Apoiadores do Pocket Terço
Terço com imagens no Youtube
Reze os Mistérios Gozosos com imagens

Memória Facultativa

São Nicolau, Bispo


Antífona de entrada

Ó nações, escutai a palavra do Senhor; levai a boa-nova até os confins da terra! Não tenhais medo: eis que chega o nosso Salvador. (Cf. Jr 31, 10; Is 35, 4)
Populus Sion, ecce Dóminus véniet ad salvándas gentes: et audítam fáciet Dóminus glóriam vocis suae, in laetítia cordis vestri. Ps. Qui regis Israel, inténde: qui dedúcis velut ovem Ioseph. (Cf. Is. 30, 19. 30; Ps. 79)
Vernáculo:
Povo de Sião, o Senhor vem para salvar as nações! E, na alegria do vosso coração, soará majestosa a sua voz. (Cf. MR: Is 30, 19. 30) Sl. Ó Pastor de Israel, prestai ouvidos. Vós, que a José apascentais qual um rebanho! (Cf. LH: Sl 79)

Coleta

Cheguem à vossa presença, Ó Deus, as nossas orações suplicantes, e possamos celebrar de coração puro o grande mistério da encarnação do vosso Filho. Que convosco vive e reina, na unidade do Espírito Santo.

Primeira Leitura (Is 35, 1-10)


Leitura do Livro do Profeta Isaías


1Alegre-se a terra que era deserta e intransitável, exulte a solidão e floresça como um lírio. 2Germine e exulte de alegria e louvores. Foi-lhe dada a glória do Líbano, o esplendor do Carmelo e de Saron; seus habitantes verão a glória do Senhor, a majestade do nosso Deus.

3Fortalecei as mãos enfraquecidas e firmai os joelhos debilitados. 4Dizei às pessoas deprimidas: “Criai ânimo, não tenhais medo! Vede, é vosso Deus, é a vingança que vem, é a recompensa de Deus; é ele que vem para vos salvar”.

5Então se abrirão os olhos dos cegos e se descerrarão os ouvidos dos surdos. 6O coxo saltará como um cervo e se desatará a língua dos mudos, assim como brotarão águas no deserto e jorrarão torrentes no ermo. 7A terra árida se transformará em lago, e a região sedenta, em fontes d’água; nas cavernas onde viviam dragões crescerá o caniço e o junco.

8Ali haverá uma vereda e um caminho; o caminho se chamará estrada santa: por ela não passará o impuro; mas será uma estrada reta em que até os débeis não se perderão. 9Ali não existem leões, não andam por ela animais depredadores, nem mesmo aparecem lá; os que forem libertados poderão percorrê-la, 10os que o Senhor salvou, voltarão para casa. Eles virão a Sião cantando louvores, com infinita alegria brilhando em seus rostos: cheios de gozo e contentamento, não mais conhecerão a dor e o pranto”.

— Palavra do Senhor.

— Graças a Deus.


Salmo Responsorial (Sl 84)


℟. Eis que vem o nosso Deus! Ele vem para salvar!


— Quero ouvir o que o Senhor irá falar: é a paz que ele vai anunciar; a paz para o seu povo e seus amigos, para os que voltam ao Senhor seu coração. Está perto a salvação dos que o temem, e a glória habitará em nossa terra. ℟.

— A verdade e o amor se encontrarão, a justiça e a paz se abraçarão; da terra brotará a fidelidade, e a justiça olhará dos altos céus. ℟.

— O Senhor nos dará tudo o que é bom, e a nossa terra nos dará suas colheitas; a justiça andará na sua frente e a salvação há de seguir os passos seus. ℟.


https://youtu.be/xnfPmOhqVRA
℟. Aleluia, Aleluia, Aleluia.
℣. Eis que o Rei há de vir, Senhor da terra, ele mesmo e nós afastará o jugo do nosso cativeiro. ℟.

Evangelho (Lc 5, 17-26)


℣. O Senhor esteja convosco.

℟. Ele está no meio de nós.


℣. Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo  segundo Lucas 

℟. Glória a vós, Senhor.


17Um dia Jesus estava ensinando. À sua volta estavam sentados fariseus e doutores da Lei, vindos de todas as aldeias da Galileia, da Judeia e de Jerusalém. E a virtude do Senhor o levava a curar.   

18Uns homens traziam um paralítico num leito e procuravam fazê-lo entrar para apresentá-lo. 19Mas, não achando por onde introduzi-lo, devido à multidão, subiram ao telhado e por entre as telhas o desceram com o leito no meio da assembleia diante de Jesus. 20Vendo-lhes a fé, ele disse: “Homem, teus pecados estão perdoados”. 21Os escribas e fariseus começaram a murmurar, dizendo: “Quem é este que assim blasfema? Quem pode perdoar os pecados senão Deus?” 22Conhecendo-lhes os pensamentos, Jesus respondeu, dizendo: “Por que murmurais em vossos corações? 23O que é mais fácil dizer: ‘teus pecados estão perdoados’, ou dizer: ‘levanta-te e anda’? 24Pois, para que saibais que o Filho do homem tem na terra poder de perdoar pecados — disse ao paralítico — eu te digo: levanta-te, pega o leito e vai para casa”. 25Imediatamente, diante deles, ele se levantou, tomou o leito e foi para casa, louvando a Deus. 26Todos ficaram fora de si, glorificavam a Deus e cheios de temor diziam: “Hoje vimos coisas maravilhosas!”

— Palavra da Salvação.

— Glória a vós, Senhor.


Antífona do Ofertório

Deus tu convértens vivificábis nos, et plebs tua laetábitur in te: osténde nobis, Dómine, misericórdiam tuam, et salutáre tuum da nobis. (Ps. 84, 7-8)


Vernáculo:
Não vireis restituir a nossa vida, para que em vós se rejubile o vosso povo? Mostrai-nos, ó Senhor, vossa bondade, concedei-nos também vossa salvação! (Cf. LH: Sl 84, 7-8)

Sobre as Oferendas

Recebei, Ó Deus, estas oferendas que escolhemos entre os dons que nos destes, e o alimento que hoje concedeis à nossa devoção torne-se prêmio da redenção eterna. Por Cristo, nosso Senhor.



Antífona da Comunhão

Vinde, Senhor, visitai-nos com a vossa paz, para que nos alegremos de todo o coração na vossa presença. (Cf. Sl 105,4-5; Is 38,3)
Dicite: Pusillánimes confortámini, et nolíte timére: ecce Deus noster véniet, et salvábit nos. (Cf. Is. 35, 4; ℣. Cant. Isaiae 35, 1. 2cd. 2ef. 3. 5. 6ab. 6cd. 7ab)
Vernáculo:
Dizei aos medrosos: “Sede fortes, não temais! Aí está o vosso Deus, é a vingança que chega, a retribuição de Deus: ele vem para vos salvar!” (Cf. Bíblia CNBB: Is 35, 4)

Depois da Comunhão

Aproveite-nos, Ó Deus, a participação nos vossos mistérios. Fazei que eles nos ajudem a amar desde agora o que é do céu e, caminhando entre as coisas que passam, abraçar as que não passam. Por Cristo, nosso Senhor.

Homilia do dia 06/12/2021
Cristo sabia que era Deus?

Os escribas e fariseus começaram a murmurar, dizendo: “Quem é este que assim blasfema? Quem pode perdoar os pecados senão Deus?” (Lucas 5,21).

O Evangelho de hoje nos relata o tocante episódio em que Jesus perdoa os pecados e restitui a saúde a um paralítico, descido pelo teto por um grupo de amigos cheios de fé. Contemplar esta cena tão cheia de significado adquire uma especial relevância no tempo do Advento, pois constitui uma oportunidade propícia para nos desfazermos de um erro muito comum, estendido hoje entre não poucos católicos, mas cuja origem se remonta a uma heresia protestante do séc. XIX segundo a qual, após a Encarnação, Cristo teria de algum modo perdido a consciência de ser o Filho natural de Deus. Para autores como Renan, Harnack, Stapfer e Weiss, v.gr., Jesus não se considerava nada mais do que um homem superior aos outros, unido ao Pai por um vínculo especial de dependência e amor, mas nunca o Filho natural de Deus. Sabemos, porém, que essa doutrina não só não corresponde à fé que a Igreja sempre professou como também se opõe, de modo flagrante, ao testemunho das SS. Escrituras. O Magistério da Igreja, com efeito, afirmou solenemente no Concílio de Calcedônia, celebrado em 451, que é “um só e o mesmo Filho, Nosso Senhor Jesus Cristo, perfeito na sua divindade e perfeito na sua humanidade, verdadeiro Deus e verdadeiro homem, composto de alma racional e de corpo, consubstancial ao Pai segundo a divindade e consubstancial a nós segundo a humanidade, semelhante em tudo a nós, menos no pecado (cf. Hb 4, 15), gerado do Pai antes dos séculos segundo a divindade e, nestes últimos dias, em prol de nós e de nossa salvação, gerado de Maria Virgem, a Deípara, segundo a humanidade” (DH 301).

Também consta claramente nas Escrituras que Jesus declarou inúmeras vezes ser o Filho de Deus, condição da qual, portanto, não podia ser “inconsciente”. Assim, v.gr., o vemos afirmar sua superioridade sobre reis como Davi (cf. Mt 22, 43ss), sábios como Salomão (cf. Mt 12, 42), profetas como Jonas, ascetas como João Batista (cf. Mt 11, 11) e inclusive sobre todos os anjos (cf. Mt 13, 41; 16, 27), rebaixados à condição de servos seus (cf. Mt 4, 11; Mc 1, 13). Afirmou estar acima tanto do Templo de Jerusalém, de cujos impostos estava isento justamente por ser Filho do Senhor do Templo (cf. Mt 12, 6; 17, 24-27), quanto da própria Lei mosaica e dos seus preceitos mais sagrados, como o do descanso sabático (cf. Mt 12, 8). Além disso, são constantes as declarações em que Ele se atribui a si mesmo poderes e atributos exclusivos de Deus: a) o seu poder legislativo se estende à totalidade da Lei, que Ele faz questão de aperfeiçoar (cf. Mt 5, 21.27.31.33 etc.); b) o seu poder judicial se funda em sua prerrogativa de Juiz de vivos e mortos (cf. Mt 7, 22s; 13, 37-42; 16, 27; Lc 12, 35-40; 13, 26s etc.); c) o seu poder santificador, enfim, abrange explicitamente a faculdade de perdoar pecados (cf. Mt 6, 9; Lc 7, 48 etc.), coisa que, como reconhecem escandalizados os próprios fariseus, é exclusiva de Deus: “Quem pode perdoar os pecados senão Deus?”.


O Magistério o ensina com palavra infalível e as Escrituras o atestam sem margem a dúvidas: Cristo não só declarou sê-lo como também se comportou como Deus, não apenas fazendo milagres, mas, acima de tudo, perdoando pecados.

Diante de tão claros e evidentes testemunhos, abalizados pelo Magistério infalível da Igreja Católica, preparemo-nos neste Advento para a vinda daquele que, muito mais do que um simples “fundador” de um movimento religioso, “já antes do princípio do mundo”, como Deus de infinita majestade, “nos abraçou no seu infinito conhecimento e eterno amor; Amor que Ele demonstrou palpavelmente e de modo verdadeiramente assombroso assumindo a nossa natureza em unidade hipostática; donde segue, como ingenuamente nota Máximo de Turim, que ‘em Cristo nos ama a nossa carne’”, carne que, unida à divina Pessoa do Verbo, queremos neste próximo Natal adorar com todo o coração, com toda a mente, com todas as forças, com a particular intenção de reparar as gravíssimas injúrias, blasfêmias e irrisões com que ano após ano, nesta data santa, tantos homens o desprezam, ridicularizam e escarnecem, cegos para a verdade de que só Ele pode e tanto deseja, se se converterem, dizer-lhes: “Teus pecados estão perdoados”.

Deus abençoe você!

Seja um apoiador!
Ajude-nos a manter o Pocket Terço: pocketterco.com.br/ajude

Homilia Diária | Aprendendo a se confessar (Memória de São Nicolau de Mira)

Poucas coisas são tão importantes quanto saber se confessar direito. O sacramento da Penitência, afinal, foi instituído por Cristo para que os pecados cometidos após o Batismo, em virtude da absolvição sacramental, fossem perdoados ao fiel contrito e confessado. Daí se vê a importância deste sacramento, cuja necessidade se equipara à do Batismo, ao menos para os que se afastaram de Deus pelo pecado grave. Assista à homilia do Padre Paulo Ricardo para esta segunda-feira, dia 6 de dezembro, e aprenda quais são as condições para uma válida e frutuosa confissão!


https://youtu.be/UG0udvS5qx0

Santo do dia 06/12/2021


São Nicolau de Mira (Memória Facultativa)
Local: Mira, Turquia
Data: 06 de Dezembro † s. IV


Como em outros casos, estamos diante de um santo de intensa devoção popular, envolto nas brumas do legendário. Sobre a história do culto a São Nicolau se poderia escrever com facilidade um livro. Sobre sua vida a única coisa que se sabe de certo é que foi bispo de Mira, atual Dembre Maritima na Turquia, durante o século IV. Consta que, como Bispo, participou do Concilio de Niceia em 325.

São Nicolau é conhecido e venerado, sobretudo, pela extrema caridade para com os pobres. Teria distribuído entre eles a fortuna herdada de seus pais. Em sua vida registra-se o caso de três moças, cujo pai pobre, não podendo fornecer dotes para o casamento, aconselhava as filhas a se entregarem à prostituição. Nicolau, ao saber disso, jogou pela janela da casa das moças três bolsas com o dinheiro suficiente para os dotes das jovens.

Ele é particularmente venerado na Rússia e em todo o Oriente. É padroeiro de incontáveis localidades e igrejas; é também padroeiro dos marinheiros e navegantes. Seu culto difundiu-se também na Itália no século XI, quando em Bári lhe foi dedicada uma basílica. Para lá, anos mais tarde, foram trasladadas suas relíquias.

Em lendas surgidas no século VI, São Nicolau aparece realizando estupendos milagres. No século XII, surgiu o costume de representar São Nicolau dando doces às crianças, na vigília de sua festa, talvez numa transposição do milagre do bispo que, conforme a lenda, teria ressuscitado três meninos assassinados e salgados, ou do dote providenciado para as três jovens. Mais tarde, esse costume se desenvolveu por influência dos mitos germânicos da natureza.

E no século IX, no norte da Alemanha, o folclore pagão substituiu São Nicolau pelo "Homem do Natal" (Weihnachtsmann), mudando seu nome para "Santa Klaus", Sint Klaeg ou para o velho e ridículo "Papa Noël" dos franceses. Nos países nórdicos europeus ou de origem nórdica, Sankt Nikolaus, Santa Klaus, é o santo bispo de barbas brancas, que traz presentes às crianças no dia 6 de dezembro. Aos poucos ele é travestido de "Papa Noël" e, mais tarde, comercialmente instrumentalizado para promoção da festa do Natal, sobretudo, nos Estados Unidos da América. Hoje o personagem principal não é mais Jesus Cristo, o Messias que nasce, mas o "Papai Noel", uma deturpação da figura de São Nicolau.

A Oração coleta não entra nos meandros das lendas. São Nicolau é invocado contra todo perigo, para que se abra diante de nós, sem obstáculo, o caminho da salvação. Estamos, portanto, diante de um bispo que exerceu a função de bom pastor.

Referência:
BECKHÄUSER, Frei Alberto. Os Santos na Liturgia: testemunhas de Cristo. Petrópolis: Vozes, 2013. 391 p. Adaptações: Equipe Pocket Terço.

Textos Litúrgicos © Conferência Nacional dos Bispos do Brasil