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Antífona de entrada

Ave, Maria, cheia de graça, o Senhor é convosco; bendita sois vós entre as mulheres, e bendito é o fruto do vosso ventre. (Cf. Lc 1, 28. 42)
Vultum tuum deprecabúntur omnes dívites plebis: adducéntur regi vírgines post eam: próximae eius adducéntur tibi in laetítia et exsultatióne. Ps. Eructávit cor meum verbum bonum: dico ego ópera mea regi. (Ps. 44, 13. 15. 16 et 2)
Vernáculo:
Os grandes do povo vos pedem favores. As virgens amigas lhe formam cortejo entre cantos de festa e com grande alegria. Sl. Transborda um poema do meu coração; vou cantar-vos, ó Rei, esta minha canção. (Cf. LH: Sl 44, 13b. 15b. 16a e 2)

Coleta

Infundi, Senhor, pela intercessão da Santa Virgem Maria, a vossa graça em nossos corações para que, conhecendo pela anunciação do anjo a encarnação de Jesus Cristo, vosso Filho, cheguemos, por sua paixão e cruz, à glória da ressurreição. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus, e convosco vive e reina, na unidade do Espírito Santo, por todos os séculos dos séculos.

Primeira Leitura (At 1, 12-14)


Leitura dos Atos dos Apóstolos


Depois que Jesus subiu ao céu, 12os apóstolos voltaram para Jerusalém, vindo do monte das Oliveiras, que fica perto de Jerusalém, a mais ou menos um quilômetro. 13Entraram na cidade e subiram para a sala de cima, onde costumavam ficar.

Eram Pedro e João, Tiago e André, Filipe e Tomé, Bartolomeu e Mateus, Tiago, filho de Alfeu, Simão Zelota e Judas, filho de Tiago.

14Todos eles perseveravam na oração em comum, junto com algumas mulheres, entre as quais Maria, mãe de Jesus, e com os irmãos de Jesus.

— Palavra do Senhor.

— Graças a Deus.

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Salmo Responsorial (Lc 1, 46ss)


℟. O Poderoso fez por mim maravilhas, e Santo é o seu nome.

Ou. Bendita sejais, ó Virgem Maria; trouxestes no ventre a Palavra eterna!


— A minh’alma engrandece ao Senhor, e se alegrou o meu espírito em Deus, meu Salvador, ℟.

— pois, ele viu a pequenez de sua serva, desde agora as gerações hão de chamar-me de bendita. O Poderoso fez por mim maravilhas e Santo é o seu nome! ℟.

— Seu amor, de geração em geração, chega a todos que o respeitam. Demonstrou o poder de seu braço, dispersou os orgulhosos. ℟.

— Derrubou os poderosos de seus tronos e os humildes exaltou. De bens saciou os famintos e despediu, sem nada, os ricos. ℟.

— Acolheu Israel, seu servidor, fiel ao seu amor, como havia prometido aos nossos pais, em favor de Abraão e de seus filhos, para sempre. ℟.

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℟. Aleluia, Aleluia, Aleluia.
℣. Maria, alegra-te, ó cheia de graça, o Senhor é contigo; és bendita entre todas as mulheres da terra! (Cf. Lc 1, 28) ℟.

Evangelho (Lc 1, 26-38)


℣. O Senhor esteja convosco.

℟. Ele está no meio de nós.


℣. Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo  segundo Lucas 

℟. Glória a vós, Senhor.


Naquele tempo, 26o anjo Gabriel foi enviado por Deus a uma cidade da Galileia, chamada Nazaré, 27a uma virgem, prometida em casamento a um homem chamado José. Ele era descendente de Davi e o nome da Virgem era Maria. 28O anjo entrou onde ela estava e disse: “Alegra-te, cheia de graça, o Senhor está contigo!”

29Maria ficou perturbada com estas palavras e começou a pensar qual seria o significado da saudação. 30O anjo, então, disse-lhe: “Não tenhas medo, Maria, porque encontraste graça diante de Deus. 31Eis que conceberás e darás à luz um filho, a quem porás o nome de Jesus. 32Ele será grande, será chamado Filho do Altíssimo, e o Senhor Deus lhe dará o trono de seu pai Davi. 33Ele reinará para sempre sobre os descendentes de Jacó, e o seu reino não terá fim”.

34Maria perguntou ao anjo: “Como acontecerá isso, se eu não conheço homem algum?” 35O anjo respondeu: “O Espírito virá sobre ti, e o poder do Altíssimo te cobrirá com sua sombra. Por isso, o menino que vai nascer será chamado Santo, Filho de Deus. 36Também Isabel, tua parenta, concebeu um filho na velhice. Este já é o sexto mês daquela que era considerada estéril, 37porque para Deus nada é impossível”.

38Maria, então, disse: “Eis aqui a serva do Senhor; faça-se em mim segundo a tua palavra!” E o anjo retirou-se.

— Palavra da Salvação.

— Glória a vós, Senhor.


Antífona do Ofertório

Ave María, grátia plena, Dóminus tecum: benedícta tu in muliéribus, et benedíctus fructus ventris tui. (Lc. 1, 28. 42)


Vernáculo:
Ave, Maria, cheia de graça, o Senhor é convosco; bendita sois vós entre as mulheres, e bendito é o fruto do vosso ventre. (Cf. MR: Lc 1, 28. 42)

Sobre as Oferendas

Senhor, tornai-nos dignos de vos apresentar estes dons e assim celebrar os mistérios do vosso Filho, para que mereçamos alcançar o que ele nos prometeu. Ele, que vive e reina pelos séculos dos séculos.



Antífona da Comunhão

Eis que conceberás e darás à luz um filho, a quem porás o nome de Jesus. (Lc 1, 31)
Floréte flores quasi lílium, et date odórem, et frondéte in grátiam: collaudáte cánticum, et benedícite Dóminum in opéribus suis. (Sir. 39, 19; ℣. Ps. 44, 2ab. 10b. 11. 12. 13. 14. 15. 16)

Ad libitum:


Ecce virgo concípiet, et páriet fílium: et vocábitur nomen eius Emmánuel. (Is. 7, 14; ℣. Ps. 44, 2ab. 10b. 11. 12. 13. 14. 15. 16)
Vernáculo:
Exalai um perfume suave, desabrochai em flores como o lírio. Elevai a voz e entoai cantos de louvor, bendizendo a Deus por todas as suas obras (Cf. Bíblia CNBB: Eclo 39, 18b. 19)

Opcional:


Eis que uma virgem conceberá e dará à luz um filho; e lhe porá o nome de Emanuel. (Cf. MR: Is 7, 14)

Depois da Comunhão

Senhor nosso Deus, anunciamos neste sacramento a morte e a ressurreição do vosso Filho. Nós vos pedimos que, tendo sido associados à sua paixão, mereçamos participar de sua alegria e também de sua glória. Por Cristo, nosso Senhor.

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Homilia do dia 07/10/2024
Ave, cheia de graça!

É importante termos em mente que este trecho de São Lucas é único; trata-se, com efeito, do único passo de toda a Sagrada Escritura em que um anjo se dirige elogiosa e humildemente a um ser humano.

A Igreja, celebrando hoje a memória de Nossa Senhora do Rosário, nos propõe uma página de São Lucas que ilumina a récita piedosa e tradicional do santo Terço. O Evangelho deste dia traz justamente o episódio da saudação angélica, que imortalizou uma das mais singelas e conhecidas orações católicas: a "Ave-Maria". É importante termos em mente, antes de tudo, que este trecho de São Lucas é único; trata-se, com efeito, do único passo de toda a Sagrada Escritura em que um anjo se dirige elogiosa e humildemente a um ser humano. À exceção desta, todas as demais narrativas bíblicas apresentam um anjo a chamar a atenção do homem, a adverti-lo, mas nunca a elogiá-lo. O Evangelista Lucas, no entanto, nos mostra aqui o Arcanjo São Gabriel a chamar a Virgem Maria de "cheia de graça" (κεχαριτωμένη). Ele enfim encontrara alguém entre os homens que amasse a Deus mais do que ele próprio era capaz de amar. Daí a surpresa, a como que admiração que Gabriel deixa transparecer neste seu encontro com uma criatura cujo amor a faz transbordar de graça.

Repetir estas palavras do anjo — "Ave, cheia de graça!" — é também uma arma espiritual, como São Pio de Pietrelcina chamava ao Rosário. Mas uma arma para quê? contra quem, afinal? "Não é contra homens de carne e de sangue", responde São Paulo, "mas contra os principados e potestades, contra os príncipes deste mundo tenebroso, contra as forças espirituais do mal espalhadas nos ares" (Ef 6, 12). O Rosário, nesse sentido, faz frente a Lúcifer e seus demônios: joga-lhes em rosto a grandeza da Virgem Santíssima; fere-lhes o orgulho ao mostrar como Nossa Senhora pôde, pela humildade e pelo amor, tornar-se Rainha do Céu e da terra. Devido a este imenso amor que a Virgem Imaculada tem por Deus, Gabriel lhe diz: "O Senhor é contigo." Maria está com Deus, ela o vê face a face, o ama para sempre, goza de sua companhia. E como isso deve enfurecer a Satanás, que por soberba rejeitara a Deus e se fechara em si mesmo! Como as palavras de Gabriel devem fazer roer de inveja estes pobres demônios, que nunca viram nem nunca verão o rosto do Senhor!

Esta verdade do amor de Deus no coração de Maria é uma das mais eficazes armas contra as investidas do Diabo, contra os ataques daqueles que não podem aceitar que não é o orgulho, mas apenas a humildade que nos faz reinar com Deus. Rezemos, pois, o Rosário todos os dias e peçamos à Virgem Santíssima — que roga por nós e nos deseja ver junto de si na glória celeste —, o seu doce auxílio agora e sobretudo na hora de nossa morte.

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Santo do dia 07/10/2024

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Nossa Senhora do Rosário (Memória)
Data: 07 de Outubro


A devoção do Rosário começou a desenvolver-se no século XV, sobretudo, por obra dos dominicanos. A festa do Santo Rosário, por sua vez, foi instituída por São Pio V, papa dominicano, para lembrar a vitória das tropas cristãs contra os turcos, em torno de Lepanto, no dia 7 de outubro de 1571 e atribuída ao auxílio da Santa Mãe de Deus, invocada com a oração do Rosário. Esta memória mariana é, portanto, de origem devocional.

A celebração deste dia é um convite a todos os fiéis para que meditem os mistérios de Cristo, em companhia da Virgem Maria, que foi associada de modo muito especial à Encarnação, à Paixão e à Ressurreição do Filho de Deus. Os quinze mistérios estavam na base da contemplação da Encarnação, da Paixão e da Ressurreição, os mistérios gozosos, dolorosos e gloriosos. E cada cinco mistérios formavam um terço do Rosário; daí, sobretudo no Brasil, o termo "devoção do terço", a "reza do terço".

Com a introdução de mais cinco mistérios a serem contemplados, os mistérios luminosos acontecidos na vida pública de Jesus, os textos desta comemoração precisariam ser reformulados. Agora já não são quinze mistérios, mas vinte. Já não são 150 Ave-Marias, correspondendo aos 150 salmos, mas 200 Ave-Marias.

Em todo caso, creio que convém situar esta comemoração no âmbito de uma reflexão sobre a devoção do Santo Rosário. Podemos dizer que de certa forma o Rosário é o Breviário dos leigos. Quando o Breviário ou a Liturgia das Horas se tornou uma oração quase exclusiva do clero, o povo procurou sua forma de oração, mais simples e compreensível, sem precisar do uso de livros. Começou a meditar os Mistérios da Redenção de outra maneira. Na escola de oração de São Domingos e dos dominicanos formou-se um tipo de oração em que as leituras e as antífonas do Breviário foram substituídas pelos mistérios, e os salmos, pelas Ave-Marias.

Os 150 salmos foram substituídos pelas 150 Ave-Marias dos três terços (agora, quatro quartos), chamados mistérios gozosos, dolorosos e gloriosos. A oração do Rosário é, pois, uma meditação e um louvor. A meditação se faz sobretudo através da contemplação dos mistérios, ao passo que a resposta de louvor, através dos Pai-nossos, Ave-Marias e Glória-ao-Pai.

Mais importante do que conhecer como surgiu a devoção do Rosário é descobrir a sua riqueza. A devoção do Rosário contempla o Mistério da Redenção desde a Encarnação até a glória da Ascensão, de Pentecostes e a escatologia, contemplada em Maria.

Nos mistérios gozosos se contemplam o Mistério da Encarnação, os mistérios da manifestação do Verbo feito homem por amor dos homens. Vivemos os mistérios da manifestação celebrados pela Igreja sobretudo no Ciclo de Natal.

Nos mistérios dolorosos se contempla mais de perto a obra da Redenção pela Paixão e Morte de Cristo. É o tempo da Quaresma e da Paixão.

Nos mistérios gloriosos contemplamos a vitória de Cristo, o aspecto triunfante do mistério da Redenção em Cristo e em nós. Cristo venceu o pecado e a morte e ressuscitou. Celebramos o seu triunfo, subindo aos céus. Depois, contemplamos a continuação da vitória de Cristo pelo Espírito Santo na Igreja. Para evocar a contemplação da vitória final da Igreja, consideramos o triunfo de Maria elevada aos céus, como realização e prenúncio de nossa vitória e glorificação. Eis o Tempo da Páscoa e o Tempo durante o ano, de Pentecostes ao Advento.

Com o acréscimo dos mistérios da luz, que se realizaram durante os anos da vida pública de Jesus, desfez-se a trilogia tradicional do mistério pascal. "Querendo indicar à comunidade cristã cinco momentos significativos mistérios luminosos - desta fase da vida de Cristo, considero, diz o papa João Paulo II, que se podem justamente individuar: 1°) no seu batismo no Jordão; 2°) na sua autorrevelação nas bodas de Caná; 3°) no seu anúncio do reino de Deus com o convite à conversão; 4°) na sua Transfiguração e, enfim, 5°) na instituição da Eucaristia, expressão sacramental do mistério pascal" (cf. João Paulo II, Carta apostólica Rosarium Virginis Mariae, n. 21).

Afinal, todos os mistérios de Cristo, celebrados durante o Ano litúrgico, são contemplados na devoção do Rosário. Podemos dizer, então, que o Rosário é a meditação do povo cristão sobre os mistérios da Redenção, procurando conformar sua vida à de Cristo e de sua Mãe Santíssima.

Se por vários séculos o povo cristão conservou sua fé e se aprofundou no Mistério de Cristo, apesar de o "culto da Igreja" estar numa língua desconhecida, devemo-lo em grande parte à devoção do Rosário ou do terço rezado em particular ou em família. Agora, já não é mais o terço, mas, o "quarto".

A devoção do Santo Rosário constitui, na verdade, uma espécie de Celebração da Palavra de Deus. Quando rezado em comum é a Igreja rezando, com a garantia da presença de Cristo no meio da comunidade orante. O importante é rezar o terço (o quarto) ou o Rosário não maquinalmente, mas de maneira consciente e pessoal, para que possa ser realmente eficaz.

No fundo a devoção do Rosário é uma devoção bem cristocêntrica. Por isso, podemos dizer que existe uma relação íntima entre o Rosário e a Eucaristia. Celebra-se o mesmo mistério de Cristo. Assim, a devoção do Rosário pode constituir, como a Liturgia das Horas, uma ressonância da Eucaristia e uma preciosa preparação para ela.

Os textos da Missa e da Liturgia das Horas expressam muito bem toda a riqueza da devoção do Santo Rosário. Como disse, merecem, porém, uma atualização em vista dos mistérios da luz.

Referência:
BECKHÄUSER, Frei Alberto. Os Santos na Liturgia: testemunhas de Cristo. Petrópolis: Vozes, 2013. 391 p. Adaptações: Equipe Pocket Terço.

Nossa Senhora do Rosário, rogai por nós!

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