que não têm onde recorrer e sabem que precisam recorrer, com insistência, ao Senhor Nosso Deus, pelos filhos que sofrem; sejam os filhos que sofrem as doenças do cotidiano, sofrem com a febre, sofrem com essa dor. Mas há uma dor mais profunda porque estão roubando os nossos filhos, porque os demônios estão atormentando os nossos filhos, estão agonizando os nossos, semeando confusão, semeando tantas coisas impuras e maldosas.

O espírito da desobediência e da rebeldia tem tomado e atormentado o coração dos nossos filhos nos tempos em que nós vivemos. O grito dessa mãe cananeia é o grito das mães que estão clamando pela salvação dos seus filhos, para que seus filhos sejam guardados, para que estejam protegidos mas, acima de tudo, para que seus filhos estejam libertos do poder do mal.


Alimente a sua fé, cresça na fé porque é pela fé que vamos salvar os nossos

É verdade que o grito dessa mulher causou espanto em Jesus e nos discípulos, porque essa mulher não era cananeia; e Jesus veio primeiro para os Seus, como Ele disse: “Eu fui enviado para as ovelhas perdidas da casa de Israel”, e ela não era da casa de Israel, como vimos ela era uma cananeia. Ela representa todas as mães da sociedade, as que creem em Deus, as que não participam... Enfim, toda mãe é uma filha de Deus e toda mãe sofre com seus filhos.

Por isso, o socorro de nossas mães, o socorro de nossos pais se chama Jesus. Os discípulos querem despedir aquela mulher, mas Jesus dá atenção a ela e questiona, inclusive, a insistência dela. “Mas eu fui enviado senão às ovelhas da casa de Israel e não fica bem tirar o pão dos filhos para saciar os cães”. Desculpe, não entenda errado, é que "cães" era a forma até amorosa com que os judeus tratavam os povos pagãos. Então, se preciso primeiro cuidar da casa, como é que eu vou tirar o pão da casa para dar para aos outros?

Que beleza a fé dessa mulher! “Senhor, mas os cachorrinhos comem as migalhas que caem da mesa dos seus donos. Se não pode me dar o pão, me dê as migalhas. Preciso da sua graça porque sem a sua graça, sem a sua ação, sem a sua intervenção, o que será dos meus filhos?

Diante do tamanho da fé daquela mulher, Jesus disse: “Mulher, grande é a tua fé, seja feita como tu queres”. Não percas a fé, não desanime diante das adversidades, das dificuldades, das tribulações todas, pelo contrário, sacie a sua fé, alimente a sua fé, cresça na fé porque é pela fé que vamos salvar os nossos, é a fé dos nossos filhos que precisamos resgatar e só iremos resgatar se ficarmos firmes na fé.

Deus abençoe você!

Pe. Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.
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“Vi Deus num homem”

Os cristãos de hoje, e de modo particular os padres, correm o perigo de ceder ao que poderíamos chamar “pelagianismo prático”, que consiste em pensar que só Cristo salva, mas em agir como se fôssemos nós, com nossos esforços e projetos, os verdadeiros salvadores. Contra esse mal, que tem tornado infrutíferos tantos ministérios paroquiais, Deus trouxe ao mundo São João Maria Vianney, para mostrar que só dá fruto bom e abundante quem coopera humildemente com a graça, oferecendo-se ao Pai como vítima de amor e expiação. Assista à homilia do Padre Paulo Ricardo para esta quarta-feira, dia 4 de agosto, e peçamos ao Cura d’Ars que, com seu celeste patrocínio, abençoe todos os párocos e confessores.




Santo do dia 04/08/2021

 

 


São João Maria Vianney (Memória)
Local: Ars, França
Data: 04 de Agosto † 1859


João era o nome dele de batismo. Na Crisma acrescentou o de Batista e, mais tarde, assumiu também o de Maria, por especial devoção à Virgem. É conhecido como João Maria Vianney ou simplesmente o Santo Cura d'Ars, proclamado patrono dos párocos pela Igreja. São João Maria Vianney se distingue por uma vida toda particular e uma forma de vida especial, toda sua.

De origem muito humilde, João Maria nasceu em Dardilly, perto de Lião, na França, em 1786, pouco antes de irromper a Revolução Francesa. Quando jovem, teve complicações com o serviço militar durante o império napoleônico, pelo que teve que viver escondido, exposto, cerca de dois anos, a graves perigos.

Desde pequeno queria ser padre a todo custo, mas, esbarrou em dois obstáculos: a pobreza e a escassa inteligência. Com 20 anos entrou no seminário, mas foi demitido por falta de inteligência. O estudo do latim parecia superar sua capacidade. Insiste para entrar na Congregação dos Irmãos das Escolas Cristãs, mas não é admitido pelas mesmas razões. Finalmente, quando parecia um caso perdido, seu antigo pároco que conhecia suas altas virtudes de piedade, pureza e sacrifício, aceitou prepará-lo em particular e conseguiu convencer o bispo a que o ordenasse sacerdote, comprometendo-se a orientá-lo no campo da doutrina e da pastoral por mais três anos. Foi finalmente ordenado em 1815, continuando seus estudos por mais três anos.

Em 1818, o arcebispo de Lião confiou-lhe a capelania de um lugarejo chamado Ars, não longe de Lião, que lhe dará o nome que o acompanha pelo mundo católico: o Cura d'Ars.

Durante mais de quarenta anos até sua morte ocorrida em 1859, João Maria nada mais será que o humilde capelão do vilarejo, transformada em paróquia em 1821, tornando-se, em 1823, parte da diocese restabelecida de Belley. Foi até o fim da vida um pobre pároco de aldeia que, aos poucos, tornou-se amplo centro de peregrinações. De início, trabalhou sobretudo para moralizar a pequena aldeia, combatendo os vícios, as bebedeiras, o trabalho aos domingos, os bailes. Sua arma principal era a pregação e a catequese, muito simples, sustentadas por muita oração e por rigorosa penitência. Oração e penitência pareciam dobrar a Deus em favor dos pecadores. O curioso é que aquele humilde pastor de aldeia, pobre, penitente, de inteligência pouco brilhante, atraiu aos poucos milhares e milhares de pessoas de fora. Seu confessionário começou a ser assediado dia e noite, de modo que o padre quase não tinha tempo nem de alimentar-se nem de descansar. Foi essa a ocupação principal dos seus últimos anos de vida.

Pergunta-se o que iam procurar em Ars tantos peregrinos da França e da Europa. A resposta talvez esteja na boca de um peregrino. Perguntado sobre o que viu em Ars, afirmou: "Vi Deus num homem". Realiza-se o que disse o vigário-geral de Lyon, por ocasião de sua ordenação sacerdotal: "A Igreja quer não apenas sacerdotes sábios, mas, mais ainda, sacerdotes santos". Foi ordenado não por ser inteligente, mas porque foi considerado bom. São João Maria Vianney foi canonizado por Pio XI, em 1925. O mesmo papa o proclamou santo padroeiro dos párocos do mundo inteiro, em 1929.

Na Pastoral vocacional no Brasil, São João Maria Vianney foi transformado em patrono dos padres em geral e o primeiro domingo de agosto, em "Dia do Padre". Enfim, todos os sacerdotes que se dedicam à pastoral podem sentir-se colocados sob a proteção do Santo Cura d Ars.

O formulário da Missa certamente não poderia ser mais completo e mais rico. A Oração coleta realça São João Maria Vianney como presbítero admirável por sua solicitude pastoral. A tradução para o português no Brasil usa a expressão pároco admirável, que não está no original latino. Esta oração convoca a todos ao zelo pastoral de conquistar, no amor de Cristo, os irmãos e irmãs para Deus.

Referência:
BECKHÄUSER, Frei Alberto. Os Santos na Liturgia: testemunhas de cristo. Petrópolis: Vozes, 2013. 391 p. Adaptações: Equipe Pocket Terço.

São João Maria Vianney, rogai por nós!

Textos Litúrgicos © Conferência Nacional dos Bispos do Brasil